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edita@rnasser.com.br - 61.3225.5511-Coluna 4512 07.11.2012 |
Na China, o novo Santana. Aqui em 2014
E nasceu, na China, o novo
Santana – ou o Santana, de novo. Deu forma ao texto da Coluna em agosto, anunciando a brevidade do surgimento do produto,
oportunidade mundial aos países com clientes emergentes, e à cobrança do
mercado chinês onde, acredite, vendia muitíssimo bem até pouco tempo.
Explicação simples, o Santana,
saído do Brasil depois de largo desenvolvimento e reforços estruturais para
enfrentar jogo duro, fez a passagem da China entre as classificações de rústica
e emergente, aguentou desaforos de envergonhar Mercedes e Audi. É referência de
resistência e continua em produção.
O novo Santana não usa a
plataforma antiga, mas a do Polo, igualmente provada, e o automóvel é uma
espécie de Logan que fala chinês e falará russo, a linguagem da Índia, do
Brasil, afrikaner, turco, países onde
economia e mercado impulsionam vendas.
Lá, motores 1.4 e 1.6, e aqui
nova geração, um dos objetivos dos R$ 342M emprestados pelo BNDES para produtos
novos – Santana e UP!.
Argentina regulamenta carros de pequena produção
Esforço dos deputados federais
Eduardo Amadeo e Paula Bertol, demanda de corajosos empreendedores, necessidade
gritante, a Comissão de Indústria da Câmara dos Deputados argentina aprovou o
projeto de criação de marco legal para permitir licenciar veículos de pequena
produção. Lá os Autos Artesanales. Anda
rápido e será apreciado pela Comissão de Transportes. Aprovado, como se
imagina, irá a Plenário.
Segundo o deputado Amadeo a
regulamentação imediatamente dará partida a 50 empresas, mobilizando 5.000
famílias tanto para o desenvolvimento e construção de veículos quanto para de
auto peças específicas.
A situação na Argentina seria
curiosa se não fosse trágica. Possui empresas e mão de obra, produz as melhores
replicas da América do Sul, mas a atividade foi colocada à margem da lei há
mais de dez anos, quando se derrogou a figura dos carros “AFF”- montados fora de fábrica, neologismo para os veículos
artesanais e de pequena produção – proibindo fabricação e licenciamento.
Reunidos na ACIARA- Associação de Construtores
Independentes de Automóveis da República Argentina – os pequenos industriais
tem produção em andamento, vendendo serviços ao exterior, e projetos prontos
para dar partida, incluindo um motor argentino.
Para o mercado brasileiro
seria bem vinda novidade dispor de veículos especiais, foram banidos de nossa
produção. Norberto Rivero, criador do Titania Paneus tem projeto avançado de
veículo para disputar o Rallye Paris
Dakar – corrido a partir da Argentina –, mas sua viabilização só ocorrerá
se houver consumo por mercado interno. Construtores como Pedro Campo – fez o
picape Eniak e o esportivo Antique -, com a licença Lotus, com Néstor.
A Argentina contorna o
bloqueio produzindo réplicas sobre chassis novos de automóveis de nomeada para
clientes europeus e norte-americanos; detém a única a licença de Lotus Seven
fora da Inglaterra; produz a Pur Sang, imbatível réplica do Bugatti série 35.
Será um novo mercado para a melhor mão de obra especializada no continente.
A
volta do Alpine, junto com o Caterham
Há algum tempo Carlos Ghosn,
brasileiro que dirige a aliança Renault-Nissan, avisou ampliar o portfólio com
duas novas marcas. Uma, superior, qualidade de Mercedes-Benz. Outra, esportiva,
para aproveitar a solidez do nome Alpine, marca assumida – e extinta pela Renault
- e representante da França nas corridas nos anos ’70. Para esta reunia as
condições: demanda de mercado por esportivo, a fábrica construída por Jean
Rédélé, mítico criador da marca Alpine, em sua Dieppe natal, e tocou o projeto.
Prático, evitou misturada industrial, pois os
processos de produção entre carros de larga produção e uso diferem
fundamentalmente dos produtos semi artesanais, onde a intensa mão de obra é
charme e pode custar caro. E, engenheiro sabido, queria retomar o DNA da Alpine
– o segredo da relação peso-potência. Ou seja, carros leves, motores pequenos,
como plotam a ecologia e os governos daqui para a frente.
Foi
atrás da Lotus, nascida com este princípio, ao aprimorar a grande referência de
pequenos esportivos, o MG TC, transformando-o em Lotus Seven.
A
Lotus já não o tinha, passado à sua revenda exclusiva Caterham, mantendo a
produção do mito e a disseminá-lo mundialmente. E a Caterham deixou de ser
inglesa, assumida pelo malaio Tony Fernandes - da Asia Air, dos negócios de
carros e engenharia automobilística Caterham e, até, do time inglês de futebol
Queens, parceiro da Renault em torno da Fórmula 1.
