terça-feira, 27 de maio de 2014

Wagner Gonzalez em Conversa de pista

Helinho é segundo em Indy


Helinho Castro Neves termina em segundo lugar nas 500 Milhas de Indianapolis em final dos mais disputados nos 98 anos de história da prova. Em Mônaco, australiano Daniel Ricciardo ameniza o domínio da Mercedes e consegue segundo pódio consecutivo na F-1. Grid de 40 carros agita Interlagos na abertura de certame monomarca da marca alemã


  
Há poucas coisas, muito poucas, que um ser humano pode fazer em seis centésimos de segundo. Esta lista enxuta ganhou um fato com a vitória de Ryan Hunter-Reay sobre Hélio Castro Neves na 98a. edição das 500Milhas de Indianapolis, domingo, no famoso “brickyard” norte-americano: foi esse insignificante espaço de tempo – a segunda menor margem de vitória na história dessa corrida - que impediu o brasileiro de ganhar a corrida que transcorreu sem incidentes até ¾ de sua duração. Na fase final, 21 de quase 50 voltas transcorreram sob bandeira amarela. O brasileiro e o norte-americano foram os pilotos mais constantes de toda a competição, assistida por 500 mil pessoas nas arquibancadas do circuito, como comprova o resultado final da corrida cuja liderança mudou de mãos 34 vezes e foi ocupada por 11 pilotos; juntos, Neves e Hunter-Reays lideraram por 64 voltas, quase a metade da prova.


“Foi uma grande corrida”, declarou Helio ao jornal The Free Press, de Detroit. “É estranho quando um segundo lugar tem um gosto tão ruim, sabe? De qualquer forma eu vejo o lado positivo disto tudo: acho que todos se divertiram com a corrida de hoje, eu me diverti bastante. O Hunter-Heay fez tudo o que podia para vencer a prova, e eu também, óbvio!”

Três vezes vencedor de Indy (2001/2/9), Helinho esteve próximo de igualar os feitos de AJ Foyt, Al Unser Sr. e Rick Mears, os únicos pilotos que venceram quatro vezes a prova. Foi a segunda vez que ele termina em segundo em uma chegada tão apertada: a outra foi em 2003, quando largou na pole e terminou 0,299 segundo atrás de Gil de Ferran.  Outros destaques do resultado da corrida foram o quinto lugar de Kurt Buch, ídolo na Nascar porém estreante em Indy, e o décimo-quarto lugar de Jacques Villeneuve. Desta vez o canadense, um dos poucos pilotos que venceram em Indy (1995, 2s48 à frente de Christian Fittipaldi) e o Mundial de F-1 (1997), teve uma atuação bem discreta. Além dele apenas Emerson Fittipaldi, Graham Hill, Jim Clark e Mario Andretti conseguiram feito semelhante.

Resultado de Indy

Posição/Piloto/Chassi-Motor/Voltas completadas/ prêmio em U$, que leva em conta o número de voltas lideradas e vários outros fatores.

1) Ryan Hunter-Reay, Dallara-Honda, 200, 2h40m48s2305, média de 186,563 m/h, U$2.491.194,00  2) Hélio Castro Neves, Dallara-Chevy, 200, U$ 785.194,00; 3) Marco Andretti, Dallara-Honda, 200, U$ 585.194,00; 4) Carlos Muñoz, Dallara-Honda, 200, U$ 449.194,00; 5) Juan Pablo Montoya, Dallara-Chevy, 200, U$ 441,944; 6) Kurt Busch, Dallara-Honda, 200, U$ 423.889,00; 7) Sebastien Bourdais, Dallara-Chevy, 200, U$ 384.194,00; 8) Will Power, Dallara-Chevy, 200, U$ 442.194,00; 9) Sage Karam, Dallara-Chevy, 200, U$ 270.305,00; 10) JR Hildebrand, Dallara-Chevy, 200, U$ 366.194,00.

