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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Roberto Nasser - De carro por aí

Coluna 0416 - 23.01.2016 - edita@rnasser.com.br   

Ventos de Detroit
O NAIAS 2016, Salão de Detroit, fez marca curiosa: apesar do mercado  norte-americano ter tido recuperação formidável – de retração absoluta em 2008 para recordes de venda em 2015 -, a mostra organizada pelos revendedores de Michigan teve ausência e falta de atrações de Bentley e Mini, marcas da Volkswagen e da BMW, e Land Rover. Dentre os maiores destaques, poucos serão importados ao mercado nacional.

Mercedes Classe E 2017 – Segue a linha estética aplicada aos irmãos de linha C e S, e as novas formas e largo conteúdo eletrônico – descrito pela Coluna passada – o rotulam como semi autônomo. Mantém a motorização 2,0 turbo. No Brasil até o final do semestre. Razões diversas, gostaríamos de fazer como a Mercedes: pular e esquecer 2016.



Ford Fusion – Dificuldade para a Ford foi modificá-lo, melhorar aparência, confortos, e manter preços e liderança no segmento, onde supera Honda Accord e Toyota Camry. A versão Sport, motor L4, 2,3 litros, 330 cv, emprega tração nas quatro rodas, caixa automática com seis velocidades, suspensão continuamente monitorada para rodar confortável, piloto automático, detector de pedestres, e ParkAssist para vagas perpendiculares. Acima, Platinum, com revestimento em couro, rodas liga leve, 19” e grade personalizadora.
Versão híbrida desenvolveu software para melhorar eficiência. Produzido no México, é importado sem pagar impostos de importação. Primeiro semestre.

Lincoln Continental 2017 – Apresentado para ocupar espaço no mercado e fazer promessas em suprir a lacuna aberta pela marca ao retirar a geração anterior de produção. Foi o último Ford com chassis e tração traseira e liderava o mercado de frotas com motorista.
Novo modelo emprega motor V6, 3,0 litro, dois turbos e 410 cv, inesperadas regulagens motor/transmissão/suspensão/freios para opcional condução esportiva. Tração frontal ou nas 4 rodas. Mais detalhes durante o ano, lançamento em 2017 para comemorar 100 anos da marca.

Honda Civic – Nova geração, apuro em estilo e aerodinâmica. Em importância supera simples substituição no meio do ano, pois será o primeiro produto Honda a receber novo motor, reduzido a 1,5 litro, e com turbo. Reduz peso, aumenta potência e torque, reduz consumo e emissões.


Chrysler Pacifica – Re invenção da mini van de vida fugaz há uma década. Carro novo sobre a plataforma do sedã Chrysler 200. Mimos de uso familiar como aspirador de pó – famílias mal educadas tem grande aptidão a colecionar detritos –, e as boas ideias Chrysler para arranjo com os bancos. Primeira híbrida do setor, com dois motores elétricos. Não híbridos com motor V6, 3,7 litros, 290 cv. Importação possível.

Chevrolet Cruze - Imagem anteriormente divulgada pela GM argentina - e exibida pela Coluna - em providências de finalização pela GM do vizinho país. Além do produto, de base e projeto coreanos, introduzirá a novidade de família de motores 1,4 litro, 16v, turbo. Virá em versões sedã e hatch.


BMW M2 – Foi mostrado em outubro e apareceu em Detroit em versão final. Ganhou trato de equipamentos como os largos pneus e adjutórios para manter no chão a carroceria pequena e leve escondendo suspensão por alumínio ultra leve, e motor L6, 3.0 dois turbos, produzindo 370 cv. Será importado.



Force 1 V10 – Bicho novo no cenário norte-americano de veículos esportivos, soma de competências entre Henrik Fisker,designer dos elétricos com seu nome, Ben Keating, competidor e fanático por Dodge Viper, e Robert Lutz prolífico executivo ex Ford, ex Chrysler, ex GM.

Fábrica nova, VLF Automotive, perto da Chrysler em Auburn Hills, Mi, dois lugares, todo em fibra de carbono, suspensão ativa para dirigibilidade e segurança ante o motor V10, 8,4 litros, 750 cv, o mais poderoso entre aspirados, rodas em liga leve, pneus Pirelli PZero, freios Brembo. 0 a 100 km/h circa 3s, velocidade final em 350 km/h.

Interior em couro e alcântara costurados à mão, e coisas curiosas como porta garrafa de Champagne – pelo visto não será vendido no mercado escandinavo
... Produção em abril, entregas a partir de setembro. 50 unidades da série inicial, e compradores automaticamente inscritos em duas corridas anuais.
Preço ? US$ 268.500. A interessados, www.vlfautomotive.com
Empresa também fará o Destino V8.

Depois do Dieselgate, o Renaultgate ?
Você acha possível fiscais do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente adentrar em planta da Petrobrás, mandado na mão, para aferir se produtos poluem acima da regra oficial ? Nem pensar. Há anos a petroleira desrespeitou determinações, acordos, mantinha em produção o diesel S 500, veneno a nós e ao meio ambiente. Governo federal nunca se importou em fazê-la cumprir.

Entretanto na França o interesse público é superior ao poder do acionista maior. Semana passada, na França, autoridades e polícia foram a escritórios e fábricas Renault buscando algum método, sistema, peça ou aparato eletrônico para burlar o controle das emissões. Missão contra possível versão francesa do Dieselgate, invenção da Volkswagen alemã para seus motores diesel, poluindo acima das regras norte americanas.

