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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

F-Truck: Roberval Andrade volta a vencer após quase quatro anos

Demorou três anos, dez meses e sete dias, intervalo que compreendeu 38 corridas, para Roberval Andrade voltar ao topo do pódio da Fórmula Truck. O piloto paulista da Ticket Car-Corinthians Motorsport, depois de largar da pole position pela 23ª vez na carreira, venceu de ponta a ponta neste domingo (12) o GP Aurélio Batista Félix, oitava das 10 etapas do Campeonato Brasileiro, em Guaporé (RS). Foi sua 21ª vitória na categoria.

Andrade não comemorava a vitória desde a etapa final da temporada de 2010, em que conquistou seu segundo título brasileiro na categoria – o outro é de 2002. Foi o campeão que amargou o mais longo intervalo sem vitórias em toda a história da Fórmula Truck. Até então, Wellington Cirino detinha a marca. O paranaense da ABF-Santos Desenvolvimento ficou 28 corridas sem vitórias entre os campeonatos de 2005 e de 2008.

Cirino foi ao pódio neste domingo em quinto lugar e ficou sem chances matemáticas de conquista do título. A disputa está restrita a dois pilotos da RM Competições: o paulista Felipe Giaffone, que conduziu seu MAN ao segundo lugar na etapa, e o paranaense Leandro Totti, que cruzou a linha de chegada em terceiro lugar com um Volkswagen-MAN. Paulo Salustiano, paulista da ABF Racing Team, foi quarto com um Mercedes-Benz.

Totti, vencedor de seis das oito corridas disputadas na atual temporada, manteve a liderança do Campeonato Brasileiro com 201 pontos. Giaffone, vice-líder, tem 148. O paranaense tem a chance de assegurar já na próxima etapa, a nona e penúltima, seu segundo título brasileiro na categoria. Para repetir a conquista de 2012 ele depende de conquistar um quinto lugar em uma das duas corridas que restam para o término da competição.

Se o título brasileiro de 2014 segue como meta viável a apenas dois dos pilotos da Fórmula Truck, são quatro os nomes que podem fechar a temporada com o vice-campeonato conquista: Totti, Giaffone, Cirino e Andrade. As duas últimas etapas acontecerão nos dias 2 de novembro, em Londrina (PR), e 7 de dezembro, em Goiânia (GO) – coincidentemente, em duas pistas que levam o nome Autódromo Internacional Ayrton Senna.

Extenuado pela disputa de 60 minutos de corrida sob o calor de mais de 32 graus, Andrade destacou o esforço físico. “Acabei de chegar de uma viagem internacional, dormi poucas horas nos últimos dias, isso comprometeu muito o meu preparo físico”, destacou, aliviado por voltar a vencer. “Esse resultado tira um peso enorme das nossas costas. A vitória é uma coisa mágica, fez o astral na equipe melhorar de uma hora para a outra”.

Giaffone, ainda na disputa pelo título, chegou a pressionar Andrade nas voltas finais. “Eu tinha um caminhão muito bom, estava até mais rápido que o Roberval, mas ele tracionava melhor nas saídas de curva. Eu cheguei e pus pressão, mas logo vi que seria muito difícil passar, como de fato não consegui”, falou. “Mais uma vez a vitória esteve perto e não aconteceu”, lamentou o piloto paulista, que obteve quatro segundos lugares em 2014.

Para o líder Totti o terceiro lugar “foi um lucro e tanto”. “Na minha cabeça a corrida acabou hoje de manhã, quando tive aquele acidente no treino de aquecimento. A equipe restabeleceu o caminhão. Aí, no início da corrida, tive um problema elétrico e fui para os boxes, achei de novo que a minha corrida tinha acabado. No fim, eu já estava em terceiro e meu caminhão não respondia tanto, tive que lutar muito para segurar o Salustiano”, resumiu.

Quarto colocado, Salustiano enfrentou um problema atípico, que o fez perder rendimento a cinco voltas do fim da corrida. “Alguma coisa se soltou do teto do caminhão e foi parar embaixo dos pedais. Quando entrei na reta, aquilo estava debaixo do acelerador, não consegui pisar. Tive que tirar o pé e chutar aquilo para o lado, nem sei o que era, na verdade. Nisso, perdi tempo e perdi posições. Estava todo mundo muito próximo”, descreveu.

O pódio guaporense contou também com Cirino, quinto colocado depois de lidar com problemas nos freios desde as primeiras voltas. “Isso atrapalhou a minha corrida, e atrapalhou bastante. Fui perdendo eficiência nos freios, isso até causou um toque meu na traseira do caminhão do Giaffone, quero aqui me desculpar com ele por aquilo. Achei que não conseguiria levar o caminhão até o fim da corrida. Terminar com pódio foi positivo”, definiu.

A CORRIDA
Na largada, enquanto Roberval Andrade tratava de manter a vantagem de largar da pole position, Leandro Totti, terceiro colocado no grid, ultrapassava Geraldo Piquet para assumir a segunda posição. Beto Monteiro saltou de sexto para quarto na largada, que não teve participação de Raijan Mascarello, levado aos boxes pelas equipes de resgate da Fórmula Truck por conta de problemas mecânicos manifestados ainda na volta de apresentação.