26) Tony Kanaan, Dallara-Chevy, 177, U$ 343.194,00

Posições no campeonato: 1) Hunter-Reay, 274 pontos; 2) Power, 234; 3) Castro Neves, 220; 4) Pagenaud, 211; 5) Andretti, 192; 6) Muñoz, 160; 7) Montoya, 152; 8) Bourdais 143; 9) Dixon, 132; 10) Wilson,123 pontos.

Quem chegou lá perto

As cinco chegadas mais apertadas de Indy:

1992, a menor diferença na chegada (Foto ZP Movies)

1992: 43/1000 de segundo entre Al Unser Jr. e Scott Goodyear
2014: 600/10000 de segundo entre Ryan Hunter-Reay e Helio Castro Neves
2006: 635/10000 de segundo entre Sam Hornish Jr. e Marco Andretti
1982: 16/1000 de segundo entre Gordon Johncock e Rick Mears
2003: 2990/10000 de segundo entre Gil de Ferran e Helio Castroneves

Rosberg vence em Mônaco e volta a liderar F-1


O alemão Nico Rosberg venceu o GP de Mônaco de ponta a ponta e reassumiu a liderança do Campeonato Mundial de Pilotos após cinco etapas realizadas. Lewis Hamilton e Daniel Ricciardo terminaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente separados por apenas 4/10 de segundo. Foi a segunda vitória consecutiva em Mônaco e a quinta na carreira de Rosberg, que igualou o número de vitórias obtidas por seu pai, campeão mundial de 1982. A temporada  prossegue dia 8 de junho com a disputa do GP do Canadá, em Montreal.

O GP de Mônaco deste ano foi marcado pela disputa interna entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton, seu companheiro na equipe Mercedes-Benz. Apesar da postura de já-não-tão-amigos, é lícito teorizar sobre  a atitude de ambos: a dominação que os carros alemães mostram na atual temporada ameaça a popularidade e e o consequente retorno promocional e midiático de tal supremacia. Nos anos 1980 a McLaren e a Honda exibiram reinado semelhante, mas a briga entre Ayrton Senna e Alain Prost era, e parecia, séria.  O tempo dirá se as diferenças entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton são mesmo tão profundas.

Uma das provas mais tradicionais não só da F-1 mas de todo o automobilismo internacional, o GP de Mônaco deste ano foi marcado por um número razoável de quebra de motores, sinal que a autonomia de funcionamento desse equipamento foi calculada com uma margem de erro bastante crítica. Entre os que abandonaram com panes mecânicas incluem-se Pastor Maldonado (Lotus Renault), Sebastian Vettel (Red Bull-Renault), Daniil Kvyat (Toro Rosso Renault), Jean-Eric Vergne (Toro Rosso Renault) e Valteri Bottas (Williams-Mercedes).  Felipe Massa, companheiro de Bottas, teve sua classificação encerrada prematuramente em decorrência de uma colisão provocada pelo sueco Markkus Ericsson (Caterham-Renault), largou em décimo-sexto e terminou em sétimo.

Mais tradicional circuito de rua em todo o mundo, o traçado do pequeno principado é recheado apartamentos das mais variadas plantas e níveis de conforto, a maioria absoluta habitado por estrangeiros que buscam as facilidades oferecidas por este paraíso fiscal.  Aos turistas restam os hotéis de poucas e muitas estrelas e restaurantes pequenos, charmosos e, geralmente caríssimos, ou pagar taxas igualmente exorbitantes para ancorar barquinhos, barcões, iates e verdadeiros navios no porto mais badalado do Mediterrâneo. Enfim, um ambiente propício para festas.

Neste quesito quem mais comemorou foi a equipe Marussia, que após 83 GPs conseguiu marcar seus primeiros pontos, consequência do nono lugar obtido por Jules Bianchi. Nâo foi exatamente um milagre, mas algo bem próximo disso e significa que a equipe anglo-soviética está em nono lugar no campeonato, à frente da Sauber e da Caterham. Esta última parece estar definitivamente vivendo seus últimos dias: o malaio Tony Fernandes declarou ao jornal inglês Guardian que estaria disposto a vender a escuderia pela módica quantia de U$ 350 milhões. Mais do que a crise de fracos resultados que marca a temporada do seu time na F-1, Fernandes quer mais recursos para investir no Queens Park Rangers, time de futebol de sua propriedade, que vai precisar de recursos para manter a vaga na Premiers League inglesa, categoria para onde foi promovido recentemente. Os resultados do GP de Mônaco e a classificação completa do campeonato – onde Rosberg lidera Hamilton por quatro pontos -, você pode ver nesta página.

