quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Coluna do FERNANDO CALMON

Alta Roda nº 1034/384– 28/02/2019


Fernando Calmon

Em busca de alternativas


Causou impacto no exterior a comunicação, nesta terça-feira, pela Porsche: a próxima geração do Macan, um SUV médio (compacto no padrão americano), será totalmente elétrica, sem opção por motor a combustão. 
As primeiras análises indicam decisão de risco, embora a empresa reafirme a continuidade de desenvolvimento de soluções híbridas e a gasolina para os demais modelos, pelo menos nos próximos dez anos. Até 2025, no entanto, a Porsche espera que metade dos seus novos modelos sejam híbridos plugáveis ou elétrico
Por se tratar do modelo de maior comercialização da marca alemã, pode ser escolha estratégica a fim de baixar as emissões diretas de CO2, na média dos seus modelos à venda, e se manter dentro das severíssimas restrições da União Europeia. E no resto mundo, como fará? 


Interessante observar que, duas semanas atrás, houve certa “rebelião” nos posicionamentos de altos executivos da indústria automobilística mundial. Eles se reuniram em Paris para comemorar o centenário da Oica (na sigla original em francês, Organização Internacional dos Fabricantes de Automóveis). À noite de gala compareceu o presidente francês, Emmanuel Macron. 

O novo presidente da Oica, Christian Peugeot, foi além de simplesmente afirmar que o automóvel faz parte também da solução para problemas de mobilidade. Pediu a neutralidade dos governos sobre a melhor opção para cumprir metas ambientais. 

Pouco antes, Matthias Wissmann, seu antecessor na entidade e ex-ministro de transportes da Alemanha, defendeu a possibilidade de escolhas, além da tecnologia elétrica. Para ele, combustíveis sintéticos poderiam alcançar os mesmos resultados em motores a combustão interna, sem precisar de investimentos pesados na construção de toda uma nova e caríssima infraestrutura para recarregar baterias. 

Macron, no entanto, foi reticente. Como último a discursar, saiu do texto lido para dizer que rotas tecnológicas são traçadas pelo governo. Na realidade estava despreparado para ouvir alternativas, ao defender a instalação de fabricantes de bateria em território francês. 

O próprio Peugeot, em entrevista na véspera do evento, disse à coluna que aplicar a mesma solução globalmente pode ser inviável. Citou o Brasil, onde o etanol tem forte papel a cumprir como combustível quase neutro em CO2, no ciclo fechado de produção e uso. Também destacou que governos não têm como bancar subsídios permanentes nem dispensar altos impostos incidentes sobre combustíveis atuais. 

Em seminário organizado, no dia seguinte ao evento, houve outras colocações de alguns representantes de 39 entidades nacionais filiadas à Oica. Na Índia, por exemplo, a poeira em suspensão no ar é um grave problema e até modelos autônomos sofrerão resistência em razão de boa parcela da população sobreviver como motorista ou motociclista. O biometano foi citado como capaz de zerar emissões locais e até diminuir CO2 acumulado na atmosfera. 

Definitivamente, há diversidade para mover o carro do futuro. A opção da Porsche talvez funcione, no caso específico. Para fabricantes generalistas os riscos continuam, inclusive sobre o papel dos governos e direcionamentos por simples voluntarismo.

ALTA RODA

PEUGEOT pode começar em breve as vendas dos SUVs importados 3008 e 5008 também em versões mais simples, provavelmente chamadas Allure, na faixa de R$ 120.000 para o 3008, segundo fonte ligada às concessionárias. Consultada, a marca respondeu: “Sempre estudamos possibilidades para animar nossa gama, mas no momento não há confirmação.” 

SAIU a lista dos dez modelos mais vendidos na Europa, em 2018. Na ordem decrescente: VW Golf, Renault Clio, VW Polo, Ford Fiesta, VW Tiguan, Nissan Qashqai, Peugeot 208, Toyota Yaris, Opel/Vauxhall Corsa e Renault Sandero. Apesar dos avanços, só 2 SUVs, na 5ª e 6ª posições. À exceção do Nissan, todos eles são ou já foram comercializados também no Brasil. 

TOYOTA YARIS hatch, na versão XL com motor de 1,3 L (101 cv/etanol) e câmbio automático CVT, destaca-se pelo estilo atual e evolução nos materiais de acabamento. Vem bem equipado, inclusive com chave presencial, partida por botão e central multimídia, mas sem parear com Android Auto. O desempenho é apenas regular. A suspensão apresenta ótimo equilíbrio entre conforto e estabilidade. 

ÍNDICE de inadimplência nos financiamentos de veículos para pessoas físicas caiu quase 70% desde o pico ruim de 2013, informa o Itaú. No ano passado, a concessão de crédito do banco alcançou expressivos R$ 15 bilhões, 42% a mais que em 2017. No último trimestre de 2018, tíquete médio de R$ 33,5 mil, prazo de 42 meses e entrada correspondente a 38% do valor do veículo. 

RESSALVAS: preços do VW T-Cross variam de R$ 84.990 (câmbio manual, versão de entrada) a R$ R$ 99.990 com câmbio automático e sempre com motor 1-litro turbo. Versão de topo, 1,4-litro turbo, parte de R$ 109.990. Quanto ao CAOA Chery Tiggo 7, apenas este tem câmbio automatizado de duas embreagens; sedã Arrizo 5 usa o mesmo motor, mas o câmbio é CVT. 

PERFIL
Fernando Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1999. É publicada em uma rede nacional de 85 jornais, sites e revistas. É, ainda, correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).
Siga também através do twitter:  www.twitter.com/fernandocalmo fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2


Honda Automóveis inicia as operações de sua nova fábrica em Itirapina (SP)


A Honda Automóveis do Brasil inicia hoje a operação de sua nova fábrica, localizada na cidade de Itirapina, interior do estado de São Paulo.