Andrade completou a primeira volta 1s227 à frente de Totti, que buscou aproximação já na volta seguinte, enquanto Monteiro, em uma saída de pista, perdeu o quarto lugar para Felipe Giaffone. David Muffato, 16º colocado, foi o primeiro piloto na corrida a exceder os 160 km/h de limite no ponto da reta dos boxes onde há um radar instalado – a infração rendeu-lhe como punição um drive-thru, passagem pelos boxes a no máximo 60 km/h.

Na terceira volta foi Adalberto Jardim, então oitavo colocado, quem levou a punição por exceder a velocidade no radar. Na volta seguinte, foi Giaffone quem passou dos 160 km/h – ainda antes de cumprir sua punição, ele superou Piquet e assumiu o terceiro lugar na corrida. Wellington Cirino, quarto no grid, mantinha-se na disputa em sexto lugar, mesmo com o vazamento da água dos reservatórios de resfriamento em seu Mercedes-Benz.

Com Giaffone nos boxes para cumprir seu drive-thru, do qual voltou em 13º, Piquet voltou a ser o terceiro. Na abertura da sexta volta, ele superou Totti e passou a ser segundo, a cinco segundos do líder Andrade. Totti começou a perder rendimento em seu caminhão e procurou os boxes da RM Competições – um fio solto no sistema elétrico, prontamente reconectado pela equipe, foi a causa do contratempo que o fez cair para 21º e último na corrida.

Monteiro, Cirino, Paulo Salustiano, a essa altura, travavam uma acirrada disputa que valia o terceiro lugar. Salustiano, que largou em oitavo depois de ter problemas de motor na tomada de tempos classificatória de sábado (11), superou Cirino na abertura da décima volta, ao fim da reta dos boxes, e surgiu em quarto, já pressionando Monteiro – que, depois de uma pedra solta na pista furar seu radiador, tomou o caminho dos boxes e abandonou.

A prova de recuperação de Jansen Bueno começava a ganhar destaque quando o GP Aurélio Batista Félix chegava aos 16 minutos. Depois de largar em 12º, o paranaense superou Valmir Benavides e assumiu o sexto lugar na corrida. Giaffone, também superando Benavides, já surgia em sétimo. Débora Rodrigues, que largou em 13º, também superou o paulista da Scuderia Iveco e passou a figurar em oitavo lugar na classificação da prova.

Giaffone, em ritmo de recuperação, assumiu o segundo lugar superando Bueno na 14ª volta, quando houve a intervenção programada do Pace Truck a um terço de corrida. Andrade, Piquet, Salustiano, Cirino e Danilo Dirani, que largou em 14º, ocupavam nesta ordem as cinco primeiras posições, recebendo pontos de bonificação no campeonato. Totti, 19º colocado na neutralização, via diminuir a chance de sair de Guaporé com o título assegurado.

Não houve ultrapassagens no primeiro pelotão quando a relargada foi autorizada, após duas voltas em ritmo controlado e sob comboio do Pace Truck pilotado por Mayara Santos – as voltas completadas sob bandeira amarela não são computadas para efeito de somatória. A 17ª volta marcou a ultrapassagem de Giaffone sobre Cirino, que valeu-lhe o quarto lugar na corrida. Totti, àquela altura, também buscava recuperação e figurava em 12º.

Na 20ª volta, enquanto Andrade abria vantagem de 2s148 de vantagem, Piquet, Salustiano, Giaffone, Cirino e Dirani formavam um único pelotão – seus cinco caminhões estavam separados por menos de dois segundos. Giaffone deu sequência à sua recuperação e, na 21ª volta, tomou a terceira posição de Salustiano. Totti era oitavo. Na 22ª volta, o Pace Truck foi novamente acionado para o resgate do caminhão Luiz Lopes, parado à beira da pista.

André Marques tomou o caminho dos boxes na segunda intervenção do Pace Truck para reparos em seu caminhão, que tinha o pneu traseiro interno direito e a carenagem traseira de seu caminhão danificados. Diogo Pachenki valeu-se da neutralização para uma rápida passagem pelos boxes e retornou à pista ainda antes da relargada, ocupando a 17ª posição – Marques, também de volta à disputa com o pneu substituído, ocupava a 14ª colocação.

Dada a nova relargada, Andrade manteve-se líder assumindo o traçado defensivo. Sem conseguir a ultrapassagem, Piquet acabou perdendo posições para Salustiano e Giaffone. Cirino tentou acompanhar a manobra e tocou na traseira do caminhão de Giaffone, o que rendeu-lhe uma advertência por parte da direção de prova. Totti, já aparecendo na sétima colocação após 24 voltas, estava menos de quatro segundos atrás do líder Andrade.

Salustiano intensificou sua pressão sobre Andrade quando a corrida entrou em seus 10 minutos finais. A abertura da 29ª volta teve a maior dose de movimentação. A perda de rendimento do caminhão de Salustiano, que teve uma peça caída sob seu pedal, manifestou-se no exato momento em que Piquet saiu da pista já para abandonar. Totti herdou as duas posições e também superou Dirani e Cirino para saltar da sétima para a terceira posição.

