Coluna 5117 -22.12.2017 - edita@rnasser.com.br
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Volkswagen define
o futuro
Razões
desconhecidas, talvez a liderança no mercado doméstico local, talvez o fato de
o novo Presidente Pablo Di Si ser argentino, levaram a Volkswagen a anunciar
seus projetos brasileiros no vizinho país. Atrelado à performance do Brasil,
seu maior cliente, este ano, em crescimento, arranhará 900 mil unidades – pouco
mais de um terço das vendas no Brasil.
Anúncio foi
feito durante a festa de fim de ano da empresa, quando o executivo maior para o
hemisfério sul e ex da empresa argentina, exibiu imagens num painel em inglês –
explicou ter sido o mesmo empregado para defende-los junto aos superiores da
Alemanha -, e contou projetos de produtos a 400 executivos, concessionários da
marca e fornecedores. Injeção de entusiasmo, entre exibição de produtos com
dados físicos, e promessas de configuração imprecisa, porém importante para
motivar rede e fornecedores.
Em
resumo
Pretensão
de Di Si, disse-me em almoço semana passada, é recuperar a liderança de vendas
e participação de mercado no Brasil. Aparentemente intenta somá-lo com o da
Argentina e a recente e agressiva penetração nos demais países continentais
para conseguir solidificar sua posição, disputando a liderança.
No
geral anunciou, a marca terá 18 produtos novos e releituras até 2020.
Por
tamanho, o que vem por aí:
Brasil
Mercado
maior, lidera a lista das 11 novidades informadas. Por tamanho serão:
Up!
– Versões, evoluções, como a mudança estética frontal criando espaço para
receber outro radiador para o turbo maior da evolução do motor 1,0 TSI.
Taigun – Nome não será este, de protótipo apresentado em Salão do
Automóvel e para ser construído sobre plataforma do up!. Mas a certeza dos
prejuízos causados por ausência ao setor, e a disposição Renault, célere,
constante e consistente em sua ascensão no mercado no qual participa com quatro
SUVs, incluindo e assim chamado Kwid, acicatou a VW a fazer – ou cometer –
concorrente. Não o classifica utilitário esportivo, mas rótulo aparentemente
criado pelo cinquentenário ectoplasma do diplomata e escritor Guimarães Rosa.
Chama-o Crossover Utility Vehicle, e o trata pelas iniciais CUV
– que sigla Alah! Crê-se faze-lo sobre o up!, de plataforma
mais adequada e barata ante as multi dimensões MQB e variações.
Gol –
Tema em dois atos. Primeiro, versão dita AQ – Adeus, querido? –
extensiva ao Voyage, preparatória para substituição. Bom sítio argentino
Autoblog especula sobre uso da caixa automática Tiptronic. Ato de
coragem.
Questão
– Dificuldade com o Gol é o fato de ter sido o mais vendido do país – hoje
anda na 4ª posição, exigindo substituição -, e para conter custos simplificou a
plataforma, chamando-a MQB-A00. A00 indica o sucessor do Gol.
Desafio –
Criado no Brasil por brasileiros, Gol Sucessor, como chamado, sequer tem a
garantia de empregar a mesma denominação. Mantém o velho parâmetro de ter
comprimento igual ao do Fusquinha, 4m, e o trabalho foi para oferecer mais
habitabilidade e porta malas, duas carências.
Fox –
Passeando a ainda segura distância da beira do telhado, tem inexorável atração
pelo vazio, para lá se encaminha. Terá versões Connect e Xtreme, de
óbvio conteúdo buscando tecnologia e info diversão, e sugestão de valentia.
Polo
– Com seu meio irmão de três volumes terão versões GTS – decoração
sugerindo esportividade.
Saveiro –
Outro carro, sobre moderna plataforma do Virtus para ser maior, concorrente do
Fiat Toro e do Renault Oroch, mirando a morfologia de 4 portas.
T-Cross
– Utilitário esportivo – veja abaixo
Golf
– Boa notícia, não sairá de produção, como insistentemente comentado pela
discrepância entre conteúdo e vendas. Internamente referido como PA, e
referência maior será trato estético.
Argentina
Tarek
– Designação como projeto do Tharu, compacto utilitário esportivo do
segmento C. Volkswagen corre atrás do lucro após omitir-se por mais de década
sem participar deste segmento, o de maior expansão. Investirá US$ 650M para
adequar a fábrica de Pacheco para faze-lo no espaço industrial hoje utilizado
pelo CrossFox, lá chamado Suran. Novidade do Tharu será a plataforma, informada
como sendo a MQB-A, mesma do Golf VII, e não sua evolução MQB A0 aqui aplicada
ao Polo, Virtus, e ao futuro picape médio. 2019.
