O novo Jetta
Em sétima geração, o Jetta, sedã desenvolvido sobre a plataforma do
Golf, junta o melhor dos mundos: base de qualidade; quatro portas; elegante;
motor 1,4 turbo com injeção direta de combustível feito no Brasil; produção no
México e importação livre de impostos. Constitui-se num dos bons soldados para
a ofensiva de resgate de vendas e imagem tocada pela empresa sob o rótulo Nova
Volkswagen. Marca tem divisão de sedãs para sensibilizar interessados em porte
e preço. Os há em vários degraus: Voyage, Virtus, Jetta, Passat. Exceto o
primeiro, todos empregam versões da plataforma MQB.
Foco
Empresa fez bom desenvolvimento ao especificar
versões para o mercado brasileiro. Resumiu-as em Comfortline e R-Line,
para ficar bem isolado, sem concorrer com os primos. Visualmente é
inequivocamente um Volkswagen, com estilo alemão, claro e franco. No momento
marca-se por veios laterais e pela ampla grade frontal para caracterizar um
modelo Premium. Nada a ver com as gerações vistas na rua – a última chegou a
ser montada no Brasil, numa operação Acalma Sindicato.
Relativamente a esta é maior, mais largo, alto, em realce o comprimento contido
em 4,7m e a ótima distância entre eixos de 2,7m, garantindo duas
características: espaço interno aos passageiros e rolagem de ótimo conforto. O foco
em reduzidas versões limitou o uso de motores. Descartou o decrépito 2 litros e
8 válvulas, e focou no 1,4 TSI uma das boas surpresas do mercado. Com 150 cv de
potência e, principal, 25 mkgf de torque entre 1.500 e 3.500 rpm, garante
respostas rápidas e satisfatórias. Vai da imobilidade aos 100 km/h em 8,9s e
crava velocidade final de 209 km/h. Curiosidade física, potência e torque tem
os mesmos dados para uso de gasálcool ou etanol. Restante com conjunto
concentra-se na tração frontal por transmissão automática, seis velocidades,
com conversor de torque e acionamento Tiptronic. Freios a disco nas 4 rodas.
Mais
Volkswagen o compôs seguindo sua atual filosofia:
aplicar equipamentos usualmente encontráveis em veículos de faixa superior,
como iluminação ambiente da cabine, faróis e lanternas em LED, acabamento
interno considerado Premium. Regulagens para performance, conforto,
economia. Opcional, apenas 1: teto solar. De Volks este Wagen tem cada
vez menos…
Sistema de infodiversão elaborado, tela com 20 cm, e preocupação
interessante, a garantia longa, de três anos, sem limite de quilometragem
– o pessoal de vendas deveria
conversar com colegas do Jurídico para saber que o entendimento de lei é o dado
maior … Inclui graciosidade para as três primeiras revisões, como
sempre ocorreu no Brasil, tradição cortada pelos fabricantes. Parece ter-se
inspirado nas companhias aéreas cobrando pelo que antes era tradicionalmente
gracioso.
Virá, a partir de outubro, e as duas versões devem
vender 70% de Comfortline e 30% de R-Line, com previsão por Pablo Di Si, CEO
para a América Latina, da venda entre 10 e 15 mil unidades anuais. Parece
cauteloso. Ante concorrentes e seus preços, sinaliza maiores possibilidades.
Quanto
Versão
|
R$
|
Comforline
|
109.990
|
R-Line
|
119.990
|
Roda-a-Roda
Atração - Salão do Automóvel, 08-19.novembro,
marca Senna exporá uma das 500 unidades do McLaren Senna. Junto, o Fórmula 1
MP4/5 com o qual Ayrton Senna ganhou o GP de Monza em 1990.
Negócio – Carro é da categoria Superesportivo,
motor V8, 4.000 cm3, bi turbo, 800 cv e 800 Nm de torque. É o mais
veloz da empresa em 340 km/h de velocidade final. Custa R$ 8M (!) e três foram
vendidas para o Brasil.