Andrade tinha 0s795 de dianteira sobre Giaffone após 30 voltas. Totti, o terceiro, estava a 4s752 do líder. Na abertura da penúltima volta, a diferença entre os dois primeiros caía a 0s477. No início da volta final os dois caminhões estavam 0s496 um do outro. Giaffone tentou a ultrapassagem. Andrade tomou a linha defensiva, manteve-se em primeiro e acelerou para vencer pela 21ª vez desde sua estreia na Fórmula Truck, no ano 2000.

RESULTADO E CLASSIFICAÇÃO
Após 34 voltas válidas, o resultado final do GP Aurélio Batista Félix foi o seguinte:

1º) Roberval Andrade (SP/Scania), Ticket Car-Corinthians Motorsport, 1h00min47s935
2º) Felipe Giaffone (SP/MAN), RM Competições, a 0s762
3º) Leandro Totti (PR/Volkswagen), RM Competições, a 6s507
4º) Paulo Salustiano (SP/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, a 8s429
5º) Wellington Cirino (PR/Mercedes-Benz), ABF-Santos , a 11s400
6º) Danilo Dirani (SP/Scania), Ticket Car-Corinthians Motorsport, a 13s370
7º) Jansen Bueno (PR/Scania), Muffatão, a 13s621
8º) Adalberto Jardim (SP/Volkswagen), RM Competições, a 15s514
9º) Valmir Benavides (PR/Iveco), Scuderia Iveco, a 16s366
10º) Débora Rodrigues (SP/Volkswagen), RM Competições, a 16s655
11º) André Marques (SP/Volkswagen), RM Competições, a 19s736
12º) Gustavo Magnabosco (SC/Volvo), ABF Motorsport, a 21s338
13º) João Marcos Maistro (PR/Volvo), Copacol Clay Truck Racing, a 24s556
14º) David Muffato (PR/Ford), DF Racing Fans, a 42s694
15º) Diogo Pachenki (PR/Volvo), Copacol Clay Truck Racing, a 47s736
16º) Jaidson Zini (SP/Iveco), Dakarmotors, a 1min02s354
17º) Geraldo Piquet (DF/Mercedes-Benz), ABF-Santos , a 6 voltas
NÃO COMPLETARAM
Luiz Lopes (SP/Iveco), Lucar Motorsports, a 13 voltas
Djalma Fogaça (SP/Ford), DF Racing Fans, a 20 voltas
Marcello Cesquim (PR/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, a 21 voltas
Beto Monteiro (PE/Iveco), Scuderia Iveco, a 24 voltas
NÃO LARGOU
Raijan Mascarello (MT/Ford), DF Racing Fans
Melhor volta: Totti, na 2ª, 1min28s013, média de 125,981 km/h

A pontuação: 1º) Totti, 201; 2º) Giaffone, 148; 3º) Cirino, 118; 4º) Andrade, 93; 5º) Piquet, 83; 6º) Marques, 71; 7º) Salustiano, 70; 8º) Monteiro, 64; 9º) Dirani, 50; 10º) Jardim, 48; 11º) Cesquim, 45; 12º) Benavides, 27; 13º) Pachenki, 25; 14º) Bueno, 20; 15º) Mascarello e Rodrigues, 17; 17º) Fogaça, 14; 18º) Maistro, 13; 19º) Lopes, 12; 20º) Kastropil, 11; 21º) Magnabosco, 9; 22º) P. Muffato, 8; 23º) De Jesus e L. Reis, 7; 25º) D. Muffato, 6; 26º) Zini, 3.

Pelo campeonato de marcas da Fórmula Truck, a liderança é da MAN, com 376 pontos. A Mercedes-Benz, com 264, mantém chances matemáticas de conquista do título de 2014. A Scania está em terceiro com 153, à frente de Iveco, com 97, Volvo, com 72, e Ford, com 43. A competição entre as montadoras atribui-lhe, à mesma razão obedecida no campeonato de pilotos, a pontuação referente a seus três pilotos de melhor colocação a cada etapa

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

FÓRMULA TRUCK DIVULGA CALENDÁRIO 2013



Neuza Navarro
O Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck teve no último domingo (9) a última de suas etapas. A vitória do paranaense Leandro Totti, campeão sul-americano e brasileiro de 2012, consolidou no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília (DF), o encerramento da 17ª temporada da categoria, que se fez marcar por novas conquistas e pelo aumento da média de público que seus dez eventos evidenciou.

“Tivemos um bom ano, um crescimento de público entre 20 e 25 por cento”, revelou a presidente da categoria, Neusa Navarro. “E tivemos algumas alegrias, como reencontrar o nosso público em Cascavel depois de cinco anos e sermos a primeira categoria a correr lá nessa nova fase do autódromo. Outro grande momento foi a nossa corrida na Argentina”, acrescentou, sobre a inédita etapa realizada em Córdoba, em setembro.

A F-Truck já havia corrido três vezes na Argentina, sempre em Buenos Aires, em eventos realizados em conjunto com a Top Race V6. Em setembro, a categoria consolidou o desafio de consolidar um evento solo em outro país. “A etapa de Córdoba teve sucesso absoluto de público, mais de 40 mil torcedores. Foi uma conquista importante, era um desafio uma categoria brasileira correr sozinha e encher um autódromo na Argentina”, falou.

