De janeiro a setembro deste ano as fabricantes de
motocicletas produziram 777.091 unidades, volume 19,2% superior ao mesmo
período de 2017, quando saíram das linhas de produção 652.092 unidades, de
acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de
Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo.
Na análise isolada de setembro
também foi registrado aumento em comparação com o mesmo mês do ano passado. De
acordo com números da entidade, em setembro foram produzidas 80.690 unidades,
alta de 5,2% sobre o mesmo mês de 2017 (76.668 unidades). Na comparação com
agosto (105.340 unidades), no entanto, houve uma redução de 23,4%, o que é
atribuído, em parte, ao fato de setembro ter contado com 19 dias úteis de
comercialização, ante 23 dias do mês anterior.
“Enxergamos
os resultados registrados até o momento com entusiasmo, porque isto significa
que a nossa expectativa de crescimento no volume de produção será alcançada”,
comenta Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Em julho, a entidade havia
revisado para cima a projeção de produção, passando de 935 mil para 980 mil
unidades, o que significa um crescimento de 11% em 2018, na comparação com o
ano passado.
Segundo Fermanian, fatores
como a redução do índice de inadimplência, maior oferta de crédito pelas
instituições financeiras, expansão de negócios de consórcio e o crescimento da
confiança do consumidor alimentam o aumento da demanda e isso reflete no volume
de produção das fabricantes de motocicletas.
Na análise de vendas do
atacado – das fabricantes para concessionárias – foi verificado um
crescimento de 20,9% em setembro (76.669 unidades), em comparação com o mesmo
mês de 2017 (63.428 unidades), e uma queda de 19,3% sobre agosto, cujo volume
foi de 94.987 motocicletas. No acumulado dos nove meses foram vendidas 711.747
motocicletas para as lojas, o que significa um avanço de 18% sobre o mesmo
período do ano passado, que havia totalizado 603.350 unidades.
Entre as categorias com mais
motocicletas comercializadas em setembro os destaques foram a Street, que
aparece no topo do ranking com 56,3% de participação (43.166 unidades); a
Trail, com 18,7% (14.367); e a Motoneta, com 11,3% (8.679). Na sequência,
vieram Scooter, com 7,3% (5.598), e Naked, com 2,6% (1.983 unidades).
Emplacamentos
Com base nos dados do Registro Nacional de Veículos Automotores
(Renavam), as vendas de motocicletas no varejo totalizaram 74.067 unidades em
setembro, representando uma alta de 11,9% sobre o mesmo mês de 2017 (66.209
unidades). Na comparação com agosto (88.906 unidades), houve queda de 16,7%.
No acumulado de janeiro a setembro as vendas no varejo cresceram 8,7%,
totalizando 695.928 unidades, ante 640.063 unidades no mesmo período do ano
passado.
A média diária de vendas em setembro ficou em 3.898 unidades,
comercializadas em 19 dias úteis e correspondendo a uma elevação de 17,8% sobre
o mesmo mês do ano passado (3.310 unidades), que teve 20 dias úteis. Na
comparação com agosto (3.865 unidades), houve uma queda de 0,8%.
Exportações
Em setembro foram enviadas para outros países 3.336 motocicletas
fabricadas no PIM, significando queda de 70,2% sobre o mesmo mês de 2017
(11.208 unidades). Já na comparação com agosto (7.537 unidades) a redução foi
de 55,7%.
A queda acentuada no volume de exportações deve-se ao fato de a
Argentina ser o principal destino das motocicletas brasileiras, chegando a
72,4% de participação em relação ao total exportado em setembro, e aquele país
convive com sérias dificuldades econômicas, que afetam diretamente o consumo de
veículos automotores.
As exportações no acumulado de janeiro a setembro totalizaram
57.132 motocicletas, o que representou uma queda de 3,6% sobre as 59.244
unidades exportadas no mesmo período do ano passado.
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