sábado, 30 de dezembro de 2017

Tarcísio Dias em Mecânica Online

As marcas de 2017 e o que esperar de 2018

O hodômetro já está próximo de mudar de quilometragem percorrida. Vamos celebrar um novo ano passando a rodar no km 2018 com muito do que foi revelado em 2017. Aqui não é diferente, temos as marcas do que se foi e os sonhos que vamos ter. Não tem como fugir desse tema no final do ano em nossa coluna, mas o clima de trabalho realizado e a preparação para começar ainda melhor precisam ser comemorados por todos nós.

A realidade brasileira é muito difícil. Temos um desemprego altíssimo, uma violência de guerra nas ruas, justiça lenta e políticos que trabalham em causa própria. Vamos sobrevivendo, mas não está fácil para ninguém.

A indústria automotiva está sempre acreditando na recuperação. Mas a indecisão de políticas sérias e firmes por parte do governo pode resultar numa fase de dúvidas e indefinições, que vão atrasar os próximos passos do setor.

Na coluna passada abordamos os “Melhores Veículos de 2017 para 2018”. Hoje o assunto fica nas marcas e desejos que teremos para o novo ano.

A Honda criou um segmento único, seu, com o lançamento do WR-V. Caro, o cliente investiu mais pelo pós-venda e imagem que a marca possui no mercado, que nos itens oferecidos no modelo. Vida difícil num mercado cada vez mais concorrido. A esportividade está na agenda da marca com Honda Civic Si. No início do ano será a vez da quinta geração do CR-V, que ganha novo tamanho, refinamento e motor turbo.

A Renault bem que poderia usar o slogan da irmã Nissan pelo seu “atrevimento”. Com design marcante e a opção da transmissão automática de seis velocidades, o Captur encanta por onde passa. Mas o atrevimento ficou por conta do lançamento do Kwid. Muitas pessoas curiosas perguntavam sobre o “suv” pequeno da Renault.

A marca conseguiu conquistar os clientes antes mesmo do lançamento. Adequado para sua proposta, o Kwid surpreendeu positivamente e negativamente o consumidor: ágil, econômico e até mesmo espaçoso. Já um recall de todos os modelos produzidos assustou, mas a Renault fez os devidos ajustes e o modelo já é oferecido até na Argentina. Em 2018 a fabricante deve atualizar o Duster no visual e reforço na lista de equipamentos.

2018 com certeza será um ano de boas novidades no segmento das picapes grandes. Renault (Alaskan), Mercedes-Benz (Classe X) e Nissan preparam boas notícias. Ainda assim, a Nissan conseguiu acelerar o processo e lançou a nova Frontier. Única grande novidade no ano em seu segmento, conquistou muitos prêmios e mostra bons eventos mecânicos e de construção.

Falando em japonês, a Toyota é outra fabricante que tem conquistado seu merecido reconhecimento no mercado. Investindo em modelos confiáveis como o Corolla, que ficou mais seguro, tem o Etios muito bem em seu segmento e de reputação com o consumidor. Hilux ficou mais esportiva e tecnológica, mas tecnologia de verdade e inovadora quem oferece é o híbrido Prius, que já começa a conquistar um número maior de consumidores.

Em meados de 2018 será a vez do hatch Yaris, que ficará posicionado entre o Etios e o Corolla chegar por aqui.

A Audi fortalece sua presença no Brasil. A3 e Q3 são destaques em eficiência energética e bom comportamento dinâmico. Novos Q5 e A5 vão no mesmo caminho, com a diferença do tamanho. 

Nova geração do A8, que combina inteligência artificial e direção autônoma chega no próximo ano.

A Ford começou 2017 com mais uma versão para o Ka, a Trail. Comportado e justo, o modelo de entrada da marca agrada quem procura economia e boa dirigibilidade. Renovação do ano, o EcoSport ganhou a inédita motorização 1.5 litro com três cilindros e foco na eficiência energética mas sem perder na dinâmica. Desafio não é fácil. New Fiesta também ganhou modificações de estilo. Logo no início do próximo ano será a vez do Mustang ganhar as ruas brasileiras.

Em 2017 acompanhamos o nascimento da Nova Volkswagen e muitos investimentos. Não por acaso o Carro do Ano, prêmio promovido pela AutoEsporte, elegeu o Novo Polo como destaque. Muito bem acertado, o carro foi pensado em todos os aspectos: segurança, design, interior tecnológico, eficiência energética e baixo custo de propriedade. Ainda tem gente que diz que ele é um Gol maior. 

Recomendo que passe numa concessionária e veja as muitas diferenças. Se você dirigir, então, sua opinião será muito diferente.

Para 2018 já temos a chegada do sedã do Novo Polo, o Virtus, com preços estimados entre R$ 60.000 e R$ 80.000. No Salão do Automóvel, em São Paulo, o destaque da Volks deve ser o T-Cross, um SUV para brigar com Renegade e HR-V.

A Fiat, aliás o grupo FCA, trabalhou muito no ano e não teve vida fácil. Saiu de cena o Punto. Chegou o Argo. Com acabamento interno muito bom para seu segmento, mecânica eficiente e tecnologias, o Argo só faltou ter uma identidade própria, um design verdadeiramente italiano e único, para ser ainda mais falado nas ruas. Recall já agora ao final do ano complicou a imagem do Argo e principalmente da picape Toro com motorização diesel. Jeep Compass é sucesso absoluto com sua boa relação de custo e benefícios.

