Pedro Kutney, AB
De Caxias do Sul
www.automotivebusiness.com.br
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Depois de vender 50 ônibus movidos a etanol para a cidade de São Paulo, a Scania agora aposta em ganhar “clientes verdes” também com seus caminhões. A marca sueca lançou o semipesado P 270 equipado com o mesmo motor de 270 cavalos dos ônibus, que funciona em ciclo diesel alimentado por E95, mistura de 95% de álcool hidratado com 5% de aditivo para controlar a combustão, que já é misturado e distribuído pela Raízen no Brasil – a associação entre Cosan e Shell. Roberto Leoncini, diretor geral da Scania do Brasil, informa que o P 270 já está à venda, sob encomenda. “Se o cliente pedir 100 levamos oito semanas para entregar.” Ele diz que a intenção é ter uma “solução viável na prateleira” para alguns embarcadores verdes, que têm compromissos traçados de responsabilidade ambiental a cumprir, incluindo compras de fornecedores empenhados em reduzir impacto ambiental e emissões de CO2, como seria o caso de serviços de transporte. Leoncini revela que já há interessados em negociação. Embora ainda não possa revelar o nome do primeiro cliente do P 270 a etanol, ele cita algumas empresas interessadas em ter uma imagem verde, como Boticário, Natura, Carrefour e Wal Mart, que poderão contratar transportadores que usam veículos a etanol.
As próprias usinas produtoras de álcool combustível são potenciais compradoras do caminhão a etanol. “A cada 100 caminhões usados na indústria da cana existem 20 a 25 veículos na frota de apoio que podem migrar para o etanol”, avalia o executivo.
As principais contraindicações do P 270 são o preço, de 10% a 15% mais caro do que um modelo similar a diesel, e o consumo cerca de 40% maior. “O custo operacional pe maior, mas tem o ganho ambiental”, pondera Leoncini, lembrando que as emissões de CO2 do veículo a etanol são cerca de 90% menores do que um a diesel. O P 270 até excede os limites de emissões do Proconve P7 e nem precisa usar o catalisador SCR empregado nos caminhões a diesel Euro 5.
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