JAC T8, o primeiro carro da Copa
Ano de turistas, veículos para atende-los. Parece a motivação do importar o JAC T8 - T de transporte, 8 dos
usuários. Com ele a montadora chinesa por seu sócio brasileiro quer
disponibilizar deslocamento confortável a hóspedes de hotéis e pousadas, meio
termo entre automóveis e as vans diesel
Mercedes Sprinter e Fiat Ducato, líderes no segmento, maiores, mais caras.
O mercado já o
apelidou pelo engenheiro/jornalista Josias Silveira: Jacão – JAC grande, coerente com seus 5,10m de comprimento –
candidato a suprir o ocioso espaço do fim do utilitário VW.
A JAC o
classifica Multivan, como o faz a marca alemã com o sucessor da Kombi, o T6 – transporte,
6ª. geração... Nada a ver com a extinta. É maior, espaçoso, tratado com
identificação em automóvel: tapetes felpudos, revestimento interno em couro, bancos
individuais à frente, na segunda fila, aí poltronas girando 360 graus.
Confortáveis, teto solar a servi-las. Exibe o DNA chinês, de pouca vivência no
setor. Virados para trás, os cintos de segurança não funcionam, inviabilizando
seu uso. Ao fundo, na cozinha, banco
único, encosto não reclinável, cinto abdominal para o passageiro central. 2ª.
classe.
Outro item clama por
re projeto, a rumorosidade do motor/hélice do radiador, dá o tom sonoro na cabine.
Bom ar
condicionado, motor quase forte – 2.0, 16 válvulas, turbo, 175 cv a 5.400 rpm,
e 26,5 m.kgf de torque, porém surgidos a mais de 4.000 rpm, pouco responde em
baixas rotações, exige condução como se fosse carro 1.0 – mudanças de marcha
com motor a mínimos 60% da faixa vermelha. Transmissão mecânica, 6 velocidades,
freios a disco sólido nas 4 rodas.
Para o tipo de
uso, vai-se bem, dentro das limitações do projeto. O ideal é não deixar cair de
120 km/h para te-lo em última marcha. Fora isto, subidinhas exigem troca troca,
de 6a. para 5ª. e desta para 6ª., e volta, e continua. O motor de automóvel
para puxar utilitário com mais de duas toneladas entre peso próprio,
passageiros e bagagens exige atenção. A relação de marchas mereceria ser
melhorada. Também, o train boulandeur, francês
abrasileirado para Trambulador – o conjunto de acionamento da alavanca ao
console para engrazar as marchas. É impreciso, voluntarioso, exige ser servido
com atenção. Deviam ter copiado o da Kombi ...
Suspensão frontal
macia, traseira por eixo rígido, porém desacerto de agendas entre as duas, impede
comportamento harmônico.
Vai ? Vai !
Não tenha dúvidas,
venderá. É mais confortável e barato que as vans
diesel, exigindo ser equipadas para igualar-se – e aí a diferença de preço
aumentará. Item de conter custos, por peso e lotação dispensa a carteira C - qualquer
pouca prática estará legalmente habilitado à condução, incluindo o jardineiro,
o
recepcionista, o
quebra galhos da pousada ou do hotel. