terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Wagner Gonzalez em Conversa de pista


Wagner Gonzalez


Michael Schumacher está em coma induzido após sofrer acidente quando esquiava em Meribel, na França. Prognósticos sobre sua recuperação são reservados.





O heptacampeão mundial de F-1 está internado no Hospital Universitário de Grenoble (França) em coma induzido, condição que os médicos locais adotaram como melhor solução para avaliar as consequências de um acidente quando o o alemão praticava esqui na neve na estação francesa de Meribel. Na queda Schumacher chocou-se contra uma rocha em uma área não aberta a esquiadores amadores e, segundo o professor Jean-François Payen, que assiste ao piloto, “se ele não estivesse usando capacete ele estaria morto a esta altura dos acontecimentos”. Para aliviar o inchaço e melhorar a irrigação sanguínea do cérebro Payen e o professor Stephan Chabardres também decidiram por induzir o corpo do piloto a temperaturas mais baixas, forma de reduzir a necessidade de oxigenação cerebral, o que também contribui para aliviar o inchaço.

Até ontem à noite os médicos que atendem Schumacher evitaram dar maiores detalhes sobre os próximos passos a serem tomados e explicaram que em casos semelhantes a avaliação é feita em intervalos horários, ocasião em que é checada a evolução do quadro clínico do paciente. A indução ao coma é expediente normal em situações parecidos e já foi utilizada em casos que envolveram o austríaco Karl Wendlinger e pelo mexicano Sérgio Pérez, após ambos terem se acidentado em Mônaco. No caso de Michael Schumacher dois fatos sugerem otimismo quanto à sua recuperação: até o o momento foi descartada uma nova cirurgia e o seu bom preparo físico. De qualquer maneira, sua situação é grave.

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Tive a oportunidade de conviver com Michael Schumacher durante os anos que acompanhei o Campeonato Mundial de F-1 in loco. Apesar de seu estilo agressivo e contestado quando estava ao voltante do seu carro, fora dele o alemão sempre se mostrou uma pessoa afável e educada. Algumas de suas atividades extra-curriculares foram reveladas em uma entrevista exclusiva que realizei após um treino livre em Maranello e publicada, entre outros veículos, na edição de 29 de março de 1996 do jornal O Estado de S.Paulo.  Mais do que um encontro profissional a ocasião consolidou uma relação profissional tão profissional quanto amistosa, algo demonstrado em outras entrevistas exclusivas que fiz para a Telefe (televisão da Argentina onde trabalhei por vários anos) e para o publicações japonesas e até mesmo em breves mas agradáveis encontros em salas de embarque pelo mundo afora. Por tudo isso e, principalmente, por se tratar de um semelhante, torço para sua plena recuperação.

Freios eletrônicos põem a F-1 em estado de cheque

A possibilidade real de instalar controles eletrônicos dos freios nas rodas traseiras dos modelos 2014 da F-1 deixaram as equipes e projetistas da categoria em estado de alerta sobre o comportamento dos carros e a possibilidade de ajustes e balanceamento executados durante a corrida.  Sabe-se que nos Audi Etron da categoria Endurance, cujos regeneradores de energia estão instalados nas rodas dianteiras, o simples alívio do pedal do acelerador produz um efeito que chega a dispensar o uso dos freio em determinadas ocasiões, tamanha a eficiência do sistema. Supõe-se que num sistema convencional os pilotos tenham mais sensibilidade para avaliar o comportamento do carro as freadas e o processo em si. A adoção de sistemas conhecidos como “brake by wire”, porém, cria um novo ambiente de trabalho, por assim dizer, que trará novas oportunidades técnicas, estratégicas e a capacidade de avaliar a habilidade dos pilotos de maneira inédita.

Acelerando


Ao final de um ano marcado por uma grande perda pessoal e dificuldades que mexeram com o mundo do automóvel em planos burocráticos e práticos, as oportunidades de juntar-me ao time do portal Autos&Máquinas e participar ativamente de mais um Congresso da SAE Brasil serviu para manter o tanque cheio e seguir adiante. Agradeço ao apoio dos idealizadores deste portal e aos leitores que contribuíram para tornar esta coluna cada vez mais popular. Deixo aqui os votos de um feliz 2014 para todos e a sugestão para assistir, clicando aqui,  ao vídeo da Ferrari e da Shell sobre os preceitos da F-1 do ano que começa amanhã. 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Tarcísio Dias - Mecânica online - As tecnologias dos carros 2014


O ano de 2013 registra a continuidade da evolução do automóvel no mercado brasileiro. Novas tecnologias foram introduzidas e estarão cada vez mais próximas dos consumidores no novo ano. Pela primeira vez um carro desenvolvido e produzido no Brasil ganhou cinco estrelas em teste de segurança. A motorização com três cilindros está cada vez mais em uso e a multimídia invade os interiores dos lançamentos mais recentes.O Novo Focus, líder mundial de vendas em 2012 e 2013, foi totalmente renovado na terceira geração. Além do primeiro motor flex com injeção direta - o Duratec 2.0 Direct Flex, tornou-se também referência em segurança. É o primeiro carro fabricado na América do Sul a conquistar cinco estrelas nos testes de segurança do Latin NCAP, junto com o EcoSport, e dono da maior nota já registrada no programa.

O novo Range Rover Vogue é o primeiro SUV do mundo com avançada estrutura de carroceria totalmente em alumínio, o que proporciona significante redução de peso, melhor desempenho e mais sustentabilidade. A estrutura totalmente em alumínio do novo Range Rover Vogue é 39% mais leve que a carroceria de aço do atual modelo, representando uma redução de peso de mais de 180 kg somente em carroceria.As centrais multimídia estão cada vez mais presentes nos modelos nacionais. 