Amarok – Não
sofrerá mudanças, como os concorrentes. Apenas ênfase no uso do motor V6,
atualização tecnológica em info diversão e conforto, com ênfase em
característica pouco explorada – ter o rodar mais próximo de automóvel.
T-Cross
está pronto
A
Volkswagen não tomou cautelas maiores para o teste de inverno – no Hemisfério
Norte -, e foi-se à Lapônia com o T-Cross para últimas validações de engenharia
e reações sob temperaturas externas extremamente baixas. O sítio inglês Carbuyer registrou
e divulgou.
No
mercado será mais um dos utilitários esportivos VW, e no caso uma variação da
nova família Polo e Virtus, com lançamento previsto para o próximo ano. Estilo
conhecido, com rasgos de liberdade, alguma escola de design permitindo
ser chamada Sóbria Faceira. Foto exibe rodas em aço, faróis de halogênio, mas a
crença é ter versões elevadas com mais acessórios, tipo rodas em liga leve e
luzes em LEDs. Em motorização deve empregar os coringas da marca, 1,0 três
cilindros, com turbo, e 1,6 quatro cilindros, aspirado.
Roda-a-Roda
Caminho
? – Fábricas japonesas de motocicleta evoluíram para a produção de
automóveis – com estrelismo para Honda e Suzuki. Yamaha não se aventurou,
apesar de, há duas décadas ter revolucionado ao desenvolver novos motores em
alumínio e ligas leves para a Ford.
Será
? – Empresa anunciou picape tipo carro de sonho. Chama-o Cross
Hub Concept, e é curiosa evolução dos representantes no setor: duas portas,
cabine suavemente estendida, quatro lugares, santantônio incorporado à caçamba,
facilidade de uso. Não teve indicativo industrial, mas parece balão de
ensaio.
Revisto –
Jeep apresentou imagens do Cherokee 2018, com mudanças estéticas na frente,
traseira, para choques e de motorização. Dedicar-se-á enfrentar o novo VW
Tiguan 7 passageiros. Dados maiores no Salão de Detroit, janeiro.
Garantia
– Quase 40 dias de antecedência, VW convida ao lançamento do Virtus, sedã
inspirado no novo Polo. Ante a quantidade de marcas e novidades a apresentar,
ultimamente se sobrepondo e arrasando agendas dos jornalistas, resolveu se
antecipar, marcando espaço, evitando atropelamentos.
Curiosidades –
JAC Motors distribuiu comunicado de imprensa basicamente repetindo as
informações oferecidas pela Coluna com anterioridade sobre
montagem em Goiás. Mas, curiosamente, não indicou a cidade para a operação, mas
declarou produção de 35.000 unidades anuais.
Mais -
Nas curiosidades informou iniciar montagem em 24 meses e cumprir, no primeiro
ano, as oito etapas industriais previstas no programa Inovar-Auto – mas a se
encerrar neste mês, dois anos antes da operação da JAC ...
Caminho –
FCA, Fiat Chrysler, iniciou aplicar exoesqueleto na produção de motores.
Trata-se de espécie de colete biomecânico vestido pelos operadores, e para
absorver pesos, poupando o operador de maiores esforços.
O 4.0 - Cinco
conjuntos para pernas, braços e tronco serão utilizados na fábrica de motores
em Campo Largo, Pr, e os demais em Córdoba, Argentina, onde fará o sedã Cronos.
O artefato faz parte do grande e rápido processo de mudanças industriais
genericamente chamadas Indústria 4.0.
Fornecedor –
Diesel Shell será combustível do primeiro abastecimento dos caminhões
Mercedes-Benz. Raízen, representante da Shell, instalou posto dentro da fábrica
Mercedes em São Bernardo do Campo, SP.
Troca-troca –
Negócio amplo. O diesel Shell será o combustível recomendado pela fábrica de
caminhões, e a Raízen sugere a seus fornecedores em logística e transporte usem
caminhões MB.
Dura Lex
– Antigo brocardo de
juridiquês, Dura Lex, Sed Lex, alguma coisa como A lei é dura,
mas é lei, será muito lembrada neste país leniente: o Diário Oficial da União
publicou Lei 13.456, alterando o Código de Trânsito Brasileiro, definindo:
Cana e cana – Dirigir sob efeito de álcool ou
qualquer outra substância psicoativa determinante de dependência, gerará prisão
imediata e pena de 5 a 8 anos de reclusão. Sem papo, bebeu, dançou.
Análise
– AEA, associação de engenharia automotiva, fez cálculo indicando
positividade para o polêmico programa Inovar-Auto. No item redução de consumo,
traduzida como eficiência energética, Pesquisa e Desenvolvimento, gerou
melhoria de consumo em 15,4% contra um objetivo de 12%. No tema, diz a
entidade, houve inversão de R$ 85B.
