sábado, 14 de março de 2020

UFSCar desenvolve adaptações em barco a remo para atleta paralímpico


O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (NTA) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveu o projeto de adaptação de um barco a remo para o paratleta Renê Pereira, bicampeão sul-americano. O equipamento adaptado buscou atender as necessidades ergonômicas do atleta na atividade de remar, melhorando o seu rendimento. Com isso, Pereira, que possui paralisia de membros inferiores, conquistou, utilizando o novo barco, medalha na Copa do Mundo de Remo e se classificou para os Jogos Paralímpicos de 2020, em Tóquio, no Japão.

O barco a remo olímpico é composto pelo casco, geralmente constituído por fibra de carbono, fibra de vidro e resina epóxi. Nele há o espaço reservado para acomodação de um (ou mais) remadores denominado "cockpit", onde se encontram o encosto, o assento e o finca-pé. Fixadas nas laterais do barco ficam as braçadeiras que apoiam os remos. Segundo Plínio César Marins, técnico do NTA/UFSCar, a principal diferença entre um barco a remo padrão e o adaptado está na obrigatoriedade de uso de cintos de segurança para tórax e pernas do paratleta. 

Renê Pereira utilizou o novo barco em duas etapas da Copa do Mundo de Remo, conquistando medalha de prata em Roterdã, na Holanda, em julho de 2019, e o quinto lugar na etapa de Linz Ottensheim, na Áustria, em setembro. Com isso, garantiu sua vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão, que ocorrem de 25 de agosto e 6 de setembro de 2020. No final do ano passado, ele também foi premiado como o melhor atleta de Remo do Brasil na edição do Prêmio Paralímpicos 2019, evento promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

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