A Chevrolet amplia a utilização do sistema MyLink. Na Renault até mesmo o Logan ganhou a sua. No Peugeot 208 temos uma grande tela colorida sensível ao toque de sete polegadas e resolução de 800 x 480, que permite de forma intuitiva acessar as informações de navegação do GPS, controle do rádio, ler arquivos de música via conexão USB ou visualizar fotografias. Conexão Bluetooth para celular e para streaming de áudio. É possível configurar o carro, como ativar função de acendimento automático dos faróis, data, as unidades de medida de consumo, função “follow me home”, entre outras.

No Audi S7 Sportback temos o assistente de visão noturna (Audi Night Vision) que auxilia o motorista a detectar pedestres e animais na pista durante a noite, a uma distância entre 15 e 90 metros à frente da faixa iluminada pelo farol. Uma câmera de imagem térmica localizada na grade frontal do veículo funciona como um sistema infravermelho à distância, ou seja, o equipamento reage ao calor irradiado pelos objetos.

Os modelos Fox, Novo Gol e Novo Voyage ganharam a nomenclatura global Highline para as versões de topo de linha, o que ocorre pela primeira vez em modelos fabricados no Brasil. A Volks também inova com um sistema chamado ECO Comfort. Esse dispositivo está presente em todas as versões (com I-System) e orienta o motorista a dirigir de forma mais econômica, por meio de mensagens no painel (instrumento combinado), que podem ser selecionadas para aparecer tanto com o veículo parado como em movimento.

O Novo Toyota RAV-4 disponibiliza nas versões 4x4, sistema de abertura de portas e partida do veículo por aproximação. Mesmo com a chave no bolso, por exemplo, ao se aproximar do veículo, as portas destravam automaticamente para abertura. Ao sair do veículo, é possível acionar o travamento com alarme com um simples toque na parte superior da maçaneta da porta do motorista. Dentro da cabine, com a chave em qualquer lugar de seu interior, o motorista apenas aciona o botão de ignição para ligar o veículo.


Com o lançamento do Fox BlueMotion 2014, a Volks fez a estreia no País do novo motor de três cilindros 1.0l da família EA211. Trata-se do motor mais moderno fabricado pela Volkswagen no Brasil, tanto no que diz respeito ao seu processo de produção quanto aos recursos de que dispõe. Essa combinação promove notável diminuição no consumo de combustível e na consequente emissão de gases. Com o novo motor, o Fox BlueMotion se torna o primeiro Volkswagen para o mercado brasileiro a contar com motor de três cilindros e o modelo mais econômico da marca no Brasil. O motor também deve ser aplicado no Up!, modelo que chega no primeiro trimestre do novo ano.


Um dos lançamentos mais tecnológicos foi o Novo Golf. Por meio de uma câmera instalada no para-brisa, o sistema analisa o tráfego à frente e no sentido contrário. Com base nesses dados, o farol alto é acionado automaticamente. O Dynamic Light Assist trabalha com a ajuda de uma câmera, o sistema mascara o facho dos faróis bixenônio com lâmpadas de curva dinâmicas nas áreas em que considera que, potencialmente, podem perturbar outros usuários da via.

Outro item inovador no modelo é o “Multicollision Brake” (freio multicolisões), premiado como a mais importante inovação de segurança na Alemanha. O Multicollision Brake aciona automaticamente os freios do veículo quando ele se envolve em uma batida, para reduzir a energia cinética residual. O acionamento do sistema de frenagem pós-colisão se baseia na detecção da colisão inicial pelos sensores dos airbags. O sistema aplica os freios até que o veículo atinja a velocidade de 10 km/h.

Já a Fiat resolveu chamar a atenção na linha 2014 da sua picape Strada com a terceira porta ― do lado direito ― para a versão Cabine Dupla. Essa foi uma solução técnica amplamente estudada pela engenharia, e os maiores argumentos para a sua adoção foi a garantia de maior conforto e acessibilidade para os usuários do banco traseiro. A Strada é a única picape compacta do mundo a ter uma porta voltada para os passageiros do banco traseiro, o que reforça a sua vanguarda no segmento.

E a perua mais veloz produzida em série do mundo também chegou por aqui. Precisando de apenas 3,9 segundos para fazer de 0 a 100 km/h, o Audi RS6 Avant é equipado com motor 4.0 TFS V8 twin-turbo (biturbo) de 3.993 cm³. O propulsor desenvolve potência máxima de 560 cv, alcançada entre 5.700 e 6.700 rpm, e torque máximo
de 700 Nm, disponível entre 1.750 e 5.500 rpm. A velocidade máxima é de 305 km/h.
Para terminar o ano em alto estilo, a Mercedes-Benz apresentou o cupê de alta performance CLA 45 AMG Racing Series, que foi desenvolvido com base na versão standard do esportivo CLA 45 AMG. O coração do projeto foi o motor de quatro cilindros produzido em série mais potente do mundo, o AMG 2.0 turbo, com nada menos que 265 kW (360 cv) e torque máximo de 450 Nm.

Com tanta velocidade e eficiência, inovações tecnológicas e multimídia, com mais itens de segurança em nossos modelos, desejo um 2014 de muita saúde, conquistas e realizações para todos nós. Obrigado pela companhia e que possamos voltar a nos encontrar nos próximos dias 10, 20 e 30 dos meses do novo ano.

MECÂNICA ONLINE

Renault Captur – A coluna adianta que ainda no primeiro trimestre de 2014, diretamente da França,  chega ao mercado brasileiro o SUV de tamanho um pouco menor que o Duster, o Renault Captur. Flagrado em testes no decorrer de 2013 pelas ruas brasileiras, será dotado de motor três cilindros turbo que produz 90 cavalos de potência.

