sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Truck: Vou para o tudo ou nada, diz Felipe Giaffone

Terceiro colocado na classificação geral do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck, Felipe Giaffone reconhece grandes dificuldades para se sagrar tetracampeão da mais popular categoria do automobilismo da América do Sul. Experiente, ele sabe que na última corrida da temporada, dia 6 de dezembro no Autódromo Ayrton Senna, em Londrina, precisará vencer e ainda contar com a sorte de seus dois diretos adversários (o líder Leandro Totti e o vice-líder Paulo Salustiano) não terem bons resultados nos 3.145 metros do traçado no Norte do Paraná.

"Assim como falei em Cascavel, novamente não tenho muito o que pensar. De novo vou para o tudo ou nada! De verdade, não fiz as contas, pois são muitas as possibilidades e, além de dar tudo certo para mim, ainda tenho de contar com a sorte. Com isso, como minhas chances são pequenas e minha pressão é zero, como em Cascavel!", analisa Giaffone.

Apesar de ser o maior vitorioso nesta temporada, com quatro primeiros lugares, Felipe Giaffone teve vários problemas e, por isso, não está mais na frente e próximo de Totti, seu companheiro na RM Competições. No entanto, ele destaca que sua temporada tem sido muito boa e sua equipe tem lhe dado um bom caminhão Volkswagen Constellation nas mãos.

"Não é fácil ganhar. Tenho um caminhão bom e este é meu melhor ano na Fórmula Truck. É a temporada em que mais ganhei até agora. Foram quatro vitórias, dois segundos lugares. O que me faltou foi justamente a regularidade, que é a marca do regulamento deste ano. 2015 é, disparadamente, meu melhor ano na Truck. Vou batalhar, mas mesmo que não saia campeão de Londrina, encerro o ano contente, pois meu maior prazer é ter condições de brigar por vitórias. Esse foi um dos motivos que deixei as provas nos Estados Unidos", avalia Felipe numa referência à sua carreira em monopostos na Fórmula Indy, nos Estados Unidos.

Apesar de se mostrar disposto a buscar única e tão somente a vitória, Felipe Giaffone diz que, dependendo do andamento da corrida do dia 6 de dezembro, pode até começar a fazer contas para buscar seu quarto título da mais popular categoria continental.

"Se, de repente, der uma zebra no começo e eu não precisar mais do primeiro lugar para ser campeão, até posso fazer algumas contas. Nesse caso tudo mudaria completamente. Venci em Londrina e tenho um bom retrospecto na pista e vou bem relaxado para a corrida. Quem está na frente é que tem tudo a perder e, naturalmente, fica mais apreensivo. Como estou em terceiro e tenho menos chances, minha pressão é zero! Além do mais, naturalmente não sou muito estressado. Já gastei tudo o que tinha na época do kart e na Indy", brinca o campeão de 2007, 2009 e 2011.

Como nesta última corrida do ano os três primeiros colocados estarão liberados de usar o restritor de potência (aparato foi utilizado desde a segunda etapa do ano, em Campo Grande) Felipe diz que a corrida do dia 6 de dezembro tem tudo para ser emocionante para os pilotos e para o público de Londrina e região que acompanhará a prova ao vivo no Autódromo Ayrton Senna.

"Se fosse na Fórmula 1 o Totti teria 90% de chances de ser campeão, pois eles batem pouco, os resultados são mais previsíveis. Já na Truck a imprevisibilidade é bem maior em todos os aspectos, pois temos chances de quebras, já que os caminhões andam no limite, temos chances de acidentes. Então digo que ele tem entre 30% e 40% de chance de ser campeão", completa Giaffone.

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