Impacto grande, repercussão idem, fez cair o valor de suas ações e da concorrente PSA, e o fato de um executivo de proa ter vendido, em dezembro, 750 mil euros em ações da empresa, deixou a impressão de saber ou antever problemas e perda de valor nestes papéis.

Governo francês, maior acionista, com 20% da empresa, emitiu nota sobre o aqui apropriadamente chamado Renaultgate dizendo não ter relação com o da VW, nem se descobriram dispositivos para falsear os testes de emissões com os modernos motores 1,6 bi turbo diesel – serão aplicados pela Renault no picape Alaskan a ser feito no Brasil em 2018. Como o leitor da Coluna soube em primeira mão, é picape tri partite, agregando Nissan e Mercedes no projeto. Quando lançado, há dois anos, tal motor reduziu consumo e emissões em 25% relativamente a um motor 2,0.

Questão
Ante o Dieselgate o governo francês implantou grupo técnico independente, a Comissão Royal, para aferir veículos e certificar operação quanto às emissões. Primeiros resultados favoráveis à Renault mas, em paralelo, a Direção Geral de Concorrência, Consumo e Controle de Fraudes, resolveu também investigar.
Marca é uma das três melhor classificadas em esforços para reduzir poluição.

Porém
Com aferição oficial Renault faz re call de 18.800 Captur – SUV médio a ser feito no Brasil -, com motor diesel de 111 cv, por conta de emissões maiores sob temperaturas fora do protocolo dos testes, e ofereceu software de atualização a 700 mil diesel em carros da marca. Tipo prevenção. Em valores perdeu 3.3B de Euros – 3,6B US$, aproximados R$ 15B.
Outras
Ford, Mercedes e PSA também tem auditados veículos leves com motores diesel. Peugeots 208 e 508 foram testados pelo órgão francês de ecologia, atestando-os conforme regulamentos e valores. PSA emprega sistema de tratamento “BlueHDi” entre o coletor de descarga e o filtro de partículas, eliminando até 90% dos óxidos de nitrogênio, poluente dos diesel.

Roda-a-Roda

De volta – Picapes Jeep voltarão ao mercado. Crescendo em produção e lucros, marca, parte da FCA, fará sobre plataforma do Jeep Wrangler – como o original ao fim da década de ’40.

Aqui - No Brasil foi feito nas décadas de ’60 – montado na fábrica da Willys no mesmo Pernambuco -, e metade de ’70. Foi picape Jeep, picape Willys e F 75. Na releitura, intensivo uso de alumínio. Apresentação Salão de Detroit, 2017.

Surpresa – GM deu passo positivo em relação aos veículos elétricos. Mostrou o Bolt EV, arquitetura para uso familiar e 320 km de autonomia, grande conquista sobre um dos pontos fracos de suas tentativas.

Mais – Na confusão em que a Volkswagen se meteu com motores diesel emitindo acima das normas, já enfrenta 450 ações movida por proprietários e sem número por entidades de governo e estado.

Em casa – Agora, escritório de advocacia anunciou reunir centenas de acionistas nos EUA e Inglaterra para acioná-la judicialmente na Alemanha sob outro aspecto. Não é perda com produto, mas compensação por queda do valor das ações, causada ante redução de vendas e lucros.

551 – FCA acelera para energizar os projetos do X1H, carrinho para ser degrau de entrada da marca, abaixo do Uno, e a projetados R$ 29 mil, e no 551, SUV para substituir atuais Compass e Patriot. Será apresentado em junho, sem nome definido. O 551, no Salão de Nova Iorque, 03.abril.

Como é – 551 é baseado na multi ajustável plataforma Small Wide, mesma de Renegade e Toro, medidas superiores em conforto, refinamento interno, em relação ao Renegade. Motores 2,4, 190 cv, a gasolina, e 2,0, 170 cv, diesel.

Mercado – Novidade na questão, Pernambuco exportará para os EUA, pois a retração local criou ociosidade industrial e ocasião para o Brasil fornecer o ainda pagão 551. Lá, em 2015, produtos a ser substituídos, venderam 250 mil unidades, capacidade da fábrica em Goiana. Pe.

Negócio – BMW atualizou o sedã Series 3 produzido no Brasil, e acelerou os preços. Versão de entrada, 2,0 litro, turbo, 184 cv, subiu de R$ 140 mil para R$ 163 mil. Na sequência, 328i, mesmo motor produzindo 245 cv a R$ 208 mil.

... II – Mercedes anuncia últimas unidades do Classe C 2015/2016, a R$ 147.900. Estoque antigo. Acabando, aumento entre 6 e 10% nos preços.

Rápida – Com a suspensão do embargo econômico ao Irã, enquanto alguns projetam eventuais negócios, alemães agem: Audi trata para ter representação no país; parte de caminhões da Daimler já assinou carta de intenções para joint venture com a Khodro Diesel e o Mammut Group.  BMW estuda.

Negócio – FedEx, poderosa de entregas rápidas, assumirá este braço da concorrente TNT. Comissão Europeia já concordou. Finalização durante o ano. E racionalização e sinergias, com óbvios cortes entre mão de obra e ativos.