Viagem de férias = Revisão – Checar as condições de itens como pneus, rodas, triângulo, macaco, chave de roda, suspensão, nível do óleo e fluidos, sistema elétrico e sistema de limpeza dos vidros é fundamental. Contudo, atente ao tempo: a revisão não deve ser feita na véspera, já que se houver necessidade de substituição de alguma peça, muitas vezes é impossível fazer isso de um dia para o outro.

Ano de copa – O aquecimento do mercado com novidades já continua em janeiro. Em função do período da Copa do Mundo muitos lançamentos serão antecipados. Até o final do mês Mercedes-Benz e Audi já apresentam novos modelos. No início de fevereiro é a vez da Volkswagen.

PERFIL

Tarcisio Dias – Profissional e Técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecatrônico e Radialista, é gerente de conteúdo do Portal Mecânica Online® (www.mecanicaonline.com.br) e desenvolve a Coleção AutoMecânica.


sábado, 28 de dezembro de 2013

CORRIDA DE CALHAMBEQUES: RESTAM POUCAS VAGAS!!!


Ozz Negri correrá no Endurance norte-americano pelo 12º ano consecutivo


O piloto brasileiro Oswaldo “Ozz” Negri Junior já iniciou os preparativos para a temporada 2014 do Endurance dos USA. Será a 13ª de sua carreira na modalidade e 11ª na Michael Shank Racing, equipe localizada em Ohio e defendida por Negri desde 2004, inclusive na vitoriosa edição de 2012 da “24 at Daytona”. “Eu estou muito satisfeito por continuar minha carreira na Michael Shank Racing. Temos trabalhado muito forte ao longo dos anos e isso só fez com que a amizade e a confiança mútua fossem crescendo. Nunca vou esquecer o apoio que tive de todo o pessoal no início do campeonato deste ano, quando não pude participar de todas as atividades iniciais por causa de um acidente de bike. Eu realmente me sinto em casa na equipe e no Endurance dos Estados Unidos, onde corro desde 2002”, disse Negri, que ao longo dessa década tem em seu currículo um total de 120 corridas, três vitórias e duas pole positions.

Ao lado do teammate John Pew, Negri está empreendendo um vasto trabalho de desenvolvimento do Ford Riley com o qual disputará a primeira temporada do Tudor United SportsCar Championship. Até então proprietária da Grand-Am, categoria da qual fez parte o brasileiro até aqui, a NASCAR comprou a American Le Mans Series e é responsável pelo novo certame de Endurance, que promete rivalizar com as competições européias.“O Tudor United SportsCar é um desafio para todos nós, pois o novo regulamento tenta preservar as principais características das competições que foram unidas, mantendo o equilíbrio e a competitividade”, explicou Negri, para quem o principal foco nessa fase inicial de trabalhos é o novo motor Ford Turbo V6 EcoBoost. “Tenho certeza que teremos um equipamento de grande qualidade em 2014, mas como tudo é novo a gente tem de trabalhar bastante no desenvolvimento”, resumiu o piloto, que já tem data marcada para acelerar no Ano Novo.


De 3 a 5 de janeiro, em Daytona, os carros do Tudor United SportsCar Championship estarão participando do “Roar Before The Rolex 24”. Trata-se do treino coletivo, com duração de três dias, que serve como preparação para a “Rolex 24 at Daytona”, prova de abertura do calendário que acontece nos dias 25 e 26 de janeiro. Treinos e a prova mundialmente famosa acontecem no circuito misto de 5.700 metros do Daytona International Raceway.

Diretor de Relações Institucionais da Renault recebe mais alta condecoração do Governo do Paraná



O Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Renault do Brasil, Antonio Calcagnotto, foi homenageado pelo governo do Paraná com a maior honraria do Estado, a Comenda da Ordem Estadual do Pinheiro. Realizada no Palácio Iguaçu último dia 19 de dezembro, data da Emancipação Política do Estado, a comenda foi entregue pelo governador Beto Richa e pelo ex-ministro e atual secretario-chefe da Casa Civil do Estado do Paraná, Reinhold Stephanes.Instituída em 1972, a Comenda da Ordem Estadual do Pinheiro tem a finalidade de agraciar brasileiros e estrangeiros, civis e militares, que tenham se distinguido pela notoriedade do saber ou por serviços relevantes prestados ao Estado do Paraná, bem como em âmbito nacional. A condecoração ao executivo da Renault se deu pelos trabalhos realizados em prol do desenvolvimento social, industrial e econômico do Paraná, incluídas as negociações para a expansão da Renault e apoio na atração de outras empresas para o estado.


Antonio Candido Prataviera Calcagnotto é graduado em Administração de Empresas e em Direito pela Universidade de Caxias do Sul, sua cidade natal. Possui mestrado em Planejamento Estratégico (EAESP/FGV/SP) e MBA(Exchange) em Finanças e Marketing (York University, no Canadá).Em sua trajetória profissional, já ocupou em posições de destaques em importantes empresas e atualmente, além de Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Renault e da Nissan no Brasil, acumula os cargos de Vice-Presidente do Instituto Renault, Vice-Presidente da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e Diretor da AEA (Associação de Engenharia Automotiva).

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Time Nissan completa um ano de existência


O Time Nissan completa seu primeiro ano de existência em dezembro. Para ir além do patrocínio aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o programa que foi criado em 2012 pela Nissan para colaborar com a formação de atletas brasileiros com potencial para ajudar o país a se destacar nas competições de 2016, já realizou diversas atividades ao longo destes 365 dias de existência. Dos carros que foram cedidos aos programas de mentoria e coaching, que tiveram temas além das questões esportivas, a empresa esteve sempre do lado do seu time como uma verdadeira parceira.