Na agenda da Fiat temos o sedã do Argo, Cronos, ainda no primeiro trimestre.
E o carro do ano na Europa também veio para o Brasil. A Peugeot não poupou tecnologias, acabamento e comodidades no Novo 3008. O carro impressiona em todos os sentidos com destaque para acabamento interno e estilo futurista incorporado.

Em ano de FENATRAN comemoramos os 60 anos de presença no Brasil da Scania e da Ford Caminhões. A feira mudou de lugar, ficou ainda mais bonita e o mercado parece que vai realmente retomar o crescimento.

A Chevrolet trouxe seu SUV mais completo para o Brasil: Equinox. Repleto de tecnologias e com a mesma motorização do Camaro, o carro anda muito.

E falando em andar muito, agora é só esperar mais alguns metros e entrarmos numa quilometragem nova. Que tenhamos paz, amor e saúde para enfrentar o ano imprevisível com copa do mundo e eleições. Não há dúvidas que será um ano rápido, então é preciso ter atenção e dirigir com segurança para não perder o traçado. 
Feliz 2018 para todos nós!


Tarcisio Dias é profissional e técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica e Radialista, desenvolve o site Mecânica Online® (www.mecanicaonline.com.br) que apresenta o único centro de treinamento online sobre mecânica na internet (www.cursosmecanicaonline.com.br), uma oportunidade para entender como as novas tecnologias são úteis para os automóveis cada vez mais eficientes.

Coluna Mecânica Online® - Aborda aspectos de manutenção, tecnologias e inovações mecânicas nos transportes em geral. Menção honrosa na categoria internet do 7º Prêmio SAE Brasil de Jornalismo, promovido pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade. Distribuída gratuitamente todos os dias 10, 20 e 30 do mês.



Rally Dakar 2018 – Categoria para UTVs é aposta brasileira na edição de 40 anos

A edição histórica de 40 anos do Rally Dakar reserva desafios extremos a partir do dia 6 de janeiro. Com largada em Lima, no Peru, os competidores enfrentam mais de oito mil quilômetros por caminhos que ainda passam pela Bolívia e Argentina – onde os campeões serão conhecidos no dia 20, em Córdoba. A categoria para UTVs é aposta brasileira na prova, com destaque para a dupla Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin a bordo do veículo Can-Am Maverick X3.  



Bicampeão mundial da modalidade entre os carros da classe T2, o piloto paulista soma seis participações no Rally Dakar. Na última delas, em 2013, Varela foi o primeiro brasileiro a completar o Rally Dakar sozinho a bordo de um UTV, o Can-Am Commander. A categoria exclusiva para UTVs ainda não havia sido criada, tanto que os veículos faziam parte da classe T3, uma divisão dos carros.

Varela soma mais de 360 provas off-road disputadas. “A motivação é grande para buscar esse título inédito na minha carreira, ainda mais com o Can-Am Maverick X3, extremamente resistente e versátil. O veículo foi o vencedor em todas as provas dos campeonatos brasileiros de rally baja e de cross country em 2017. Tenho plena confiança no Gugelmin como navegador e na equipe Can-Am Divino Fogão/South Racing, vamos com tudo para brigar pela taça dos UTVs”, observou o piloto.

O catarinense Gugelmin está a caminho da sua terceira participação no Rally Dakar. O navegador possui 19 anos de experiência nas competições off-road. “Estive em duas edições entre os carros, mas será a primeira vez na categoria para UTVs. Estar em um desafio totalmente novo é maravilhoso e muito empolgante, principalmente com chances reais de título. O principal objetivo é levar o Brasil ao lugar mais alto do pódio”, concluiu.  

Confira o roteiro* completo dos UTVs no 40º Rally Dakar:

6/1/2018 – 1ª etapa 
Lima / Pisco (Peru) 
Deslocamento: 241 km 
Especial (trecho cronometrado): 31 km 
Total do dia: 272 km 

7/1/2018 - 2ª etapa 
Pisco / Pisco (Peru) 
Deslocamento: 11 km 
Especial (trecho cronometrado): 267 km 
Total do dia: 278 km 

8/1/2018 - 3ª etapa 
Pisco / San Juan de Marcona (Peru) 
Deslocamento: 207 km 
Especial (trecho cronometrado): 295 km 
Total do dia: 502 km


9/1/2018 - 4ª etapa 
San Juan de Marcona / San Juan de Marcona (Peru) 

Deslocamento: 114 km 
Especial (trecho cronometrado): 330 km 
Total do dia: 444 km 

10/1/2018 - 5ª etapa 
San Juan de Marcona / Arequipa (Peru) 
Deslocamento: 665 km 
Especial (trecho cronometrado): 267 km 
Total do dia: 932 km


11/1/2018 - 6ª etapa 
Arequipa (Peru) / La Paz (Bolívia) 

Deslocamento: 445 km 
Especial (trecho cronometrado): 313 km 
Total do dia: 758 km 

12/1/2018 - Dia de folga 
La Paz (Bolívia)

13/1/2018 - 7ª etapa 
La Paz / Uyuni (Bolívia) 
Deslocamento: 301 km 
Especial (trecho cronometrado): 425 km 
Total do dia: 726 km 

14/1/2018 - 8ª etapa 
Uyuni / Tupiza (Bolívia) 
Deslocamento: 86 km 
Especial (trecho cronometrado): 498 km 
Total do dia: 584 km 

