terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Fãs de 42 países homenageiam a Saab com encontro na Holanda




Fonte: Car and Driver
Via: Abrac ONLINE
Membros de um fã-clubes da Saab de 42 países organizaram neste domingo (15) o "Dia Saab" na base aérea de Valkenburg, perto da cidade de Hague, na Holanda. O evento contou com a presença de modelos produzidos pela montadora durante seus 64 anos de existência. A ideia do encontro foi homenagear a marca Saab e os empregados que enfrentam o processo de falência da marca sueca, que estava sob a administração da sueca holandesa Swan (Swedish Automobile).
Saab teve a falência declarada pela Justiça no mês passado, o que deu fim à batalha de nove meses da holandesa Swedish Automobile para encontrar comprador
A marca lutava pela sobrevivência desde que a Swan assumiu a marca deficitária da GM em 2010, quando ainda chamava-se Spyker Cars. A produção da empresa foi parada desde abril de 2011 e a montadora entrou em proteção contra falência em setembro, depois de os sindicatos que representam os trabalhadores iniciarem procedimentos para colocar a empresa em falência, pela falta de pagamento de salários.
64 anos de história
A marca existe há 64 anos e foi criada pela Saab AB, uma empresa aeroespacial e de defesa da Suécia fundada em 1937 — que, inclusive, disputa a concorrência para a produção de caças para o Brasil. De 1947 a 1990, a fabricante de aviões foi a "empresa-mãe" da fabricante de automóveis Saab Automobile. Entre 1969 e 1995, a companhia passou por uma fusão com a fabricante de veículos comerciais Scania, que ficou conhecida como Saab-Scania e incluía veículos militares. Em 1990, a Saab Automobile se tornou totalmente independente da fabricante de aviões Saab AB e, em 2000, a GM assumiu o controle da empresa.
Na América do Sul, apenas o Chile tem representação da marca. No entanto, seus carros são vendidos para mais de 50 países.
Candidatos a compradores
Embora muitos analistas desconsiderem que as operações da montadora sueca não poderão mais ser retomadas, os advogados incumbidos de liquidar a montadora afirmam que ainda há candidatos a compradores e que existe a chance da fabricação de carros continuar de alguma maneira.
No entanto, a empresa em processo de falência ficou sem acesso à tecnologia necessária para a fabricação de seus atuais modelos. A General Motors, antiga proprietária, já chegou a autorizar o uso dessa tecnologia anteriormente, mas é improvável que o faça de novo. O estado de falência nem inclui a marca Saab.
"Tenho 99% de certeza de que não continuará como Saab", disse o diretor da Associação Europeia de Fornecedores Automotivos, Lars Holmqvist, em janeiro, logo após o anúncio oficial da falência. "A Saab não será como a plataforma PhoeniX. Não voltará a voar", acrescentou.
A plataforma PhoeniX, que utiliza pouca tecnologia da GM, seria a base para a nova geração dos carros da Saab, mas está na fase inicial de desenvolvimento e pode demorar um ou dois anos para ficar pronta. Qualquer comprador deverá investir centenas de milhões de dólares se quiser apoiar o projeto.
Uma última tentativa de socorro à empresa, da chinesa Zheijiang Youngman Lotus Automobile e de um banco chinês, foi rejeitada pela GM, porque feria a posição competitiva da própria General Motors na China e em outros mercados-chave. Isso porque a Saab ainda carrega tecnologia e contratos de produção da empresa norte-americana.
"A GM não quer outro concorrente no mercado", disse o presidente da AutoTrends Consulting, de Nova Jersey, Joe Phillippi, no início deste mês, citando o estado de excesso de capacidade produtiva mundial. "Para mim, isso soa como liquidação. Quem compraria uma fábrica de carros relativamente pequena na Europa neste exato momento? Eu não sei de ninguém", acrescentou.
Para complicar a situação, qualquer comprador precisaria da permissão da companhia de defesa e segurança Saab AB e da fabricante de caminhões Scania para usar o nome Saab, já que o direito sobre a marca pertence a elas.
No fim das contas, qualquer investidor teria que se acertar com a GM. "Ela dá as cartas agora", concluiu Phillippi.
Analistas afirmam que a Saab não progrediu o suficiente para se destacar em um mercado duro, onde as montadoras estão investindo bilhões de dólares para desenvolver a próxima geração de modelos. "A Saab, do ponto de vista de tecnologia, é uma Opel", disse Holmqvist. "É padrão, tem uma tecnologia muito comum
   

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