O Projeto
Idealizado pelo CEO da Aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, o Time Nissan escolheu, ainda em 2012, dois dos principais atletas da história do país para personificar o apoio dado pela empresa. A maior jogadora brasileira de basquete de todos os tempos, Hortência Marcari, e o nadador Clodoaldo Silva, que entrou para a história do esporte paralímpico mundial ao conquistar, em uma única edição, seis medalhas de ouro, foram nomeados mentores dos selecionados. Juntos, os dois supercampeões trabalham junto à Nissan na orientação das carreiras das jovens promessas.E para tornar prático este trabalho de orientação de carreira, fizeram parte do trabalho da Nissan workshops e também encontros com funcionários da empresa. Os workshops abordaram, até agora, temas como gestão de imagem - com o medalhista olímpico e judoca Flavio Canto - media training e gestão das finanças pessoais. Este último workshop coordenado pelo economista Gustavo Cerbasi, autor de um best-sellers sobre o assunto.


Os próximos workshops promovidos pela Nissan para seu Time trabalharão os mais variados temas, como por exemplo, orientação jurídica e direção defensiva. Também está previsto um programa de bonificação e premiação relacionado aos resultados obtidos pelos atletas nas competições que disputarem, a partir de 2013, e que se estederá até 2016."O projeto do Time Nissan é completo e temos orgulho de dizer que foi muito bem formatado. Estamos fazendo mais que ceder carros ou apenas patrocinar, criamos um elo de parceria com os atletas. Assim, queremos contribuir para o bom desempenho esportivo do Brasil no Rio 2016", afirma François Dossa, presidente da Nissan do Brasil.

Os principais resultados e premiações
Do mais experiente ao mais jovem, os componentes do Time Nissan têm currículos invejáveis e seus resultados chamam a atenção. Neste primeiro ano de projeto, muitos se destacaram, como a nadadora paralímpica Susana Ribeiro, o atleta de Badminton Ygor Coelho, a maratonista aquática Ana Marcela Cunha e Renato Rezende, do Ciclismo BMX.

Susana foi eleita pelo Comitê Paralimpico Brasileiro (CPB) a melhor atleta paralímpica feminina do ano no Prêmio Paralimpico 2013. Na mesma premiação, Jovane Guissone foi eleito o melhor atleta da modalidade Esgrima em cadeira de rodas.A baiana Ana Marcela, de 21 anos, foi a terceira colocada na penúltima etapa da Copa do Mundo de Maratona Aquática na prova feminina de 10 quilômetros, disputada em setembro deste ano, além de concorrer ao prêmio de melhor atleta do ano da Federação Internacional de Natação (Fina).

Renato Rezende, carioca de 22 anos, é o atual campeão brasileiro da categoria e melhor atleta brasileiro. Também figura com muita frequência em pódiums de competições sulamericanas e internacionais. Não à toa, recebe o apelido de "The King" (O Rei, em português), por ser reconhecido como o mais importante nome do ciclismo BMX nacional.Já Ygor, de apenas 17 anos, já conquistou medalha de ouro no Panamericano de Juniores, categoria Sub19, disputado em julho deste ano. Ygor também é fruto de outro projeto de apoio ao esporte e à integração social que recebe suporte da Nissan, o Miratus, que ensina Badminton a jovens do Rio de Janeiro.


PROTEÇÃO A TODOS OS OCUPANTES por Fernando Calmon



Até o momento o grande foco dos programas de avaliação de segurança de carros novos tem sido a proteção aos ocupantes dos bancos dianteiros. Motorista e passageiro estão realmente mais expostos em acidentes, além de a frequência de passageiros no banco de trás ser bem menor. Em uso urbano, por exemplo, a média é de apenas 1,5 ocupantes por carro, ou menos. Em estradas, mal alcança duas pessoas por veículo na maioria dos países, salvo em viagens e feriados.

Nos testes de colisão em laboratórios, há dois dummies (bonecos com sensores) que simulam crianças, de oito meses e três anos de idade, no banco de trás. A avaliação, basicamente, é dos sistemas de retenção dos bancos infantis e robustez de fixação. Em breve, o Euro NCAP (programa europeu de avaliação) adotará dummies que utilizam assentos de elevação para crianças até 7,5 anos de idade e também bonecos que reproduzem adultos.

Segundo a TRW, fabricante de cintos e airbags, “a segurança de passageiros no banco traseiro não pode ser considerada menos importante do que a dos ocupantes dos bancos dianteiros. Testes de impactos frontal, lateral e traseiro, nos próximos anos, exigirão soluções inovadoras”.

Uma delas é o airbag de interação lateral, colocado entre os dois passageiros do banco traseiro. Tem a função de proteção adicional em acidentes em que outro veículo colide transversalmente ou há um choque lateral contra poste e outros obstáculos. Mesmo protegidos por cintos de segurança e bolsas de ar laterais e de cortina, a dinâmica do acidente frequentemente leva a um choque de cabeças dos ocupantes. Lesões mortais podem ocorrer.
Colisões laterais são bem perigosas e respondem por um terço das mortes em estradas. O grau de intrusão de outro veículo e o espaço restrito para superfícies absorvedoras de energia (em acidentes frontais e traseiros existem grandes massas deformáveis) limitam a ação protetora dos dispositivos existentes. Por isso, a empresa desenvolve duas novas tecnologias.

Uma solução é o airbag externo lateral capaz de reduzir a invasão do habitáculo e a onda de choque transmitida aos ocupantes. Critérios biomecânicos de danos no tórax, abdômen e pélvis dos dummies mostraram bons resultados quando comparados a acidentes na vida real.

Outro dispositivo avançado, o airbag lateral interno de grandes dimensões, trabalha em conjunto com bancos dianteiros capazes de se deslocar para o centro do carro, em movimento rotacional, 50 ms (milissegundos) antes do impacto. Isso permite criar espaço adicional para a superbolsa inflar. Cintos de segurança de dois estágios são utilizados para o pré-choque e o choque real. A bolsa, então, é disparada 15 ms antes da colisão de tal forma a estar completamente expandida e na posição correta, quando o obstáculo começa a invadir a cabine. Análises dos dummies comprovam diminuição de danos corporais.


Ambos os dispositivos trabalham associados aos sistemas de bordo pré-impacto, que utilizam câmeras e radares. Detectam colisões laterais iminentes e identificam características como tempo até o choque, velocidade de impacto, além de dimensões, trajetória e posição do objeto que atingirá o veículo. Permitem estratégias de ativação, no momento certo.


PERFIL
Fernando Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1999. É publicada em uma rede nacional de 85 jornais, sites e revistas. É, ainda, correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).
Siga também através do twitter:  www.twitter.com/fernandocalmon                                                                                                                               

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Roberto Nasser - De carro por aí


Coluna 5213 24.11.2013 - edita@rnasser.com.br   

Grazie Mille, grazie
Barrado no baile do mercado pela exigência legal de portar air bags – coisa inviável em seu projeto do início dos anos ’80 – o Fiat Mille vai sair de produção. A fábrica realiza esforço nestes dias para levar a produção ao limite máximo que permita vende-lo até 31 de março.É a série Grazie – obrigado – Mille, com duas mil unidades. Coisa especial, numerados em plaqueta aposta ao painel. Identificados pela exclusiva cor Verde Saquarema, decoração externa, faróis com máscara negra, rodas em liga leve aro 13”, adesivos Grazie Mille. Dentro, revestimento em tecido com bordado, sobre tapete, pedaleira, rádio connect, subwoofer, painel de instrumentos com outra grafia, cobertura no porta malas. Ar condicionado, vidros e travas elétricas. R$ 31.200.
Há muito a agradecer. O Mille chegou em 1983 e nestes 30 anos vendeu bem e se manteve em produção junto com seus sucessores, uma proeza de mercado. Foi bem dimensionado e transformou-se no carro de frota e trabalho, posto antes ocupado pelos VW Fusca e Gol.

Para provocar, um Mercedes a US$ 499 mil
Fim do ano, hora de 13o salário, participação nos lucros das empresas, balanço nos negócios individuais, é período de generosidades, presentes, gastos largos, muitos rótulos para a injeção de dinheiro na economia do país.
A Mercedes-Benz surgiu como oferta para integrar a lista de presentes: a última edição do esportivo SLS AMG Coupé, em edição especial, a Black Series. É o mesmo automóvel superlativo, com desenvolvimento em motor, transmissão, suspensão e aerodinâmica.
Não é um tapa, maquiagem para caracterizar a fornada de despedida deste modelo, mas trabalho amplo. Redução de peso, aumento de potência, melhor operação da transmissão. Peso baixou a 1.625 kg, potência subiu consequente ao trabalho nos comandos de válvulas, virabrequim, lubrificação, a 464 kW / 631 cv, a 8.000 rpm, relação onde cada cavalo carrega apenas 2,57 kg. A transmissão automática de sete velocidades duas embreagens, foi rebaixada 1 cm para melhor distribuição de peso, e tem coxins gasosos para absorver vibrações. O conjunto permite acelerar da imobilidade aos 100 km/h em 3,6s. Para dete-lo, freios de cerâmica, rodas forjadas em liga leve, pneus resistentes aos 317 km/h de velocidade de pico. Pacote de eletrônica para garantir segurança, e a sofisticação desnecessária do sistema de som Bang & Olufsen.
O motor, o mais potente ciclo Otto atual, é montado por um engenheiro, que nele aplica uma plaqueta, assinalando seu orgulho.
É automóvel referencial e reverencial. Custa, aqui, chaves na mão, entregue pela Mercedes na porta de sua casa, US$ 499 mil dólares.


Roda-a-Roda

Embolou – PSA – leia Peugeot + Citroën – negociava com a chinesa Dongfeng acordo comercial visando sociedade de amplo espectro. Foi atropelada. A Renault fechou negociação com 50% do capital para produção local.

Mercado – O tentativo entendimento mundial com o Irã deve reabrir o bom mercado do país – 1,6 a 2M veículos/ano – a importações e produção local. As francesas já estão lá e o Peugeot 208 é o mais vendido. Os EUA pressionam para remoção das barreiras que os demonizava, permitindo aos produtos chegar por exportações ou acordo com as montadoras locais.

Mercosul – Globalização pode trazer alguma novidade Peugeot ao Mercosul, com entrada pela Venezuela, variante ao atual produto. Lá se comete misturada de Peugeot 405 dos anos ’90 – três gerações anteriores - com peças locais, e exemplo da estatização: caro ao estado, ruim ao comprador. Missão peculiar: vendas subsidiadas a jovens oficiais das forças armadas. Tipo Bolsa Milico.

Amarok 2014 - Para criar novidade e marcando como linha 2014 Volkswagen incrementou o picape Amarok. Na versão Highline, de topo, equipamentos antes opcionais, como controle de estabilidade (ESC), a assistência para partida em rampa (HSA), controle automático de descida (HDC), air bags laterais para cabeça e tórax, e a exclusividade setorial dos faróis de neblina que se movimentam em manobras.

Mais - Nestes periféricos incorporados à versão de topo, espelhos retrovisores externos são rebatíveis eletricamente, diminuindo 17 cm na largura do picape. E mudança na estrutura do painel para receber tela do computador de bordo, e volante com teclas para som e computador. Há engates Isofix – padrão mundial para fixação de cadeirinhas de criança no banco traseiro.

Data – Volkswagen marcou data para apresentar seu mais importante lançamento nesse ano, o UP! : primeira semana de fevereiro, com vendas a seguir. Carro de entrada, atualizado, diferenciado. Mais barato da linha.


Mais – Antes, na última semana de janeiro, a Audi exibirá o A3 em versão Sedan. Quer, como a Coluna antecipou, aumentar a frota, tornar o produto conhecido, movimentar vendas e passagem nas revendas, antecipando-se à produção local.


Imagem – Uma das marcas japonesas fazendo veículos no Brasil quer mudar inteiramente sua forma de se relacionar com a imprensa: reformulará caminhos, posturas, executivos. Quer formar imagem de simpatia. O presidente teria perguntado porque, no Brasil, nunca jornalista algum o procura. Descobriu, a assessoria impõe barreiras.

Aliás – Se em produtos os nipônicos são bons de serviço, no relacionamento com jornalistas são abaixo de crítica, descompromissados com informação. Tomara dê certo, servindo como novo parâmetro ao grupo da etnia no Brasil.

Hora séria – A Honda está em projeto mundial de crescer em vendas, do 1,7M ano passado, a 2M em 2016. E a nova família Fit/City, mais o recente SUV que no Japão se chama Vezel, mas aqui terá outro nome, é ferramenta para isto.

Diálogo – Rompendo política de distanciamento, a Ford produziu revista especial para impressionante relação de 43 mil oficinas. Utilizará o nome Motorcraft. Conteúdo especial, informações técnicas, mimos como ferramentinhas. Visa facilitar conhecimento e sua aplicação – e explicar porque as peças originais tem qualidade e oferecer descontos especiais.

Porquê – Após três anos de uso pouquíssimos clientes levam seu Ford à rede autorizada, recorrendo às oficinas. Daí a Ford querer se aproximar deste grupo. Se não vende serviços, quer vender peças.

Mais, do mesmo – 640 ônibus Mercedes-Benz foram adquiridos pela Viação Pioneira, integrando o transporte público do Distrito Federal. Negócio de R$ 177 milhões, financiados pelo Banco Mercedes-Benz, parceiro há 10 anos.
Transporte público em Brasília é uma das mazelas da marcante capital.

Negócio – Volvo Construction Equipment adquiriu o negócio de caminhões off-road da Terex. Quer mais participar do mercado de movimentação de terra e mineração. US$ 160M, livres, sem dívidas, e inclui fábrica na Escócia, o tudo a ver com caminhões rígidos e articulados, e estrutura de distribuição no mercado estadunidense. Poucas empresas mudaram tanto de dono e país.

Caminho – Pedro Estácio, o Pedrinho, 15, mais novo dos herdeiros do tri campeão de Fórmula 1 Nelson Piquet, fará 15 corridas em cinco finais de semana na Nova Zelândia. Neste ano, em Kart, após vitórias na Itália no FIA Academy, recebeu licença para competir com monopostos.



Pré – É a Toyota Racing Series, com monoposto semelhante aos da Fórmula 3, 200 cv. Com talento e genética pode ser o terceiro Piquet a chegar à Fórmula 1.







Ecologia – Projeto de sustentabilidade pela Mercedes-Benz no Brasil ganhou prêmio mundial da empresa. Implantado junto à rede de concessionários da marca, motivou responsabilidades e a produção de um manual de procedimentos.Implantar e sedimentar práticas ecológicas em oficinas é desafio dos maiores. 

GenteGlauco Lucena, jornalista especializado em veículos, mudança. OOOO Após 9 anos na revista Autoesporte, coordenará, pela controladora Fiat, àrea de imprensa da Chrysler. OOOO José Luiz Vieira, 81, decano dos jornalistas especializados no Brasil, deixou a Abiauto, associação profissional. OOOO Questões paralelas. Perda sensível. OOOO

O adeus da Velha Senhora
Fenômeno industrial, a Kombi encerrou a produção às 22h46 do dia 18 de dezembro, antes mesmo da polêmica discussão sobre prolongar ou retomar sua produção.
Chegou ao Brasil ao início da década de ’50, quando a marca era representada pela Brasmotor. Foi montada por esta e pela nascente VW do Brasil, instalada no Brasil a partir de 1953. Após, foi o primeiro produto da monumental fábrica da empresa em São Bernardo do Campo, SP. Primeira e maior das instalações industriais fora da Alemanha.
O arranjo mecânico simples – grupo moto propulsor traseiro – amplo espaço para carregar cargas, em excepcional relação entre peso e carga transportada, ambos em torno de uma tonelada, resistente ao uso, simples para manutenção, e o fato de ser único produto com sua morfologia tornaram-na sem concorrente.
Teve motores 1.100, 1.200, 1.400, 1.500, e 1.600, em diferentes configurações: boxer, L4, refrigerados por ar, por água. Funcionou a gasolina, a diesel, por álcool ou gasolina e álcool. Transportou famílias, cargas, foi sede de negócios individuais – na nascente Brasília foi escritório de depois famoso advogado – e até hoje aplicada, móvel ou não, como base para lava jato, costureiras, chaveiros, e o que mais precisar de espaço. De fábrica teve versões para ambulância, carro de polícia, camping, oficina, bombeiros, carrocinha para capturar cães sem dono, carro fúnebre. De tudo um pouco e um tudo.
Poucos veículos tiveram tão amplo leque de aplicações, e nenhum sua ampla vida no Brasil: a velha senhora, que agora deixa o palco, nele trabalhou, diuturnamente, de 1957 a 2013. Nas festividades de sua despedida a Volkswagen prepara livro digital – www.kombi.vw - e livro físico.



