A produção de motocicletas totalizou 105.336 unidades em
agosto, volume mensal que não era atingido desde outubro de 2015, quando
104.388 motocicletas saíram das linhas de montagem das fabricantes instaladas
no Polo Industrial de Manaus (PIM), de acordo com dados divulgados pela
Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas,
Bicicletas e Similares – Abraciclo.
A quantidade de motocicletas fabricadas em agosto foi
31,4% superior ao volume do mesmo mês de 2017 (80.192 unidades) e 9,4% maior na
comparação com julho do presente ano (96.277 unidades).
No acumulado de janeiro a agosto a produção totalizou
696.297 motocicletas, correspondendo a uma alta de 21% sobre as 575.424
unidades produzidas no mesmo período do ano passado.
Assim como vem ocorrendo desde o início deste ano,
fatores macroeconômicos estão contribuindo para impulsionar novos negócios.
Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, destaca o desempenho positivo do
consórcio e a maior oferta de crédito como alguns dos motivos do crescimento.
“Com o início da disputa eleitoral, a tendência é de que a partir de
agora ficará um pouco mais difícil saber como a política irá interferir na
economia. Todavia, pelo movimento em curso no mercado está cada vez mais claro
que o setor chegará aos crescimentos de produção e vendas anteriormente
projetados”, diz.
A Abraciclo revisou recentemente para cima a projeção em
relação ao volume de produção esperado para este ano, passando de 935 mil para
980 mil unidades, o que significa um crescimento de 11% em 2018, na comparação
com o ano passado. Pela previsão inicial a produção cresceria apenas 5,9%. Para
o mercado interno (varejo), a entidade projeta a comercialização de 915 mil
unidades, com evolução de 7,5% sobre os negócios de 2017.
Nas vendas do atacado – das fabricantes para suas
concessionarias – foi verificado um crescimento de 30,5% em agosto (94.987
unidades), em comparação com o mesmo mês de 2017 (72.779 unidades), e de 7%
sobre julho, cujo volume foi de 88.773 motocicletas. No acumulado dos oito
primeiros meses foram vendidas 635.071 motocicletas para as lojas, o que
significa um avanço de 17,6% sobre o mesmo período do ano passado, que havia
totalizado 539.922 unidades.
Entre as categorias com mais motocicletas comercializadas
em agosto os destaques foram a Street, que aparece no topo do ranking com 49,2%
de participação (46.745 unidades); a Trail, com 21,7% (20.595); e a Motoneta,
com 15,3% (14.575). Na sequência, vieram Scooter, com 7,8% (7.431), e Naked,
com 2,1% (1.995 unidades).
Emplacamentos
Com base nos dados do Registro Nacional de Veículos
Automotores (Renavam), as vendas de motocicletas no varejo totalizaram 88.906
unidades em agosto, representando uma alta de 16,5% sobre o mesmo mês de 2017
(76.336 unidades). Na comparação com julho (76.226 unidades), o crescimento foi
de 16,6%.
No acumulado dos oito meses do presente ano as vendas no
varejo cresceram 8,4%, totalizando 621.861 unidades, ante 573.854 unidades no
mesmo período do ano passado.
A média diária de vendas em agosto ficou em 3.865
unidades, comercializadas em 23 dias úteis e correspondendo a uma elevação de
16,5% sobre o mesmo mês do ano passado (3.319 unidades), que também teve 23
dias úteis. Na comparação com julho (3.465 unidades), houve uma alta na média
diária de vendas de 11,6%.
Exportações
Em agosto foram enviadas para outros países 7.537
motocicletas fabricadas no PIM, significando uma alta de 4,1% sobre o mesmo mês
de 2017 (7.239 unidades). Já na comparação com julho (5.229 unidades) a
expansão foi de 44,1%.
O principal destino das exportações ainda é a Argentina,
apesar das dificuldades econômicas enfrentadas por aquele país. Todavia, em
agosto a Argentina teve participação de 50% no total de motocicletas exportadas
pelo Brasil, enquanto em julho havia recebido 75% do volume exportado, de
acordo com dados das associadas da Abraciclo, baseados na emissão de notas
fiscais.
As exportações no acumulado de janeiro a agosto
totalizaram 53.796 motocicletas, o que representou uma alta de 12% sobre
as 48.036 unidades exportadas no mesmo período do ano passado, também conforme
dados das associadas da entidade.
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