A Nissan desenvolveu uma nova forma de utilizar os robôs
ensinando-os a produzir peças automotivas a partir de chapas de metal. A
tecnologia permite que os clientes tenham acesso a mais opções de peças de
reposição, inclusive para modelos que a Nissan não fabrica mais.
A Nissan pretende comercializar a técnica patenteada,
conhecida como dual-sided dieless forming ou estampagem
bilateral incremental sem matriz, em português. A tecnologia envolve a operação
de dois robôs
sincronizados trabalhando em lados opostos de uma chapa de metal,
utilizando ferramentas revestidas com diamante para dar forma ao material de
maneira gradual.
Graças à flexibilidade do processo de produção, que
permite reduzir tanto os custos como o prazo de entrega, a nova técnica pode
tornar comercialmente viável a produção e venda de uma ampla variedade de peças
de reposição de modelos que a Nissan não fabrica mais. Anteriormente isso não
era possível, devido ao alto investimento inicial e aos longos prazos
necessários
para desenvolver e produzir as matrizes de estampagem para as
peças.
Até agora, a o processo dual-sided dieless forming era
considerado muito difícil de comercializar. Isso se deve à complexidade na
programação para que dois robôs operem de forma sincronizada garantindo um
padrão de qualidade. As técnicas existentes se baseavam principalmente na
conformação em um único lado, o que limita a complexidade das formas que podem
ser criadas. Ao posicionar os robôs e ferramentas em lados opostos de uma chapa
de metal, eles podem criar formas
mais complexas e detalhadas.
A nova técnica tornou-se possível graças aos
conhecimentos em engenharia de produção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
em Engenharia de Produção da Nissan, e aos avanços na tecnologia de materiais
da Divisão de Pesquisa da Nissan. A inovação representa três grandes
descobertas:
A aplicação do revestimento de diamante a ferramentas
multifacetadas, o que permite tanto reduzir o atrito como eliminar a
necessidade de lubrificação, trazendo inúmeros benefícios, que incluem a
consistência na qualidade da superfície e uma operação de baixo custo, que não
prejudica o meio ambiente.
A otimização dos processos de planejamento da trajetória
a ser seguida pelos robôs, graças à extensa expertise e às técnicas de
simulação de conformação por prensagem amplamente utilizadas pelas equipes de
engenharia de produção da Nissan. Isso permitiu que a Nissan obtivesse resultados
de alta qualidade já no início do processo de desenvolvimento.
A Nissan pretende continuar a promover avanços na
produção em série, utilizando a pesquisa e desenvolvimento para refinar suas
técnicas de produção de baixo volume.
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