terça-feira, 24 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL - Chris Rea - Driving home for christmas

MAN Latin America aquece mercado de veículos customizados


Com o slogan “Menos você não quer, mais você não precisa”, a MAN Latin America se destaca a cada ano por atender seus clientes de maneira diferenciada. Da planta de Resende (RJ), a fabricante dos caminhões e ônibus Volkswagen e caminhões MAN, já produziu mais de 100 mil veículos com características específicas e em 2014 planeja investir cerca de R$ 13 milhões somente no desenvolvimento destes produtos. 

Este aquecimento se deve principalmente às recentes vendas realizadas ao setor público, o que rendeu à montadora a chancela de maior fornecedora em compras governamentais nesse segmento em 2013.O desenvolvimento dos produtos chamados especiais é um dos pilares que contribuíram para a MAN Latin America alcançar à liderança no mercado brasileiro de caminhões por dez anos consecutivos e a vice-posição em ônibus. Sua produção corresponde a cerca de 20% do volume anual fabricado pela empresa no interior do Estado do RJ. Diante de um cenário crescente, a montadora acaba de estabelecer uma estrutura organizacional com foco no atendimento dessas demandas dentro no conceito de “plataformas”, que conta com a interação de todas as áreas da empresa, trazendo assim, mais agilidade ao processo de desenvolvimento, produção e entrega dos veículos aos clientes.

“Fomos a primeira montadora a entregar veículos especiais, de acordo com as necessidades mais específicas do cliente e agora se tornou uma demanda indispensável. A expectativa é que este segmento cresça cada vez mais e estamos preparados para nos mantermos competitivos. Temos uma fábrica diferente, a qual nos permite flexibilizar processos e inovar em operação, além de contar com parcerias estratégicas com fornecedores para este tipo de negócio”, destaca Adilson Dezoto, vice-presidente de Produção e Logística da MAN Latin America.As unidades especiais são produzidas em escalas diferenciadas na fábrica, mas alguns destes modelos já fazem parte do catálogo regular de ofertas devido ao seu sucesso no mercado, como por exemplo, o VW Constellation 24.280 6x2, modelo que iniciou sua história na década passada como veículo especial. O mercado de exportação também absorve boa parcela deste segmento. Só em 2013 mais de 800 unidades com características especiais foram embarcadas a mais de 30 países da América Latina, África e Oriente Médio. O Peru é o campeão de envios com marca superior a 700 veículos desde 2010. 


Para que toda a demanda seja atendida com total garantia ao cliente, a MAN Latin America mantém a parceria exclusiva com a BMB, o primeiro centro de modificações do Brasil. A empresa está ao lado da montadora e prevê investimento de mais de R$ 20 milhões até 2014 para melhoria de processos. No local são montados componentes como: segundo eixo direcional, tomada de força para equipamentos compactdores, escapamento vertical, ônibus com piso baixo (Low Entry), entre outros.

Wagner Gonzalez em Conversa de pista



Wagner Gonzalez
Mitsubishi desenvolve F4 no Brasil

Proposta vai de encontro ao programa lançado pela FIA para criar estágio entre o kart e a F3. Na F1 a Sauber define mais uma vaga e Kamui Kobayashi conversa com Caterham
  
Mais do que criar uma categoria escola em moldes profissionais a proposta da Mitsubishi Brasil desenvolver o projeto de lançar a F-4 no Brasil quebra um jejum de muitos anos: a participação direta e oficial de uma fábrica em uma categoria de pista. 


Se a existência de equipes oficiais de fábrica nos anos 1960/70 semeou gerações de campeões mundiais, a debandada dessas empresas trouxe resultados nefastos ao esporte, consequências amplificadas pelo descaso com que os dirigentes tratam o setor: não há indícios de que a atual administração da Confederação Brasileira de Automobilismo tenha feito algum gesto formal de aproximação com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) ou seus associados.

Mais do que uma nova proposta ou novo projeto, algo bastante comum no automobilismo brasileiro dos últimos anos, o novo projeto parece destinado a ter sucesso maior que as recentes categorias lançadas no País nos últimos anos. O histórico da Mitsubishi brasileira no esporte na modalidade off road e mais recentemente com a Lancer Cup, além do autódromo Velo Cittá, em Mogi-Guaçu, dão lastro à proposta.

Segundo o regulamento da FIA para a categoria os competidores de um dado campeonato podem usar qualquer tipo de chassi homologado mas devem usar motores iguais; na Inglaterra e na França a motorização vem do Renault Campus. Além disso, para a homologação do certame é exigido um programa de três anos e “aconselha-se” um calendário de 7 a 8 rodadas sendo que cada evento terá duas sesões de treino (entre 30´a 45´), uma prova de classificação (entre 20´a 30´) e três corridas de 30 minutos. Detalhe importante: a  entidade internacional incentiva a realização de treinos livres sem restrições, algo proibido e que praticamente sepultou a F-Fiat lançada por Felipe Massa num passado recente.