O que eles disseram após o GP de Mônaco:

Rosberg: “Foi muito importante quebrar a sequência de vitórias do Lewis neste fim de semana. Tudo correu bem mas foi um fim de semana super-difícil. Estou feliz por mais essa dobradinha”

Hamilton: “Nunca tinha acontecido antes: estava próximo do Nico e, de repente, algo entrou pela viseira do capacete e ficou alojado no meu olho. Segui pilotando com um olho fechado, algo praticamente impossível em Mônaco, e a cinco voltas do fim o cisco saiu do lugar.  Com isso consegui ficar à frente do Daniel”.

Ricciardo: “A corrida prá valer aconteceu só no final da prova. Faltando 20 voltas, e com os pneus em condição de durar até a bandeirada eu achei que dava para atacar pesado. Foi a primeira vez desde a primeira volta que eu senti que realmente estava pilotando: foi divertido, mas não deu para passar o Lewis.”



Diniz e Coelho vencem com Mercedes CLA 45 em Interlagos



Um sedã de porte, com tração nas quatro rodas e muita eletrônica embarcada. Foi com um carro assim equipado que a dupla Arnaldo Diniz FIlho/Edson Coelho venceu a prova de estréia do Mercedes Benz CLA 45, domingo, em Interlagos. Disputada sob chuva, o que levou o diretor de prova a impor largada lançada, a competição teve um grid que chegou a 40 carros graças à inclusão dos modelos C 250 Cup, entre os quais Peter Michel Gottschalk foi o melhor. Pelo regulamento do campeonato os carros podem ser pilotados por um ou dois pilotos.

Os dez melhores na geral foram:  1. Arnaldo Diniz Filho/Edson Coelho Jr,  21 voltas em 48min14s866; 2) Fernando Amorim/Renan Guerra, a 5s561; 3) Rodrigo Hanashiro, a 6s003; 4) Fernando Fortes, a 14s338; 5) Pierre Ventura, a 21s489; 6) Marcelo Hahn, a 25s175; 7) Cláudio Dahruj, a 26s031; 8) Eduar Merhy Neto/José Mario Castilho, a 28s063; 9) Lorenzo Varassin/Paulo Varassin, a 29s977; 10) Fernando Poeta/Luis Carlos Ribeiro, a 36s258.


Marcas: 200 km em 50 minutos…

Anunciada como prova de 200 km, a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Marcas acabou “agregando valor” um torneio de marcas cujos carros usam a mesma especificação de motor, câmbio e suspensão… Desta vez, o percurso foi alterado para 50 minutos mais uma volta sem maiores explicações, mas mantida a utilização de dois pilotos por carro. Conceito usado na prova mais importante da Super TC 2000  o formato caracteriza a etapa mais prestigiada   do calendário de uma das categorias mais importantes da Argentina: é tradição a participação de nomes importantes do Turismo de todo o mundo, incluindo brasileiros. Luciano Burti já venceu uma prova dessas em Buenos Aires.

A corrida de Interlagos foi caracterizada por uma disputa particular entre os Honda Civic e os Toyota Corolla, sendo que a primeira levou a melhor graças ao bom trabalho de Ricardo Maurício e Max Wilson, seu companheiro de equipe na Stock Car. Em segundo, escassos 2,6 segundos atrás, ficaram Ricardo Zonta e Allam Khodair. Maurício, atual campeão, segue liderando o campeonato, que prossegue dia 8 de junho em Goiânia.