15/1/2018 - 9ª etapa 
Tupiza (Bolívia) / Salta (Argentina) 
Deslocamento: 512 km 
Especial (trecho cronometrado): 242 km 
Total do dia: 754 km 

16/1/2018 - 10ª etapa 
Salta / Belén (Argentina) 
Deslocamento: 423 km 
Especial (trecho cronometrado): 372 km 
Total do dia: 795 km 

17/1/2018 - 11ª etapa 
Belén / Fiambalá / Chilecito (Argentina) 
Deslocamento: 466 km 
Especial (trecho cronometrado): 280 km 
Total do dia: 746 km 

18/1/2018 - 12ª etapa 
Fiambalá / Chilecito / San Juan (Argentina) 
Deslocamento: 269 km 
Especial (trecho cronometrado): 522 km 
Total do dia: 791 km


19/1/2018 - 13ª etapa 

San Juan / Córdoba (Argentina) 
Deslocamento: 559 km 
Especial (trecho cronometrado): 368 km 
Total do dia: 927 km


20/1/2018 - 14ª etapa 

Córdoba / Córdoba (Argentina) 
Deslocamento: 165 km 
Especial (trecho cronometrado): 119 km 
Total do dia: 284 km.

TOTAL DE DESLOCAMENTOS: 4.464 km 
TOTAL DE ESPECIAIS: 4.329 km 
TOTAL DA PROVA: 8.793 km

Beto Monteiro visa temporada completa na Stock Car

Beto Monteiro é conhecido no esporte nacional por ter um dos currículos mais variados do automobilismo. O piloto pernambucano conciliou, em 2017, a atuação na Copa Truck e na Stock Car, aproveitando os intervalos desses dois campeonatos para participações vitoriosas em corridas de longa duração nos Estados Unidos e no Brasil e também em competições das várias modalidades do kart, além de testes esporádicos com carros de diversas categorias.

“Foi mais um ano bastante movimentado para mim nas corridas, isso é algo de que me orgulho bastante”, manifesta o piloto, que entrou para a história da Copa Truck como campeão da primeira das minicopas que compuseram a disputa pelo título geral de 2017. Monteiro conquistou o título da Copa Centro-Oeste, que compreendeu as rodadas duplas de Goiânia e de Campo Grande, com uma vitória, um segundo, um quarto e um oitavo lugar.

A consolidação da Copa Truck, criada para manter a forte tradição das corridas de caminhões no Brasil, foi um dos pontos mais positivos de 2017 no automobilismo nacional, segundo Monteiro. “Fiquei feliz demais pelo evento ter nascido tão forte, conquistar o primeiro título foi uma satisfação pessoal muito grande”, enalteceu o pernambucano, que defendeu a Lucar Motorsport. “Esse título só foi possível à consistência dos caminhões Iveco”, atribuiu.

Foi atuando na Stock Car, contudo, que Monteiro identificou seu maior desafio em 2017. “Eu já tinha feito algumas participações na categoria, mas na condição de piloto convidado, na corrida de duplas. Desta vez foi diferente, eu entrei no campeonato já na metade, encarei esse desafio com a Mico’s Racing, uma equipe que estava fora das corridas havia mais de um ano. Isso gerou um desafio muito grande, e também muito aprendizado”, reconheceu.

A defasagem técnica em relação às equipes que vinham atuando com regularidade e a adaptação a um novo campeonato submeteram Beto Monteiro a metas particulares. “Viemos traçando um objetivo a cada corrida, e em alguns momentos atingimos um nível de competitividade muito bom. Considerando as circunstâncias da volta da equipe e da minha participação, terminar a Corrida do Milhão em 15º lugar foi algo muito positivo”, exemplificou.

Monteiro exibiu no carro alaranjado da Mico’s Racing na Stock Car, além do número 188, as logos de DeWalt, Loja do Mecânico e Cifarma. Ele negocia com seus patrocinadores a participação inédita numa temporada completa da categoria. “Como eu disse, tivemos um aprendizado muito grande em 2017 na Stock Car e a condição de dar sequência a isso e fazer um trabalho positivo no ano que vem é muito boa. Estamos trabalhando por isso”, finalizou.

JMALUCELLI é a nova distribuidora da FPT Industrial

A JMalucelli Equipamentos é a nova distribuidora master da FPT Industrial para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

Parceira da CNH Industrial desde 1994, a JMalucelli é a revendedora da CASE Construction Equipament e possui mais de 14 mil diferentes tipos de peças em seu almoxarifado para atendimento direto. 

A FPT tem total sinergia com os negócios do Grupo J.Malucelli. A linha FPT chega em um momento em que é priorizado o atendimento pós-venda.O atendimento FPT será realizado, além da sede em Curitiba - localizada em frente ao Parque Barigui, nas lojas disponíveis em Sarandi - região metropolitana de Maringá/PR, São José/SC, Porto Alegre/RS e Santa Maria/RS.

O Distribuidor Master FPT é a referência aos clientes para atendimento direto e serviços de pós-venda para motores, transmissões e eixos, bem como pela consultoria e suporte técnico aos usuários de máquinas agrícolas e de construção, caminhões e ônibus, geradores de energia e barcos. A distribuidora também fornecerá treinamentos técnicos para usuários e fabricantes, e conta com respaldo estratégico na disponibilidade de peças genuínas em seu estoque do centro de Distribuição da CNH Industrial no Brasil. 

Adicionalmente pequenos e médios fabricantes de equipamentos podem contar com a equipe de engenheiros de aplicação do Distribuidor Master para desenvolver projetos de motores Diesel ou a Gás Natural com o suporte do centro de desenvolvimento da FPT, em Betim.

GOL recebe certificação Platinum no programa Fast Travel da IATA

A GOL Linhas Aéreas Inteligentes recebeu, nesta quinta-feira, a certificação Platinum no Fast Travel, categoria mais alta do programa que busca iniciativas que simplifiquem a viagem dos clientes, criada pela IATA - Associação Internacional de Transporte Aéreo.

O Fast Travel tem como objetivo incentivar a oferta de opções de autoatendimento, classificando as companhias aéreas de acordo com os serviços oferecidos. Considerando os resultados do programa na América Latina, a GOL é uma das empresas que melhor o implantou e está entre as 16 aéreas a alcançar a certificação no mundo.

“Nos dedicamos constantemente para sermos a primeira opção de escolha dos nossos clientes. Por isso, já oferecíamos serviços eficientes que nos fizeram estar na categoria Green da certificação, como o check-in através do website, celular e totens, a remarcação online e a possibilidade da realização de todo o processo de embarque pelo celular, o self-boarding. O resultado deste novo reconhecimento da IATA é consequência do nosso empenho em proporcionar ainda mais autonomia aos nossos passageiros, acompanhando a evolução digital e implementando ações que facilitem cada vez mais a jornada da viagem”, afirma Sérgio Quito, vice-presidente de Operações da GOL.

A nova classificação ocorreu após amplo planejamento e foco da GOL na ampliação dos serviços de autoatendimento por meio de equipamentos próprios ou compartilhados, triplicando, nos últimos seis meses, a oferta de totens nas bases em que atua. Hoje, a companhia oferece esta opção nos 65 aeroportos em que opera, além de disponibilizar o serviço Bagagem Expressa, onde o cliente pode pesar e etiquetar sua bagagem pelo totem em 20 bases nacionais e sete internacionais.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Roberto Nasser - De carro por aí

Coluna 5217   29.12.2017 - edita@rnasser.com.br

De Alpines novos e antigos
Em 2018 Renault comemorará 120 anos de surgimento e 20 da operação Brasil. Eventos imagináveis pelas pretensões da empresa: ser, com Nissan e Mitsubishi, terceiro grupo de automóveis no mundo. Aqui, bem marcar o crescimento constante, sucessivo e consistente, mostrar estar presente desde 1959 via sociedade com a Willys-Overland para fazer seus produtos – Dauphine, Gordini, 1093, Interlagos -, e a herança do R 12 aqui chamado Corcel.

Alpine
Um dos eventos nacionais será apresentar o Alpine A110, redivivo esportivo inspirado no mítico vencedor de rallyes, produzido no Brasil, México, Espanha e Bulgaria.  Aqui, graças ao talento dos pilotos e da Equipe Willys, mudou a vocação de rallye, tornando-se vencedor em circuitos de velocidade.

Novo A110 utilizou a base conceitual criada pelo também mítico Jean Rédélé: aerodinâmica e pouco peso. Relativamente ao original, inverteu a posição do motor, girando-o da popa à entre eixos traseira –ironia, copiou a solução então dita alucinada, de 1965 pelo piloto carioca Ricardo Achcar, e viabilizada pelos lusos irmãos Ferreirinha, de trocar o motorzinho L4, 850 cm3, traseiro, por um V8 2.500 cm3 entre eixos. (Perceba a emoção do autor no texto abaixo.)

Base
Projeto Alpine supera o patamar de ser apenas mais um produto. É projeto de esportividade, começando com equipe e motores na Fórmula 1, patrocínio de categorias no automobilismo, como a Copa Alpine, abertura de novo segmento de mercado. Há anos a Renault assumiu a Alpine e agora refez a fábrica de Dieppe, França, onde a marca nasceu e cresceu.

Não se baseia na proposta nacional do designer João Paulo Melo, levada à Renault Brasil, de baixo custo para industrialização. O novo Alpine A110 não utiliza carroceria em compósito de fibra de vidro, mas de alumínio, em processo único no mundo; motor da aliança Renault-Nissan – fase pré-Mitsubishi -, L4, 1.800 cm3, 16 válvulas, turbo, 270 cv de potência, 320 Nm de torque. Transmissão distante da original: automática, dupla embreagem, sete velocidades, tração traseira.

O que faz
Combinação de potência com baixo peso, menos de 1.100 kg, oferece larga dose de alegria. Muito esperto, 4,5s de 0 a 100 km/h e velocidade final de 250 km/h.

Vinda será para tatear o mercado pós queda do artificialismo dos 30 pontos adicionais no IPI; quantificar interesse dos revendedores – os definidores do sucesso ou fracasso do produto –; pesquisar mercado para quantificar vendas, determinar investimento em homologações, treinamento de vendas e assistência.

Deverá ser atração no Brazil  Classics Show, mais elegante dos encontros de automóveis antigos no país, realizado em Araxá. Neste ano, de 31.maio a 03.jun. A Renault será o principal patrocinador. Preço? Na Europa versão de entrada vendeu série inicial de 1955 unidades a 58.500 Euros. Lançamento das berlinette em versões Pure e Legend será no Salão de Genebra, março.

O início: Achcar-Simca-Santa Fúria
O carioca Ricardo Achcar, gerador de ideias e moda, filho de família de muitas posses, de tudo fez – e bem. Piloto, construtor de automóveis, pioneiro em caminhos europeus, pilotou com Luizinho Pereira Bueno na SMART, equipe inglesa de Fórmula Ford, comandada pelo multi mídia e hoje Sir Stirling Moss.

