A Stuttgart Porsche recebeu nesta semana um carro muito
raro e exclusivo: uma das 77 unidades do modelo 935 produzidas pela fábrica
(mais especificamente a de numeração de série 4) e a única destinada ao mercado
latino-americano. O nome deste Porsche superesportivo, e também a inspiração
para concebê-lo, vem de um dos carros de competição mais vitoriosos da história
da marca.
O Porsche 935 não é homologado
para circular em vias públicas. A fábrica desenvolveu-o como carro de corrida
feito livremente, sem seguir um regulamento específico, para uso unicamente em
autódromos. A unidade que chegou à Stuttgart ficará na matriz em São Paulo
(Avenida Dr. Cardoso de Melo, 1507) e futuramente será exposta nas demais
unidades da rede (localizadas em Campinas, Ribeirão Preto, Porto Alegre,
Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife). O carro também fará
demonstrações em eventos da Stuttgart e do Porsche Club
Brasil realizados em
autódromos.
Na década de 1970, a Porsche
homologou duas variações de corrida baseadas no 911 Turbo (também conhecido
como 930, número interno do projeto): o 934, enquadrado no Grupo 4 da FIA
(mínimo de 500 unidades produzidas), e o 935 para o Grupo 5 (mínimo de 25
unidades e preparação mais permissiva). Ambos dominaram vários campeonatos até
meados da década de 1980. Além deles, existiu o 935/78, equipado com motor de
845 HP e apelidado de “Moby Dick” devido ao formato da carroceria. Em 1978,
este carro atingiu 366 km/h na reta principal de Le Mans.
O 935 da Stuttgart tem pintura
com decoração denominada “Sachs”, utilizada pelo Porsche 935 número 70 da
equipe Dick Barbour Racing nas 24 Horas de Le Mans de 1980. Pilotado por Brian
Redman, John Fitzpatrick e pelo próprio Dick Barbour, o carro terminou em
quinto lugar na classificação geral e foi o primeiro colocado na categoria
IMSA. Nesse mesmo ano, Fitzpatrick e Barbour venceram as 12 Horas de Sebring
utilizando o número 6.
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