Guilherme Samaia é um dos
três brasileiros que iniciam na Áustria, neste final de semana, o caminho rumo
ao sonho da Fórmula 1. O paulistano de 23 anos fará sua estreia na Fórmula 2,
categoria de acesso ao topo do automobilismo mundial. Competindo pela espanhola
Campos Racing, o campeão de 2017 da Fórmula 3 Brasil – que também tem o título
de 2015 da classe Light - terá o inglês Jack Aitken como companheiro de equipe
e terá em Felipe Drugovich e Pedro Piquet os compatriotas representando as
cores brasileiras em uma das categorias mais difíceis do mundo.
O momento da estreia chega após muita ansiedade. O último
contato dos competidores da categoria se deu no dia 2 de março no Barein
durante os treinos coletivos da F2. Logo depois, a pandemia mundial do
coronavírus
colocou os planos de todos os eventos em espera, e mesmo com as
restrições sendo gradualmente relaxadas em algumas localidades da Europa, o
evento no Red Bull Ring neste final de semana seguirá critérios rígidos de
distanciamento social e higiene – o evento é suporte da Fórmula 1, que também
abre a temporada na mesma pista, e sem público.
Para Samaia, a espera foi muito maior que o tempo imposto
pela pandemia. “A Campos havia me oferecido uma vaga no ano passado, para
estrear justamente na Áustria, mas preferimos esperar o momento certo. E
finalmente, esse momento chegou. Não vejo a hora de acelerar”, disse o piloto
de 23 anos.
Ano de estreia é também de adaptação, segundo Guilherme. Para
ele, o salto da Fórmula 3, com carros de 230 cavalos de potência, para o F2, de
620 cavalos e motor turbo, é maior do que da própria F2 para a F1. “É tudo
diferente: a carga aerodinâmica do Fórmula 2 é absurdamente maior, o contorno
de curva é muito mais rápido, a potência, o poder de frenagem. Na F2 tem também
outro fator importantíssimo que é a administração do consumo dos pneus, que
varia
muito durante a corrida. É um mundo diferente e nos testes do Barein eu
pude me adaptar muito bem. Agora tem a questão de otimizar tudo e não perder
tempo, porque a programação do final de semana é bem curta”, afirmou.
De fato, a F2 tem no final de semana apenas um treino livre
de 45 minutos na sexta-feira e a classificação de meia hora; no sábado (3)
acontece a chamada Feature Race, que é a corrida
longa, com uma hora de duração. No domingo (4), invertem-se os oito primeiros colocados
da prova no grid para a Sprint Race (ou corrida
curta) de 45 minutos.
PROGRAMAÇÃO F2 –
RED BULL RING (ÁUSTRIA)*
Sexta-feira (2 de julho)
Treino Livre: 7h55 – 8h40
Classificação: 12h00 – 12h30
Sábado (3 de
julho)
Corrida 1 (feature race): 11h45 – 12h45
Domingo (4 de
julho)
Corrida 2 (sprint race): 6h10 – 6h55
*Horários de
Brasília
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