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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Roberto Nasser - De carro por aí


Coluna 2118 - 25.05.2018 - edita@rnasser.com.br


RAM 2500, de novo
Vai e volta, o picape RAM retorna. Vem do México com isenção tributária facilitada por acordo comercial, ocupa lugar de destaque. A julgar pelo volume e torque, do maior destaque.

RAM deixou o prefixo Dodge e passou a marca própria. Mantém o poderoso arcabouço mecânico liderado por motor diesel Cummins, 6 cilindros, 6,7 litros, 330 cv de potência e torque de 104 m.kgf. Pela potência específica – a relação entre cilindrada e cavalagem -, nota-se não ser projeto para picape, mas para caminhão. É coerente: seu porte, a falta de refinamento mecânico notável pelo eixo rígido frontal, o motor, deslocam-no da concorrência com picapes para posição superior. Não é exatamente o carro para Agroboy, o motorista com a boa renda da primária atividade agrícola. Afinal Agroboy consome, e o picape por suas dimensões, incluindo a configuração da cabine dupla, é de difícil entrada na maioria das garagens de shoppings e, se o fizer, tomará quatro vagas.

FCA foca com precisão sua clientela, e nela inclui a atividade rural jogo duro, os praticantes e adeptos da doma animal. Outro item separador é a exigência de Carteira de Habilitação C.

Como
Nos EUA, seu maior mercado, destaca-se pela superior capacidade de reboque, muito apreciada para trailers e lanchas. Aqui tal demanda é irrisória, e a escolha foca a clientela da produção rural. Nova marca é identificada por grade refeita, impositiva, com o emblema RAM, e do deslocamento do emblema com cabrito montês para a tampa traseira. Na complementação, aplicou-se ao conforto da interconectividade, com central Uconnect em tela de pouco mais de 20 cm, e evolução dos sistemas Android Auto e Apple Car Play.

Mecânica emprega eixo dianteiro rígido – dependente, como dizem os puristas nas firulas da linguagem técnica -, sistema resistente ao trabalho e desconfortável ao uso. Motor diesel Cummins, 6,7 litros, atracado a transmissão automática de 6 velocidades. E tração nas 4 rodas e marcha reduzida.

Tratamento refinado a partir do interior revestido em couro, dianteiros com regulagens elétricas. Na segurança, seis bolsas de ar, controle de estabilidade, de tração, monitoramento eletrônico da rolagem da carroceria, de balanço do reboque. Por R$ 265 mil.

Picape Mercedes Classe X by Brabus
Preparadora de automóveis Mercedes-Benz – vende-os transformados no Brasil ou os kits -, a alemã Brabus aplicou-se a modificar o recém apresentado picape Mercedes Classe X. Chamou-o PowerXtra. Aparentemente baseou-se em suposta negativa da AMG, a associada da Mercedes na preparação de seus automóveis, e surfou na novidade.

Talvez tenha sido o último projeto de seu fundador, Bodo Buschmann, ido mês passado, como lembra o argentino Autoblog. Quando lançado ao mercado sul americano, o Mercedes Classe X advirá de transformação industrial sobre o também picape Nissan Frontier, atualmente em montagem na Argentina.
O rótulo Brabus se aplica sobre a versão intermediária 250d. Motor diesel, L4, 2,3 litros, propelido de 190 cv a 211, e torque de 450 Nm a 510 Nm.

Com a limitação no desenvolvimento mecânico, a Brabus atacou a decoração. Adotou rodas de liga leve e 20”de altura, mudou grade, faróis e para choques dianteiro, e adotou os must atuais: quádrupla saída de escape e duas baterias em luzes de LEDs.

Representante brasileiro, paulistana Strasse trará os kits de desenvolvimento e decoração, mas vendas só após lançamento, previsto para o fim de 2019.

Nos EUA, na grande briga pela rentável faixa de mercado dos picapes, General Motors aderiu aos esforços tecnológicos para baixar peso, consumo, emissões. Dobrou opção de motores disponíveis para seus novos picapes Chevrolet Silverado e GMC Sierra 1500. Passo importante, incluiu novo propulsor com quatro cilindros, capaz de desligar dois quando não há demanda no serviço. 