E promoveu casamento teoricamente impossível: Berlinette Willys Interlagos com motor Simca - entre eixos! Trabalho de engenharia de coragem, pois o projeto original do Alpine A 108, fabricado no Brasil como Interlagos, era baseado numa treliça central envolta em fibra de vidro, carro para exclusivo motor traseiro. Mas Achcar aplicou-o entre-eixos com apoio dos irmãos Ferreirinha, Herculano e Antônio, depois fabricantes dos Fórmula Heve.

Dele são os comentários e o texto escrito para os originais do inédito livro por mim cometido sobre a história do Simca.

É muito bom, dá ótimo cenário de época, pela avulsiva redação de Brimo Achcar. Não acatei sua ameaça, pois editei o amplo texto para caber na Coluna.

Assumo meus direitos de Publisher, aproveito o recém passado Natal para oferece-lo como lembrança aos leitores apreciadores de história dos automóveis nacionais. (R Nasser)

“Se você alterar uma vírgula eu nunca mais peço para Maomé te dar um camelo. Fique rico e não me dirija mais a palavra.“

“ BRIMO! Escreve o que e como quiser. Suas palavras tem o cheiro do tempo e do vento - CHIM-EL HAUA, o cheiro do vento...”

A CAPOTAGEM DO MILTON AMARAL E O SANTA FURIA
                                                                                               
Ricardo Achcar

" - Tudo começou nas 250 Milhas de São Paulo, 1965. Milton Amaral e eu estávamos com gosto de sangue na boca. Tínhamos feito os 1.000 Quilômetros em Interlagos com Berlineta Interlagos 850cc de motor muito bem preparado pelo Antônio Ferreirinha, e suspensão apreciada pelo ícone Ciro Caires, piloto cuja característica era compartilhar tudo que podia em prol do esporte motor.

Era madrugada e tínhamos rodado como um relógio. O único incidente comum na neblina de Interlagos foi com o Milton, perdendo a segunda tomada da Curva do Sol e, para não sair barranco afora pela externa, forçou uma rodada e ficou no meio da pista virado ao contrário, motor morto, carburador Solex de corpo duplo afogado, e dificuldade de dar partida.

Os segundos passaram, e o Milton tentava desafogar, mas era tarefa para a bateria perder o fôlego. E adivinhou na densa neblina, estar parado num ponto de desgarro de tangencia, e que logo, logo, alguém ia chegar por ali. Entre pensar e enxergar, quatro luzes cresceram meteoricamente diante do pára brisas e passaram fulminantes de cada lado da Berlineta... Toco e Jaime Silva com as Simca Abarth. O motor pegou, Milton parou no box, e eu assumi o volante.

Após 3 horas trocamos posição. Às 9h a neblina levantava numa manhã exclusiva de Interlagos e Le Mans. Aquela camada levantando na reta dos box e no Retão, e o baixo circuito jogando para fora da neblina, aos ouvidos dos assistentes, o rasgo dos motores com a incógnita de quem ia chegar na subida da Curva da Junção. Estávamos em 9º lugar e gente boa vinha capengando e quebrando. A 40’ da chegada, em 2º lugar, na Curva do Pinheirinho, terceira marcha engatada, a alavanca de câmbio da Berlineta ficou na mão do Milton. Chegamos com frustração eterna. Afinal, o motor era de apenas 850cc.

Por isso, nestes 250 Quilômetros, na quarta volta, o Milton, muito rápido, atacou a Curva da Ferradura por fora, passou dois concorrentes e, sob nossos olhos soltou a Berlineta numa derrapagem controlada para ficar por dentro na Subida do Lago. Manobra para pilotos excepcionais. Mas, infelizmente, pegou um cascalho de beira de pista, e  foi para o brejo capotando violentamente. Por sorte saiu ileso...

Resultante, tínhamos a disposição de mudar: em vez da Berlineta uma Trolineta!

Começa

Herculano Ferreirinha recebeu a Trolineta ex-Berlineta em sua oficina em Vila Isabel, Rio de Janeiro. "Eu sou lanterneiro. Fibra de vidro não é a minha praia."
Mas adquiriu bons conhecimentos, aplicados ao construir carros de corrida.

O chassis de espinha central do Jean Rédélé formava estrutura misturando tubos de aço com fibra de vidro, primórdio dos monocoques como conhecemos hoje. Ora, na violenta capotagem, o solavanco aplicado pelo motor na treliça integrada, provocou torções e deformações e, para corrigir, exigiria corte e remendo, com uso de solda autógena e certeza de incêndio geral. Risco e oportunidade provocaram-me considerar nova forma ao automóvel, ante perfis assemelhados entre a Lola GT de Le Mans e o possível da moribunda Berlineta.

Aí surgiu o *Manoel Truviso, habilidoso, equilibrado e criterioso. Pau para toda obra, perfil rasante, não se fazia notar. Um bom pedaço do Simca-Achcar Santa Fúria teve as mãos e a inteligência do Manoel, somadas ao trabalho e ao comando de equipe do Herculano.

Assim tornei-me "designer" da Trolineta, e minha imaginação espacial alarmou os portugueses e meu co-piloto Amaral, pois indicava, não seria coisa confiável.
Muito do projeto e execução vinha das palavras do Ciro Caires, disparando processo de elocubração, misto de invenção e vontade de ganhar corrida, sem limite razoável dentro de mim. Mas eu acho, deve ser assim.