A empresa anunciou em abril de 2018, o plano de reestruturação do sistema produtivo de automóveis da marca no país, que visa fortalecer a competitividade do negócio. Em linha com esse plano, a Honda inicia hoje a nova operação com o faturamento do primeiro Fit produzido na fábrica. A partir desse mês, toda a produção do modelo será concentrada em Itirapina. Gradualmente, os demais modelos fabricados no país também passarão a ser produzidos na unidade. A conclusão dessa transferência está prevista para 2021.

Com foco em um sistema eficiente e de baixo impacto ambiental, a nova unidade segue as melhores práticas de produção da Honda no mundo, com destaque para o novo processo de pintura a base d'água, altamente funcional e sustentável. Além disso, novas tecnologias aplicadas à estamparia, solda e outras etapas permitem processos otimizados, com ganhos de produtividade.

Em Sumaré, permanecem atividades que receberam investimentos recentes: produção do conjunto motor, incluindo Fundição e Usinagem; Injeção Plástica; Engenharia da Qualidade; Planejamento Industrial e Logística. A unidade também mantém a sede administrativa da Honda South America, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Automóveis, a Divisão de Peças e o Centro de Treinamento Técnico para concessionárias.

Com capacidade produtiva nominal de 120 mil unidades por ano, em dois turnos, a fábrica iniciará as atividades com a produção diária de 90 unidades do modelo Fit e contará com a experiência dos colaboradores transferidos da planta de Sumaré.

Há 47 anos no Brasil, 21 deles como fabricante de automóveis, a Honda reafirma seu compromisso com o País e o mercado brasileiro. A empresa reforça que as mudanças fazem parte de sua constante evolução, com o objetivo de entregar produtos e serviços da mais alta qualidade para seus clientes e garantir a sustentabilidade de seus negócios.

Pedro Piquet disputa a FIA Fórmula 3 pela equipe Trident


Pedro Piquet vai acelerar pela equipe Trident na nova FIA Fórmula 3. O brasiliense de 20 anos de idade permanece na equipe italiana com a qual terminou em sexto lugar o campeonato de 2018 da GP3. Em 18 corridas no evento suporte da F1, Piquet conquistou duas vitórias (Silverstone e Monza) e subiu quatro vezes ao pódio. Ele somou 106 pontos no campeonato.

A FIA F3 é a sucessora da GP3 e terá novos carros nesta temporada. O bólido é equipado com motor aspirado de seis cilindros e 3.4 litros, capaz de gerar 380 cavalos e atingir velocidade máxima de 300 km/h.

Outra novidade em relação aos carros de fórmula com os quais Pedro havia competido é a chegada do Halo, estrutura metálica sobre o cockpit para reforçar a proteção à cabeça dos pilotos, introduzida pela FIA nos carros de F1, F2 e FE no ano passado.

O formato dos eventos segue o da antiga GP3, com um treino livre de 45 minutos, um quali de 30 minutos e duas corridas (a segunda, com grid invertido em oito posições em relação à ordem de chegada da primeira, que vale mais pontos).

Para aproximar mais a categoria da realidade que os pilotos encontrarão na F1, o regulamento liberou o uso do DRS nos mesmos moldes da categoria rainha -na GP3 havia um limite de acionamentos considerando as duas corridas do fim de semana, independentemente de o intervalo para o carro à frente ser inferior a 1s.

Na semana passada foi realizado um teste coletivo na pista francesa de Magny-Cours, com 23 pilotos percorrendo o total de 635 voltas, ou 2.801 km com os novos carros.

A temporada tem previstas mais três reuniões de treinos coletivos, em Paul Ricard (20 e 21 de março), Barcelona (9 e 10 de abril) e Hungaroring (17 e 18 de abril). A primeira etapa acontece em Barcelona nos dias 11 e 12 de maio, com a prova final marcada para Sochi em 28 e 29 de setembro.

Este será o sexto ano de Pedro Piquet competindo com carros de fórmula. Bicampeão da F3 Brasil (2014 e 2015), ele correu duas temporadas na antiga FIA F3 Euro antes de migrar para a GP3. Nas pré-temporadas de 2016 e 2017 disputou também os campeonatos completos da Toyota Racing Series na Nova Zelândia, terminando em quinto e segundo lugares respectivamente. Disputou
também o GP de Macau naquelas temporadas, terminando em nono e sexto.

O que ele disse:
“Estou muito motivado para mais um ano com a equipe Trident, com quem vencemos duas corridas no ano passado. A nova F3 promete ser um grande evento, com regulamento mais próximo da F1. Já conheço a maioria das pistas da temporada e espero novamente lutar por pódios e vitórias”
  
FIA F3 – calendário:
Barcelona – 10 a 12 de maio
Paul Ricard – 21 a 23 de junho
Red Bull Ring – 28 a 30 de junho
Silverstone – 12 a 14 de julho
Hungaroring – 2 a 4 de agosto
Spa-Francorchamps – 30 de agosto a 1 de setembro
Monza – 6 a 8 de setembro
Sochi – 27 a 29 de setembro

Nissan Kicks Surf Concept: um veículo inspirado na emoção do surfe

Utilizando como referência as raízes do nome Kicks — proveniente da expressão em inglês "kicks", que significa "doing something for fun" (fazer algo por diversão) — e inspirado na emoção do surfe, a Nissan apresenta o Kicks Surf Concept, um show car que acentua a aparência moderna, divertida e inovadora do icônico crossover da marca japonesa, integrando ainda mais tecnologias às inovações da visão Nissan Intelligent Mobility já presentes no modelo.
A equipe do Estúdio de Design da Nissan América Latina, liderada por John Sahs, teve como inspiração a paixão pelo surfe e as famosas praias da América Latina para desenvolver este show car. O modelo se destaca pela incorporação de características e elementos exclusivos para enfrentar os desafios mais emocionantes no asfalto e as aventuras dos surfistas.
"Para desenvolver o conceito de design do Nissan Kicks Surf, imaginamos que ele deveria ser o aliado perfeito para o estilo de vida e as necessidades dos surfistas", comentou John Sahs. "Por isso, fizemos analogias entre a emoção sentida pelos sufistas e a inovação de nossos veículos".
O Nissan Kicks, o primeiro modelo global que a marca japonesa apresentou ao mundo na América Latina e que foi inspirado na cultura e vitalidade dos clientes desta região, serviu como tela para dar forma à criatividade da equipe de Sahs. O carro-conceito se destaca pelo design de grafismos inspirados nas ondas do mar por meio de uma interpretação matemática, semelhante à Sequência de Fibonacci, uma sucessão que descreve os padrões evolutivos da natureza.
Os designers que participaram da criação do Nissan Kicks Surf Concept escolheram a cor azul como predominante para este show car. De acordo com Sahs, "o azul é uma cor em evolução, que vai do escuro ao claro e, com isso, quisemos representar a variedade de tons da água do mar. O acentuado tom de amarelo-esverdeado brilhante em combinação com o azul dá ao Nissan Kicks Surf Concept uma sensação dinâmica e esportiva".
Para oferecer equipamentos adaptados às necessidades dos surfistas, os designers entrevistaram os irmãos Alejo e Santiago Muñiz, campeões de surfe que competem pelo Brasil e pela Argentina, respectivamente. Os surfistas compartilharam com os designers as necessidades básicas que buscam em um veículo adaptado ao esporte.
O Nissan Kicks Surf Concept conta com uma proteção na área de carga traseira para carregar alguns dos acessórios que um surfista necessita durante uma viagem ou quando sai para treinar, além de barras transversais de teto para carregar as pranchas. Do lado de dentro, ele conta com detalhes nos acabamentos e costuras na cor azul, que se harmonizam com as cores externas.
Outros acessórios do Nissan Kicks Surf Concept incluem um sistema de ducha portátil e um trocador, para que os sufistas possam tirar a roupa de banho, elementos que fazem do crossover com DNA latino-americano o veículo ideal para acompanhar os atletas em suas aventuras.

Honda Motos homenageia fãs da Pop com história em cordel


A Honda Pop 110i cumpre um papel social transformador na vida de milhares de brasileiros, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do País, que representam o maior mercado do produto. Resistente, versátil, prática e econômica, a motocicleta é o único meio de transporte de muitas famílias, e elas não escondem o seu orgulho pela marca, que cresce aceleradamente também no Sudeste. Para homenageá-las, a Honda Motos, em parceria com a agência F.biz, criou um cordel, gênero literário que virou patrimônio cultural do Brasil. A história, escrita pelos artistas pernambucanos Pedro Melo e Lucas Uellendahl, lança a Pop 2019. O primeiro capítulo já pode ser visualizado no Instagram Stories da Honda Motos Brasil (@hondamotosbr).

Essa é a primeira vez que a plataforma exibe um cordel em formato de websérie. A ideia inova a maneira como as histórias contadas e ilustradas pela arte da xilografia são exibidas na mídia digital, especialmente no ambiente mobile. A expectativa é de levar entretenimento como forma de agradecer a fidelidade dos usuários. E, ainda, engajar os oito mil vendedores distribuídos pelas 1,2 mil concessionárias da Honda Motos nacionalmente, transformando-os em multiplicadores da campanha por meio de aplicativos de mensagens já incorporados na rotina dos brasileiros.

"A Pop é uma moto genuinamente brasileira, desenvolvida exclusivamente para o nosso mercado. Ela nasceu com o objetivo de levar mobilidade e praticidade para o dia a dia das pessoas a um custo acessível. Há 10 anos no mercado, o modelo encurtou as distâncias, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do País. 

Para Fabio Astolpho, diretor-executivo de Criação da F.biz, "o cordel, que é uma expressão cultural verdadeiramente brasileira, nos inspirou a falar de um produto que também é 100% brasileiro. E a campanha ressalta isso, mas de uma maneira inovadora". Já o poeta Lucas Uellendahl, da Kalangus, destaca: "esta é a primeira vez que escrevo uma história tão extensa e tendo ainda o desafio de adaptá-la para um briefing de marca". A ilustração tem a assinatura de Pedro Melo, da Bäcker Design & Motion.

A novela "Conquistando a Popzinha" insere a Pop no contexto central da história de Silvério, Breno Mariano e Joana Beatriz. Serão 8 episódios revelados semanalmente. Ao longo da trama, são mostrados todos os atributos que fazem da Pop 2019 um dos meios de transporte mais utilizados no Norte e Nordeste do Brasil – da praia ao sertão. Os freios CBS, o banco vermelho e a nova textura são as principais novidades.

Ao prestigiar uma das manifestações artísticas mais genuínas do Brasil, a campanha valoriza o trabalho de artistas locais, respeitando a cultura e a tradição do Norte e Nordeste do País. Da releitura da Pop, veio a releitura do cordel no ambiente digital, em um formato inédito para o Instagram Stories: ainda mais divertido, alegre, moderno e engajador. A cada semana, um novo capítulo da websérie irá ao ar. Com o conceito "Se é Pop, é top", a campanha será comunicada em todo o País por meio de mídia digital e mobiliário urbano, além de outdoor e ações de merchandising em emissoras locais.

O cordel foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio cultural do Brasil no dia 19 de setembro de 2018, com o objetivo de preservar um gênero literário que vem se fortalecendo cada vez mais como um instrumento de educação. A sua origem remonta à colonização portuguesa, época em que os autores dos cordéis cantavam os seus versos na tentativa de atrair compradores. Mas foi no século XIX que os poemas ilustrados pela xilografia ganharam o Nordeste, chegando depois a São Paulo por meio da migração.