Por enquanto não há definição do carro que será usado na possível F-4 brasileira mas o piloto Renan Guerra já realizou cerca de 500 km de testes em Mogi-Guaçu com um chassi construído por José Minelli e equipado com o motor do Mitsubishi Lancer, original, que tem 165 HP, algo superior à faixa de 140/160 HP preconizada pela FIA. A recomendação, porém, não seguida ao pé da letra e na Inglaterra chega-se a 185 HP. O veículo tem dimensões próximas de um F-3 e está equipado com uma caixa de cambio sequencial Sadev, de seis velocidades e está calçado com pneus Pirelli iguais aos usados pela F-3 brasileira. O programa de testes prossegue em fevereiro, sempre na pista do Velo Cittá  “dois ou três pilotos serão convidados a participar do processo de desenvolvimento. Além de avaliar diferentes estilos de pilotagem também será analisada uma caixa Hewland”. 

O regulamento da FIA recomenda o uso de chassi em fibra de carbono, algo ainda antieconômico para o mercado brasileiro. No Japão foi adotado um modelo de construção que usa fibra de carbono sem honeycomb (colméia), solução que barateia o custo e facilita a construção por construtores de pequeno e médio porte. Na Índia é usado chassi tubular equipado com motor Maruti 1.300, e na Inglaterra o chassi MSV-F4 013 (concebido pelo veterano Ralph Firman, da Van Diemen), usa solução semelhante.

Construtor consagrado nos anos 1970/80, quando conquistou títulos nacionais e regionais na F-VW 1300 com o piloto Elcio Pellegrini, nos últimos tempos José Minelli mantém-se ativo fabricando peças especiais para carros de competição. Nos últimos meses ele foi convidado pela Federação Gaúcha de Automobilismo a produzir peças de reposição para os chassis usados na F-Júnior disputada no Rio Grande do Sul e que emprega monopostos que já não não mais fabricados; além disso ele também fornece e desenvolve equipamentos especiais de competição.

F1: Possível teto orçamentário apressa contratações na categoria

Em meio a pressões de Jean Todt e das equipes de meio e fundo de grid para que seja estabelecido um teto orçamentário na F1 em 2015 a categoria segue vivendo um período de grandes e inúmeras contratações. Mais do que reforçar possíveis perdas a razão desta agenda é, indiretamente, aumentar os gastos para assegurar um teto mais alto caso a medida entre em efeito. Ao praticar um orçamento mais alto as chances de manter um teto mais elevado após a possível limitação ficam maiores.Entre as últimas mudanças estão a ida de Mark Ellis e Gilles Wood, respectivamente responsáveis por dinâmica de veículos e engenheiro-chefe de simulação e análises na equipe Red Bull. Ellis volta para a Mercedes – onde trabalhou nos tempos que a equipe Honda ocupava o local -, como diretor de performance enquanto Wood ocupará uma posição similar. Além deles a equipe campeã também perdeu seu chefe de aerodinâmica, Peter Prodromou, que após um período de desaquecimento – algo que os ingleses chamam de “gardening leave” -, começa a trabalhar na McLaren.

Esta manobra é adotada por todas as equipes e tem como objetivo impedir que a mudança de emprego se transforme em uma forma de comprar segredos e pesquisas dos adversários. Até o momento a única mudança formalizada, e divulgada, nos quadros da Red Bull foi a promoção de Pierre Wache como substituto de Ellis e Wood. Wache ingressou na equipe em março e veio da Sauber; anteriormente o francês trabalhou na Michelin.

Números definidos
Alguns pilotos já escolheram os números que adotarão a partir do Campeonato Mundial de F1 de 2014. Enquanto o alemão Sebastian Vettel usará o número 1, primazia do campeão atual, Sérgio Perez adotará o 11, Fernando Alonso optou pelo 14, Felipe Massa pelo 19 e Valteri Bottas pelo 77. Alonso alega que no dia 14 de 1996 ele tinha 14 anos de idade e venceu o Campeonato Mundial de Kart usando esse número; Massa competiu no Brasil com o número 19 e Bottas adotou o 77 por razões mercadológicas: explorar os dois “T” do seu sobrenome.

Apoio de Slim mantém Gutiérrez na Sauber

Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, garantiu a continuidade de Esteban Gutiérrez na equipe Sauber pelo quarto ano consecutivo e segundo como piloto oficial. Mais do que definir a formação da esquadra suíça para 2014, Slim provocou algum alvoroço continental ao explicar as razões de sua decisão:

“Estamos orgulhosos de continuar sendo parte da Sauber F1 e consolidar nossa história de sucesso no esporte a motor, particularmente na F-1 e do nosso programa de desenvolvimento de pilotos mexicanos e latinos...”

Proprietário das lojas Sanbors e dos monopólios de telefonia fixa e móvel no México, Slim tem grandes interesses no continente, incluindo o Brasil onde atua através da Claro. As últimas três vagas disponíveis estão na Caterham Renault (duas) e na Marussia Ferrari. Especula-se a volta do japonês Kamui Kobayashi para ocupar um dos carros da primeira. Até agora este são os pilotos confirmados para 2014:

Red Bull-Renault: Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo
Mercedes: Lewis Hamilton e Nico Rosberg
Ferrari: Fernando Alonso e Kimi Räikkönen
Lotus-Renault: Romain Grosjean e Pastor Maldonado (*)
McLaren-Mercedes: Jenson Button e Kevin Magnussen
Force India-Mercedes: Nico Hulkenberg e Sergio Pérez
Sauber-Ferrari: Adrian Sutil e Esteban Gutiérrez
Toro Rosso-Renault: Jean-Eric Vergne e Daniil Kvyat
Williams-Mercedes: Felipe Massa e Valtteri Bottas
Marussia-Ferrari: Jules Bianchi, a definir
Caterham-Renault: a definir as duas vagas


(*) Motor não confirmado