Ao Antônio não importava se o carro ia fazer curva ou segurar nos freios, mas como pendurar um motor num chassis de espinha central. Em sua inconformada cabeça o motor ficaria do meu lado direito - e de fato não ficou muito longe. Ao final, resultado prático, me incendiou a nuca meia dúzia de vezes antes de me vencer. Dava medo. A "porra" dava um tiro, e queimava a nuca aos berros, com assobio de caldeira e locomotiva na cabine da enfurecida Trolineta.

História
Mas antes espumar no cockpit rolou muita água. Ciro nos recebeu na fábrica da Simca, ouviu-me e ao Antônio, e disse – "Segura aí que vou falar com o Chico" (Chico era o Landi, ícone das corridas, chefe do departamento de competição Simca). Era da melhor qualidade como pessoa, mas tinha birra de "cariocas e suas baboseiras" - e ninguém lhe tira a razão. Landi só atendeu por ter sido pedido do Ciro, com motor de 142 HP medidos em dinamômetro, o melhor que tinham. Ciro Caires é um nome inesquecível na minha agenda de recordações.

O Fazer
A propriamente dita amarração da treliça de suporte do motor na Trolineta Santa Fúria é de complicada narrativa: dois canos de parede grossa saiam do tronco central no limite traseiro, erguiam-se até 15 cm do coletor de admissão, carburadores e os cabeçotes planos, em alumínio. O bloco motor, em ferro, tinha um par de suportes estruturais, permitindo amarração de responsabilidade.

No encontro dos tubos ascendentes, o suporte da carroceria do chassi original, colocamos mais um tubo de suporte, fechando um triângulo estrutural.

Problema sem solução era a pouca espessura do eixo piloto da caixa de 5 velocidades criação do preparador Colotti, suprimindo anéis sincronizadores, aplicando engrenagens com dentes retos. Fora projetada para Renaults 4 CV, Dauphines e Gordinis e motores 750 e 850 cm3 – não o V8 2500. Um duplo H, definia: primeira à esquerda, abaixo; quinta igual, à direita; ré oposta, para cima. O trambulador foi criação do Manoel exigindo nanoprecisão – ou se quebraria.

Outro era o sistema de arrefecimento. Radiador frontal, abaixo do motor, com caixa de compensação e sangradores para eliminar bolhas de ar. Bem calculado, mas fomos vencidos por um detalhe de verificação. O diabo está nos detalhes.

Voltando ao conjunto geral do carro, não foi difícil constatar, o aumento de peso ocasionado pelo motor baixo e entre eixos, respondeu ao resultado projetado.

O motor girava 6200 rpm e podia chegar a 6400, sem ponto fraco de quebra. Era muito resistente com limite definido pelo sistema arcaico de varetas de válvulas. Mas à época não havia carro para arrancar na frente do Santa Fúria. Em relação ao conjunto, estabilidade e aderência limitadas pelos pneus radiais concebidos para derrapagem controlada.

Referência
O Simca-Achcar foi apelidado “Vem quente que eu estou fervendo...“ pelo jornalista Marcus Zamponi. Colou, e em nada enobrece a minha obra.Razão estava no fato de, após algumas voltas, quando a temperatura da água chegava aos 103 ou 104 graus, a mangueira de saída inchava, se soltava espirrando a água fervente no meu pescoço.

Resumo a história: o sistema de arrefecimento do motor contava com o de melhor na indústria do país. Radiador celular Bongotti, aumentando o percurso da água, e o máximo de canais vazantes. Pedimos com capacidade para 11 l, mais a estocada nos canos de transporte, com diâmetro de 1 ½”. A bomba era poderosa, resistente, desenvolvida pelo Chico Landi, e o motor sempre com total rendimento e potencia – e nunca fundiu.

Não aquecia por falta d'água, porém por má troca de calor no sistema baseado em alta pressão. Tantos anos passados creio, o problema estava na pressão formada pelo sistema de devolução dos estimados 11 l d’água.

Explicação
Numa noite, quatro anos após, entrei no box de corrida na minha casa, e pedi ao Antônio me ajudar a medir a capacidade do radiador do Simca-Achcar: os 11 litros encomendados foram, na verdade física, apenas 7...   

Silenciosos nos entre olhamos, fechamos a porta do box, e fomos para a Montenegro, hoje Vinicius de Moraes e lá, no Garota de Ipanema, pedimos uns baldes de cerveja. Então, sem aviso algum o Português começou a esbravejar e a soltar impropérios que fariam Cabral ir de volta para Portugal. Bebia, espumava, me respingava. Eu fiquei calado e murcho.”


Ps: Há tempos busco localizar o Santa Fúria – ou seus restos, ou a história de seu fim. Se você souber, mande-me um e-mail. O Museu Nacional do Automóvel agradecerá. (RN)

Triumph Motorcycles anuncia resultados globais para o ano fiscal de 2017

A Triumph Motorcycles anunciou seus resultados financeiros para o ano fiscal encerrado em 30 de junho de 2017. A marca inglesa fabrica e comercializa motocicletas, peças, acessórios, roupas e objetos pessoais, atuando hoje em mais de 57 países pelo mundo. 