Toyota anuncia os grandes vencedores da etapa brasileira do concurso Carro dos Sonhos



A Toyota do Brasil divulgou, na última semana, os ganhadores da 7ª edição do concurso Carro dos Sonhos. Nesta primeira etapa, na qual participaram crianças e jovens de 4 a 15 anos de todo o Brasil, mais de 1.200 desenhos foram inscritos e avaliados. Nove deles foram eleitos finalistas para a etapa internacional e, além dos prêmios exclusivos, os participantes concorrem a uma viagem para Tóquio, no Japão, onde será realizada a final do concurso, organizado pela Toyota Motor Corporation.

Com três categorias, o concurso Carro dos Sonhos é dividido de acordo com faixas etárias: 4 a 7 anos (categoria A), 8 a 11 anos (categoria B) e 12 a 15 anos (categoria C). Todas as avaliações são realizadas a partir de diversos critérios estabelecidos pela matriz da Toyota. Em fevereiro, executivos da Toyota do Brasil, representantes da prefeitura de São Bernardo do Campo, jornalistas automotivos e os influenciadores digitais Thiago Spyked, Dai Oliveira e Ivan Querino avaliaram os desenhos participantes.

Três desenhos de cada categoria serão analisados em uma segunda etapa, no Japão, onde uma comissão julgadora conduzida por Akio Toyoda, presidente da Toyota Motor Corporation, será responsável por avaliar os desenhos dos finalistas de todos os países onde a Toyota atua. Os melhores ganharão, no segundo semestre, uma viajem ao Japão para participarem da cerimônia de premiação da grande final.

Confira abaixo a lista dos vencedores da etapa brasileira da 7ª edição do concurso cultural Carro dos Sonhos:

Categoria A – 4 a 7 anos
Colocação
Nome
Local
Prêmio
Yasmin Laurindo de Paula e Silva
Rebouças (PR)
Smartphone Samsung Galaxy S9+
Gustavo Silva Amaral
Caieiras (SP)
Notebook Dell Inspiron 1TB
Lorena Pais Tuma
Atibaia (SP)
Câmera Digital Gopro Hero 6

Categoria B Categoria – 8 a 11 anos 
Colocação
Nome
Local
Prêmio
Lucas Calixto Lemos
Rosarinho (PE)
Console Xbox One X 1TB 4K
Matheus Kenzo Matucita de Barros
São Paulo (SP)
Console Playstation 4 Slim 1TB
Felipe Yuji Oda Majer
São Paulo (SP)
Tablet Samsung Galaxy Tab 16GB

Categoria C – 12 a 15 anos 
Colocação
Nome
Local
Prêmio
Luan Arthur Gomes
Rio de Janeiro (RJ)
Console Xbox One X 1TB 4K
Vinícius Muniz Amaral
Atibaia (SP)
Console Sony Playstation 4 Slim 1TB
Gabriel Ferreira Leonardo
Alagoinhas (BA)
Nintendo 3DS XL

Brasileiras no Japão
Gabriele Castro de Sousa, da Zona Norte de São Paulo (SP), e Victória Bezerra de Oliveira, da cidade de Guarulhos (SP) foram selecionadas, em 2015 e 2016, respectivamente, para a etapa mundial do concurso, no Japão. Os desenhos das participantes foram escolhidos como os melhores entre os finalistas e conquistaram o primeiro lugar.

Nova geração do Porsche Macan será elétrica


A Porsche leva a mobilidade elétrica para suas instalações na Saxônia: o Conselho Supervisor da Porsche AG decidiu que a próxima geração do Macan será uma série completamente elétrica. O primeiro SUV compacto da Porsche com propulsão totalmente elétrica deverá sair da linha de montagem no início da próxima década. O desenvolvimento da nova série representa uma expansão da linha Porsche no campo da eletromobilidade. O Taycan - primeiro carro-esportivo da Porsche movido exclusivamente a eletricidade - será lançado no mercado no final de 2019, seguido logo depois por seu derivado, o Taycan Cross Turismo.

"A eletromobilidade e a Porsche combinam perfeitamente, não apenas por compartilharem o foco na alta eficiência, mas especialmente por sua personalidade esportiva", comenta Oliver Blume, presidente do Conselho de Administração da Porsche AG. "Até 2022, estaremos investindo mais de seis bilhões de euros em mobilidade elétrica e, em 2025, a metade dos novos veículos da Porsche terão um sistema de propulsão elétrico. Apesar disso, ao longo dos próximos dez anos, vamos focar numa combinação de sistemas consistindo em motores a gasolina ainda mais otimizados, modelos híbridos plug-in (que podem ser carregados na rede elétrica normal) e carros-esportivos operados exclusivamente a eletricidade. Nosso objetivo é ter um papel pioneiro na tecnologia e, por isso, vamos continuar alinhando permanentemente a empresa com a mobilidade do futuro."

A decisão de fabricar a nova geração do Macan nas instalações da Porsche em Leipzig foi tomada já no início de julho do ano passado. A realização desse investimento em eletromobilidade na fábrica de Leipzig cria a oportunidade para produzir no futuro veículos totalmente elétricos na linha de montagem já existente. A nova geração do Macan dará o tiro de partida para a eletrificação. Como o Taycan, este SUV compacto utiliza tecnologia de 800 volts e é baseado na arquitetura Porsche PPE (Premium Platform Electric) desenvolvida em colaboração com a Audi AG - destacando a viabilidade futura das instalações e aumentando ainda mais sua flexibilidade e eficiência.

A Porsche Leipzig GmbH começou a produzir em série o SUV Cayenne em 2002, com 259 empregados. Desde então, a instalação tem sido continuamente desenvolvida para tornar-se uma das fábricas mais avançadas e sustentáveis de toda a indústria automotiva. O modelo Macan significou uma revolução em 2011 e levou a uma verdadeira história de sucesso: quando o carro foi lançado, a fábrica de Leipzig foi ampliada para tornar-se uma 'fábrica completa', incluindo suas próprias linhas de produção de carrocerias e oficina de pintura. 


