Pedro Kutney, AB
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O Fiat Uno, com 23.109 unidades comercializadas em março, superou o VW Gol, que emplacou 21.030 unidades. O Uno soma 59.168 unidades vendidas de janeiro a março, contra 58.673 do Gol. A Fiat liderou o ranking de vendas de automóveis em março, com 23,29% das vendas, seguida da Volkswagen (22,24%), GM (16,76%), Ford (10,16%), Renault (7,06%), Nissan (4,60%), Honda (3,88%), Toyota (2,22%), Peugeot (2,15%) e Citroën (2,09%).A marca italiana ficou à frente também dos emplacamentos de comerciais leves em março, com 23,34% das vendas, vindo depois Volkswagen (14,91%), GM (12,96%), Ford (8,74%), Renault (6,31%), Mitsubishi (6,02%), Hyundai (5,39%), Kia (3,77%), Toyota (3,09%) e Honda (2,13%).No trimestre, a Fiat lidera as vendas de automóveis e comerciais leves, com 22,46%, seguida da VW (20,68%), GM (17,70%) e Ford (9,40%).
O mercado de caminhões reagiu, com a comercialização de 13.309 unidades em março, evolução de 22% sobre as 10.896 unidades de fevereiro. O volume ficou 8% abaixo dos emplacamentos de março de 2011, que somaram 14.488 unidades. Foram vendidos 37.214 caminhões este ano, até final de março; no mesmo período do ano passado o acumulado foi de 39.411 unidades.
EMPURRANDO
O resultado do trimestre está em linha com as projeções de mercado da maioria dos analistas, mas houve movimento acima do normal no último dia útil de março. Isso mostra que as montadoras continuam com a prática de “empurrar” carros para seus concessionários, com emplacamento antecipado de veículos ainda não vendidos, na manobra conhecida como “rapel”. Dessa forma, as revendas fecham o mês com vendas artificiais, para bater as metas e assim garantir seus bônus de fábrica. Comprova isso o volume da sexta-feira, dia 30, quando pouco mais de 20 mil unidades foram emplacadas, em número bastante superior à média do mês, de 13,5 mil veículos licenciados por dia útil.
O maior rigor dos agentes financeiros para aprovar financiamentos continua a ser o principal motivo da estagnação do mercado nacional de veículos. “Os bancos continuam muito mais seletivos em seus critérios de aprovação de fichas cadastrais por causa da alta da inadimplência do segmento”, avalia Ayrton Fontes, consultor independente de varejo automotivo. Ele ressalta que o índice de 5,5% de devedores com mais de 90 dias de atraso é o dobro do verificado no mesmo período de 2011.
Para Fontes, deve continuar restritivo o cenário futuro do crédito para compra de veículos: “Os atrasos dos pagamentos de 15 a 90 dias também aumentaram, mais de 26% em comparação com o primeiro trimestre de 2011, o que indica elevação futura do índice de inadimplência, considerado a partir de atrasos superiores a 90 dias.” Nesse cenário, seria pouco provável que nos próximos meses os bancos voltem a relaxar a aprovação de financiamentos, restringindo as vendas. Mas isso pode mudar caso o governo adote medidas de incentivo ao consumo.
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