Em 5 de setembro de 1956, era lançado em São Paulo o primeiro carro fabricado em série no Brasil, o Romi-Isetta, produzido pela Indústrias Romi S.A. Para comemorar os 55 anos deste acontecimento histórico, a Fundação Romi e o Tivoli Shopping organizaram a Exposição Romi-Isetta 55 Anos, que conta a história do Romi-Isetta, distribuída em painéis com fotos, textos e recortes de jornais da época, além, é claro, de um modelo do carrinho, que abre a mostra.
A exposição será aberta no dia 31 de agosto e vai até o dia 11 de setembro, na entrada A (em frente à C&A) do Tivoli Shopping.
Sobre o Romi-Isetta
O Romi-Isetta é o primeiro carro fabricado em série no Brasil, produzido de 1956 a 1961 pelas Indústrias Romi S.A., fundada em 1930 por Américo Emílio Romi e Carlos Chiti. A Romi buscou na Itália o projeto do Iso Isetta, desenvolvido pelo engenheiro aeronáutico Ermenegildo Preti e seu colaborador Pierluigi Raggi para a empresa italiana Iso s.p.a, de Milão.
Em 5 de setembro de 1956, era oficialmente lançado o Romi-Isetta, com uma caravana composta pelos primeiros 16 carros de passeio produzidos no Brasil, que seguiram pelas principais ruas de São Paulo. Foram produzidos cerca de 3.000 carros no Brasil.
O Romi-Isetta incorporou conceitos tecnológicos de aviação e aerodinâmica muito avançados, e possui várias características marcantes, como estilo único (assinado pelo designer italiano Giovanni Michelotti); a porta frontal única; o motor transversal localizado entreeixos e dimensões extremamente compactas, que conferem ao veículo notável agilidade, aliada a consumo de combustível muito reduzido. O Romi-Isetta pode transportar 2 adultos e uma criança, atinge velocidade máxima em torno de 85 km/h e tem consumo de 25 km/l.
Atores, cineastas e outros artistas e personalidades se reuniam em torno do Clube dos Proprietários de Romi-Isetta, para passeios, reides e gincanas. Alguns dos passeios mais notáveis incluíram a Gincana dos Artistas, no Guarujá, e a caravana São Paulo–Rio, organizada pelo cineasta e fundador do Clube, Anselmo Duarte, para marcar o lançamento de seu filme "Absolutamente Certo", que conta com a participação de um Romi-Isetta como protagonista. Outro momento histórico foi a participação na Caravana de Integração Nacional, culminando, em 2 de junho de 1960, na a entrada em Brasília do presidente JK a bordo de um Romi-Isetta.
O Romi-Isetta teve seu ciclo de vida como produto encerrado em 1961, e marcou profundamente mais de uma geração de brasileiros. Hoje, com as questões ambientais, urbanísticas e energéticas, volta-se a falar do Romi-Isetta, cujos conceitos inovadores vêm sendo aplicados em veículos urbanos de nova geração.
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