SAUBER HERDA AUDI E PORSCHE VENCE WEC
Sauber herda
técnicos de primeiro escalão da Audi e Porsche vence as 6 Horas de Shangai
e garante o título do Mundial de Resistência
Não foi exatamente uma surpresa a Porsche ter garantido o
título do Campeonato Mundial de Resistência desta temporada, conquista
garantida após uma nova rodada de “falta de sorte” da Toyota. No ano que a Audi
abandona a categoria a Sauber já conta com pelo menos quatro ex-integrantes de
primeira grandeza desse time, o que alimenta rumores de quem em 2018/2019 a
marca finalmente desembarcará na F-1.
F-1 que esta semana desembarca no Brasil para a penúltima
etapa da temporada; a corrida de domingo, em Interlagos, tem chances de definir
o título: se Nico Rosberg marcar cinco pontos a mais que Lewis Hamilton ele
deixará de ser o piloto com mais vitórias na categoria sem conseguir o título
de campeão. A competição será também a última apresentação de Felipe Massa e um
fim de semana importante para definir o futuro de Felipe Nasr na categoria:
Force India, Renault e, em menor escala, Ficar na Sauber, são suas opções para
2017.
A recente onda de imigrantes da Audi para a equipe Sauber
tem bases mais antigas e forjadas no uso do túnel de vento de Hinwill –
considerado um dos melhores do mundo para carros de competição -, para
desenvolver os protótipos da WEC e os carros do DTM que levam o logotipo das
quatro argolas. Com o final do programa WEC, já são pelo menos quatro os
profissionais que migraram para a equipe suíça de F-1: Jorg Zander, Nicolas
Hennel de Beaupreau, Ruth Buscombeand e Xevi Pujolar. Zander preenche o cargo
de diretor técnico, que estava em aberto desde que o inglês Mark Smith deixou a
equipe em março, e é o maior expoente desse grupo até agora.
Como Beaupreau ocupa o posto de aerodinamicista-chefe,
Buscombeand o de estrategista e Pujolar o de engenheiro-chefe de pista, novos
ex-Audi são aguardados para aumentar essa brigada e até agora não foi anunciada
a identidade do novo investidor da Sauber, é plausível pensar que a marca alemã
já poderia estar trabalhando para desembarcar na F-1 em um fase após o grupo VW
ter-se recuperado do escândalo provocado pela fraude no controle de emissões
dos motores diesel que explodiu nos Estados Unidos. A decisão de apoiar a
equipe ABT-Schaeffler no Campeonato Mundial de Fórmula E, para carros
elétricos, não justificaria esse processo de migração em massa.
Se essa interpretação corresponder à realidade – e as
evidências são inúmeras -, continuar na Sauber seria uma opção interessante
para Felipe Nasr. O brasiliense ainda tem chances de assinar com a Force India,
mas segundo Eddie Jordan, a vaga poderá ser ocupada por Esteban Ocón. Protegido
da Mercedes, o francês de ascendência catalã tem a vantagem de azeitar a
engrenagem que liga a equipe ao fornecedor de motores. Inicialmente a casa da
estrela de três pontas tentou emplacar Pascal Wehrleim, mas a equipe rejeitou a
oferta em função do desempenho que campeão do DTM de 2015 demonstrou durante
testes no meio da temporada.
O destino de Nasr, ainda segundo Jordan, seria a Renault,
algo que interessa à marca para capitalizar no mercado brasileiro,
particularmente caso a economia do País volte a crescer no ano que vem. A
presença do brasileiro ajudaria a melhorar as vendas internas caso, finalmente,
o PIB deixe de ser negativo e volte a ser positivo.
Pneus furados prejudicam Toyota
Tal como aconteceu nas 24 Horas de Le Mans deste ano –
quando a Toyota foi derrotada por um problema eletrônico a cinco minutos da
bandeirada final -, a casa japonesa também amargou um resultado aquém do seu
potencial na penúltima etapa da temporada 2016 do WEC, sigla em inglês para o
Campeonato Mundial de Resistência. Nem por isso o esforço dos nipônicos parece
em viés de baixa: o argentino José Maria “Pechito”Lopez foi anunciado como um
dos pilotos da equipe para o ano que vem. O anúncio oficial deverá acontecer no
início de janeiro e, segundo declarações de Pascal Vasselon – diretor técnico
da Toyota Motorsport -, a escolha de pilotos já está definida. Essa informação
afeta diretamente o brasileiro Pipo Derani, que foi convidado a testar um dos
carros da equipe após a etapa final da temporada, dia 19, no Bahrain.
Na corrida de Shangai, o degrau mais alto do pódio foi
ocupado pelo trio formado por Timo Bernhard/Mark Webber/Brendon Hartley
(Porsche 919) seguido por Stephane Sarrazin, Mike Conway/Kamui Kobayashi (Toyota
TS050) e Anthony Davidson/ Sébastien Buemi/ Kazuki Nakajima (Toyota TS050). O
trio segundo colocado teve dois pneus furados, o que definiriu a corrida a
favor do Porsche vencedor. Na categoria LMP2 o quarto lugar obtido pelo Renault
Alpine conduzido por Nicolas Lapierre, Stéphane Richelmi e Gustavo Menezes
garantiu o título para a marca francesa. O melhor dessa classe foi Oreca
05-Nissan pilotado por Will Stevens/Roman Rusinov/ Alex Brundle.
Finalmente, a saída da Audi poderá ser amenizada com a
chegada da Peugeot, marca que já dominou o WEC na década de 1990. O diretor da
Peugeot Sport, Bruno Famin, há tempos vem dando declarações que a marca poderia
voltar ao Campeonato Mundial de Resistência se algumas alterações no
regulamento fossem consideradas.
WG
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