segunda-feira, 21 de julho de 2014

F1 Hungria: Pista com baixa aderência e velocidades baixas exige esforço nos acertos aerodinâmicos‏

A Pirelli e as equipes da Fórmula 1 fazem uma jornada de 800 km, de Hockenheim até Budapeste, para a única corrida consecutiva na Europa desta temporada. Hungaroring, o primeiro autódromo da F1 a ser construído atrás da antiga Cortina de Ferro, em 1986. 

É uma pista permanente, mas tem muitas características de um circuito de rua, com curvas estreitas e sinuosas, e uma superfície de baixa aderência, que coloca ênfase na aderência mecânica. No passado, a corrida geralmente ocorria sob forte calor, mas também não é raro que possa chover. Para este fim de semana, a Pirelli levará os pneus PZero Branco médio e PZero Amarelo macio, combinação que deverá trazer o equilíbrio perfeito entre performance e resistência às altas temperaturas do local. Apesar de Hungaroring não ser particularmente exigente no que se refere aos pneus, a série contínua de curvas fechadas faz com que, a cada volta, os compostos não tenham muitas chances de resfriamento.

Para Paul Hembery, diretor de automobilismo da Pirelli, “a Hungria é bem conhecida por ter um traçado complicado, onde é difícil ultrapassar e encontrar um acerto perfeito para a volta inteira. Isso significa que a estratégia é muito importante, uma vez que ela oferece uma rara oportunidade de ganhar posições na pista. O clima sempre é um ponto de atenção na Hungria. Mas considerando o comportamento que os nossos pneus tiveram no calor de Hockenheim, estamos confiantes que isso não será um problema. Os pneus que estamos levando para a Hungria são mais duros, já que essa pista exige mais dos compostos. Ou seja, esperamos os habituais dois pit stops para a corrida – apesar de que só poderemos ter uma ideia mais clara sobre isso após os treinos livres de sexta-feira”.


De acordo com Jean Alesi, consultor da Pirelli, “nos últimos anos, Hungaroring passou por mudanças positivas. É uma pista onde se corre com o máximo de pressão aerodinâmica, devido às curvas lentas e a baixa aceleração, embora também existam alguns locais onde é possível acelerar até o limite. Conseguir tracionar bem continua sendo o principal desafio técnico e os pneus traseiros exigem atenção especial; do contrário o carro perderá aderência e capacidade de frenagem. Há alguns pontos chave para se conhecer no circuito. A segunda curva após os pits, por exemplo, é uma descida para a esquerda que parece ser rápida, mas não é. Ali, é preciso ficar na parte de dentro para ter o melhor traçado para a curva seguinte, à direita. Esse é o segredo de Hungaroring, cada curva afeta a próxima. Acredito que, com o torque extra dos carros atuais, este ano será ainda mais difícil e os pilotos deverão ser cautelosos ao dosar a aceleração nas curvas. Assim, será bem difícil manter o traçado ideal a cada volta...”

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