quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ACERVO DO MUSEU DO AUTOMÓVEL DE BRASÍLIA RECEBE LANDAU PRESERVADO PELA FORD



A Ford entregou um Galaxie Landau 1981 para o Museu do Automóvel de Brasília, que mantém um acervo de veículos de várias épocas. O modelo foi preservado pela Ford em condições originais nas últimas décadas, como um marco da produção nacional de veículos de luxo.
"O objetivo é contribuir para a coletânea histórica do Museu de Brasília e permitir que o público conheça de perto modelos de grande sucesso que iniciaram a indústria de automóveis no País. O Galaxie foi o primeiro automóvel Ford fabricado no Brasil e ficou conhecido por introduzir novidades como ar-condicionado, transmissão automática e direção hidráulica. Pelo seu requinte, durante muitos anos foi o 'Carro do Presidente'", destaca Rogelio Golfarb, diretor de Assuntos Corporativos da Ford.
O Museu do Automóvel de Brasília faz um trabalho importante de preservação da memória do setor automotivo no Brasil, que está intimamente ligado com o processo de industrialização. "Temos muito orgulho de fornecer este veículo para o seu acervo histórico", disse Rogelio Golfarb.

Galaxie Landau
O Ford Galaxie Landau foi entregue ao jornalista e curador do museu, Roberto Nasser, durante um evento com a presença de jornalistas do Brasil e da Argentina. O carro junta-se a outros modelos Ford expostos no local, que exibe ainda outro Landau histórico em seu acervo: o último utilizado pela Presidência da República, que serviu a vários presidentes e com 70.000 km rodados.
"O Ford Landau foi um símbolo e trouxe um padrão de espaço e conforto até então inédito no mercado brasileiro", disse o curador. "Imponente, era o carro preferido pelos executivos melhor sucedidos e foi adotado em 1969 como carro oficial da Presidência. Para nós, ele é muito mais que um automóvel, é o registro de uma época", agradeceu Roberto Nasser, descerrando a placa comemorativa.

Modelos históricos
O objetivo do Museu do Automóvel de Brasília é preservar modelos que representam patamares de tecnologia e também momentos econômicos e sociais do Brasil. "A introdução do automóvel nacional mudou o cenário do Brasil. Difundiu tecnologia para outros setores e permitiu a produção local de vários produtos que antes eram importados, desde lâminas de barbear a fogões e geladeiras", comenta Nasser.O museu conta com uma coleção limitada mas representativa, com cerca de 40 modelos que marcaram época. Entre eles um Fordinho 1919, o primeiro veículo montado no Brasil, e um Fordinho 1926, que deu início ao seu acervo.

"Foi com esse Ford 1926 que começou, para mim, a magia de utilizar e restaurar automóveis. É um modelo de 80 anos e poucos velhinhos são tão saudáveis e dispostos quanto ele", diz o curador.

O utilitário Rural, a picape F-100 e o Ford Ka são outros carros presentes no museu, que tem também uma exposição de motores, incluindo o Ford CHT do Corcel, o Endura e 1.0 Supercharger, além de uma biblioteca com mais de 8.000 livros aberta a pesquisadores e interessados.

"O objetivo é mostrar soluções de estilo e construção que marcaram cada uma dessas décadas. Na organização, procuramos reservar espaço para que as pessoas possam circular, ver detalhes e perceber a evolução dos veículos", completa Nasser.

Localizado no Eixo Monumental da Capital Federal, em frente ao Memorial JK, presidente que deu início à indústria automobilística no Brasil, o museu fica aberto ao público de terça-feira a domingo, no horário das 11h00 às 17h00. 

2 comentários:

  1. Parabéns José Roberto.
    É um sinal de que tudo se resolverá com boa-vontade e sanada a intransigência do Ministério dos Transportes.
    O Museu é, sem sombra de dúvidas, muito mais importante do que um arquivo morto.
    Que façam a digitalização de tudo e guardem numa gaveta...rsrsrs
    Abraços e felicidades.

    Luiz Fernando Lapagesse

    ResponderExcluir
  2. Luiz, a Ford fazendo a doação deste carro mostrou nas entrelinhas que está ao lado do Museu que inclusive já guarda outros carros de sua propriedade.
    Este arquivo morto, segundo consta, tem partes que ainda está no Rio de Janeiro e imagine quando vão gastar para transportar até Brasília.
    Se é que querem guardar mesmo...

    ResponderExcluir