sexta-feira, 20 de janeiro de 2012






Pedro Kutney, AB 
www.automotivebusiness.com.br

As fábricas de veículos leves da Fiat na América do Sul podem ultrapassar as da Volkswagen nos próximos cinco anos, tornando o grupo italiano o maior fabricante da região, segundo projeta a mais recente pesquisa globalAutofacts, da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC). O levantamento trimestral, divulgado esta semana (leiaaqui), mostra que a Fiat subiria do terceiro posto este ano para o primeiro em 2016, contribuindo com a maior parte (13,5%) do crescimento calculado pela PwC para a produção sul-americana de carros no período.

O Grupo Fiat conta hoje com três fábricas de modelos leves (excluindo caminhões e ônibus) na América do Sul: Betim no Brasil, Córdoba na Argentina e uma pequena operação de montagem da Chrysler na Venezuela. A PwC estima que essa operação será a terceira maior da região em 2012 com a produção de 892,8 mil veículos, ficando atrás da segunda colocada General Motors – com sete plantas sul-americanas, sendo três no Brasil (São Caetano do Sul, São José dos Campos e Gravataí) e outras na Argentina, Colômbia, Equador e Venezuela que deverão produzir 940,6 mil carros – e da atual líder Volkswagen, cuja projeção da Autofacts é de 946,4 mil unidades produzidas em quatro locais: São Bernardo do Campo, Taubaté e São José dos Pinhais no Brasil e Pacheco na Argentina.

A PwC prevê mudanças nesse quadro com a subida da Fiat ao primeiro posto em 2016, com produção estimada de quase 1,19 milhão de veículos leves – já colocando na conta a nova fábrica de Goiana, em Pernambuco, que está construção e deve começar a operar em 2014. A Volkswagen, que também pode anunciar uma nova unidade no Brasil, cairia para a segunda posição, com 1,18 milhão de carros. Já a GM desceria à terceira colocação, com 1,10 milhão. As três seriam as únicas com produção superior a 1 milhão no subcontinente.

MUDANÇAS NO ANDAR DE BAIXO

Também estão previstas pela Autofacts muitas mudanças do quarto ao décimo lugar na lista dos maiores fabricantes de carros da América do Sul. O maior salto de posições seria do grupo Renault-Nissan, que pularia do sexto lugar em 2012 (330,6 mil unidades produzidas) para o quarto em 2016 (645 mil), no que será a segunda maior contribuição para o crescimento da produção sul-americana, de 13,3%, ficando só atrás da Fiat. A Renault tem fábricas atualmente no Brasil (São José dos Pinhais), Argentina (Córdoba) e Colômbia (Envigado). A Nissan mantém só uma linha de produção na região, dentro do complexo industrial brasileiro da Renault, mas em 2014 abrirá fábrica exclusiva em Resende (RJ). 

Outro salto significativo de posições está projetado para a PSA Peugeot Citroën, que já aumentou bastante a capacidade de suas fábricas sul-americanas (Porto Real no Brasil e Buenos Aires na Argentina) e deverá seguir com expansões, principalmente na unidade brasileira. Com isso, a PwC prevê que o grupo francês já salte da quinta para a quarta posição em 2012, com 477 mil carros produzidos (contra 293,4 mil em 2011). A projeção para 2016 é de 568,6 mil unidades, o que faria a PSA descer um degrau, para a quinta colocação, atrás da Renault-Nissan. Mesmo assim a empresa seria responsável pela terceira maior contribuição (de 13%) para o crescimento da produção na América do Sul.

A PwC projeta desempenho de produção declinante para a Ford, que hoje tem na América do Sul quatro fábricas na região, duas no Brasil (São Bernardo e Camaçari), uma na Argentina e outra na Venezuela. Segundo a Autofacts, a empresa já perderia este ano o posto de quarto maior produtor de 2011 (460,8 mil), descendo para o quinto lugar em 2012 (462,6 mil) e para o sexto em 2016 (540,2 mil).

Toyota, que mantém atualmente três fábricas na América do Sul (Brasil, Argentina e Venezuela) e constrói mais uma planta brasileira em Sorocaba (SP), pela projeções da Autofacts chegaria a 2016 como sétima maior fabricante da região, com produção que saltaria de 175 mil em 2012 para 266,3 mil em 2016.

Logo atrás, em oitavo, viria a produção das duas fábricas da Honda (Brasil e Argentina), que passaria de 185,3 mil em 2012 para 255,6 mil em 2016. 

Com produção somente no Brasil, Mitsubishi e Hyundai trocariam de posição no pé da lista dos dez maiores fabricantes na América do Sul. A Mitsubishi, com sua fábrica de Catalão (GO), desceria do nono posto em 2012 (53 mil unidades produzidas) para o décimo em 2016 (124,8 mil). Já a Hyundai subiria à nona colocação, saindo de 44,1 mil veículos produzidos este ano na planta do Grupo Caoa em Anápolis (GO) para 139,9 mil em 2016, somando a produção da nova unidade de Piracicaba (SP), que entra em operação em 2013, no que será o maior crescimento porcentual da tabela (217%). 

Veja aqui a pesquisa PwC Autofacts completa. 

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