domingo, 7 de julho de 2013

Anfavea apresenta proposta de novas tecnologias de propulsão ao MDIC


A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, apresentou ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta sexta-feira, 5 de julho, às 15h a proposta de consenso da indústria automobilística para introdução de novas tecnologias de propulsão para automóveis e comerciais leves. O documento sugere etapas para análise da implementação das novas tecnologias e potencial de comercialização no mercado brasileiro e produção local.O presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior, entregou a proposta em mãos ao ministro Fernando Pimentel e considerou que este foi um importante passo para o desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil:

“O primeiro passo foi dado para o aumento da participação dos veículos híbridos e elétricos no mercado brasileiro. O Brasil tem condições favoráveis para desenvolver localmente as tecnologias de propulsão que moverão os carros em um futuro de médio e longo prazo e a hora de investir é agora. Temos que utilizar os benefícios do Inovar-Auto para investimento em pesquisa, inovação e engenharia, para assumirmos papel de liderança global em novas tecnologias”.

Classificações
Ao todo são seis classificações de tecnologias de propulsão definidas da seguinte forma:

Mild Híbrido – motor a combustão interna combinado com sistema auxiliar de tração.

Full Híbrido – motor a combustão interna combinado com outro sistema de tração, que trabalham em conjunto ou separadamente.

Plug-in Híbrido – motor a combustão interna com outro sistema de tração, que trabalham em conjunto ou separadamente, com tecnologia de recarga externa.

Elétrico com Autonomia Estendida – opera predominantemente como elétrico, sendo que o motor a combustão interna entra em operação quando a bateria se encontra na condição de carga ou para aumentar a performance.

Full Elétrico – motor de propulsão elétrica, com energia proveniente de acumuladores elétricos.

Célula de Combustível – motor de propulsão elétrica, com conversão da energia química do hidrogênio em energia elétrica, proveniente de diferentes fontes.

Entre os benefícios para a sociedade e para o País estão inserção do Brasil na rota de novas tecnologias, oferta ao consumidor de veículos com alta eficiência energética e consequente redução de consumo e de emissões de poluentes – que pode chegar a zero –, investimentos para produção de novas tecnologias, qualificação de mão de obra especializada e desenvolvimento de engenharia e fornecedores locais.

Moan lembra que “o projeto está totalmente alinhado com o programa Inovar-Auto, que incentiva a produção local e a oferta de veículos cada vez mais tecnológicos, econômicos, seguros e que reduzem as emissões ou até mesmo que não emitam nada”.

Luiz Moan Yabiku Júnior
Duas fases
O projeto propõe duas fases de implantação. Na primeira fase a importação seria incentivada para trazer novas tecnologias de propulsão ao País e teria a mesma vigência do Inovar-Auto, com início imediato e até 2017. Está contemplado ainda nesta primeira fase cota de importação de veículos por empresa, com aumento progressivo, adicional à importação aprovada pelo Inovar-Auto.A segunda fase prevê a produção local com desenvolvimento de engenharia e fornecedores e localização progressiva de componentes.

Em adição ao estudo o presidente da Anfavea solicitou ao ministro apoio para as pesquisas da utilização do etanol nos veículos movidos a célula de combustível, propiciando ao Brasil o fortalecimento do programa deste combustível renovável e de estar pronto para acompanhar os avanços da tecnologia automotiva.


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