O sucesso foi suficiente para manter a pista de Córdoba no calendário de corridas para o campeonato de 2013, anunciado nesta segunda-feira (10). “Vamos voltar a Tarumã, o que nos dá muita alegria, a Truck tem uma história bonita naquela pista. Só deixamos de marcar etapas lá pelas condições ruins do autódromo, mas a reforma deste ano resolveu isso. Londrina é outra pista que volta ao calendário. 2013 será ainda melhor que 2012”, apostou.

O CALENDÁRIO

As dez etapas do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck para 2013, segundo o calendário divulgado nesta segunda-feira, são as seguintes: 10 de março – Tarumã (RS); 7 de abril – Londrina (PR); 19 de maio – Caruaru (PE); 9 de junho – Goiânia (GO); 7 de julho – Interlagos (SP); 4 de agosto – Cascavel (PR); 8 de setembro Córdoba (ARG); 13 de outubro – Guaporé (RS); 10 de novembro – Curitiba (PR); 8 de dezembro – Brasília (DF).

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

F-Truck: quarta vitória no ano amplia vantagem do líder Totti



Uma corrida acirrada marcou neste domingo (14) a quarta vitória de Leandro Totti no Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck. O paranaense levou o Mercedes-Benz número 73 da ABF Racing Team à primeiro posição no GP Crystal, oitava e antepenúltima etapa, no Autódromo Internacional Nelson Luiz Barro, em Guaporé. O resultado na etapa da Serra Gaúcha restringiu a três nomes a lista de candidatos ao título de 2012.Faltam duas etapas para o fechamento do campeonato – em Curitiba, no dia 11 de novembro, e em Brasília, em 9 de dezembro. Há 64 pontos ainda em jogo. A vantagem de Totti na liderança do campeonato passou de 24 para 39 pontos. O adversário mais próximo do paranaense passa a ser o tricampeão Felipe Giaffone, que levou o MAN-Volkswagen da RM Competições ao terceiro lugar na corrida e assumiu a vice-liderança da tabela.



Com a vitória em Guaporé, que soma-se às conquistadas nas etapas de Goiânia, São Paulo e Cascavel, Totti chega aos 158 pontos. Giaffone, novo vice-líder, soma 119. Beto Monteiro, vice-líder da competição até a largada em Guaporé, abandonou a corrida no acidente que um furo de pneu o submeteu e caiu para terceiro, agora 106. O quarto na pontuação é Wellington Cirino, que foi a 82 pontos e não pode mais alcançar a pontuação de Totti.O gaúcho Régis Boessio, que comemorou no GP Crystal sua primeira pole-position na Fórmula Truck, complementou a comemoração dos mais de 35.000 torcedores gaúchos com sua primeira aparição no pódio de Guaporé, com o segundo lugar. A comemoração no pódio também contou com Cirino, o quarto colocado com o caminhão da ABF/Mercedes-Benz, e Roberval Andrade, que levou o Scania da Ticket Car Corinthians Motorsport ao quinto lugar.

CORRIDA
As posições no primeiro pelotão foram mantidas na largada. O maior destaque da primeira volta ficou por conta de Valmir Benavides, que largou em décimo e assumiu a sexta posição. Enquanto Regis Boessio e Felipe Giaffone começavam a abrir vantagem nas duas primeiras posições, Leandro Totti dava início a uma pressão forte sobre Beto Monteiro, obrigando o pernambucano a adotar a pilotagem mais defensiva possível.

Na abertura da terceira volta, Débora Rodrigues foi punida com uma passagem a 60 km/h pelos boxes por ter excedido o limite de velocidade onde há o radar exigindo máxima de 160 km/h.Foi a volta em que Totti consolidou a ultrapassagem sobre Monteiro, assumindo a terceira posição e adotando uma postura de ataque ao segundo lugar de Giaffone. A ultrapassagem, pelo lado externo da curva Um, aconteceu na quinta volta.

Ao término da sexta volta, Boessio tinha quatro décimos de segundo de vantagem sobre Totti, que estava mais quatro décimos à frente de Giaffone. Na oitava volta, Benavides começou a perder posições, com problemas em um duto de óleo da turbina de seu Iveco. Djalma Fogaça, reestreando na Truck, encostou à beira da pista, também com problemas em seu Ford. Danilo Dirani, também piloto da 72 Sports, havia abandonado um minuto antes.

Na nona volta, Totti tentou superar Boessio, que manteve-se na linha interna da pista na saída da curva do túnel. Na curva seguinte, denominada “Radiador”, Totti saiu do traçado ideal por alguns instantes, permitindo que Giaffone voltasse a ocupar o segundo lugar. A essa altura, Wellington Cirino, quinto no grid, já ocupava a quarta posição, tendo ultrapassado Monteiro, e se aproximava do equilibrado grupo dos três primeiros.



Na abertura da 11ª volta, Totti repetiu, no mesmo ponto da pista – a curva Um – a manobra com que havia ultrapassado Giaffone voltas antes. No “Radiador”, voltou à vice-liderança. Os dois cumpriram três curvas lado a lado, sem nenhum toque entre os caminhões. Com 12 voltas completadas, era de apenas 2s787 a diferença entre Boessio, líder, e Roberval Andrade, que havia largado em sétimo e figurava na sexta colocação.