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

MARCOPOLO E AEROMOVEL BRASIL PARTICIPAM DA NTEXPO


A Marcopolo S.A. e a Aeromovel Brasil S. A, empresa dedicada ao fornecimento de projeto e implementação de sistemas de mobilidade urbana, participam juntas, entre os dias 19 e 21 de março, da NTExpo 2019, principal evento da América do Sul voltado para a cadeia do setor metroferroviário. As duas companhias vão expor em seu estande a tecnologia do sistema Aeromovel e o Veículo Aeromovel Geração 6, fruto de desenvolvimento conjunto para o segmento de APMs (Automated People Movers).

Segundo Petras Amaral, head de Inovação da Marcopolo S.A., o foco da empresa nos últimos anos tem sido atuar em diferentes segmentos de transporte e mobilidade nos quais o expertise da fabricante possa agregar valor ao produto, a chamada diversificação relacionada. 

“Nossa experiência e know-how com o transporte de massa, considerando os sistemas BRT, por exemplo, foram fundamentais para o desenvolvimento das soluções e tecnologias envolvendo a caixa do Aeromovel, além de inovações em termos de sistemas de aberturas, layout, materiais e design relacionado ao segmento”, explica Petras.

Segundo Marcus Coester, CEO da Aeromovel Brasil, a tecnologia do sistema é sustentável, eficiente e consolidada. “A partir dos resultados operacionais da linha inaugurada em 2013, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, abriram-se diversas perspectivas internacionais para aplicações em mobilidade, utilizando a tecnologia Aeromovel. São projetos em mais de 60 cidades, em 15 países no mundo. A parceria com a Marcopolo trouxe um novo patamar aos veículos Aeromovel, agregando à sua experiência internacional, capacidade produtiva e expertise de fabricação no mercado de mobilidade, o que resultou em um produto de altíssima qualidade”, acrescenta Marcus.

A tecnologia é baseada na propulsão pneumática – o ar é pressurizado por ventiladores estacionários de alta eficiência energética, por intermédio de um duto localizado dentro da via elevada. O ar empurra ou puxa uma placa de propulsão fixada ao truque (plataforma sobre rodas de aço) do veículo, que se movimenta então sobre trilhos.

Mercedes-Benz vende 86 ônibus para ampliação e renovação de frota em Minas Gerais


A Mercedes-Benz realizou a venda de 86 ônibus urbanos para o Grupo CSC, tradicional conglomerado mineiro de empresas de transporte de passageiros com matriz na cidade de Viçosa. São 56 unidades para a Expresso Planalto, que, a partir de março, passa a prestar serviço de transporte coletivo no município de Pouso Alegre. As demais 30 unidades foram adquiridas para renovação de frota da ANSAL (Auto Nossa Senhora Aparecida Ltda), que opera em Juiz de Fora. As entregas já foram iniciadas e serão concluídas até o fim de fevereiro.

A Expresso Planalto iniciará a nova operação do transporte coletivo urbano de Pouso Alegre com 41 ônibus OF 1519 e 15 micro-ônibus LO 916. Para a ANSAL, em Juiz de Fora, são 18 unidades do OF 1519 e 12 do modelo OF 1721 L com suspensão pneumática. 

Dessa forma, as populações locais e os motoristas passam a contar com mais conforto, qualidade e segurança no transporte público. Para as empresas, os novos ônibus Mercedes-Benz oferecem menor consumo de combustível e reduzido custo operacional, assegurando a rentabilidade desejada pelos clientes.

O Grupo CSC é um cliente tradicional da marca e tem uma frota de mais de 1.000 ônibus. A qualidade e a seriedade na prestação de serviço à população, é um de seus grandes destaques.

Mercedes-Benz lidera a venda de ônibus urbanos no Brasil. No mês de janeiro, considerando o segmento acima de 8 toneladas de PBT, a Empresa obteve mais de 70% de participação no mercado brasileiro, com cerca de 400 unidades emplacadas. Esse volume de
venda foi 30% maior em relação às 304 unidades do ano anterior.

Em 2018, a Mercedes-Benz aumentou em cerca de 24% as vendas totais de ônibus no Brasil em relação a 2017, com 7.458 unidades emplacadas. 

Dessa forma, manteve sua liderança no segmento acima de 8 toneladas de PBT, com mais de 51% de participação, sendo 80% em urbanos e 55% em rodoviários.

Lexus atinge 10 milhões de veículos vendidos no mundo


A Lexus chegou à marca de 10 milhões de veículos comercializados, uma conquista especial que surgiu pouco depois de um forte desempenho de vendas no final de 2018, com a Lexus alcançando sua melhor performance comercial de todos os tempos. Além disso, a pioneira no lançamento de um carro híbrido de luxo do mundo em 2005, e que oferece 11 modelos eletrificados globalmente, ultrapassou a marca de 1,45 milhão de unidades híbridas auto recarregáveis vendidas em todo o mundo. As vendas de veículos híbridos da Lexus aumentaram quase 20% em 2018 em relação ao ano anterior, um resultado que ressalta a herança e o comprometimento da marca com a eletrificação.

No ano passado, a Lexus comercializou 698.330 veículos em todo o mundo, representando um aumento de 4,5% em relação a 2017 (668.515 unidades). Uma sólida variedade de veículos utilitários de luxo, como o RX e o NX, modelos ícones como LC e LS, juntamente com o novo ES e a chegada do UX, combinaram-se para levar a marca global de estilo de vida de luxo ao seu melhor ano de vendas.

