A Chevrolet em parceria com o Instituto General Motors, patrocina o projeto Campeões da Rua, uma competição de futebol entre meninos e meninas de vários países do mundo que vivem em situação de rua, dando-lhes a oportunidade de representar seu países e os milhões de crianças que ainda vivem ou trabalham nas ruas, além de mostrar ao mundo o potencial que cada criança temEm sua segunda edição, a primeira foi na África do Sul, o projeto Campeões da Rua é realizado sempre antes de cada Copa do Mundo da Fifa, e tem como objetivo chamar atenção para a situação e pedir mais proteção e oportunidades para crianças e adolescentes de todo mundo.
"Estamos juntos neste projeto, pois acreditamos que a força do futebol pode inspirar mudanças na vida dos jovens, seja qual for sua nacionalidade. Crianças e adolescentes que vivem nas ruas são um problema global. Cada um de nós tem um papel a desempenhar para dar a essas crianças o apoio de que necessitam, afirma Edgard Lourençon, diretor de Marketing, Vendas e Pós Vendas da GM América do Sul.Segundo Lourençon, projeto tem como objetivo alertar o mundo para as necessidades de crianças e adolescentes que ainda vivem ou trabalham nas ruas. O momento é oportuno, pois estamos há poucos dias para o início da Copa do Mundo da Fifa, o que desperta mais atenção da mídia e das autoridades.
O Rio de Janeiro foi escolhido para ser a sede da competição que ocorre entre 30 de março e 6 de abril, com torneios de futebol e uma conferência que serão realizados no Espaço Lonier, em Vargem Pequena. O espaço acolherá cerca de 200 crianças vindas de 19 países. Além de competir em campo, as crianças de ambos os sexos entre 14 e 17 anos vão unir forças para despertar a consciência sobre a existência de milhões de crianças, em todo o mundo, que vivem em situação de rua.O encerramento e os jogos finais dos Campeões da Rua serão realizados no dia 6 de abril na sede do Fluminense, nas Laranjeiras.
O fundador dos Campeões da Rua, John Wroe, afirma que não poderia haver uma cidade mais perfeita para sediar os Campeões da Rua: "Com a atenção do mundo voltada para o Brasil e o Rio de Janeiro, este é o melhor lugar para dar a essas crianças a plataforma que merecem, lembrando às pessoas dos direitos de todas as crianças, independentemente da sua história".O projeto contará com a participação de duas equipes brasileiras. Uma equipe de meninas virá de uma organização baseada no Rio, a Fundação IBISS, que luta, em mais de 60 comunidades, contra a exclusão social, a pobreza, a discriminação e a violência contra crianças. A equipe brasileira de meninos virá do O Pequeno Nazareno, uma organização com sede em Fortaleza, e será formada por meninos que saíram da situação de rua, de Fortaleza e Recife.
Além do Brasil, a competição contará com equipes da Argentina, El Salvador, Nicarágua, Estados Unidos, Inglaterra, África do Sul, Moçambique, Zimbabwe, Tanzânia, Burundi, Quênia, Maurício, Libéria, Egito, Filipinas, Paquistão, Índia e Indonésia. O torneio ganhou o apoio de personalidades de alto perfil, incluindo Desmond Tutu, Pelé, David Beckham e Sir Alex Ferguson.
Em sua segunda edição, o campeonato busca dar visibilidade à situação das crianças em situação de rua. "Por meio do projeto Campeões da Rua queremos desafiar a percepção negativa e o tratamento que é dado a essas crianças", explica Joe Hewitt, diretor da organização inglesa Street Child World Cup no Brasil.
Situação das crianças no Brasil Segundo pesquisa de 2011 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o Brasil tem cerca de 24 mil crianças e adolescentes em situação de rua. Realizado em 75 cidades, o levantamento revelou o perfil dessa população. Cerca de 70% são do sexo masculino, 45% estão na faixa etária dos 12 e 15 anos e 72% se declararam pardo, moreno ou negro.A situação de privação de direitos é disseminada. Uma em cada dez crianças não se alimenta diariamente e mais de 65% exercem alguma atividade remunerada. Mais da metade das crianças já passou por alguma situação de violação de direitos, como ser barrada ao entrar num estabelecimento ou ser impedida de receber atendimento na rede de saúde. Das crianças que dormem nas ruas, 70% dizem que saíram de casa por conta da violência.
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