Comportamento – Curioso o manifesto pró-réus por advogados criminalistas contra os processos aplicados pela Polícia Federal e sob o juiz Sérgio Moro. Vago, sem indicações precisas, deixou no ar rótulo repelido pela sociedade – bandido bom é bandido solto. Tênue linha separa o exercício de defesa ao direito dos acusados, e a defesa dos manifestamente culpados, pode empurrar tais advogados para lugar ao lado dos bandidos, como inimigos da sociedade. 
  
Menos um – Findou-se o Autódromo Internacional de Curitiba, nas beiradas rurais de São José dos Pinhais. Expansão do município levou donos a incorporar condomínio residencial e empresarial. Circuito apenas a eventos privados.

Antigos – Para quem gosta de história bem contada e de veículos antigos, mandatório ler a de Nicolau, 88 e sua Vemaguet, 51. Aqui


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

MARCOPOLO FORNECEU 30 ÔNIBUS PARA A VERDE TRANSPORTES, DE CUIABÁ

A Marcopolo forneceu 30 novos ônibus rodoviários para a Verde Transportes, uma das principais operadoras de transporte do Mato Grosso. Com diferentes configurações, os veículos, dos modelos Viaggio 1050, Paradiso 1200 e Paradiso 1800 Double Decker, serão utilizados em viagens intermunicipais e interestaduais e de turismo.

Com a aquisição de diferentes modelos, a Verde Transportes tem como objetivo oferecer serviços de elevado padrão de qualidade, conforto e segurança para os passageiros nas diversas rotas que opera, no Mato Grosso e em outros Estados do território nacional.

As seis unidades do Paradiso 1800 Double Decker, com chassi Mercedes-Benz O 500RSDD 2741, contam com 54 poltronas semileito 1060 Super Soft com descansa-pernas regulável, sistema audiovisual com monitores LCD, tomadas para carregamento de celulares e iluminação decorativa. Possuem ainda vidros colados, sistema de ar-condicionado Spheros, sanitário no piso inferior, bebedouro, geladeira sistema de gravador de imagem com dois pontos, câmera de ré, painel de instrumentos com acabamento soft touch e camarote para o motorista auxiliar com sistema de ar-condicionado.

A Verde Transportes também adquiriu 16 unidades do modelo Paradiso 1200, com chassi Meredes-Benz O500RSD 2436, com capacidade para transportar 46 passageiros em poltronas semileito 1060 super soft com descansa-pernas regulável. Os veículos contam com ar-condicionado Spheros, sistema audiovisual com monitores LCD, sanitário, vidros colados, bebedouro, geladeira, painel de instrumentos com acabamento soft touch e poltrona pneumática com apoio de cabeça e descansa braço para o motorista.

As oito unidades do Viaggio 1050 têm chassi Volvo B270F e capacidade para transportar 44 passageiros em poltronas Executiva 1060. Contam com vidros colados e sistema de ar-condicionado Spheros, além de sanitário, bebedouro e poltrona pneumática com apoio de cabeça para o motorista.


Tradicional transportadora de passageiros, a Verde Transportes transporta mais de 150 mil pessoas por ano com regularidade, segurança, pontualidade e conforto. A empresa também oferece aos clientes salas Vips em diferentes pontos do Mato Grosso ao Pará.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Roberto Nasser - De carro por aí


Coluna 4114 - 08.10.2014 - edita@rnasser.com.br

Paris, Salão, consequências
Maior festa anual do automóvel nos anos pares, o Salon d’Automobile realizado em Paris há muitas décadas, sinaliza o mercado europeu e projeta novidades a países periféricos. Nesta edição, além das demonstrações com produtos híbridos, todos em acatamento às novas regras de consumo e emissões, haviam poucas novidades - 57. Algumas em tecnologia, outras nos automóveis de maior preço, dedicados a compradores acima de crises de consumo e pane de bolso. Paris mostrou a elevação dos produtos, o Premium do Luxo.Novidades, porém poucas aparecerão em nosso mercado.

Acima
Num mundo em crise, desarmônico, entre picos e vales, um valor é inatingível pelas crises: o muito dinheiro de quem o tem em grande volume. Assim, a percepção geral é das fabricantes darem mais conteúdo e refinamento aos veículos caros para torná-los mais caros – e cada vez mais diferenciados dos outros, sujeitos às crises. Explica tal caminho o crescimento dos Mercedes versões AMG – venderam-se 32 mil unidades ano passado e o total aumentará neste. E Ferrari, e conceito Lamborghini com quatro portas e quatro lugares, o AMG GT, e Audis implementados, como o TT Concept em suas cinco portas. E Infiniti, e DS, ... O mercado dos carros de luxo era 10% do volume global. Está em 11,5%, mostrando tendência ascendente. Quem tem, tem.

Tecnologia
Há duas indissociáveis palavras de ordem na Europa e EUA: consumo e emissões. São o aríete da tecnologia e das providências. Estamos na ponta do rabo deste animal eco tecnológico. Andamos muito atrás, com nossa legislação concedendo anos para um ganho de 12% em consumo – na verdade, retornar aos níveis obtidos quando se criou o motor flex, um breve contra a tecnologia e um incentivo ao desperdício energético. Europeus mostram veículos com motor com o dobro da cilindrada média utilizada no Brasil, 1,5, 1,6 litro, fazendo quase o dobro da quilometragem/litro.

