A Marcopolo S.A. anuncia que
as atividades de suas unidades Ana Rech e Planalto ficarão paralisadas
parcialmente durante esta semana. A companhia utilizará a semana mais curta, de
apenas três dias em razão do feriado da Pátria, para avaliar impactos, medidas
a serem tomadas e programar produção. Segundo a direção da empresa, o mais
importante foi não ter havido feridos na ocorrência.
Apesar de o ônibus ser
composto predominantemente por estrutura em aço e chapas de aço e alumínio, os
componentes plásticos são itens relevantes para o acabamento dos produtos e,
por isso, a paralisação na sua fabricação pode afetar a produção e montagem do
veículo como um todo.
Pelo fato de o incêndio ter
ocorrido em uma unidade que fica separada da linha de produção de ônibus,
nenhum veículo pronto ou em fabricação foi atingido, assim como também nenhum
chassi que estava aguardando a programação para entrar em linha.
Unidade de Plásticos
Marcopolo
Construída em 2008, em área
de 16 mil metros quadrados, que representa cerca de 15% da área total
coberta de Ana Rech, a unidade de componentes plásticos da Marcopolo é a mais
recente no complexo industrial e atende os requisitos e normas de segurança
vigentes. Com cerca de 600 colaboradores, a operação é dedicada à produção de
componentes de ônibus, internos e externos, como teto, revestimentos internos,
e junto com o fornecimento de tradicionais parceiros externos localizados em
Caxias do Sul, foi concebida para que a Marcopolo tornasse mais eficiente o
desenvolvimento e o fornecimento de componentes plásticos utilizados nos
ônibus.
Segurança e prevenção
A Marcopolo tem como foco
fatores como segurança, qualidade e prevenção. Essas ações têm feito parte dos
mais recentes programas da empresa como o projeto de revitalização do Sistema
Marcopolo de Produção Solidária (SIMPS/SUMAM), instituído ao longo de 2016, com
base nos princípios Lean e realização de Kaizens (melhoria contínua) com o
envolvimento e treinamento de colaboradores. Os resultados foram ganhos de
eficiência, segurança e qualidade, redução de custos, além de um melhor
ambiente de trabalho e bem-estar de todos os colaboradores. Nas operações
brasileiras, foram realizadas, somente no ano passado, mais de 60 semanas
Kaizen que resultaram em quase 3,2 mil sugestões de melhoria, com mais de 2,8
mil implementadas.
Em junho passado, a Marcopolo
comemorou os 50 anos da EICI – EQUIPE INTERNA DE COMBATE A INCÊNDIO. Referência
na cidade de Caxias do Sul pela atuação no combate a incêndios, a equipe foi
criada em 1967, naquela época, com 13 integrantes. Hoje, a companhia conta com
490 brigadistas, responsáveis pelo atendimento das unidades dos bairros Ana
Rech e Planalto em Caxias do Sul.
Atualmente a EICI da
Marcopolo conta com dois caminhões e EPIS especiais para combate a incêndios.
Um dos veículos possui cabine dupla com capacidade de transporte de cinco
brigadistas, tanque de 8.000 litros de água e 500 litros de LGE (Líquido
Gerador de Espuma - agente extintor para produtos inflamáveis), bomba e canhão
monitor eletrônico de 1.000 GPM (galões por minuto – aproximadamente 3.700
litros/minuto), torre de iluminação e escada. Conta ainda com equipamentos
específicos para os brigadistas, como cilindros de ar respirável e vestimentas
específicas para combate a incêndio.
Todo ano, os integrantes da
equipe passam por seis treinamentos teóricos e práticos focados em Primeiros
Socorros, Uso de Extintores e Uso de Mangueiras, além de simulados de
emergências. Em 2016, esses treinamentos totalizaram 5.280 horas de
capacitação.
Como uma das primeiras
equipes treinadas, aparelhadas e organizadas para combater incêndios no Estado
do Rio Grande do Sul, a EICI, ainda na década de 1970, passou a colaborar com a
comunidade da região, por demanda do Corpo de Bombeiros. A EICI também serviu
de modelo para outras companhias, que passaram a investir na criação de equipes
de combate a incêndio como forma de prevenção e proteção de seu patrimônio e
das pessoas.
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