Os modelos da marca Lexus são comercializados no Brasil desde 1994, com vendas shop in shop nas concessionárias da Toyota. Entretanto, desde 2012, quando foi inaugurada a primeira revenda em São Paulo, a empresa trabalha para desenvolver um modelo de negócios com distribuição em lojas próprias.

Atualmente, a marca comercializa cinco modelos no Brasil, quatro deles híbridos: o compacto premium CT 200h, os SUVs NX 300h e RX 350 (único movido somente a combustão) e os sedãs de luxo ES 300h e LS 500h.

No ano passado, a Lexus comercializou 784 modelos no Brasil e em 2019 planeja chegar a mais de 2 mil unidades vendidas. Para isso, baseia-se na expansão e consolidação de sua rede de concessionárias e no lançamento do Lexus UX, que deve chegar ainda no primeiro trimestre deste ano.

Scania aposta em alta de 20% no mercado de caminhões em 2019


Confiante no desempenho de sua Nova Geração de caminhões e na continuidade do aquecimento da economia nacional, a Scania, parceira líder na transição para um sistema de transporte mais sustentável, acredita que em 2019 o mercado de caminhões em que atua, acima de 16 t (semipesados e pesados), deverá crescer entre 10% e 20% na comparação com 2018.

“Estamos confiantes e animados com os desafios para 2019 com a chegada da Nova Geração de Caminhões e sua promessa de economia de até 12% em comparação com  a geração anterior, as Séries P, G e R. A rede está pronta para surpreender o cliente com a ‘Máquina dos Sonhos’ e as demais soluções da marca”, afirma Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil. “Neste primeiro semestre, faremos lançamentos regionais da Nova Geração com a rede. Vamos movimentar o Brasil inteiro.”      
                                
“Outro ponto fundamental para nossa projeção positiva é a previsão de nova safra recorde, o que já está contribuindo para o aquecimento da compra de caminhões, especialmente de pesados”, explica Munhoz. “O agronegócio continuará protagonista. Já foram encomendadas mais de 1 mil unidades da Nova Geração para o transporte de grãos em 2019. Queremos ajudar o cliente a reduzir o custo total da operação.”

O ano passado ficou marcado na história da Scania pelo lançamento da Nova Geração de caminhões, mas também de resultados de vendas consistentes. Na faixa em que atuamos (acima de 16t – semipesados e pesados) – foram 8.643 caminhões emplacados, uma alta de 50,2% em comparação com 2017. A participação de mercado chegou a 16,4%. A indústria registrou 52.654 veículos (2018) versus 32.289 (2017).

Só nos pesados, o aumento da Scania foi de 63,8% com a comercialização de 8.028 caminhões contra as 4.901 unidades do exercício anterior. A participação foi de 23,1%. A indústria registrou 34.782 veículos (2018) versus 18.745 (2017). Já nos semipesados foram 615 novas unidades da marca e 3,4% de participação. A indústria emplacou 17.872 produtos (2018) contra 13.544 (2017).

De acordo com o ranking da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), o R 440 foi o caminhão mais emplacado de toda a indústria em 2018. Com as 4.492unidades registradas, ele também liderou a categoria dos pesados (13% de participação).

Somando todas as vendas do R 440 desde o lançamento, em 2012, até janeiro de 2019 já são 31.436 unidades. Desde outubro de 2017, ele se tornou o mais comercializado da história da Scania no Brasil, ultrapassando o lendário T 113 H 4X2 360 (19.314 unidades). 

MINI conquista prêmio “Best Cars 2019”


O ano em que a MINI celebra seu 60º aniversário de fundação começou com um importante reconhecimento: a marca premium britânica conquistou o título “Best Cars 2019”, na categoria carros compactos premium importados. A eleição, promovida pela revista alemã “Auto, Motor und Sport” e realizada por meio do voto dos leitores da publicação, demonstra, mais uma vez, o alto nível de popularidade desfrutado pelo modelo no segmento de automóveis premium compactos há 60 anos.

A eleição da revista “Auto, Motor und Sport” é uma das mais tradicionais do setor automotivo mundial e neste ano chega à sua 43ª edição. Os votantes tiveram de escolher os vencedores em 11 categorias e entre 385 modelos.

A MINI conquistou o título com 30,1% do total de votos de sua categoria, uma manifestação clara de sua liderança no segmento de carros premium compactos. Desde o relançamento da MINI, em 2001, a marca mantém uma presença regular entre os vencedores da eleição “Best Cars”. No início, a MINI venceu diversas vezes a categoria “Mini Carros Importados”. E, desde 2015, faturou o título da categoria Carros Compactos por cinco vezes consecutivas.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Brasileiros faturam a primeira etapa do Campeonato Mundial de Rally Cross Country no Catar


O Brasil é campeão da primeira etapa do Campeonato Mundial de Rally Cross Country, que terminou hoje em Doha, no Catar. O paulista Reinaldo Varela e o catarinense Gustavo Gugelmin venceram a prova entre os UTVs com um Can-Am Maverick X3. O último dia de disputas teve 263,88 quilômetros cronometrados.

É a primeira vez que uma dupla brasileira vence uma etapa do Mundial nos UTVs. Varela e Gugelmin faturaram 6.000 dólares em prêmios, mas que se deu bem foi Gustavo. Reinaldo doou a parte dele para o fiel escudeiro usar no casamento, que ainda não tem data marcada. Ele ficou noivo de Raquel Cardenuto durante festa de réveillon, em Santa Catarina.


A corrida no Catar começou na última sexta-feira e percorreu 1.398 quilômetros no total, divididos em seis trechos cronometrados.

Nasser Al Attiyah, que está correndo no quintal de casa, e o francês Mathieu Baumel venceram entre os carros com uma Toyota Hilux. Aliás, a dupla também faturou o Dakar 2019, disputado em janeiro no Peru.