Buscam-se tecnologias para economia. De motor tocando gerador de energia alimentando motores elétricos para acionar as rodas, à nova tecnologia da PSA utilizando ar comprimido. Também, a edição revista e melhorada do projeto XL e seu recorde de economia, de andar 100 km com 1 litro de diesel, tem a variante dita Sport Concept da Volkswagen, mudando linhas, acertando suspensões, e motor, bi cilíndrico, 1.197 cm3, de motocicleta Ducati, empresa VW. Pesa 800 quilos e acelera de 0 a 100 km/h em 5,7s e faz mais de 100 km/litro. Lembra a filosofia Lotus, e é bandeira de tecnologia.

Brasil
Muitos veículos para o mercado mundial, poucos ao nacional, alguns para ser importados, outros, em menor escala, para construção local. Em escala mista, novo Land Rover Discovery Sport com dúvida de ser um dos modelos a ser produzido na usina prometida pela marca em Itatiaia, RJ. Da Jaguar Land Rover, outro cotado para a mesma fábrica, o Jaguar XE, carro de entrada, para concorrer com Mercedes C, BMW 3. Mais refinado e caro disputará com automóveis de maior porte.


Importado em poucas unidades referenciais, o Mercedes C em versão 63 AMG, e o AMG GT, sucessor do Mercedes SLS. Bela peça de engenharia, chassis, carroceria e intenso uso de alumínio, demarra nova família e, para quem gosta de automóvel e performance, deve puxar a fila de vendas.



Houvesse bolsa de apostas, apostaria minhas fichas em navio aportando em Pernambuco para viabilizar a produção do Fiat 500X no Brasil. Atende às demandas da Fiat para um novo produto. Dizem-no um Crossover, mas para mercado desconhecedor de tal carimbo, tem as formas rotuladas pela superioridade de alguns jornalistas nacionais pela generalidade do termo jipinho. A Fiat precisa de produto novo para ocupar a faixa superior, e para o segmento onde utilitários esportivos regem o mercado. Aí anda de Palio Weekend Adventure.

O 500X tem plataforma e restante da mecânica igual à do Jeep Renegade entrando em produção na fábrica FCA em Pernambuco. É 70% do caminho andado. Aliás os executivos da FCA na Itália seguem trilha comum: será feito na fábrica de Melfi, na mesma linha de produção do Jeep Renegade. E se casa com o esforço para ampliar o rótulo dos carros Fiat deixando de ser vistos apenas como econômicos, bonitinhos, mestres em espaço interno. A alta administração quer torná-los, no jargão do marketing, funcionais e aspiracionais – ou seja objetos de desejo. O 500X abre este caminho.

Roda-a-Roda
Caminho – Nas medidas de sobrevivência adotadas pela PSA – Peugeot- Citroën, uma foi dar autonomia à DS, então sub marca Citroën. No Salão dela haviam exemplares, liderados pelo Divine, protótipo de sedã enfeitado. Quer mandar a linha aos EUA, segundo maior mercado mundial.

Foco – Na briga de foices entre cegos que é a indústria automobilística mundial, não há sobrevivência sem vendas em elevada escala. E não há escala aos ausentes no mercado norte-americano. A Peugeot já esteve lá, mas desistiu em 1991. Retomará em 2020 com vendas nas 30 maiores cidades.

Brasil – Brasileiro, liderando a Aliança Renault-Nissan, dos maiores grupos automobilísticos mundiais, Carlos Ghosn fez evento privado à imprensa mundial. A Coluna não estava lá. Entretanto coleguinhas registraram análise clara da marca no mercado mundial e interpretações da situação do nacional.

Razões – Segundo o executivo vendas no Brasil devem encolher 10%, queda superior aos números projetados ao início do ano. Entretanto, disse Ghosn aos formadores de opinião, não há razões para isto ante a baixa relação entre habitante e automóveis.

Eufemismo – Disse, a situação é desapontadora e classificou o ocorrido no Brasil como não relacionado à indústria automobilística. Respeitador da imagem do país natal aos estrangeiros, não pintou o cenário de preto mas disse, no momento específico de eleições há fatores desconhecidos, e o país voltará a crescer quando a situação ficar mais clara. O eufemismo aparentemente significa mudança na política econômica e/ou no governo federal.

Exceção – Quanto à Renault, em ascensão de vendas e cravando quase 8% de participação nas vendas, Ghosn disse não reduzir investimentos da marca. Pelo visto, fazê-lo deteria o projeto de crescimento e sedimentação no mercado doméstico.

Foco – Executivos das matrizes das indústrias automobilísticas mundiais que encontrei no Salão, tinham perguntas assemelhadas à afirmação do brasileiro Ghosn: o que está acontecendo com a economia do Brasil? E porque o país parou de crescer?

Tropeço – Consciência do refluxo econômico, ao momento não deterá investimentos contratados, pois a indústria projeta a longo prazo. Mas criará um vale a ser ultrapassado até a volta da confiança. Entenda-se deter o crescimento da economia, de emprego, renda, aumento de vendas.

Dobradinha – Sempre alinhando economias brasileira e argentina, com governos peculiares, mercado em queda, inflação aumentando, promessas vãs, moeda desvalorizando e queda diária do valor do patrimônio individual, a região antes vista como alavanca de crescimento da indústria automobilística perderá investimentos para os próximos anos.