Os dez primeiros em Interlagos foram: 1) Ricardo Maurício/Max Wilson (Honda Civic), 23 voltas em 53min40s398; 2) Allam Khodair/Ricardo Zonta (Toyota Corolla), a 2s629; 3) Vicente Orige/Juliano Moro (Honda Civic), a 12s957; 4) Denis Navarro/Sérgio Jimenez (Toyota Corolla), a 21s757; 5) Alceu Feldmann/Thiago Camilo (Honda Civic), a 24s455; 6) Valdeno Brito/Antonio 

Pizzonia (Ford Focus), a 25s875; 7) Gustavo Martins/Marcos Gomes (Mitsubishi Lancer GT), a 59s078; 8) Galid Osman/Felipe Lapenna (Toyota Corolla), a 59s272; 9) Eduardo Rocha/Cacá Bueno (Honda Civic), a 59s693; 10) Felipe Gama/André Bragantini (Toyota Corolla), a 1m1s128.

Classificação do Campeonato de Pilotos: 1) Maurício, 91 pontos; 2) Felipe Gama,66; 3) Vicente Orige, 64. Marcas: 1) Honda, 126 pontos; 2) Toyota, 124; 3) Ford, 100.


F-3: Guerra e triunfam; Piquet lidera campeonato

Lukas Moraes e Renan Guerra venceram a quarta rodadado Campreoanto Brasileiro de F-3, que teve duas provas disputadas sob chuva no fim de semana, em Interlagos.  Foi a vitória mais apertada do fim de semana: ele recebeu a bandeirada de chegada apenas  0s895 sobre Vitor Baptista. Guerra substituiu no fim de semana Raphael Raucci na F-3 e largou na pole position e terminou em segundo lugar na corrida que abriu o Mercedes Benz Challenge. Na prova dos monopostos chegou à frente de Vitor Baptista, que foi o melhor da classe Light nas duas provas.

Resultado da primeira corrida: 1) Lukas Moraes, 16 voltas em 33min23s636; 2) Vitor Baptista, a 0s895; 3) Renan Guerra, a 2s690; 4) Bruno Etman, a 3s373; 5) Pedro Piquet, a 4s376;

Resultado segunda prova: 1) Renan Guerra, 17 votlas em 33min13s864; 2) Vitor Baptista,  a 3s218; 3) Pedro Piquet ,a 7s221; 4) Bruno Etman, a 9s854; 5) Artur Fortunato, a 23s431)


Classificação do campeonato na categoria A: 1) Pedro Piquet, 109 pontos; 2) Bruno Etman, 74; 3) Lukas Moraes;  56; 4) Artur Fortunato 46; 5) Raphael Raucci 42. O campeonato prossegue dia 27 de julho, em Curitiba (PR)

Spark-Renault entrega os primeiros F-E e Bruno Senna é confirmado na Mahindra

A aliança Spark-Renault já entregou os dez primeiros monopostos da F-E, categoria de carros elétricos que terá seu primeiro campeonato iniciado em Pequim, na China, dia 13 de setembro. Entre as 10 equipes inscritas está bancada pela Mahindra, fabrica da Índia, que terá como pilotos o brasileiro Bruno Senna e o indiano Karun Chandhok, com quem já dividiu os boxes na Fórmula GP2 pela iSport e na Fórmula 1 em sua temporada de estreia pela HRT. Segundo Patrice Ratti, diretor da Renault Sport Technologies: “Não é pouca coisa entregar estes primeiros dez carros: estamos falando do primeiro monoposto 100% elétrico do mundo a oferecer desempenho de alto nível e fabricado em pequena série.”


Stock Car reinaugura Goiânia

Inaugurado há 40 anos, o autódromo de Goiânia foi considerado na época um dos melhores projetos de autódromos brasileiros. Criação do arquiteto Marcos Silva Jardim, o circuito recebeu uma abrangente reforma e completo recapeamento e será reinaugurado neste fim de semana com a disputa da quarta etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car. A categoria volta a visitar a capital goiana dois meses mais tarde, quando acontece a edição 2014 da Corrida do Milhão.



Nenhum comentário:

Postar um comentário