Totti assumia um ritmo menor, permitindo a Boessio uma vantagem de 1s163. Cirino, em quarto, chegou a perder a tangência em uma das sequências sinuosas do circuito guaporense, permitindo uma tentativa de ultrapassagem de Monteiro, que por sua vez via-se pressionado por Andrade. O paranaense tetracampeão, contudo, conseguiu manter o controle de seu Mercedes-Benz e, na volta ao traçado ideal, manteve sua posição.

A um terço de corrida, na intervenção programada do Pace Truck para reagrupamento dos pilotos, os cinco primeiros eram Boessio, Totti, Giaffone, Cirino e Monteiro, que receberam pontos de bonificação. Totti chegava a 133 pontos na liderança do Campeonato Brasileiro, contra 106 de Monteiro e 102 de Giaffone. Boessio sustentava a liderança da prova e também a volta mais rápida da corrida, cronometrada na terceira em 1min28s439.

Dada a relargada, cerca de cinco minutos depois, as posições foram mantidas. Totti, embora tivesse se proposto a uma estratégia conservadora, já assumia uma postura de ataque a liderança de Boessio. O reinício de corrida foi marcado pelo abandono de Débora Rodrigues, que estacionou seu MAN-Volkswagen no “Radiador” com problema na bomba de combustível. Cirino marcava a volta mais rápida da corrida, em 1min28s332.

Totti assumiu a liderança ultrapassando Boessio na curva do Túnel na 18ª volta, a mesma em que assinalou a melhor volta da etapa, 1min28s257, o que permitiu-lhe abrir 1s008 de vantagem sobre o segundo colocado. Geraldo Piquet, já em sexto, recebia pressão de Andrade e de Adalberto Jardim. Na 21ª volta o Pace Truck foi devolvido à pista, em nova neutralização da prova, para que o caminhão de Débora fosse removido a um local seguro.

A relargada foi dada depois de duas voltas sob o ritmo do Pace Truck. Poucos metros depois, no entanto, o Pace Truck foi acionado pela terceira vez, por conta do primeiro acidente da etapa – André Marques teve problemas com o câmbio, não conseguiu fazer a redução de marcha e atingiu a traseira do caminhão de Luiz Lopes. Marques rodou, bateu na barreira de pneus e ficou com seu MAN-Volkswagen atravessado na pista.

Enquanto a equipe de resgate trazia o caminhão de Marques de volta aos boxes, outra equipe foi acionada para limpeza da pista e remontagem da barreira de proteção de pneus. Foram quatro voltas com o Pace Truck na pista, até a relargada, dada cinco a minutos do fim da corrida. Na metade da primeira volta desde a nova relargada, o pneu dianteiro esquerdo de Monteiro estourou. o pernambucano, que era quinto, bateu no muro.

A corrida seguiu sob bandeira verde. Totti abriu a última volta 3s107 à frente de Boessio, que seguia pressionado por Giaffone, que estava 1s312 à frente de Andrade, o quinto, que logo depois da relargada cravou em definitivo a volta mais rápida da corrida, com 1min27s561. A quarta vitória do piloto da ABF Racing Team em 2012 deu-se com 1s773 sobre o piloto gaúcho. Giaffone, Cirino e Andrade completaram o pódio da etapa guaporense.

A nona e penúltima etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck vai confrontar os pilotos no Autódromo Internacional de Curitiba, no dia 11 de novembro. Depois de 26 voltas, o resultado do Grande Prêmio Crystal, na pista de Guaporé, foi o seguinte:

1º) Leandro Totti (PR/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, 1h01min24s023
2º) Régis Boessio (RS/Mercedes-Benz), ABF Desenvolvimento Team, a 1s773
3º) Felipe Giaffone (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, a 2s199
4º) Wellington Cirino (PR/Mercedes-Benz), ABF/Mercedes-Benz, a 2s445
5º) Roberval Andrade (SP/Scania), Ticket Car Corinthians Motorsport, a 2s826
6º) Geraldo Piquet (DF/Mercedes-Benz), ABF/Mercedes-Benz, a 6s161
7º) Adalberto Jardim (SP/MAN-Volkswagen), AJ5 Competições, a 6s975
8º) Paulo Salustiano (SP/Volvo), ABF/Volvo, a 8s720
9º) Renato Martins (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, a 9s098
10º) Pedro Muffato (PR/Scania), Muffatão, a 11s736
11º) Luiz Lopes (SP/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, a 13s172
12º) Luiz Pucci (ARG/Volvo), ABF/Volvo, a 13s820
13º) Pedro Gomes (SP/Ford), 72 Sports, a 17s278
14º) João Ometto Neto (SP/Iveco), Marinelli Competições, a 26s814
15º) Beto Monteiro (PE/Iveco), Scuderia Iveco, a 4 voltas
16º) André Marques (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, a 5 voltas
NÃO COMPLETARAM
Débora Rodrigues (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, a 11 voltas
Valmir Benavides (SP/Iveco), Scuderia Iveco, a 18 voltas
Djalma Fogaça (SP/Ford), 72 Sports, a 19 voltas
Danilo Dirani (SP/Ford), 72 Sports, a 19 voltas
João Marcos Maistro (PR/Volvo), Clay Truck Racing, a 22 voltas
Melhor volta: Andrade, na 24ª, 1min27s561, média de 126,631