Inspiração – Diz a família, carro é fiel às
habilidades lendárias do piloto, seja lá o que for isto nesta etérea
atmosfera. A Senna não o venderá, missão do representante local. Aparentemente
irá à mostra para comercializar direitos de artigos com o nome do finado
campeão. Perguntada, a marca Senna não esclareceu o que faz.
Fim – Renault definiu: Fluence sairá de produção
até o final do ano. Já não vende no Brasil, onde seria o carro ideal para
aplicativos. Razões simples, mercado de sedãs capitula ante o de SUVs, e
necessidade de espaço industrial na velha fábrica, ex Jeep, hoje Renault, em
Santa Isabel, Córdoba, Arg. Informações do jornal buenairense Âmbito
Financeiro.
Substituto – Será o Arkana, mescla de sedã com
SUV, um crossover, categoria com estilo nem sempre bem
saudado, inaugurada pelo BMW 6. Produção no Brasil em 2020.
Surpresa – Curiosidade no mercado, Fiat e Jeep
aceleraram vendas em agosto e somaram a liderança nos segmentos de picapes,
comerciais leves e utilitários esportivos, levando a FCA a crescer acima da
média do mercado. Tal resultado no mês deu-lhe a segunda posição de vendas no
mercado.
Briga – Passou a Volkswagen, com quem
contende duramente, mas ao final do ano números devem manter a GM como líder de
vendas.
Questão – Liderança é por marca ou por
empresa? Válido o primeiro conceito, GM estará em 1º
lugar. Pelo outro, será a FCA. Entretanto se for disputa de CNPJ, soma das
vendas de suas principais marcas, Fiat + Jeep, lidera.
Mais – Três primeiras colocações ficarão
entre GM, VW e FCA. Quarta e quinta embolam Ford, Hyundai, Renault e Toyota.
Ranking lembra classificação de treino da Fórmula 1: diferença entre Ford, 4ª
em vendas e Toyota, 7ª posição, é de 1,4% em vendas.
Cenário - Industrialmente Hyundai opera no
limite de sua capacidade, porém Toyota, em passo inverso agregou terceiro turno
de trabalho e vendeu mais de 10 mil unidades do Yaris em dois meses, quase o
dobro do Etios. Renault vem crescendo, liderando o segmento de entrada como o
Kwid, coerentemente seu mais vendido, e desencantando vendas para o Captur.
Dupla – Renault e VW são as marcas de maior
crescimento no mercado nos primeiros oito meses do ano.
Auxílio – Novo recurso off-road apresentado
nos picapes F-150 Raptor 2019 e no picape Ranger 2019 – não ao modelo
mercosulino. É o Trail Control, controle assumindo acelerador e freios até 32
km/h em estradas sáfaras, ruins.
E daí – A indústria automobilística trabalha contra
si mesma, negando o uso do automóvel ao pretender substituir prazer de condução
por motorista eletrônico.
Também – Mercado de duas rodas superou 100 mil
unidades em agosto e quase 700 mil produzidas nos primeiros 8 meses do ano: 21%
acima dos números do exercício passado.
Porque? – Vetores do crescimento são maior
oferta – ou menor dificuldade para obter crédito -, e o crescimento pela opção
dos planos de consórcio.
Acerto – Quem acompanha a questão entre a CAOA e a
Hyundai no desfazimento do acordo operacional para produzir utilitários
esportivos e pequenos caminhões na fábrica de Anápolis, GO. diz, o desatar vai
muito bem.
Recall – Chamada pública, todos sabem, para
correção de algum item atentatório à segurança, pondo em risco ocupantes do
veículo e os das vias. É feito utilizando a mídia para conhecimento e efeito.
Exclusividade – São chamadas volumosas, exponenciais,
dadas as quantidades usualmente construídas pelos fabricantes. Pode ser de
milhões, como o caso dos airbags Takata das japonesas. Ou para
apenas uma unidade, no caso de Tiguan Allspace, feita pela VW, em anúncio desta
semana.