A corrida no Catar foi marcada pela navegação difícil e também pelo “mar de pedras”. Era comum o UTV ter vários pneus furados no mesmo dia.Hoje, no final do trecho cronometrado, um susto para a dupla brasileira. A cartela de controle de tempo, que fica em poder do navegador, saiu voando devido ao vento forte a poucos metros da linha de chegada.

A segunda das cinco etapas da temporada será em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, em março. A competição também vai para o Turquemenistão, na Ásia Central, Cazaquistão e finalmente para o Marrocos, em outubro.

Resultado final dos UTVs na Campeonato Mundial de Rally Cross Country no Catar
1. Reinaldo Varela (BRA)/Gustavo Gugelmin (BRA)  - 19h14min08seg
2. Fedor Vorobeyev (RUS)/Kirill Shubin (RUS) -  X3 - 21h47min20seg
3. Camelia Liparoti (ITA)/Max Delfino (FRA)  - 23h05min26seg
4. Abdullah Al-Zubair (OMN)/Nasser Al-Kuwari (QAT)  114h32min26seg
5. Adel Abdulla (QAT)/Marc Serra (ESP) - 115h01min00seg
6. Khalid Al-Mohannadi (QAT)/Loic Minaudier (FRA) -116h23min19seg
7. Michele Cinotto (ITA)/Maurizio Dominella (ITA) 117h48min05seg
8. Ahmed Al-Kuwari (QAT)/Manuel Lucchese (ITA) 119hrs 35min 07sec
9. Mohammed Al-Attiyah (QAT)/Sergio Lafuente (URU) 209h01min46seg
10. Rashed Al-Mohannadi (QAT)/Ahmed Al-Fares (KWT)215h08min06seg

Wagner Gonzalez em Conversa de pista


F-1: Barcelona em clima de definição
Começa hoje em Barcelona a segunda e última fase de testes para o início da temporada 2019 da F-1, a principal categoria do automobilismo mundial. O campeonato deste ano inicia dia 13 de março com o GP da Austrália nas ruas do Albert Park, em Melbourne, e marca a chegada de novos pneus, carros com novidades aerodinâmicas, pilotos em novos endereços, incluindo novatos e estreantes. Com tudo isso espera-se uma nova divisão de forças na luta pelas vitórias, ainda que Ferrari e Mercedes sigam como favoritas em consequência do maior poderio técnico-financeiro de ambas.

Como é de praxe, os testes pré-temporada ajudam a criar uma ideia do que deverá acontecer durante o ano, ideia que terá uma lapidação mais refinada no fim de semana de Melbourne. Partindo do que se viu na semana passada pode-se ter noções a serem consolidadas de hoje até sexta-feira e, caso isso se confirme, enxergar o que é mais provável para o grid do GP da Austrália.

Autor do melhor tempo da semana, Nico Hulkenberg mostrou que a Renault fez um bom trabalho de desenvolvimento na entressafra: os dois pilotos da equipe melhoraram seus tempos progressivamente durante os quatro dias de treinos. O alemão fechou a semana com a marca de 1’17”393, tempo registrado com o uso de pneus de composto C5, o mais macio e, portanto o mais aderente. Recém-chegado ao time francês, o australiano Daniel Ricciardo também treinou durante quatro dias e imitou seu companheiro de equipe ao registrar 1’17”785 na mesma sexta-feira e com o mesmo composto de pneus. A diferença de tempo ganha importância por Hulkenberg jamais ter conseguido um pódio na sua carreira e Ricciardo ter vencido sete GPs em seus tempos de Red Bull. Como a Renault não mostrou problemas de confiabilidade, o resultado de ambos é bastante auspicioso.

Surpreendente é o mínimo que se pode dizer do resultado de Alexander Albon na semana passada. Caso repita o segundo melhor tempo da semana passada – obtido com cerca de três décimos de vantagem sobre seu mais experiente companheiro de equipe, o russo Daniil Kvyat, terceiro mais rápido da semana -, o estreante anglo-tailandês embarcará para Melbourne envolto em grande pressão e curiosidade pois a equipe Toro Rosso não é tradicionalmente um time habituado a disputar as primeiras posições. O fato de usar mais peças desenvolvidas e fabricadas pela Red Bull – à qual é subordinada -,  certamente contribuiu para tal destaque, assim como o capô do motor Honda, mais avantajado e que melhorar a refrigeração do V6 japonês.

A equipe Sauber, agora rebatizada Alfa Romeo Racing, vive situação semelhante e não estranhe de ver a organização baseada em Hinwill, Suíça, ser referida como equipe B da Ferrari. As manobras políticas que levaram à confirmação de Charles Leclerc como companheiro de Sebastian Vettel em Maranello encaixaram o finlandês Kimi Räikkönen na escuderia onde estreou na F-1 quase duas décadas atrás e o “Homem de Gêlo” não decepcionou seus novos-velhos empregadores. O resultado do italiano Antonio Giovinazzi (décimo primeiro na semana passada) sugere a primeira divisão clara entre primeiro e segundo piloto da temporada.

Tal qual a Renault, a Mercedes também se organizou para fazer seus dois pilotos treinarem durante os quatro dias, dividindo o carro disponível na semana passada. Isso destacou a resistência do equipamento anglo-alemão e o equilíbrio entre Valtteri Bottas (6o, 1’17”857) e Lewis Hamilton (7o, 1’17”977); o finlandês registrou sua marca com os pneus mais macios e o inglês com um composto mais denso (C4). Talvez mais do que o desenvolvimento dos flechas de prata será interessante acompanhar o desempenho de Bottas, que ainda vive sob a sombra de ser substituído a cada final de temporada.

Curiosamente, tal qual ocorreu na Mercedes, a diferença entre os dois pilotos da Ferrari, Charles Leclerc e Sebastian Vettel, foi bem semelhante (0”120 no time alemão e 0”115 no time italiano) em favor do jovem monegasco, teoricamente também segundo piloto: 1’18”046 contra 1’18”161. O que a Ferrari deve confirmar é o rendimento do chassi SF90 com pneus macios - Leclerc e Vettel praticamente só andaram com o composto médio C3 -.  e a resistência do seu equipamento, aparentemente seu grande trunfo para 2019

Surpresa das surpresas, o espanhol Carlos Sainz Jr foi o segundo mais rápido no primeiro dia de testes, mas ao final da semana passada terminou em décimo segundo, duas posições atrás do estreante Lando Norris, inglês que conta com as graças da equipe, onde o brasileiro Gil De Ferran é o diretor esportivo. Sainz anda não demonstrou ser um piloto consistente, Norris foi derrotado por George Russel na F-2 em 2018 (onde era o grande favorito ao título) e a McLaren ainda luta para voltar ao lugar que os brasileiros a conhecem dos tempos de Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna. Por tudo isso, seu desempenho até agora ainda está longe de ser um indicativo de suas chances. Ambos ainda não marcaram tempos com o composto C5, o que devem fazer esta semana.

Equipe pequena com ambições grandes, a Haas segue na toada norte-americana de apostar na continuidade e ao manter seus dois pilotos de 2017/8 é uma aposta de alto risco. O veloz e irregular Romain Grosjean e o rápido e arrojado Kevin Magnussen só andaram com pneus de composto C4, o que demonstra uma agenda de trabalho onde o acerto de classificação foi preterido por outro, mais focado em ritmo de corrida. O brasileiro Pietro Fittipaldi (19º, 1’19”249) testou por dois dias e deverá estar de plantão esta semana; o neto de Emerson poderá capitalizar essa oportunidade graças à sua capacidade, apoio da telefônica Claro e o apelo pela dupla cidadania norte-americana.

Terceira força da categoria há algumas temporadas, a Red Bull vive um período de adaptação à Honda, que entrou no lugar da Renault, parceiro de longa data e cuja relação com o time dos energéticos se desgastou marcadamente nos últimos anos. O francês Pierre Gasly (promovido da Toro Rosso para preencher a vaga criada com a partida de Daniel Ricciardo) e Max Verstappen deverão conseguir esta semana melhores resultados que o 15o e o 16otempos, respectivamente 1’18”780 (com pneus C3) e 1’18”787 (pneus C4). Tal qual o entrosamento com a Honda, a disputa entre Gasly e Verstappen será uma fonte considerável de notícias durante o ano.

A decadência econômica de Vijay Mallya refletiu-se no desenvolvimento do novo carro da Racing Point, nome adotado pelo consórcio liderado por Lawrence Stroll ao assumir o legado do indiano. Sem garantias que o time continuaria vivo muitos técnicos e engenheiros debandaram para outras equipes, como o engenheiro brasileiro Marcos Lameirão, que agora trabalha na Mercedes. As poucas voltas completadas por Lance Stroll (18º, 1’19”664, C2) e Sérgio Pérez (19o, 1’19”944) mostram claramente as consequências dessa mudança ainda não consolidada na prática.

Situação bem mais clara, e ainda mais decepcionante, vive a equipe Williams. Outrora um dos destinos mais cobiçados por pilotos ávidos por vitórias e títulos, o time fundado por Sir Frank Williams vive uma fase onde fica difícil esperar-se bons resultados. Na semana passada a equipe só colocou seu carro na pista em dois dos quatro dias de treino, o que explica o resultado pífio de George Russell (20o, 1’20”997) e Robert Kubica (21o, 1’21”542). O resultado da Williams na primeira metade da temporada determinará a permanência de Paddy Lowe na direção técnica do time há anos gerenciado por Claire Williams, a filha de Frank.
Pneus, carros e motores

A Pirelli, fornecedora oficial da categoria, adotou nova nomenclatura para definir seus compostos para pista seca. Por composto entende-se a borracha aplicada na banda de rodagem; dentre os cinco disponibilizados este ano o C1, é o que tem consiatência mais dura e privilegia durabilidade em favor da aderência, enquanto o C5, o mais macio, produz efeito contrário. Cada composto tem uma faixa específica de funcionamento, índice que determina o melhor aproveitamento desse equipamento. O aquecimento dos pneus é um item crítico para se obter o melhor desempenho e por isso as equipes usam cobertores térmicos para pré-aquecer esses elementos. Na expectativa de reduzir o risco de esfarelamento da banda de rodagem os pneus traseiros serão pré-aquecidos a 80o C, vinte graus a menos que os dianteiros, medida que equilibra o aquecimento dinâmico das unidades montadas nos dois eixos.

A principal mudança técnica deste ano são as dimensões das asas dianteira e traseira dos carros: As primeiras ocupam maior área, porém tem menos elementos e as últimas cresceram e estão mais altas. O objetivo disso foi criar mais facilidades de ultrapassagem, algo a ser comprovado. Os painéis longitudinais das asas traseiras receberão luzes de LED obrigatoriamente acionadas quando o carro estiver equipado com pneus de chuva. Os apêndices laterais, os chamados bardge boards, também foram reduzidos. A capacidade do tanque de combustível foi aumentada de 105 para 110 quilos: a quantidade extra possibilitaria, segundo a FIA (Federação Internacional do Automóvel), um recurso para manter um ritmo de corrida mais acentuado e facilitar a disputa de posições.

Na sequência de implementações visando a segurança dos pilotos, a obrigatoriedade de vestir luvas biométricas dá continuidade ao uso do Hans (suporte que restringe o movimento do pescoço em caso de choque) e do Halo (arco de segurança montado em torno da abertura do cockpits para prevenir que destroços atinjam o capacete do piloto). As novas luvas são equipadas com sensores que transmitem instantaneamente a pulsação e a quantidade de oxigênio no sangue do piloto. Essas informações facilitam o trabalho dos médicos no caso de acidentes.