Aqui e lá – No Brasil produção caiu 16,8%, e vendas 9,1% nos nove primeiros meses. Na Argentina, redução de 24% na produção, com expectativa de alguma recuperação dentro do programa Pro.Cre.Auto de incentivos e financiamento do banco estatal.

Situação – Maior salão do Ocidente nos anos pares, esta edição mostrou controle absoluto de custos. Os estandes eram corretos, porem hígidos. Shows e atrações, exceto por conjunto musical na Volkswagen, permeando sons aos estandes de suas associadas, nada mais houve.

Freio - Até o material de imprensa, antes peças de grande qualidade gráfica, resumiu-se a, no máximo, modesto pen drive. Na maioria das marcas, pífio cartão com código QR resolvia o assunto.

Outro – Não mostrado no Salão, mas apenas de produção confirmada, o próximo Renault pequeno, para ser carro de entrada, deve aparecer ano próximo na mostra de Frankfurt.

Início – Divide plataforma com Nissan, construção, vendas e operação extremamente econômicas – neste caminho, novo motor três cilindros, rodas voltaram à assinatura francesa de usar apenas três parafusos – de quatro para três, só aí 25% de economia.

Aqui - Segundo Caíque Ferreira, gerente de comunicação em estágio probatório para a diretoria no Brasil, apenas será factível no Mercosul se conseguir custar o mais barato da linha, o Renault Clio: R$ 25 mil. Mas são carros incomparáveis.

Prisma – Carlos Ghosn, presidente da aliança Renault-Nissan anunciou sua produção na Índia, a custar menos de 5 mil euros – uns R$ 16 mil. Acenou com a possibilidade de fazê-lo na América do Sul. Situação óbvia, pois o Clio é o mais vendido na Argentina e ganharia no comparativo de espaço e construção. Assim, a seu substituto há apenas o argumento preço menor.

Troca-Troca – Presidentes da Mercedes e da Renault ampliaram sinergias, incrementando de três para doze projetos de colaboração, válidos na Europa, Ásia e América do Norte. De início três veículos com plataforma comum: Renault Twingo, Smart For Two e ForFour, este feito em fábrica da Renault.

Mais – Mantida a pretensão de fazer carros das duas marcas em única fábrica, em Aguascalientes, México. Infiniti, a marca de luxo da Nissan, com motor Mercedes-Benz, em 2017 e, no ano seguinte, os da marca alemã.

Sem pátria – Capital não tem pátria, ditado antigo, muito válido agora. Novos Mercedes Classe C, e o multiuso Vito – a ser feito na Argentina – usam motores diesel 1,6 litro Renault. Mercedes são motores do Renault Twingo e dos novos Smart. E em fábrica da Nissan, em Tennessee, EUA farão motor Mercedes 2.0 Turbo para o Infiniti e os Mercedes Classe C.

Leque – Aliança no Japão, entre a Mitsubishi Fuso, de utilitários leves, e a Nissan, farão produto comum para exportação.

Pé na bunda – Repito a expressão do inglês Jeremy Clark, o polêmico jornalista do Top Gear, fazendo matérias na Argentina. Habitantes do fim sul do continente não entenderam o humor britânico. O programa quis gracejar com a derrota da Argentina para a Inglaterra na Guerra das Malvinas. População local destruiu os automóveis, botou a equipe numa fuga por sobrevivência.

Ajude a resgatar a história deste Fiat

Parece Alfa Romeo, tem grade de Alfa Romeo, emblema de Alfa Romeo, e acreditado como Alfa Romeo. Mas é um Fiat.Estava no Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas, tido como o Alfa pertencente à corredora francesa Hellé Nice, protagonista de acidente de monta ao disputar o I Grand Prix de S Paulo, em 1936. Os restos do verdadeiro Alfa 8C 2300 de Nice estava em galpão adjacente e, sumiu com o passamento do colecionador Roberto Lee, titular do Museu.

O Fiat é um modelo 525, transformado pelo mecânico e piloto argentino Vittorio Rosa em 1928, competindo no Circuito da Gávea, prova brasileira da temporada mundial, em 1934 como bi posto e no ano seguinte como monolugar. Resgate histórico pelo engenheiro Antônio Carlos Buarque Lima, conta estas e outras peculiaridades, como ter sido vendido em 1935 ao ítalo-brasileiro Dante Di Bartolomeu, e sua equipe de competição Escuderie Excelsior, onde competiam Francisco Chico Landi, e seu irmão Quirino. Pilotaram-no em provas nacionais e argentinas entre 1935 e 1938.

Em 1935 Chico cravou sua primeira vitória, no Circuito do Chapadão, em Campinas, SP, participou de prova argentina, e do Circuito da Gávea, e em 1936 mesmo em grande desvantagem liderou o fatídico GP de São Paulo. Em 1939 mudou a estética, com grade inspirada em Alfa Romeo.

De 1938 a 1941 o piloto Santos Soeiro, de Santos, SP, conduziu-o no Circuito da Gávea e Subida da Tijuca. Última referência documentada foi acidente nesta prova em 1941, com o ativo carioca Henrique Casini. Daí em diante, desapareceu, sendo achado ao final dos anos ’60 em destroços num posto de gasolina na base do Retiro das Pedras, hoje chique condomínio da estrada que liga Belo Horizonte ao Rio de Janeiro.