Questão – Quem
disse, meta de consumo deve integrar projeto de incentivo industrial? Seu
lugar deve ser juntas regras de emissões. O Inovar-Auto é marcha a ré industrial,
com índices de nacionalização (sic) iguais aos praticados durante o Governo
Getúlio, com ânimo de proteger a falta de produtividade nacional pelo elevar de
barreiras contra os concorrentes estrangeiros.
Crown
– Excelente série Netflix sobre realeza e foco na Rainha Elizabeth II, em
sua segunda temporada exibiu a tomada do Canal de Suez pelo coronel egípcio
Gamal Abdel Nasser – e o desgaste do governo inglês em trapalhada para, junto
com franceses e israelenses, tentar retomar a passagem, sendo exemplados pelo
restante do mundo.
Consequência –
Expôs más consequências para os ingleses, mas esqueceu item importante na
história do automóvel: o fechamento de Suez, cessando o abastecimento de
petróleo à Europa durante o inverno, motivou a mudança radical no projeto dos
automóveis ao final dos anos ’50 e início dos ’60.
Motivo – A
falta do petróleo provocou excessiva taxação sobre carros com motores e consumo
maiores, instigando novos projetos para carros menores, mais leves, grupo moto
propulsor na dianteira ou traseira. Foi o responsável, por exemplo, pelos
marcantes Simca 1.000 e pelos míticos Morris Mini. Nasser nada entendia de
automóveis, mas fez a tomada de Suez os redefiniu.
Mecânicos –
Apesar da dúvida quanto a data de comemoração do Dia do Mecânico –
1 ou 20 de dezembro? -, atividade se torna atrativa a quem quer pensar acima
das porcas e parafusos. Frota cresce exponencialmente e há poucos especialistas
para a manutenção exigindo conhecimento de férrea mecânica e etérea eletrônica.
Expansão – Projeto
de crescimento da TAP no Brasil indica mais quatro voos semanais para S Paulo,
um para Brasília, outro para Belo Horizonte, e fomento ligações com Florença,
Itália, e Londres, Inglaterra, usando Lisboa como hub.
Retífica
RN – Nota sobre o livro Picapes Chevrolet – Robustez que
conquistou o Brasil -, citado na Coluna 4917, derrapou.
Coautor com Fábio Pagotto é Rogério De Simoni.
Futuro – Sem
representante na Fórmula 1, resultado da falta de projeto nacional para ter um
piloto brasileiro na disputa do espetáculo mais televisado do Planeta, o
surgimento de novos nomes dá esperanças. Alberto César Otazú, apoiado por
Braspress/Instituto Desenvolve/Alpie Escola de Pilotagem e HT Pro Nutrition
conquistou a 50ª vitória em apenas 10 meses no primeiro degrau do automobilismo.
Gente – Tatiana
Carvalho, jornalista, volta. OOOO À FCA para atender a área de
imprensa da Fiat em S Paulo. OOOO Adão Moreira da Silva, artífice de frisos
para veículos antigo, passou. OOOO Era o conhecido Adão dos Frisos, de
Viamão, RS, impecável em seu serviço perfeito. OOOO Será sucedido pela nora. OOOO
Novo
Jeep Wrangler. O melhor melhorou
Desafio para a
FCA – Fiat Chrysler Automobiles -, melhorar seu mítico produto, o Jeep, sem
perder a identificação visual e implementar sua capacidade de vencer
dificuldades fora de estrada, cumprir sua missão atávica: ser capaz de abrir
seu próprio caminho. Tudo indica, conseguiu, de acordo com o exposto para a nova
linha recém apresentada no Salão de Los Angeles, e com vendas ao mercado
norte-americano a partir de janeiro.
Manter a
história do mais mítico produto da história do automóvel começou por manter a
fabricação na fábrica original, em Toledo, Ohio, muito distante de Detroit,
meca do automóvel nos EUA. Mas há um grande pacote de inovações, desde o
intenso uso de alumínio na carroceria e mecânica, como grande implemento nos
sistemas de transmissão para aumentar habilidades de vencer obstáculos. As três
versões do Wrangler, Sport, Sport S e Rubicon, e a Sahara, com quatro portas,
tem sistemas específicos de transmissão praticamente definindo a capacidade de
vencer dificuldades. Aos passageiros, melhor conforto interno e de rolagem,
segurança e tecnologia.
Motores
EcoDiesel V6, 3,0 litros de cilindrada, V6 3,6 litros PentaStar, L4 2,0 com
turbo compressor, injeção direta e 270 cv. Este com transmissão automática
deverá ser o mais vendido.
Para desafios,
transmissão mecânica com seis velocidades na versão Rubicon oferece redução de
transmissão em 84,2:1!
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