quarta-feira, 6 de junho de 2012

Roberto Nasser - DE CARRO POR AÍ



edita@rnasser.com.br - Fax: 55.61.3225.5511 Coluna 2312 06.junho.2012

Elegância, atmosfera, conteúdo e preço, as armas do Peugeot 508
Esqueça o que você leu na Coluna 1011 quanto à postura mercadologia do Peugeot 508 anunciado a seu lançamento. Dirigido na ilha de Alicante, na Espanha, motor diesel, mostrava as garras do leão para arranhar a estrela da Mercedes. Queria concorrer como carro destinado por empresas a seus executivos, para serviços qualificados, frota para locação elegante.Aqui chegado, o foco é outro. Mantém a pontaria anti Mercedes, e a amplia para outros concorrentes na faixa rotulada de sedã-médio-grande-luxo. Um e outra estão no mesmo segmento, a dos carros de trabalho na Europa e carro-de-rico – de acordo com a tabela de renda do IBGE – no Brasil, progressão forçada por conta dos custos internos. Diferença, nenhum dos dois utiliza motores diesel, como o fazem 90% da frota do segmento na origem e pelos preços se destinam a outros segmentos de público.Com a missão de substituir o maior da marca, então o 607, é imponente em seus 4,79m de comprimento, montado sobre a plataforma que serve ao Citroën C5, estilo agradável e à altura de seu público, deixou de lado a frente agressiva com a enorme boca e os faróis longos. Construtivamente é bem composto com motor de origem alemã seguindo a tendência tecnológica atual: baixa cilindrada (1.6 litro); duplo comando de válvulas, injeção direta de gasolina e turbo alimentador, 165 cv. Muito torque -24,5 mkgf - em baixas 1400 rpm; transmissão automática de seis velocidades com acionamento pela alavanca ou pequenas aletas sob o volante. Motor e tração dianteiros, suspensão independente nas 4 rodas, grandes discos de freio, pneus com aro 18”, 235x45, dão-lhe grande agrado de condução, precisão nas manobras, bons freios e direção eletro-hidráulica precisa. Da arrancada aos 100 km/h em 9,2s e final acima de 220 km/h. Consumo presumido, uns 10 km/l.
Interior confortável, revestimento em couro, som JBL de primeira qualidade, tela com serviços e GPS, multi media, ar condicionado eletrônico com 4 zonas, display para o motorista sob o para brisas indicando velocidade e consumo, faróis bi xênon direcionais, e em segurança passiva sete almofadas de ar, freios ABS com agregados gerenciadores. Bem recebe os passageiros, exceto se os dois traseiros foram de pernas compridas. Porta malas com dobradiças, furtando espaço. Pneu estepe de emergência, para tomar pouco espaço.
A R$ 119 mil, com opcional para o som. Diz, modestamente, pretender concorrer com Mercedes Classe C – R$ 123 000; VW Passat 2.0 DSG, R$ 112.000; e novo Hyundai Azera, R$ 130.000, mas trai-se pelo volume projetado: 200 unidades em 2012 e 400 no próximo ano. Os concorrentes, se o forem, vendem bem mais. E se a rede de concessionários Peugeot, com mais de 150 pontos, vender apenas menos de 3 carros ponto/ano, está na hora de mudar de atividade.

Renault Lodgy ? Esqueça. Vem aí a perua Fluence Grand Tour
Esquentam os satélites autores de ligações entre a Coréia e S Paulo, no Centro de Estilo Mercosul da Renault. Razão, a disposição em fazer versão camioneta do Fluence, originalmente um projeto da Samsung, associada da Renault. O caso é que na Coréia não há a versão Break, como dizem os franceses, ou station-wagon, como se identificam por aqui os utilitários derivados de automóveis. Autores, os coreanos acertam tecnicamente o produto tomando em conta os requerimentos, sugestões e palpites deste lado do mundo, para acertar o aspecto estrutural e funcional, somando-os com as peculiaridades do mercado brasileiro, maior do Continente. Afinal, lá o Fluence é apenas um a mais no mar de veículos e aqui, como os demais médios, de preço disparado e maior conteúdo, é carro de doutor.
A informação, credenciada, adensa a que a Coluna veiculou em abril, dando conta que o Lodgy, monovolume apresentado no Salão de Genebra, não viria para o Brasil apesar das promessas de noticiário.
Anote aí, furo nacional.