CLASSIFICAÇÃO
A classificação do campeonato: 1º) Totti, 158 pontos; 2º) Giaffone, 119; 3º) Monteiro, 106; 4º) Cirino, 82; 5º) Marques, 81; 6º) Salustiano, 77; 7º) Andrade, 76; 8º) Boessio, 64; 9º) Jardim, 47; 10º) Piquet, 46; 11º) Benavides, 44; 12º) Marinelli, 39; 13º) Martins, 37; 14º) L. Reis, 33; 15º) Rodrigues, 32; 16º) Maistro, 30; 17º) Lopes, 22; 18º) Bueno, 21; 19º) Pucci, 20; 20º) Muffato, 12; 21º) J. Reis, 11; 22º) Dirani, 9; 23º) Fittipaldi e Gomes, 7; 25º) Ometto Neto, 1.

Na competição entre as Marcas, em que são considerados os pontos dos três melhores pilotos de cada montadora, a Mercedes-Benz assumiu a liderança do Brasileiro de Fórmula Truck com 300 pontos. A MAN-Volkswagen, e líder até então, passou a ocupar a vice-liderança, com 274. A Iveco manteve o terceiro lugar, com 170. A Volvo, ainda quarta colocada, tem 148. A Scania foi a 115 e a Ford passa a somar 16.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Giaffone domina primeiro dia de treinos da Fórmula Truck em Guaporé


Felipe Giaffone

Ficou por conta de Felipe Giaffone o destaque das sessões de treinos que abriram nesta sexta-feira (12) a programação da oitava e antepenúltima etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck. Com o MAN-Volkswagen da RM Competições, o paulista tricampeão foi o mais rápido nas duas sessões no Autódromo Nelson Luiz Barro, em Guaporé (RS), onde neste domingo (14) será disputado o Grande Prêmio Crystal.


“Terminar o dia na frente é sempre bom, mas eu acho que amanhã os treinos vão ser ainda mais apertados. É só observar que liderei os dois treinos, mas as diferenças foram muito pequenas, centésimos de segundo”, observou Giaffone. No primeiro treino do dia, ele ficou 0s009 à frente do gaúcho Régis Boessio, que terminou em segundo. Na última sessão, sua vantagem sobre o paranaense Leandro Totti, segundo, foi de 0s049.

Giaffone prevê que a disputa pela pole-position na tomada de tempos possa oferecer condições bastante parecidas a cinco ou seis pilotos. Ele cita o pernambucano Beto Monteiro e o paulista Roberval Andrade, terceiro e quinto no resultado geral desta sexta, como adversários que podem evoluir. “Eu tenho chance de ser pole, mas largar da terceira fila do grid, nas circunstâncias que temos aqui, seria um resultado normal”, considerou.

Totti, líder do campeonato, foi o segundo mais rápido do dia. “O nosso caminhão está muito bom aqui, como tem sido bom em todas as pistas”, falou o piloto do Mercedes-Benz da ABF Racing Team. “Estou muito contente, mesmo, com o meu equipamento. Mantivemos o mesmo acerto das últimas etapas, não estamos inventando nada. Essa é a nossa estratégia para manter a liderança e quem sabe para conseguir essa pole”, continuou.


Leandro Totti
Vice-líder do campeonato com 105 pontos, 24 a menos que Totti e seis à frente de Giaffone, Monteiro chamou atenção para o equilíbrio. “Está mesmo muito apertado, você vê que temos quatro ou cinco pilotos em tempos de volta muito próximos”, frisou o piloto da Scuderia Iveco. “Está difícil eu ser o mais rápido aqui, mas a expectativa é boa. O caminhão vem se portando bem, e na corrida a situação é diferente. Vamos estar bem para a corrida’, apostou.


Único piloto gaúcho no grid da Truck, Boessio foi o quarto mais rápido do dia. No treino da manhã, ficou em segundo, a menos de um centésimo de Giaffone. “A nossa expectativa é de estar andando bem durante todo o fim de semana, e ainda temos bastante para crescer amanhã. Ainda não colocamos no caminhão tudo que temos guardado, vamos colocar para amanhã e vamos estar muito rápidos no treino classificatório”, prometeu.

Tendo o apoio da participativa torcida do Rio Grande do Sul, o piloto da ABF Desenvolvimento Team mostra-se bastante convicto de que vai pôr fim ao que define como um tabu. “Vamos largar entre os cinco primeiros e terminar entre os cinco primeiros, tenho certeza de que vou fazer isso. Corro aqui com a Truck há cinco anos, e nunca consegui um resultado legal. Botamos na cabeça que esse vai ser o nosso ano em Guaporé”, declarou.

Andrade, piloto do Scania da Ticket Car Corinthians Motorsport, fechou o dia como quinto mais rápido. “Refiz todo o projeto do caminhão, até para pontuar todas as quebras do ano, e nosso objetivo é manter a constância. O rendimento está acima do que a gente esperava. Tenho um pouquinho para melhorar para amanhã, espero que os outros não tenham tanto. Quero sair daqui levando os pontos que preciso para o campeonato”, estipulou.