Será o primeiro picape no mercado apto a tal proeza mecânica. O motor é de ciclo Otto, para gasálcool, L-4, 2,7 litros, turbo, 310 cv de potência e 157,9 m.kgf em torque. Intenta superar números legais do líder Ford F 150, e seu intenso uso de alumínio, e o redesenhado RAM 1500. Entusiasmo institucional, o vê como substituto do tradicional V6 a gasolina, 305 cv e 138,3 de torque.  Bom sinal, indica compromisso com necessária mudança. Desafio, pois em tais Chevrolet e GMC para 900kg de carga, 80% dos clientes prefere V8.

Rodado duplo
Festa – Belcar, criada como revenda VW Caminhões na saída de Goiânia para São Paulo, festeja 35 anos. Boa história, ajudou a implantar marca nova, sobreviveu às crises, virou representante da MAN.

Elétricos – Corpus Saneamento e Obras, empresa de recolhimento de lixo adquiriu 200 unidades elétricas à chinesa BYD. Receberá 21 em setembro. Empresa quer expor-se como compromissada com preservação ambiental, redutora da poluição sonora e de emissões.

Vantagens – Em testes é mais silencioso e confortável no mercado, superando concorrentes movidos por diesel, e menor CTP – custo total de propriedade.

Aqui ? – Prazo para entrega até 2023 e BYD, com fábrica de ônibus no interior paulista, aparentemente espera incentivos incluídos no programa Rota 2030 para saber se vale a pena montar operação industrial no Brasil.

Dúvida – Fechado o ano fiscal de 2017 na operação América Latina, Nissan diz ter anotado crescimento: de seu picape Frontier vendeu 5% mais em relação a 2016. Parece número negativo, ante os 20% de expansão do mercado e o comparativo entre produtos velho e novo.

Roda-a-Roda

Surpresa – Inglesa Aston Martin, andando mal das pernas, passou controle acionário a grupo de investimento e 5% à Daimler – para garantir fornecimento de motores Mercedes AMG -, surpreendentemente deu lucros no primeiro quadrimestre.

Muito - 43,7 milhões de libras antes dos impostos. Num cálculo de balanços, proporcionalmente o maior do mundo. Mudança é creditada à revivificação da marca com a criação de versões Vanquish Zagato Volante, Speedster e o DB4 GT Continuation. Aposta na mudança de produtos, como o recente Lagonda.

Números – Lucros subiram, produção caiu: apenas 963 carros no período, contra 1.203 em igual período em 2017, creditada ao processo de troca de modelos. Preço dos carros subiu médios 11%.

Futuro – Maurício Macri, presidente da Argentina foi a Córdoba, base de sua indústria automobilística, cobrar colaboração dos industriais no incentivado Plan Un Millón – visando fabricar 1M de veículos em 2023.

Cobrança – Quer 40% de conteúdo local, peças argentinas, nos veículos lá produzidos. Hoje anda em 20%. Aproveita previsto recorde de produção, uns 20% e de exportações, 40%. Mais nacionalizado é Toyota HiLux, mais de 40%.

Promessa – Utilizou linguagem sensibilizante: se a meta for atingida reverá a carga tributária sobre veículos. E prometeu melhorar o modal ferroviário para transportar autopeças e veículos prontos aos portos.

Vem aí – Desdobramento do projeto da Volkswagen em ter brevemente 5 SUVs no mercado, o Projeto Tarek, a ser vendido como Tharu, foi apresentado na China. É menor relativamente ao Tiguan 5 lugares. Argentina em 2020, no espaço industrial do CrossFox. No Brasil, novidade será o T-Cross, próximo ano.

Maquiagem – Como antecipou a Coluna, novos Gol e Voyage marcam-se pelas mudanças frontais, seguindo o Gol Track, com capô mais elevado e linhas ligando os faróis redesenhados. Dentro, novo desenho para o painel frontal. Em segurança o ESS – sistema faz piscar as luzes de freio quando pedal é acionado virilmente. Motores 1,0 e 1,6 de três e quatro cilindros, transmissão 5 marchas.

Sinal – Há opções, pacotes, mas única versão. É a última mudança antes do novo modelo.

Registro – Toyota comemora meio milhão de unidade do Etios em sua usina de Sorocaba, onde já produz o Yaris. Inicialmente mal definido, provocou intervenção branca na empresa, congelamento de carreiras, mudança de pessoal e, surpresa, correções no produto.

