A Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, apresentou ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta sexta-feira,
5 de julho, às 15h a proposta de consenso da indústria automobilística para
introdução de novas tecnologias de propulsão para automóveis e comerciais
leves. O documento sugere etapas para análise da implementação das novas
tecnologias e potencial de comercialização no mercado brasileiro e produção
local.O presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior, entregou a proposta em
mãos ao ministro Fernando Pimentel e considerou que este foi um importante
passo para o desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil:
“O primeiro
passo foi dado para o aumento da participação dos veículos híbridos e elétricos
no mercado brasileiro. O Brasil tem condições favoráveis para desenvolver
localmente as tecnologias de propulsão que moverão os carros em um futuro de
médio e longo prazo e a hora de investir é agora. Temos que utilizar os
benefícios do Inovar-Auto para investimento em pesquisa, inovação e engenharia,
para assumirmos papel de liderança global em novas tecnologias”.
Classificações
Ao todo são seis
classificações de tecnologias de propulsão definidas da seguinte forma:
Mild Híbrido – motor a combustão interna combinado
com sistema auxiliar de tração.
Full Híbrido – motor a combustão interna combinado
com outro sistema de tração, que trabalham em conjunto ou separadamente.
Plug-in Híbrido – motor a combustão interna com
outro sistema de tração, que trabalham em conjunto ou separadamente, com
tecnologia de recarga externa.
Elétrico com Autonomia Estendida – opera
predominantemente como elétrico, sendo que o motor a combustão interna entra em
operação quando a bateria se encontra na condição de carga ou para aumentar a
performance.
Full Elétrico – motor de propulsão elétrica, com
energia proveniente de acumuladores elétricos.
Célula de Combustível – motor de propulsão
elétrica, com conversão da energia química do hidrogênio em energia elétrica,
proveniente de diferentes fontes.
Entre os
benefícios para a sociedade e para o País estão inserção do Brasil na rota de
novas tecnologias, oferta ao consumidor de veículos com alta eficiência energética
e consequente redução de consumo e de emissões de poluentes – que pode chegar a
zero –, investimentos para produção de novas tecnologias, qualificação de mão
de obra especializada e desenvolvimento de engenharia e fornecedores locais.
Moan lembra que “o
projeto está totalmente alinhado com o programa Inovar-Auto, que incentiva a
produção local e a oferta de veículos cada vez mais tecnológicos, econômicos,
seguros e que reduzem as emissões ou até mesmo que não emitam nada”.
Luiz Moan Yabiku Júnior |
Duas fases
O projeto propõe
duas fases de implantação. Na primeira fase a importação seria incentivada para
trazer novas tecnologias de propulsão ao País e teria a mesma vigência do
Inovar-Auto, com início imediato e até 2017. Está contemplado ainda nesta
primeira fase cota de importação de veículos por empresa, com aumento
progressivo, adicional à importação aprovada pelo Inovar-Auto.A
segunda fase prevê a produção local com desenvolvimento de engenharia e
fornecedores e localização progressiva de componentes.
Em adição ao
estudo o presidente da Anfavea solicitou ao ministro apoio para as pesquisas da
utilização do etanol nos veículos movidos a célula de combustível, propiciando
ao Brasil o fortalecimento do programa deste combustível renovável e de estar
pronto para acompanhar os avanços da tecnologia automotiva.
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