Beto Monteiro
A programação deste sábado (13) para o GP Crystal prevê mais duas sessões de treinos livres, cada uma com 60 minutos de duração, para 8h30 e 10h30. A tomada de tempos será aberta às 13h30, com transmissão ao vivo do site formulatruck.com.br. A corrida, no domingo, será transmitida ao vivo em HD pela Rede Bandeirantes a partir das 13h, com narração de Téo José, comentário de Eduardo Homem de Mello e reportagem de Luiz Silvério.


Consideradas todas as voltas cronometradas nas duas sessões livres em Guaporé, os melhores tempos de cada piloto na programação desta sexta-feira foram os seguintes:

1º) Felipe Giaffone (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, 1min25s799
2º) Leandro Totti (PR/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, 1min25s848
3º) Beto Monteiro (PE/Iveco), Scuderia Iveco, 1min26s364
4º) Régis Boessio (RS/Mercedes-Benz), ABF Desenvolvimento Team, 1min26s392
5º) Roberval Andrade (SP/Scania), Ticket Car Corinthians Motorsport, 1min26s627
6º) Wellington Cirino (PR/Mercedes-Benz), ABF/Mercedes-Benz, 1min26s646
7º) Renato Martins (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, 1min26s984
8º) Djalma Fogaça (SP/Ford), 72 Sports, 1min27s003
9º) Danilo Dirani (SP/Ford), 72 Sports, 1min27s026
10º) Geraldo Piquet (DF/Mercedes-Benz), ABF/Mercedes-Benz, 1min27s109
11º) Paulo Salustiano (SP/Volvo), ABF/Volvo, 1min27s112
12º) Luiz Lopes (SP/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, 1min27s316
13º) Pedro Gomes (SP/Ford), 72 Sports, 1min27s384
14º) Leandro Reis (GO/Scania), Original Reis Competições, 1min27s436
15º) Adalberto Jardim (SP/MAN-Volkswagen), AJ5 Competições, 1min27s598
16º) Pedro Muffato (PR/Scania), Muffatão, 1min27s779
17º) Valmir Benavides (SP/Iveco), Scuderia Iveco, 1min27s802
18º) João Marcos Maistro (PR/Volvo), Clay Truck Racing, 1min27s862
19º) André Marques (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, 1min28s228
20º) Luiz Pucci (ARG/Volvo), ABF/Volvo, 1min28s547
21º) Débora Rodrigues (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, 1min28s703
22º) Diumar Bueno (PR/Volvo), DB Motorsport, 1min28s986
23º) João Ometto Neto (SP/Iveco), Marinelli Competições, 1min29s154
Média do 1º: 129,232 km/h

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

F-Truck: líderes vivem expectativa acentuada pela batalha de Guaporé


Leandro Totti

Faltando ainda três corridas para o término do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, 11 pilotos reúnem, em maior ou menor grau, possibilidades matemáticas de conquista do título. E, se para boa parte dos integrantes desse grupo as chances de campeonato estão atreladas a improváveis combinações de resultados nas corridas, os três primeiros colocados notam importância cada vez maior em cada um dos 96 pontos ainda em disputa.

A oitava e antepenúltima etapa será disputada neste domingo (14), em Guaporé. O Grande Prêmio Crystal tende a limitar a seis ou sete nomes a lista de candidatos à taça reservada ao campeão. O afunilamento, ao menos neste momento, não preocupa os três primeiros na pontuação. Leandro Totti, Beto Monteiro e Felipe Giaffone têm assegurada a manutenção na luta pelo título com qualquer combinação de resultados na etapa gaúcha.

O paranaense Totti, piloto do Mercedes-Benz da ABF Racing Team, é o líder da competição. Esteve no pódio das últimas cinco corridas, com a quinta posição em Caruaru, as vitórias em Goiânia, São Paulo e Cascavel e o terceiro lugar em Alta Gracia, na Argentina, que lhe valeu o título sul-americano. Com 129 pontos, ele não mostra ponderação e admite ver a condição de planejar até mesmo a conquista antecipada do título do Campeonato Brasileiro.

“Essa condição é uma conquista da equipe. Nosso equipamento está resistente, bem confiável, e isso permitiu que a gente chegasse aqui com uma vantagem boa. Se tudo der certo em Guaporé, pode ser que a gente já possa garantir o título na corrida seguinte, em Curitiba. A ideia é essa”, revela. “Só o que a gente não pode é se envolver em acidentes, isso acaba com qualquer campeonato. Vamos continuar no mesmo ritmo de sempre”, estipula.


Beto Monteiro

Buscar o reencontro com a boa fase é o compromisso assumido pelo pernambucano Monteiro, da Scuderia Iveco. Depois de abrir a temporada com vitórias no Velopark e em Jacarepaguá e de ir ao pódio em Caruaru em terceiro lugar, o campeão de 2004 amargou uma série de problemas e imprevistos que limitaram sua atuação a três oitavos lugares e o abandono em Cascavel, onde parou por conta de uma pane o sensor eletrônico do pedal do acelerador.