O que fazia em Minas, onde a última corrida fora em 1940 ? Quando chegou ao posto? Que caminhos percorreu como carro de corridas em quase duas décadas entre o acidente carioca e o posto mineiro?

O Fiat é a única referência esportiva remanescente desta marca no Brasil. Conhece uma parte desta história? Ajude a salvá-la. Escreva e conte à Coluna .

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Roberto Nasser - De carro por aí


Coluna 3514 - 27.08.2014 edita@rnasser.com.br
Setembro. O novo AMG GT
Mercedes prepara com esmero alemão seu produto de topo esportivo, o AMG GT, sucessor do SLS. Muda tudo. É menor, mais baixo, e abandonou o charme identificador com o mítico 300 SL dos anos cincoenta, - portas abrindo para cima -, os Gull Wing, aqui ditos Asa – cinco unidades no país concedem a intimidade ... Surgimento marca nova geração de motores V8, menores, mais leves, dois turbos alojados no berço do V.
Novo produto foca no Porsche 911S como concorrente, objetivo visualmente perceptível com o recuo da cabine e as linhas da traseira, mescla do estilo do concorrente e do Asa. Coluna do dia 10 o detalhará. Por enquanto, motor.

Motor
É a nova geração de V Oitos da Mercedes. Materiais e ganhos de tecnologia, como as camisas endurecidas por tratamento Nanoslide, duas vezes mais duras, e polidas individualmente em função de cada pistão forjado. Isto permite completo ajustamento, garantindo menor atrito, menor consumo de óleo lubrificante, mais potência, torque e, em contraposição, redução de consumo e emissões, como mandará a regra Euro 6, próximo ano. Substitui o engenho anterior, em seu pico, com 5,5 litros e bi turbo fazia 525 cv.

Época curiosa. Quem sugere novos produtos, conformações, morfologia, são os advogados. Conhecedores da cada vez mais dura e restritiva legislação, e prospectores das exigências ainda a surgir, aconselham peremptoriamente: se não houver mudança, a marca será multada, penalizada, perderá mercado. Esta última palavra tem mágico poder, e toda a grei ligada no negócio, engenheiros, administradores, economistas, auditores de custos entram a fazer o melhor com menos e para durar o máximo tempo possível de enquadramento na legislação. Área de marketing projeta aplicações, onde irá, tipo de trabalho a fazer. Puxará o Classe S do banqueiro ? Equipará taxis ? E para o GT com produção incentivada ? Atende à ordem maior do mandão mór, o CEO da empresa apontando caminhos para assumir liderança mundial em três anos ?

Engenheiros respondem à nota jurídica com competência. O novo 4.0 é poderoso, inovador, eficiente. E começará carreira no esportivo AMG GT.

Papo de graxa
Dos oito cilindros, diâmetro x curso 83.0 x 92.0 mm, válvulas, injeção direta de gasolina no ar insuflado motor a dentro por dois compressores alojados no berço do V a 90 graus, saem até 375 kW, 510 cv. Pensando no casamento com o automóvel, engenheiros tiraram o carter de chapa, substituíram por placa de plástico, e deslocaram os 12 litros de óleo sintético para recipiente externo.

Uma bomba suga o óleo, outra o pressiona. Ciclo passando por radiador, é de 250 litros/hora.

Sem carter baixou o motor 5,5 cm,ganhou aderência e estabilidade, implementou comportamento esportivo do novo automóvel.Bloco vazado em liga leve, sub carter em alumínio, cabeçotes em zircônio, o M178, designação interna da AMG, pesa apenas 209 kg sem fluidos.

Razão de compressão 10,5:1, pressão dos injetores 130 bar e dos turbos, máximos 1,2 bar. Na operação o motor pode emitir ronco marcante e personalizado à escolha do condutor, regulando abertura de flaps, conduzindo os gases por passagens mais curtas no silenciador.

O motor é produzido na Mercedes-Benz, montado na AMG em Affalterbach. Pela regra “um homem, um motor” cada unidade é montada por um engenheiro, assinando-a - 2,5 motores/dia/homem.Expectativa sobre o GT, plataforma do SLS reforçada em aço de elevada resistência e muito alumínio para conter peso final a 1.500 kg. Preço projetado US$ 120.000.

Charme e T grande no Suzuki Swift Sport
Para agradar revendedores e ter produto referencial na marca, Suzuki iniciou importar do Japão modelo Sport da linha Swift. Nada a citada linha, mas admirável conjunto em dinâmica, segurança – cinco estrelas no teste EuroNCAP – decoração e composição agradáveis.

Hatch de cinco portas, bancos esportivos, ergonomia privilegiada por formato e regulagens para instalar-se e aproveitar o conjunto mecânico liderado por motor 1.6, quatro cilindros, 16 válvulas, comandos com abertura variável, produzindo 142 cv e 17 quilos de torque. Tudo bem harmônico e ajustado à transmissão manual de seis velocidades. Suspensão frontal Mc Pherson, amortecedores com molas embutidas, traseira por eixo torcional e buchas de borracha, freios a disco nas quatro rodas. Mais eletrônica de ABS, EBD, e estabilizador eletrônico ESP. Seis bolsas de ar. Plataforma leve, em aços diferentes em função dos pontos de resistência, pesa surpreendentes poucos 1.065 kg.