Coluna - Num almoço de aproximação – eu cortara relações com a empresa e seu péssimo serviço de relacionamento com a imprensa -, ao conhecer Steve St. Angelo, número 1 para a América Latina, exibiu-me a Coluna dizendo ter feito todas as mudanças nos itens apontados, exceto a saída de ar, não direcionada ao motorista. O Etios, Toyota mais vendido, provocou nova fase na empresa.

Segurança – Ford apresentou na Europa câmera de ré oferecendo visão de 180 graus, freando ao detectar obstáculos. É grande auxílio aos motoristas incapazes de estacionar de marcha-a-ré. Equipa o novo Focus – mas só virá ao Brasil caso seja importado da Europa.

Muda – BMW mudou a logomarca de sua controlada Mini. Segunda vez desde 2001 quanto reinventou o brilhante automóvel. Segundo diz, emblema espelha valores tradicionais alinhados a espírito de desenvolvimento.

Oportunidade – Volkswagen reabriu seleção a estágio de estudantes em seu Talento Volkswagen Design. Um ano num centro de excelência. Interessado? www.volkswagen.com.br/design
Projeto e memorial descritivo no tema #formfollowsfreedom a talentovwdesign@volkswagen.com.br

Solução – Respingos de tinta, graxa, cola de adesivos, coco de passarinho, tudo removível pelo Tira Grude Tapmatic. Á base de Aloe Vera retira-os sem danificar a pintura dos veículos. Custa uns R$ 15. Embalagem 40 ml.

Nova – Moto KTM 390 Duke abs já à venda. Projeto inspirado nas soluções das motos de competição: chassis, distribuição de peso; suspensão frontal. Motor monocilíndrico, 373,2 cm3, 44 cv. R$ 24 mil. Montada em Manaus, pela Dafra.

Storica – Mais charmoso rallye do mundo, re-editando a Mille Miglia, uma das corridas de maior expressão até a década de ’50, disputado em estradas italianas em quase 1.500 km, e admitindo apenas veículos das marcas e tipos que anteriormente nela competiram, teve resultado surpreendente.

Hermano – Persistente e preparado argentino Juan Tonconogy, tendo sua mulher Barbara Ruffini como navegadora em Alfa Romeo 6C 1500S de 1933.

Terceira vitória. À frente apenas o hiper perfeccionista Giuliano Cané, italiano vencedor de 10 edições. Argentinos lá competem anualmente. Brasileiros, apenas a dupla Feldman+Nasser, edição 1999, pela equipe Mercedes.

Gente – Paulo Manzano, engenheiro, fotógrafo, regulagem fina. OOOO Deixou a área de comerciais da PSA e foi-se à Jaguar Land Rover. OOOO Gerente de Marketing e Produto. OOOO Gustavo Soloaga, argentino, economista, ascensão. OOOO Era Vice Presidente Senior Financeiro da PSA na América Latina e será novo nº 1 do grupo na Argentina. OOOO Sucede Carlos Gomes, português, enviado a gerir empresa na China e Sudeste Asiático. OOOO Oduvaldo Viana, administrador, promoção: diretor de marketing da Bridgstone. OOOO Impulsionar vendas e posicionar marcas Bridgestone, Firestone e Bandag. OOOO José Luiz Gandini, empresário, 61, lazer. OOOO Presidente da Kia no Brasil, Uruguai, e da associação classista, novo Comodoro do Yatch Club de Ilhabela. OOOO Lapo Elkan, atração. OOOO Irmão do presidente da FCA, herdeiro da marca, praticante da porraloquice explícita, mas autor de vitoriosos projetos de lançamentos de produtos, vida atribulada e criativa, estará no Congresso da Automotive News. OOOO Dirá como se tornar fornecedor das grandes marcas. OOOO Se não for em apertado terno vermelho, um de seus registros, irá monocromático com enormes lapelas ... também de sua criação. OOOO Não passa despercebido. OOOO

O bem resolvido porta malas do Fiat Cronos
Fazer porta malas em automóvel três volumes derivado de hatch, exige artes.

Razão simples. Parte mais cara do automóvel é a base, ou plataforma. E por questões de custo e de processos industriais deve-se utilizar plataforma nuclear permitindo, com pequenas alterações, gerar versões para aplicações diversas. É o caso, por exemplo, dos carros de dois volumes, usualmente terminados por uma porta traseira, atendendo a universal denominação de hatch, e os de três volumes, os sedãs.

Na prática, parece simples, e o é para veículos sem compromisso estético, quando vistos de perfil expõem visualmente parecem ter sofrido solda extensa acrescendo chapas moldadas em forma de porta malas.