“A gente pensa com otimismo. Em Cascavel, por exemplo, não lutei pela vitória por causa de um problema no pedal. E na Argentina, quem poderia imaginar que eu teria dois pneus estourados? Tem coisa que não se consegue prever”, ilustra o vice-líder da temporada, que soma 105 pontos. “O caminhão é rápido, é competitivo, a gente ainda tem toda a chance. Só precisamos voltar a ter uma fase boa, como foi no início do campeonato”, torce.


Felipe Giaffone

A curva gráfica do paulista Giaffone na temporada mostra-se inversa à de Monteiro. Depois de um início marcado por dificuldades, ele reagiu com o segundo lugar em Cascavel e a vitória na etapa argentina, primeira no ano de um caminhão MAN-Volkswagen. Em terceiro na tabela com 99 pontos, a 30 do líder, o campeão das temporadas de 2007, 2009 e 2011 trabalha a motivação para as três corridas que vão definir o campeão de 2012.

“Não podemos desistir. Se acontecer um probleminha qualquer nessa corrida em Guaporé, a gente na prática fica fora da briga de uma vez. Mas se der uma sortezinha, entramos de vez”, estabelece. “O mais importante de tudo é conseguir terminar a corrida sem nenhum problema, sem errar. Nós sempre fizemos um trabalho bom em Guaporé em termos de resultados, agora é tentar manter esse histórico para ver depois da corrida no que vai dar”, finaliza.

Os treinos para o Grande Prêmio Crystal em Guaporé serão abertos no feriado de sexta-feira (12). No sábado (13), além de mais sessões livres, os pilotos vão disputar as tomadas de tempo classificatórias valendo as posições no grid. A corrida de domingo, com início às 13h, terá transmissão ao vivo em HD pela Rede Bandeirantes – Téo José narra, com comentário de Eduardo Homem de Mello e reportagem de Luiz Carlos Silvério.

F-Truck: Djalma Fogaça explica relação com o número 72



Um dos grandes nomes do automobilismo brasileiro estará de volta ao cockpit, ou melhor, à cabine de um Fórmula Truck neste próximo fim de semana. A oitava etapa do campeonato brasileiro da categoria, que será disputada no Autódromo Internacional de Guaporé, na Serra Gaúcha, será marcada pela reestreia de Djalma Fogaça na categoria. Décimo maior vencedor da história da Fórmula Truck, Fogaça acumulará as funções de chefe da equipe Ford Racing Trucks / 72 Sports e de piloto do Ford Cargo #72 - exatamente como fez até 2009.


O sorocabano chega confiante à Guaporé. O bom retrospecto no circuito da Serra Gaúcha anima Fogaça, já que, de suas sete vitórias na Fórmula Truck, duas foram conquistadas naquela pista.

"Eu vinha planejando voltar a guiar já havia algum tempo. A ideia inicial era retornar no início da próxima temporada, mas decidi fazer as três últimas corrida de 2012 para encurtar meu tempo de readaptação. Ter a oportunidade de fazer minha reestreia em Guaporé é fascinante. Foi ali que conquistei minha primeira vitória na Truck e, sem dúvida, vai ser muito especial voltar exatamente nessa pista", contou Djalma.

Fogaça entrará no circuito gaúcho a bordo do Ford Cargo com o lendário número 72. Através de décadas dedicadas ao automobilismo, o piloto utilizou este número, fazendo história nos circuitos brasileiros em diversas categorias. 



"Usava o número 59 no início de minha carreira. Na época em que fui para a Fórmula Ford, a equipe utilizava os números 71 e 72 e fui obrigado a mudar. Mas foi ali que percebi que havia uma ligação entre 59 e 72. Se você pegar o 72 e separar as unidades, fazendo uma subtração de 7 menos 2, encontrará o 5; e se somar o 7 com o 2, chegará a 9. Por isso, mudei do 59 para o 72. Hoje, não me vejo competindo com outro número que não seja o 72", explicou.


Com o 72 pintado no Ford Cargo, Fogaça entrará na cabine com uma nova pintura em seu capacete. "Na década de 1980, usava as cores verde, azul e amarela no meu capacete. Como vou completar 50 anos em 2013, decidi competir com um desenho que mantém as cores verde e azul, mas substitui a amarela pela dourada, como forma de celebração", revelou.

Djalma Fogaça estreou na Fórmula Truck na segunda etapa da temporada de 1997. Foi terceiro colocado na classificação final nos campeonatos de 2000 e 2003. O piloto pendurou seu capacete no final de 2009, e desde então comanda a equipe Ford Racing Trucks / 72 Sports. O time também tem como pilotos os paulistas Danilo Dirani e Pedro Gomes.

Djalma Fogaça detém um recorde na categoria. Em 2005, venceu as três primeiras corridas do campeonato. Até hoje, nenhum piloto repetiu este feito na F-Truck. Além disto, Fogaça é o décimo maior vencedor da história do campeonato de caminhões no Brasil. Veja o retrospecto do piloto:

Vitórias (7)
Guaporé (1997), Goiânia (2000), Goiânia (2003), Guaporé (2003), Cascavel (2003), Tarumã (2004), Tarumã (2006). 

Pole Positions (11)
Goiânia (1997), Caruaru (1998), Goiânia (2000), Cascavel (2000), Guaporé (2001), Londrina (2001), Goiânia (2003), Guaporé (2003), Cascavel (2003), Guaporé (2005), Tarumã (2005).