No ano fiscal de 2017 (1º de julho de 2016 a 30 de junho de 2017), a Triumph aumentou sua receita global em £ 90,9 milhões (R$ 390,9 milhões), atingindo um volume de £ 498,5 milhões (R$ 2,1 bilhões), com seu lucro bruto aumentando £ 8,1 milhões (R$ 34,8 milhões) e alcançando £ 24,7 milhões (R$ 106,2 milhões) no período. O volume total de motocicletas vendidas pelo mundo chegou a 63.404 unidades – crescimento de 12,7%.


Apesar de enfrentar condições econômicas e de câmbio desafiadoras, a Triumph apresentou uma grande performance e manteve seu compromisso de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com a visão de continuar apresentando melhorias contínuas em sua linha de  produtos. O volume de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos subiu de £ 26,9 milhões (R$ 115,6 milhões) no ano fiscal de 2016 para £ 29,2 milhões (R$ 125,5 milhões) em 2017. O Grupo continuou a desenvolver ainda mais a sua gama de produtos, lançando mundialmente cinco novas motocicletas nos últimos 12 meses – Street Triple, Bobber Black, Speedmaster, Tiger 800 e Tiger 1200.

A empresa também continuou a demonstrar seu compromisso com as necessidades dos clientes, com a inauguração do Factory Visitor Experience, sediado junto à matriz da Triumph, em Hinckley, na Inglaterra. 

Essa experiência inclui uma imersão na história da fabricante inglesa através de uma visita ao novo museu, cuja entrada é gratuita, bem como a oportunidade dos fãs e entusiastas da marca de fazerem uma visita guiada à linha de produção de alta tecnologia onde as motocicletas Triumph são produzidas seguindo os mais elevados padrões de qualidade. 

A Triumph continua entusiasmada com o futuro e comprometida a continuar entregando a sua visão de longo prazo através do investimento nos colaboradores da empresa, instalações modernas e uma linha de produtos que combine personalidade, herança e desempenho para reforçar ainda mais o sucesso mundial da marca.

Proprietários do novo Nissan LEAF no Japão terão painéis solares gratuitos

Os proprietários do novo Nissan LEAF no Japão poderão instalar gratuitamente painéis solares em seus domicílios caso se inscrevam no plano oferecido pela Ecosystem Japan.

A oferta faz parte de uma campanha conjunta da Nissan e da Ecosystem Japan que pretende promover o uso deste tipo de energia para alimentar o veículo 100% elétrico mais vendido do mundo, o Nissan LEAF.

Os novos proprietários do Nissan LEAF que se inscrevem no plano "Jibun Denryoku" ("eletricidade pessoal") serão qualificados para a instalação gratuita de um sistema de geração de energia solar. Eles também vão poder obter um desconto em um plano chamado "Daytime Assist Plan". Os participantes serão encorajados a recarregar as baterias do Nissan LEAF durante o dia usando eletricidade de seus painéis solares ou à noite, quando a demanda por energia da grade é menor.

*A campanha visa os clientes que vivem na região de Kanto e vai até o final de março de 2018. Para se qualificar, os proprietários do novo Nissan LEAF devem se inscrever no plano "Jibun Denryoku", da Ecosystem Japan, e devem continuar nele por 20 anos. Quando o contrato expirar, a propriedade do sistema de geração de energia solar será transferida gratuitamente aos proprietários LEAF. A Ecosystem Japan acarará com os custos de instalação e manutenção dos painéis durante o período do contrato.

Allison Transmission promove Otto Szalavari a diretor global de marketing

A Allison Transmission acaba de anunciar a promoção de Otto Szalavari a diretor global de marketing. Ele será decisivo para impulsionar o crescimento da empresa por meio da contínua implementação e do aperfeiçoamento estratégico do marketing da companhia.

As principais áreas de responsabilidade da Szalavari incluirão tendências de mercado e a opinião do cliente, gerenciamento global de marketing e comunicação da marca, proposições para o desenvolvimento de valores diferenciados, otimização e implantação de ferramentas-chave de vendas, e avaliação de mercados e segmentos para o desenvolvimento de novos produtos.

Szalavari ingressou na Allison em fevereiro como diretor global de informação de marketing e estratégia de produtos, com o foco em atividades comerciais internacionais e domésticas e acordos de vendas comerciais. Nessa função, liderou as operações globais de inteligência do mercado, incluindo a compreensão do tamanho e das tendências desse mercado, e seu posicionamento competitivo.

Szalavari é bacharel em engenharia mecânica pela Universidade Politécnica de Moscou e tem mestrado em economia de negócios e marketing internacional pela Budapest Business School - Universidade de Ciências Aplicadas na Hungria.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Fernando Calmon - Alta Roda - Repensar o negócio

Alta Roda nº 973/323 30– 2814 023– 0oda nº852/1211508– 2oda nº851/2017

Fernando Calmon
O mundo mudou nos últimos 100 anos ao ampliar tremendamente a capacidade de mobilidade do ser humano e possibilitar locomoção de maneira rápida, confortável e livre. Agora, o automóvel começa se tornar vítima neste processo inovador e disruptivo, que a própria indústria criou. 

Em cenário cada vez mais conectado e integrado, os carros poderão deixar de ser o ponto focal da mobilidade e se tornar apenas mais um elemento em uma plataforma bem maior e dinâmica para atender necessidades multifacetadas dos consumidores. Esta é a previsão de pesquisa, publicada este ano, pela consultoria Ernest & Young (E&Y) ao abordar a remodelação deste setor produtivo. 

O estudo destaca que, apesar dos enormes avanços tecnológicos refletidos nos atuais veículos, há um processo em curso de descolamento da vanguarda na inovação. Na opinião da consultoria, a consolidação do negócio obrigou os fabricantes a encarar grandes mudanças administrativas, nos seus processos e na forma de atender a novas demandas. 