Fazer três volumes sem lembrar hatch dois volumes é um tira teima.
O Fiat Cronos é particularmente feliz neste aspecto. Projetado no Brasil vale-se apenas da parte frontal do Argo, com quem divide boa parte da plataforma. Pequeno aumento na distância entre eixos, novo teto, traços particulares em para lamas e capô, dão personalidade a seu traço. Outro aspecto de bom resultado é a disposição e a capacidade do porta malas, cabendo a 525 litros, muito bom e capaz de absorver bagagem familiar em viagens e passeios. Para aumentá-lo, os bancos traseiros se rebatem em três partes para compor bagagens desacorçoadas e um passageiro.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Evolução em design e conforto marcam centenário das picapes Chevrolet

cem anos a Chevrolet introduzia o modelo 1918 da One-Ton, abrindo caminho para um século de picapes emblemáticas. Para comemorar esse marco, a empresa relembra os veículos mais icônicos da sua história no Brasil e no mundo. Ao todo são mais de 85 milhões de unidades produzidas.

Embora o design das picapes Chevrolet tenha mudado radicalmente nos últimos 100 anos, uma coisa sempre foi verdadeira: a forma segue a função conforme os veículos evoluíram para atender às novas necessidades dos consumidores.

“Hoje, os projetistas de picapes na Chevrolet focam no design orientado que cria opções de personalização e personalidade para uma ampla gama de clientes”, diz Rich Scheer, diretor de Design Exterior de picapes da marca.

Apesar de a caçamba para o transporte de carga continuar caracterizando as picapes, esse tipo de veículo vem agregando novas características ao longo deste período.

“A principal evolução das picapes nestes 100 anos está na cabine, para maior segurança e conforto dos passageiros”, observa Rodrigo Fioco, diretor de Marketing de produto da Chevrolet.

As picapes mais modernas atualmente oferecem equipamentos antes encontrados apenas em carros mais sofisticados. Um bom exemplo é a própria S10, que incorporou à linha 2018 da versão a diesel o CPA (Centrifugal Pendulum Absorber), que ajuda a reduzir os níveis de ruído e de vibração da picape a patamares similares aos de automóveis de luxo.

O modelo brasileiro, aliás, ganhou uma série limitada comemorativa aos 100 anos de picape Chevrolet no mundo. Apesar do acabamento vintage, a S10 100 YEARS traz a robustez da carroceria montada sobre longarinas, a força do motor 2.8 Turbo Diesel e tecnologias de conectividade total, como o sistema de telemática avançado OnStar e o multimídia MyLink compatível com Android Auto e Apple CarPlay.

Outras picapes Chevrolet no mundo estão celebrando o centenário com a mesma caracterização, entre elas a Colorado e a Silverado, nos Estados Unidos.

Aqui estão as 10 picapes Chevrolet mais emblemáticas nos últimos 100 anos no Brasil e no mundo:


1918 One-Ton: A primeira picape de produção comercial da Chevrolet foi inspirada em veículos utilizados nas fábricas da marca para mover peças de um lugar para outro. Em termos mais simples, esse é um exemplo do princípio “a forma segue a função”. Era um chassi rolante com cabine aberta, motor de quatro cilindros em linha e uma estrutura que permitia aos clientes instalarem a carroceria que melhor se encaixava a suas necessidades, e não passava dos 40 km/h. Um elemento de design marcante é o emblema da gravata borboleta na cor azul escura, quase preta, com proporções e tipo de fonte que remetiam à sofisticação da época, visual muito próximo ao do logo adotado na série comemorativa de 100 anos.

1929 Series AC: O modelo foi a primeira picape da Chevrolet projetada com cabine fechada, dando origem a um conceito que se mantém até hoje, visando a maior proteção e comodidade dos passageiros. É também nessa época que as picapes começam a ganhar mais elementos estéticos, como a possibilidade de diferentes combinações de cores para a carroceria. Tinha motor V6 econômico para a época.

1938 Half-Ton: A primeira picape projetada no então recém-inaugurado Centro de Design de Harley Earl, o primeiro executivo de design da GM. A partir deste ano, observa-se que as picapes começam a ganhar identidade própria para diferenciar-se dos automóveis de passeio. As proporções realmente evoluíram, criando uma picape mais baixa e mais longa com uma grade estilizada e para-lamas elegantes e alongados.

