A FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, que representa cerca de 7 mil concessionários no Brasil, avaliou como muito positivas as medidas adotadas pelo governo e anunciadas ontem pelo Ministro da Fazenda Guido Mantega para incentivar as vendas do setor automotivo.Após a queda registrada nos emplacamentos de veículos no último quadrimestre, tendo a alta da inadimplência e restrição ao crédito como principais razões apontadas pela entidade, a Fenabrave esteve reunida com o Ministro Mantega, quando apontou a necessidade de uma oferta de crédito mais ampla e em melhores condições, como menor percentual de entrada e maior extensão no prazo dos financiamentos, tanto para automóveis novos e usados, como para motocicletas. Na mesma oportunidade, a entidade também destacou pleitos em benefício dos demais segmentos, como caminhões, ônibus, implementos rodoviários e tratores e máquinas agrícolas.
“Esta foi uma reunião inédita e histórica que reuniu, além do governo – onde também estava presente o Presidente do Banco Central Alexandre Tombini -, além dos Presidentes dos principais bancos privados, públicos, e os setores produtivos (representado pela ANFAVEA) e da distribuição automotiva (representado pela FENABRAVE)”, avalia o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti.
Em sua análise, “essas contribuições dadas pelos setores envolvidos resultarão, considerando a redução de impostos e diretamente nos preços, em uma redução que superará os 10% nas parcelas mensais dos financiamentos dos carros 1.0” , acredita Meneghetti.
Para a Fenabrave, as medidas adotadas, que incluem redução do IPI, IOF e de compulsórios, assim como a intenção dos bancos em ampliar prazos e reduzir a entrada para financiamento de veículos, devem estimular vendas e podem salvar o semestre de quedas mais acentuadas no setor. “Acreditamos que essas medidas darão impulso para que se inicie, novamente, um ciclo positivo para o segmento da distribuição de veículos”, disse o presidente da entidade.
Na avaliação da Fenabrave, outro ponto positivo a destacar foi a decisão do governo quanto à extensão da taxa de 5,5%, recentemente divulgada pelo BNDES para o Programa Pró-Caminhoneiro também para o PSI 4, passando a beneficiar a classe de transportadores/frotistas.
A entidade, no entanto, mantém as previsões anunciadas no início de maio, quando projetou crescimento de 3,5% para os emplacamentos de veículos em 2012, se o PIB do País alcançar a marca de 3%. “Esperamos que as medidas impactem, favoravelmente, sobre as vendas do setor nestes próximos três meses, e imaginamos um segundo semestre mais aquecido, com a queda na inadimplência”, destaca Flávio Meneghetti.
A Fenabrave esclarece que, a partir das novas medidas, todos os veículos que foram faturados pelas montadoras antes do anúncio, e que se mantém nos estoques das concessionárias, serão refaturados para que se ajustem à redução de valores.
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