Novo
negócio, fábrica Alpine, para esportivos Alpine e Caterham, capital meio a meio
sob a razão social Société des
Automobiles Alpine Caterham. Gestão por Bernard Ollivier, engenheiro, 50,
metade deles em vários postos na Renault. A SAAC nascerá em janeiro de 2013, e
de produto e produção, apenas especulações e princípios básicos: baixo peso,
motor pequeno, performance.
A Renault sinalizou ter o negócio em
curso com o movimento feito no Salão de Paris, setembro, em torno dos 50 anos
do lançamento do Alpine A 110. E no daqui, recém encerrado, a filial se
esforçou para arranjar um exemplar do Willys Interlagos, no projeto Alpine
A108, para ilustrar seu estande. Acabou com uma recriação, carro novo, e fez
festa e mídia.
Roda-a-Roda
Especial – Quer
performance, exclusividade, solidez e responsabilidade de construção? A
Mitsubishi fez 40 unidades da Carbon Series sobre o Lancer Evolution, aplicando
fibra de carbono, material de Fórmula 1 em aerofólio, tomadas e saídas de ar no
capô, spoiler frontal, retrovisores,
extrator de ar, suporte da placa, bancos, volante, colunas, console, painel de
instrumentos.
Não brinca – 10ª. geração de um vencedor de rallies, é performático sedã familiar,
bem acertado, mecânica liderada pelo motor 2.0, mais potente do mundo: 16V,
injeção, turbo com radiador de ar. 295 cv de potência.
Afinação – Em Catalão, GO, afia as ferramentas para
produzir o Lancer. Lá desenvolveu, construiu e aplicou as partes em fibra de
carbono.
Começou – Entregas em dezembro, mas no Salão do
Automóvel a JAC Motors fechou 120 pedidos para o J2, carro de entrada da marca
no país.
De novo – De bem com o governo, inicia novo
ciclo: retomou construir fábrica na Bahia; carro menor, o J2 como veículo de
entrada, completo. A relação entre peso e potência sugere ser encapetado com
motor 1.4 e 108 cv.
Assim, - A JAC olhou para o umbigo e marcou cimentar a pedra
fundamental aos 29 de novembro. Data da votação de carro e moto do ano pela
Abiauto, associação dos jornalistas especializados, o que baixará o RSVP.
Horror – A Peugeot transferiu 75% de suas ações na
GEFCO, sua empresa de logística, para a SSC Russian Railways. A russa assumirá
transportar carros da PSA e da GM, sua associada. No negócio a PSA entesourou
900M euros. 100M de participação nos lucros e 800M pela transferência das
ações.
Negócio – Iveco e Larimar, italianas,
associaram-se na África do Sul para produzir caminhões e ônibus e exportar para
o Continente. A Larimar, líder como transportadora rodoviária de passageiros e
construtora de carrocerias de ônibus, desenvolveu tecnologia para os IVECO
suportar as difíceis condições. 7.000 caminhões e 1.000 ônibus/ano.
Felino – Revendas Peugeot já vendem o novo 308 com o polivalente motor 1.6
turbo de projeto BMW, fazendo 165 cv e torque máximo de 24,5 kgmf a 1.400 rpm,
atracado a câmbio automático sequencial com 6 velocidades.
Caiu – Passeando na beira do telhado, o Prisma caiu e industrialmente foi
substituído pelo Chevrolet Ônix. Comprar
unidade no estoque ? Discuta preço.
Prêmio – Bom humor no comparativo com a concorrência
deram visibilidade, crescimento de vendas, e prêmio à Nissan e sua agência de
propaganda Lew’Lara\TBWA. Quer ver ? www.youtube.com/user/nissanoficial.
Maldito - Curiosamente o filminho Pôneis Malditos, mais lembrado na
proposta corajosa bancada por Murilo Moreno, diretor de marketing, foi segundo
prêmio.
Hora de ir – Opinião pessoal, usuário de
tração nas 4 rodas e reduzida, para vencer dificuldades e terra, areia, lama,
cursos d’água, o engranzamento deve ser direto, sólido, confiável, viril.
Oposto ao oferecido por botõezinhos, alavanquinhas, pitoquinhos, acionando
motores, relês, conectores, ligações com a central elétrica, terminais, uma
renca de coisas boiolo femininas, boas para explicar porque não funcionaram na
hora requerida.
Solução – Empresa de Itumbiara, Go, criou sistema
mecânico, sequencial, com alavanca e tirantes para Ford Ranger, Land Rover,
S10, Mahindra e permite engatar e desengatar em segundos, ao contrário dos
outros. Não há para Mitsubishis, montadora mais próxima de sua sede. Razão
simples: do ramo, não usa botões. Interessado ? veja em www.easy-traction.com.br
Sem freios – Os brasilienses, fortes com a maior
renda per capita do país, R$ 1.318 x
R$ 688, são frágeis em poupança e hoje com dívida individual recordista R$ 531,
122 % acima da média nacional. Em segundo os goianos, R$ 352/habitante.
Porque - A estabilidade e bons salários do serviço público recebem
maior facilidade de serviços financeiros. Em cheques, o brasiliense é
inadimplente em 3,28%, no país a média é 15%.
Bom negócio – Papai Noel chegou antes para a
Mercedes: vendeu 2102 veículos entre caminhões Atego 1725 4x4 para o Exército e
Marinha; e 400 ambulâncias Sprinter para o SAMU.
Coração – É mineiro o coração do caminhão coreano
Hyundai 78 montado em Anápolis pela CAOA, conta o eng Enrico Vassalo, presidente
da FPT Industrial. Capital Fiat, mas
está para negócio, vendendo a terceiros motores diesel e câmbios. Os motores
são série Euro V.
Nacionalização – Para garantir índice de
nacionalização e fácil reposição de peças, a chinesa Sinotruck pediu à gaúcha
Fras-Le desenvolvesse pastilhas e lonas de freio para seus caminhões.
Patriotismo – O país se equilibra na
perigosa decisão de garantir o abastecimento de gasolina, importando mais e
pesando a balança comercial, ou segurá-la restringindo o fornecimento no fim do
ano.
Problema – Questão é, em frota nova, de carros
flex, o caro etanol não motiva o consumo, e aumenta o de gasolina, com produção
inferior à demanda, e provoca importar, piorando a má relação entre exportações
e importações, e a redução na produção interna de gasolina.
Solução - Na prática o negócio é o seguinte: quer afastar o risco do desabastecimento;
melhorar a balança de pagamentos; ser patriota? Use álcool. É caro porém é
melhor para a sua tranquilidade. A que ponto chegamos.
Crença – Parece pouco provável que o governo queira
corrigir Petrobrás e balança de pagamento ao final do ano. Os índices
econômicos são ruins e penalizar contribuinte nas férias, com racionamento e
filas é montar vidraça com vidro fino.
Melhor - Vinicius de Moraes, outro, gaúcho de Sertões, 35, Melhor Motorista de Caminhão do Brasil 2012, sobre 47 mil
concorrentes em concurso da Scania. Para ser aplaudida, na prática é curso e
motivação para fazer de tantos concorrentes divulgadores de boas práticas de
condução.
Gente – Juliana
Cabrini, jornalista, mudança, como informou a Coluna passada. OOOO Na Nissan saiu de comunicação e para relações corporativas. OOOO
Em seu lugar, Marcelo Norberto Rodrigues, jornalista, fará
ligação com imprensa. OOOO Celso
Estrella, ecologista, assume responsabilidade social. OOOO Funcionarão no Rio de Janeiro, onde a Nissan
se instala a 150 km da fábrica que constrói em Resende. OOOO A marca japonesa terá alguma
ascendência cigana: sua administração passou por S. Paulo, Curitiba e, agora –
ou por enquanto, - Rio ... OOOO
Ford. Novos produtos, novos prêmios.
A Ford Mercosul trocou dois
produtos neste ano. Reviu o pequeno utilitário esportivo EcoSport, líder de
vendas por década, mudou totalmente o picape Ranger. Projetos globais,
desenvolvidos em comum por centros de excelência e design da companhia, para mercados regionais e presença mundial.
A coragem da mudança em linhas
e sobre tudo em motores – e no caso do Ranger é tudo novo, sem aproveitamento
do chassis – e os ganhos obtidos provocou diversos júris de jornalistas
especializados premiar os novos Ford.
O EcoSport, reassumindo
liderança de vendas no segmento, foi eleito melhor SUV do ano pela argentina
PIA – Periodistas de la Indústria
Automotriz - em soma surpreendente:
79 votos. Range Rover Evoque 29, Audi Q3 21.
Na Europa, júri de
profissionais de imprensa deu ao Ranger o prêmio de Picape Internacional do Ano 2013. Após extensos testes em campo de
provas, uso dentro e fora de estrada, conforto, estabilidade e capacidade off road, conseguiu 47 pontos, mais que
a soma dos segundo e terceiro colocados, o Isuzu D-Max e VW Amarok.
Na Argentina o PIA e seus 200
participantes, deram ao Ranger primeira colocação – 99 pontos. Mais que a soma
de todos os demais concorrentes. 2º VW Amarok – 23, 3º. Chevrolet S10 – 22.
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