quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Endividamento cai e intenção de compra cresce

Redação AB com Agência Brasil
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O endividamento das famílias brasileiras caiu pelo sexto mês consecutivo em todo o país. A conclusão é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada na segunda-feira, 21, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Entre os entrevistados para o estudo, 59% das famílias declararam ter dívidas de cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de loja, empréstimos pessoais, prestação de carro e seguros. Em outubro esse percentual era 61,2%. O indicador tem leve recuo também em relação a novembro de 2010, quando 59,8% reportaram dívidas.

O número de famílias que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso voltou a cair em novembro, após leve alta em outubro, de 8,2% para 7,3%. No mesmo mês de 2010, o índice era de 9%. O percentual de famílias endividadas recuou em ambas as faixas de renda pesquisadas. No grupo inferior a dez salários mínimos, o número chegou a 60,4% este mês, ante 62,9% em outubro. Em novembro do ano passado o percentual era 62,2%.

Para as famílias com renda mensal superior a dez salários mínimos, o nível de endividamento recuou de 50,5% dos entrevistados em outubro para 48,9% em novembro. O porcentual ainda é superior ao observado em há um ano, quando 45,1% das famílias nessa faixa de renda declararam ter dívidas.

O cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 73,2% das famílias, seguido por carnês (25,8%) e crédito pessoal (12,7%). Para as famílias de renda de até dez salários mínimos, 73,4% apontavam o cartão de crédito, 27% o carnê e 12,7% o crédito pessoal. Já para o grupo de renda acima de dez salários mínimos, as principais dívidas foram: cartão de crédito (71,7%), financiamento de carro (22,4%) e carnês (14,1%).

Intenção de consumo em alta

Contrapondo a redução do endividamento, o estudo da CNC detectou leve expansão de 0,3% na intenção de consumo das famílias em novembro na comparação com outubro. Apesar de ser a segunda alta consecutiva do indicador, o avanço não reverteu a queda no ritmo de consumo. A intenção de consumo das famílias caiu 1,2% no reajuste anual.

A tímida evolução do índice nacional foi impulsionada pelas capitais dos estados do Centro-oeste, Norte e Nordeste, com variações positivas de 8,8%, 0,4% e 0,4%, respectivamente. A confiança das famílias que ganham mais de dez salários mínimos aumentou 1,3% e foi a maior contribuição para a manutenção do índice. Já a intenção de consumo das famílias com renda até dez salários mínimos apresentou elevação de 0,2%.

A confiança no mercado de trabalho também contribuiu para a sustentação do índice, de acordo com a pesquisa. Ainda que em menor ritmo, as famílias entrevistadas estão mais confiantes com o emprego e a renda. Cerca de 51% se sentem mais seguras com a situação do emprego em relação ao total de outubro.



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