As empresas
filiadas à Abeiva - Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos
Automotores encerraram o mês de novembro com 8.137 unidades emplacadas. O
número é 9,9% menor na comparação com o mês de outubro, quando a entidade
registrou 9.032 unidades emplacadas. Em relação a novembro de 2011 a queda é de
46,1%. Naquele mês, a Abeiva emplacou 15.098 unidades.
Com 119.896
veículos emplacados no acumulado entre janeiro e novembro de 2012, as
associadas à Abeiva também amargam queda de 33,5%, ante o mesmo período do ano
passado, quando as marcas pertencentes à entidade emplacaram180.215 unidades.
Em paralelo, o total de vendas no mercado interno registrou alta de 6,3% com
3.291.295 unidades emplacadas este ano contra 3.096.540 nos primeiros onze
meses de 2011. Este resultado até novembro de 2012 foi parcialmente
influenciado pelo estoque de veículos disponível de 2011 no ano de 2012, sem o
impacto do aumento do IPI de mais 30 pontos percentuais, no 1º semestre. Sem
este estoque, as sucessivas quedas de vendas teriam sido mais significativas,
podendo ter sido algo ao redor de 50%.
Ao analisar o
comportamento de vendas, isoladamente do mês de novembro ante outubro deste
ano, as associadas à Abeiva registraram baixa de 9,9% e o mercado interno
também decresceu 9,1%. Na comparação de iguais períodos de 2012 e 2011,
enquanto o mercado de veículos importados caiu 46,1%, o mercado nacional caiu
apenas 2,7%.
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Flávio Padovan |
“Lembramos que
em novembro continuamos com influência positiva da redução do IPI, mas no caso
dos importados com a adição dos 30 pontos percentuais, anunciada pela
presidente em outubro. Sem esta redução, embora ínfima, o desempenho poderia ter
sido ainda pior. Novembro se apresentou como o pior mês do ano para as
associadas à Abeiva. Além disso, o setor registrou a sua 10ª queda consecutiva
de vendas. A situação do setor oficial de importação é extremamente grave”, analisa
Flavio Padovan, presidente da entidade, para quem “agora, nos preocupa também a
perspectiva do encerramento da redução do IPI em 31 de dezembro de 2012, o que
afetará as vendas a partir do mês de janeiro de 2013”.
“A situação
requer uma ação urgente por parte do governo pois, até o momento, os
importadores sequer foram beneficiados com a cota de 4.800 veículos, sem os 30
pontos de aumento do IPI, medida anunciada pelo governo no mês de outubro
último. Nossos associados estão encontrando dificuldades na aprovação da
utilização da cota de 2012. Houve uma concentração de pedidos de habilitação
junto ao MDIC. Pelo prazo disponível, não vamos ter tempo hábil para
nos beneficiarmos das cotas proporcionais para 2012, ou seja, utilizar os 3/12
da cota de 4.800 veículos, até o final de dezembro de 2012. Necessitamos de
mais agilidade por parte do governo na ampliação deste prazo de utilização para
2013, para não sermos novamente penalizados”, argumenta Padovan.
A um mês do
encerramento do ano e com as vendas em queda, a Abeiva teme não atingir a
projeção em vendas que já havia sido reduzida no mês passado, de 130 mil
unidades, para o fechamento do ano de 2012. “A provável totalização deste ano
deve significar queda entre 35% e 38% em relação ao desempenho de 2011, quando o
setor emplacou quase 200 mil unidades. Com a queda no volume do setor, nos
defrontamos novamente com a redução da rede de concessionários, postos de
trabalhos e arrecadação de impostos, porém o governo está ciente desta situação
e já deve ter avaliado que medidas restritivas no comércio internacional tem
uma influência negativa na captação e entrada de novos investimentos”, conclui.
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