“É necessário que essas empresas, com alta confiabilidade no mercado, não tenham medo de fazer diferente e se conscientizem de que só alcançarão êxito se enfrentarem antigos modos de operação, repensando seu modelo de negócio urgentemente”, avalia Rene Martinez, sócio da E&Y e encarregado por análises da indústria automobilística. 

A pesquisa identificou cinco desafios para transformar problemas em oportunidades. Exigirão mudanças radicais sobre a maneira de como costumam ver os clientes, os parceiros de negócio (entre os principais suas redes de concessionárias), os funcionários e, principalmente, a si mesmos. 

O primeiro desafio se refere à inovação e, para isso, é necessário novo modelo de negócio. Segundo o levantamento, poucas companhias do setor mostram abordagem objetiva no desenvolvimento e avaliação de novas ideias e propostas. Há necessidade de revolucionar o seu próprio negócio. 

O segundo desafio refere-se à conectividade. O cliente quer ser ouvido. As novas gerações estão acostumadas a serviços móveis “sob demanda”. O problema, agora, é desenvolver relacionamento contínuo com o consumidor e criar produtos e serviços personalizados. Fundamental aprimorar a capacidade de interação. Será necessária colaboração externa, mais uma dificuldade, pois por seu tamanho a indústria automobilística estabeleceu uma relação muito rígida com o mercado e seus parceiros. A nova indústria da mobilidade requer colaboração ampla envolvendo todos os participantes. 

Atrair novos talentos, de outras áreas, também não é fácil. Pesquisa com jovens profissionais de tecnologia indicou que estes não veem o setor automobilístico como inovador e, por isso, existe baixo interesse em trabalhar nele. 

Porém, segundo o estudo, a indústria precisará atrair especialistas em inteligência artificial e cientistas de TI para se adequar à remodelação da mobilidade. E isso leva ao quinto desafio: deixar de lado métodos operacionais desatualizados. É necessária ruptura com a velha tradição de apenas alavancar antigos processos operacionais e sistemas. Assim, além de criar novas unidades de negócio para manter a competitividade, deverão ser desenvolvidos modelos condizentes. 

E&Y é uma consultora conceituada, mas esse “caminho das pedras” já vem sendo seguido há algum tempo por quase todos os atores do setor. Constatável por qualquer observador mais atento. 


PERFIL
Fernando Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1999. É publicada em uma rede nacional de 85 jornais, sites e revistas. É, ainda, correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).

Siga também através do twitter:  www.twitter.com/fernandocalmo fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2


RECALL: Citroen C4 Picasso e Grand C4 Picasso

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Mercedes-Benz lança novo programa de troca de óleo para automóveis

A partir deste mês a Mercedes-Benz apresenta um novo programa para a rede de concessionários de automóveis em todo o Brasil, o MB Oil Care. Com o objetivo de aprimorar as alternativas de atendimento e tornar a experiência do cliente ainda mais completa, o serviço consiste em um contrato de manutenção exclusivo para troca de óleo em veículos com mais de cinco anos de uso.

Como parte do programa, a marca oferece pacotes que incluem entre duas a cinco trocas de óleo, além de filtro, mão de obra, leitura com o Star Diagnosis (check up eletrônico do veículo) e garantia de utilização dos produtos genuínos Mercedes-Benz.

O MB Oil Care é um complemento à estratégia da Mercedes-Benz para ampliar suas ferramentas que otimizam o tempo do cliente no concessionário, oferecem mais transparência e diagnósticos mais precisos em cada manutenção realizada. Ele está disponível para os modelos Classe A, Classe B, Classe C, CLA e GLA. Confira os valores:

MB Oil Care
Classe A, Classe B, CLA e GLA
Classe C
1ª e 2ª trocas
12x R$71,67
12x R$79,17
1ª e 3ª trocas
12x R$ 109,17
12x R$118,33
1ª e 4ª trocas
12x R$147,50
12x R$158,33
1ª e 5ª trocas
12x R$181,67
12x R$195,00
*Programa exclusivo para automóveis com, pelo menos, cinco anos de uso.

Durante o ano de 2017, a Mercedes-Benz investiu massivamente em programas de pós-venda, lançando novidades que, agora juntamente com o MB Oil Care, compõem um portfólio de serviços de manutenção que se complementam. São eles: o Expess Service, o XENTRY Portal Pro e o MB Oil.


O primeiro deles consiste em execução de revisões em até 1 hora. O XENTRY Portal Pro é uma plataforma que centraliza vários sistemas em uma nuvem on-line, oferecendo informações mais detalhadas sobre cada veículo. Lançado no mês de abril, o MB Oil passou a fazer parte do portfólio de serviços de pós-venda a fim de aumentar a vida útil do motor e seus componentes. Além disso, o produto diminui os custos de manutenção, uma vez que segue fatores específicos dos motores da marca, garantindo qualidade e segurança.

Adicionalmente a esses serviços, a Mercedes-Benz expandiu o portfólio de automóveis que fazem parte do programa de Revisão Declarada, permitindo ao cliente antecipar o custo de manutenção para os modelos Classe A, Classe B, Classe C, CLA, GLA e GLC.

A marca oferece, ainda, um contrato de manutenção (Mercedes Service Care) possibilitando que o cliente adquira até cinco revisões (ou 50 mil quilômetros) no momento da compra do automóvel.