1947 Série 3100: Referência mundial quando o assunto é picapes vintage, foi lançada com “design avançado” porque era maior, mais forte e sofisticada. A grade horizontal de cinco barras substituía os modelos verticais do passado e acabou se transformando numa espécie de assinatura das picapes Chevrolet a partir de então. Os para-lamas passavam a ser mais integrados à carroceria, e os faróis deslocados para as extremidades do veículo, o que o fazia parecer mais “parrudo”. O resultado foi um visual charmoso e com ótimas proporções. No Brasil, inaugurou a categoria “picape leve” e era usada inclusive como carro de passeio, uma tendência até os dias de hoje. Anos depois, começou a ser produzido em São Caetano do Sul com design e sobrenome exclusivos, a 3100 Brasil.

1955 Série 3124: Devido à sua beleza, o modelo Task Force ficou conhecido por aqui como “Marta Rocha”, a Miss Brasil de 1954 e eleita uma das mulheres mais bonitas do mundo no ano seguinte. Foi a primeira picape Chevrolet a adotar o estilo Fleetside - a linha de cintura da caçamba alinhava-se à da cabine e à dos para-lamas, compondo um formato completo e elegante da dianteira à traseira. Também foi a primeira picape da marca a utilizar-se do recurso da reestilização ao longo dos anos para manter-se atualizada e competitiva comercialmente.

1967 C10: O design esguio, marcado pelas linhas retas da carroceria, remetia ao estilo mais moderno e funcional para melhor aproveitamento do espaço na caçamba e na cabine. Trazia para-brisa panorâmico, com melhor visibilidade. A lateral da carroceria tinha uma linha que seguia em direção à traseira. A barra na grade dianteira conectava o centro do farol com a gravata borboleta —elemento consistente até hoje. Neste período a pintura metálica foi introduzida, permitindo destacar vincos da carroceria que antes não eram aparentes. Um modelo homônimo e de estilo parecido fez muito sucesso no Brasil do fim dos anos 60 até início dos anos 80, intervalo em que as picapes começaram a ganhar itens antes exclusivos de carros de luxo, como a direção hidráulica.

1985 Série 10/20: Uma das picapes brasileiras mais emblemáticas que segue a tendência de estilo da década, com linhas retas, faróis e lanternas envolventes. Vinha com retrovisor do lado direito e a caçamba inovava com ganchos nas bordas que facilitavam a amarração da carga. Como o nome sugere, a série se dividia em duas configurações: a “série 10”, com capacidade de carga de 0,5 tonelada e a “série 20”, que carregava até 1 tonelada. Eram sempre precedidas de uma letra que indicava o tipo do combustível utilizado: A (etanol), C (gasolina) e D (diesel).

1988 Silverado: Foi a primeira picape cujo design fora influenciado pela aerodinâmica, e até por isso parecia muito avançada para o seu tempo. Essa mesma lógica se aplicou ao interior, com um painel de instrumentos baixo, envolvente e com elementos de aparência futurista. Chegou ao Brasil nos anos 90 com pequenas modificações, como nos faróis e nas lanternas, essencialmente para atender o código de trânsito local. Principalmente pelo seu visual disruptivo para a época, é considerada hoje um veículo clássico em mercados onde foi comercializada.

2004 Montana: Seguindo a tradição de oferecer também picapes compactas derivadas de automóveis, como a Chevy 500 e a picape Corsa, a Chevrolet lançou no Brasil a Montana, que se diferenciava das antecessoras pela cabine mais espaçosa e por ter a maior caçamba da categoria - perfeita para um carro de carga mais acessível e prático para o dia a dia. A segunda geração da Montana foi apresentada em 2010, com forte inspiração no estilo do Agile, mantendo porém o conceito de cabine estendida e step side lateral para facilitar o acesso aos itens transportados.


2012 Nova S10: Baseada na S10 norte-americana, a brasileira foi lançada em 1995 como uma opção de picape média, útil tanto para o trabalho como para o lazer. A segunda geração do modelo cresceu e logo se destacou pelo porte poderoso e, ao mesmo tempo, refinado, seguindo a nova escola de design das picapes Chevrolet no mundo. Trouxe de volta ainda o aspecto da resistência, ainda que altamente influenciado pela aerodinâmica. Atualmente, diferencia-se das concorrentes pelo rodar altamente confortável e por ser a única a oferecer conectividade total.