Curiosidade – Recall para solitária
unidade? É, explica Fernando Campoi, pela fabricante. Apesar de
sabermos localizar o proprietário, o Ministério da Justiça entende que o texto
legal não permite atendimento sem chamada pública. No caso, com o proprietário
morando em S Paulo, usamos apenas jornais paulistas.
Solução – Voo cancelado, atrasado,
excesso de passageiros, bagagem extraviada, transportadora descompromissada? Tem
solução. Start up mineira, a Não voei.com se
propõe a ajudar. Pelo sítio empresa analisa e orienta quanto ao melhor caminho
a tomar. Só recebe em caso de êxito.
Questão – Coluna passada comentou engano
sobre Ford Modelo T apresentado como 1908 durante premiação dos melhores
veículos no majestoso Encontro de Veículos Antigos em Araxá. MG, com patrocínio
Renault. Leitores querem saber o porquê.
Óbvio – Questão temporal, simples entender,
diz o Curador do Museu Nacional do Automóvel: O Modelo T iniciou ser
vendido ao final de 1908. Produção contida, pré sistema de linha de montagem.
Teriam saído das portas da agora velha fábrica de Piquette, entre outubro e
final de dezembro menos de 2.000 unidades.
Conta – À época não havia representante Ford no
Brasil, e a demanda do veículo nos EUA, o mais barato no mercado, não permitiu
exportá-lo. E tivesse isto ocorrido, o tempo entre produzir, cuidar da
logística de transporte fluvial e marítimo, não teria chegado durante o ano de
1908. Após, seria licenciado no ano da venda.
Gente – Herbert Negele, alemão, mestrado em
engenharia aeroespacial e PhD em sistemas, vida mansa. OOOO Deixa na matriz alemã dedicação em carros híbridos, de estratégia,
e será diretor de engenharia na BMW Brasil. OOOO Aqui empresa faz primária montagem de peças, sistema vigente antes da
implantação da indústria automobilística. OOOO Processo
simplório. mas aprenderá muito no entorno. OOOO Em especial pelas expressões consagradas: ‘tá saindo; não esquenta; no
final dá certo, e a curiosamente vertida para estrangeiros, a Tea with Me,
localmente a xa comigo….OOOO
A liderança do Jeep Compass
Assinalando dois anos de lançamento, o Jeep Compass
tem números e dados a sustentar sua aceleração e penetração no mercado. Desde
setembro de 2016 vendeu mais de 95 mil unidades; nos últimos 12 meses cravou
58.188 emplacamentos, significando ter crescido 30% em relação ao mesmo
período, janeiro a agosto, percentual duas vezes superior ao mercado, com
11,4%. Na prática é líder disparado – sua moderna fábrica, em Goiana, no fim do
norte pernambucano, quase divisa com Paraíba, detém recorde curioso: de seus
três produtos, dois são líderes – o Compass e o picape Toro, vendido com marca
Fiat.
Renegade, ex-líder do segmento, também vai
muito bem.
Mix de vendas é muito interessante, com sólida
participação das versões de maior preço, motor diesel 2,0, transmissão
automática de nove velocidades e tração nas 4 rodas Jeep Active Drive
Low, a reduzida e o controle Select Terrain representando
35% das vendas. A Sport, de entrada, bem equipada, é 10% das encomendas. É
produto definidor de seu cliente. Quanto à motorização, o engenho Flex
Tigershark representa os restantes 65% das preferências.
Além do estilo bem formulado; da modernidade; é o
veículo nacional com o maior pacote de tecnologia embarcada, com recursos de
condução autônoma, como o ACC - controle adaptativo de velocidade; FCWp –
alerta de colisão com frenagem automática; monitoramento de mudança de faixa;
BSM – detectores de ponto cego; Park Assist para manobrar em vagas de
estacionamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário