Fonte: O Estado de São Paulo
Via: Abrac Online
A partir de hoje, os consumidores que forem às revendas de veículo zero vão saber quanto poderão economizar com a redução de impostos (IPI e IOF) e o corte no preço de fábrica combinado entre governo e montadoras.
A Fiat, por exemplo, informou que a toda a rede de distribuidores estará trabalhando com uma nova tabela de preços e com reduções de juros e crédito facilitado nesta quarta-feira. Num comunicado sucinto, a Volkswagen declarou que acredita nas medidas e que deve anunciar, o mais breve possível, as novas tabelas de preços. Na GM, não havia previsão de quando seria feito o anúncio dos novos preços. Mas, de acordo com as revendas, a fabricante planeja um grande feirão de fábrica para este fim de semana e ontem o banco do qual a montadora é acionista, GMAC, já teria programado mudanças nas condições de financiamento. O prazo de 36 meses seria esticado para 48 meses e a taxa de juros mensal reduzida de 1,19% para 0,99%. Faltavam apenas detalhes. Por exemplo, se a exigência de entrada continuaria em 20% do valor do veículo. Procurado, o banco não confirmou as mudanças nas condições de pagamento.
Consumidor. Enquanto os fabricantes se empenhavam ontem para calcular os descontos e faturar novamente os produtos de acordo com as novas regras, concessionárias notaram crescimento de público nas revendas, porém os negócios não foram fechados, na expectativa das novas condições de venda.
Rodrigo Calado, diretor de vendas da concessionária Anhembi, que vende a marca GM, contou que ontem o movimento de público nas lojas, até o meio da tarde, tinha crescido cerca de 30% em relação ao dia anterior. Ele observou que os potenciais compradores foram à loja em busca de informações sobre as novas condições de crédito e deixaram os seus dados para retornar posteriormente.
"Os negócios estão parados hoje (ontem)", afirma o diretor do Grupo ABA, revenda GM, Alan Lewkowicz. De carona no pacote de medidas do governo, a empresa programa um feirão para os próximos dias.
Lewkowicz destacou que o corte de preço de lista das montadoras acordado com o governo, de 2,5% no carro mil e 1,5% nos veículos entre mil e 2 mil cilindradas, não será linear. Isto é, as montadoras poderão administrar os cortes de acordo com os modelos que estão mais estocados ou não. Isso significa que, dependendo do carro escolhido, o consumidor pode ser beneficiado apenas pela redução do IPI e do IOF no financiamento.
Descontos. Enquanto as montadoras não anunciam os descontos sobre o preço de fábrica, uma simulação feita, a pedido Estado, pela Associação Nacional dos Executivos de Administração, Finanças e Contabilidade (Anefac), mostra que o desconto pode chegar a 10% em relação ao preço antigo do carro. A simulação considerou o corte do IPI, a redução do IOF e o acerto de reduzir em 2,5% o preço de tabela do carro de 1.0 e de 1,5% no modelo 2.0.
Um exemplo é o Gol 1.0 flex. Financiado em 48 meses com taxa de juros de 1,94% ao mês, o veículo sairia agora por R$ 39.766,56, uma redução de R$ 4.304,64 no desembolso total ou uma redução de 9,76%. No lugar de pagar uma prestação de R$ 918,15, com as medidas, o consumidor desembolsaria R$ 828,47.
Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac e responsável pelos cálculos, ressalta que o impacto será significativo no segmento de veículos, mas observa que, no caso de outros financiamentos, como nos eletrodomésticos que já foram beneficiados pelo corte do IPI, será irrisório
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