A Ford renovou
pelo 15º ano a sua parceria com o Movimento de Alfabetização do ABC paulista
(MOVA), do qual é a principal apoiadora. Este ano, a empresa está patrocinando
mais 25 salas de aula para a alfabetização de cerca de 500 adultos e jovens,
com professores voluntários recrutados nas próprias comunidades da região.O
MOVA foi criado em 1996 pelo Sindicato dos Metalúrgicos e prefeituras das
cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e
Rio Grande da Serra. Desde então, já ensinou mais de 102.000 pessoas a ler e
escrever, sendo 97.534 delas com o apoio da Ford.
"A
alfabetização é um indicador básico para o desenvolvimento socioeconômico de
qualquer região e o papel do MOVA é reduzir o analfabetismo no Grande ABC,
unindo as forças de todos os segmentos. Com seu apoio ao projeto, a Ford mostra
que não está voltada somente à produção de veículos, mas também viabiliza
projetos importantes de cunho social na educação", diz Nelsi Rodrigues da Silva, coordenador do
MOVA.
O MOVA utiliza o
método Paulo Freire e também mantém parcerias com escolas de inglês e
informática. O grande desafio do projeto é que, além de aprender a ler, o aluno
sinta-se motivado a continuar os estudos. Alguns deles acabam se tornando
educadores e revelam o potencial transformador da educação na vida de uma
pessoa."A
sensação de ser alfabetizado, poder escrever o nome, ou mesmo ler o
letreiro do ônibus, é a mesma de dirigir um carro pela primeira
vez: liberdade", resume Cleyde de Cassia, ex-aluna do MOVA, hoje
educadora e estudante de Pedagogia."O MOVA é portas abertas para melhorar
a vida daqueles que não sabiam ler o mundo e também foi portas abertas para
mim, que achava que já lia o mundo. Com o MOVA me vi na necessidade de
voltar a estudar e hoje já estou no processo de terminar a faculdade de
Pedagogia", completa Maria Edilma
Batista Miranda, educadora do Jardim Silvina, em São Bernardo do Campo.
O site www.Movaabc.org.br traz mais informações sobre o projeto.
Indicadores
O índice de
analfabetismo no Brasil caiu de 13,6% no ano 2000 para 9,6% em 2010,
considerando a população com mais de 15 anos, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço foi grande, mas ainda há
um contingente de 14 milhões de analfabetos nessa faixa etária.De acordo com
dados da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura) o Brasil ocupa o 8º lugar no ranking dos países com o maior número de
analfabetos, seguido por Indonésia e República do Congo.
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