A relação entre baixo peso, elevada potência pela cilindrada, bom torque, embreagem e relações de marcha bem casadas, o automóvel responde calorosamente.

Importado do Japão, permitiu versão R desenvolvida no Brasil. No visual, teto e capas de espelhos pintadas em cores contrastantes; conforto e operação por    e sensor de ré. Dinamicamente ganha muito com rodas em aro 17”, pneus P Zero 215x45 e rodas em liga leve, pintura preto fosco, desenvolvidas especialmente para se casar e abrigar as pinças de freio. Rendimento surpreendente em aderência e freios, conduzido no recortado Autódromo Velo Cittá. O eixo traseiro apesar de rígido com torção limitada, possui buchas deformáveis em borracha e, assim, permite-se mudar a convergência de acordo com as curvas. Os freios são poderosos, e o conjunto oferece muita satisfação em conduzir. O motor é esperto abaixo das 4.000 rpm, e muito esperto acima delas, permitindo abusos próximos ao corte aos 7.000 rpm.
Cinco portas, cinco lugares com  apoio de cabeça, porta malas pequeno, dimensionado ao uso, estepe interno.

 É carro de nicho, com vendas inicialmente desenhadas em 100 unidades/mês – destes, 15% em versão R. Mas a tabela de preços ante seus concorrentes – veja abaixo -, pode permitir surpresas com vendas maiores. Afinal, vende-lo bem será a contra partida à demanda dos 53 revendedores – e critério depurativo.

Luiz Rosenfeld, engenheiro, presidente, partícipe do desenvolvimento da versão R, informa, o Sport inicia processo de aceleração da marca, abrindo a fila das novidades.É agradavelmente esperto para uso diário, estabilidade surpreendente, ótimos freios, motor sempre disposto, em especial se for usado nas rotações mais altas. Automóvel para quem gosta de dirigir e aproveitar seu insuspeitado potencial de oferecer prazer.

Mercado

Tipo
Motor cm3
Potência/cv
Torque  kgmf
Peso/Potência kg/cv
Preço R$
Swift Sport
1.600
142
17
7,5 kg/cv
74.990
Audi A1
1.400 turbo
122
20,4
9,5
91.700
Mini
1.500 turbo
136
23,5
8,6
89.950
Citroën DS 3
1.600 turbo
165
24,5
7,0
86.990
VW Golf
1.400 turbo
125
25,5
8,7
67.790
Swift Sport R
1.600



      81.990
                     

Roda-a- Roda

Freio – Crise com Ucrania impacta mercado interno russo. Vendas caíram 45% últimos dois meses. GM no país sofreou produção de Chevrolets Cruze e Trailblazer, e Opel Astra a apenas quatro dias em agosto e setembro, oito em outubro.

Panaceia – Ante a consequência capitalista para a crise montada por resquícios totalitários, governo promete incentivos para recuperar vendas.

Preparo – Jeep, marca da FCA, prepara rede de revendedores para distribuir o Jeep Renegade, de produção a iniciar-se este ano em Goiana, Pe. Hoje possui 43 concessionários. Prefere os atuais operadores Fiat.

Questão – O empreendimento Fiat do início das tratativas, terá marcas
diferentes saindo pelo mesmo portão, resultado do redesenho comercial da empresa ao absorver a Chrysler, deixar de ser italiana, mudar nome para FCA.

Varejo – Cada marca negócio diferente. A primeira leva de produtos – o
Renegade, picape de dimensões superiores ao Strada, e utilitário esportivo – terão a marca e distribuição por concessionários Jeep.

Gás – Fiat bota pilha na rede Fiat, levou 100 concessionários em visita pioneira às instalações. Prefere instigá-los à nova marca.

Outro – MMC, montadora de Mitsubishis, colocará em linha o sedã Lancer. Exibe e venderá no Salão do Automóvel, outubro.

Certo – Fiat confirmou a antecipação, pela Coluna, do novo Uno, a ser lançado semana próxima, conter o mecanismo Start/Stop. Deveria se chamar Stop/Start, pois desliga o motor após poucos segundos em imobilidade e em ponto morto. Para sair, basta pisar na embreagem, e o motor volta a funcionar. Economia grande.

Local – Nissan abriu estúdio de design no Rio de Janeiro: abrasileirar estilo e materiais. Inclui-se no objetivo de atingir 5% do mercado nacional até 2018, bem adequando produtos ao mercado, materiais, custos nacionais, gostos.

Questão A fim de diesel em automóveis ? Mais um passo nesta seara. No 11o. SAE de Tecnologia, Curitiba, 2 e 3.setembro, Luso Ventura, ex engenheiro chefe da Mercedes-Benz e devotado ao tema, mostrará resultados de um ano de trabalho pela ideia através do projeto Aprove Diesel.

Ducati – Quarta motocicleta da marca montada em Manaus, a Panigale 1199 justifica preço elevado pelo rótulo de marketing e prêmios recebidos em design.

E - 1,200 litro, 2 cilindros em L, 8 válvulas por comando desmodrômico – sistema impede flutuação -, 195 cv, relação peso/potencia de 1,19 cv/kg. R$ 72.900 a R$ 100.000 na versão Senna.

De novo – Ford exuma modelos F 350 e F 4000, inexplicavelmente tirados de produção. Voltam com motor para trabalho, Cummins, 2,8 litros, 150 cv, Euro 5. Diferem em comprimento, rodado traseiro, respectivos simples e duplo -; capacidade de carga PBT e preços 4,5t e 6,8t, R$ 117.290 e R$ 133.290.

Futuro – Avaliação de Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, federação dos revendedores autorizados; Sérgio Reze, ex, e Mauro Sadi, ex condutor da Assobrav, grêmio de revendedores VW: mercado pode vender no segundo semestre 5% mais que no primeiro. Assim, 3% abaixo dos números de 2013.

Tecnologia – Embrapa Biotecnologia assinou acordo de cooperação com o Centro Mundial de Agroflorestas. Buscam cultivos alternativos para combustíveis agrícolas. Programa patrocinado pela ONU inicia com US$ 35M – uns R$ 77M – para pesquisas sobre a Macaúba, palmeira brasileira.

Integração - Começa no Piauí e visa mesclar produção de alimento e geradores de combustível por pequenos agricultores integrando-os ao Programa Nacional de Produção e uso de Biodiesel, PNPB. Hoje os cocos da nativa Macaúba são vendidos como carvão. Como combustível, R$ 0,45 o quilo.

Salva vidas – Projeto Waves for Water acompanha o Rally dos Sertões, maior prova da especialidade, em Goiás e Minas, 23 a 30 agosto. Pilotos distribuirão 150 kits de purificação da água, servindo 7.500 pessoas. Básico nas dobras do interior onde as promessas passam e os problemas, como água, ficam.

Estrela  Re call não escolhe marca. Agora, cinco unidades de Mercedes-Benz SL e SLK, fabricados entre março e maio de 2014, chamadas à troca do módulo eletrônico da bolsa de ar do passageiro. Tens? Confira: 0800 970 9090 ou www.mercedes-benz.com.br.

Tempo –GM colocou em suspensão  930 metalúrgicos, 17% do capital humano da velha fábrica de São José dos Campos, SP. Sindicato local, por meio do presidente Antônio Ferreira de Barros, reinvindicou à presidente Dilma Roussef Medida Provisória garantindo estabilidade ao emprego nas empresas incentivadas.

Variação – Eduardo Souza Ramos, produtor de Mitsubishis, amplia negócios. Na fazenda onde implantou o autódromo Velo Cittá, homologado pela FIA, cria gado Red Ancho, cruza genética entre inglês Angus e japonês Wagyu… E engarrafará água mineral.

Memória – Como não saiu o museu prometido ainda em vida a José Froilán González pelo governador da província e prefeito de Arrecifes, terra natal do campeão argentino, a Fundação Lory Barra assumiu: vai abrigá-lo em seu prédio em San Isidro, beiradas de Buenos Aires. Arrecifes dançou.

Gran Pepe – Apelido de González, primeiro piloto a vencer com Ferrari, vice campeão mundial em 1954, e o único sul americano a vencer as 24 Horas de Le Mans. Faleceu ano passado aos 92. Sujeito respeitado e querido.

Tanque  Oficina Brasil alerta: andar com tanque na reserva e rodar com poucos litros prejudica motor – e bolso. Resíduos acumulados no baixo nível estragam bicos injetores, não refrigeram a bomba de combustível, podendo queimá-la.

$$$ - Antônio César Costa, consultor, sugere, para evitar danos e gastos, encha o tanque quando baixar. 1/4 da capacidade é medida mínima.
Gente  Henrique Erwene, antigomobilista, passou. OOOO Construtor
do modelo físico da logo do Salão do Automóvel, da réplica Fera do
Jaguar XK 120, dedicado mantenedor da memória do Karmann-
Ghia. OOOO

No Brasil diesel começou com Mercedes 
Com Philipp Schiemer, presidente, e Luso Ventura, ex engenheiro chefe e defensor do acesso ao motor diesel, presentes ao 11º. Forum da SAE, Sociedade de Engenharia Automotiva, a Mercedes-Benz vai com cadastro à reunião lembrar o DNA da companhia.

No Brasil, no capítulo tecnologia, implantou marcos e novidades: em final de 1955 encomendou à Sofunge, fundidora privada, em S. Paulo, a feitura do primeiro motor. Coisa fácil não fosse caminho pioneiro. Então, todos os motores eram importados, e teóricos do caos diziam ser impossível vazar seus blocos em países tropicais. Não era. O bloco ficou pronto em novembro e em janeiro tracionava o primeiro caminhão LP 312, com velas de aquecimento, seis cilindros, 100 hp.

Outro marco de relevo foi de coragem de tecnologia, independência e viabilidade, ao iniciar construir os ônibus monobloco. Armados como aviões de estrutura resistente, foi o primeiro nacional de uma nova geração, com emprego do motor na traseira, menor altura chassis/solo, rodar mais confortável que os similares construídos sobre chassis de caminhões, um diferencial ao uso em estradas asfaltadas.

Da Mercedes brasileira, anos ’80, o motor diesel desenvolvido pela equipe do citado Luso, apto a queimar álcool. Ainda nesta trilha, a coragem de quebrar um paradigma – o controle eletrônico da injeção nunca seria aceito pelos mecânicos e operadores brasileiros.

Fez, deu um susto no mercado, forçando a adequação ao ganho tecnológico. Posteriormente ajustou as características operacionais dos motores para uso do diesel com adição de bio combustível. Muito a contar.