Roda-a-Roda

De entrada – A Renault apresentará no Salão e venderá em janeiro o novo projeto Mercosul baseado na plataforma do Clio. Não mudará muito, um tapa no estilo. Manter-se-á como inicial da marca, com motor 1.0. Na Argentina, outro enfoque, motor 1.2 priorizando acertos de eletrônica para boa dosagem de torque para agradável uso.

Preparação – A Suzuki do Brasil fechou a equação industrial para fazer o Jimny 4x4 nacional em 65%. Luis Rosenfeld, presidente da empresa, explicou à Coluna, contado aqui, sinergia com processos da produção de Mitsubishis, do mesmo grupo Souza Ramos. Fornecedora desta, serão da MVC revestimento de teto, para choques, arremates, saias, beiradas de para lamas, protetor frontal.



Conjuntura – Baixou o preço do Jeep Compass. De R$ 99.500 a R$ 94.990. Pouco. As reduções praticadas por indústria e importadores tem sido da ordem de 10% para veículos com motor até 2.000 cm3 de cilindrada, como o caso. A Chrysler ainda tem estoque 2011.Resultado – O aumento de 30 pontos percentuais sobre o IPI dos importados travou a Chrysler no projeto de expansão de rede e desvinculação com os negócios Mercedes-Benz. O aumento de preços não permite projeção do mercado e sem este dado ninguém investirá.
Aliás – Os projetos do governo federal para o setor automobilístico tiveram resultado imediato e imensurável – embora prejudicial: a imagem do país aos estrangeiros é de insegurança jurídica. Daí a suspensão do projeto da BMW e da Land Rover em fazer fábrica aqui.

Fim – Acabou o Citroën C3. Últimas unidades baixaram de preço e o início da discussão está em R$ 34.990. Para limpar o pátio.

Negócio – Focus europeus terão coração brasileiro, o motor 1.6 Sigma feito em Taubaté, SP. Em alumínio, 16 válvulas, acelerador eletrônico e correia elástica em lugar da corrente. Mais leve e econômico que o atual Zetec 1.600.
Arguto leitor perguntará: se é tão bom, porque não está no Fiesta, picape Courier e Ka ?

Salão – Já tem data o Salão de Buenos Aires em 2013: 20 a 30 de junho. A mostra, que andou meio capenga, engatou para realizar-se nos anos ímpares.

Estrangeiros – O Salão platino será organizado pela AMC, autora do Salão de Paris e, recentemente, o de Santiago. Na prática é o seguinte: as empresas sul americanas promotoras de grandes feiras foram assumidas pelos estrangeiros. No Brasil, a norte-americana Reed Exibitions controla a pioneira Alcântara Machado, e a alemã Frankfurtmesse realiza outras festas. Na Argentina e Chile sob controle francês.

Nordeste – A Reed quer ampliar sua rede e iniciou negociações com o Nordeste Auto Show, realizado nos anos ímpares. Fecha o círculo.

Turismo – A fim de ver novidades mundiais e fazer turismo charmoso e barato?  Salão do Automóvel de Santiago, na capital chilena, de 23 de outubro a 02 de novembro. O Salão de Santiago é o mais variado do Cone Sul. Apesar de mercado pequeno, o Chile não inventa barreiras e importa tudo de todos.

Promessa – A associação Proteste pediu e a importadora local solicitou á fabricante Hyundai nova tradução do coreano para o português praticado no Brasil. O Manual do Proprietário do Veloster contém expressões no idioma falado em Portugal, e outros em espanhol, descumprindo sua função básica – tirar dúvidas sobre a utilização.

Ecologia – O Rio de Janeiro quer liderar o uso de combustível de trabalho menos poluente e antecipará para 2016 a adição de 20% de óleo vegetal ao diesel. Hoje 10%.

Registro – Como andam, qual a representatividade das estações ferroviárias do Brasil após tanto abandono ? Marcelo Tomaz, publicitário, resolveu ir atrás das listadas 5.000 que já existiram e remanescem no país. Terá canal no YouTube e banco de dados. Quer acompanhar, dar dicas ou patrocinar a inicativa? http://www.estacoesbrasileiras.com.br;

Gente – Steven Armstrong, 48, inglês, aprendizado. OOOO Um mês para entender a amplitude, os detalhes, a arquitetura fiscal e de incentivos da Ford Brasil, da qual é novo presidente. OOOO Marcos Oliveira, ex, dará 30 dias de explicação e conselhos de como manter a empresa rentável no 4º. lugar no mercado.OOOO

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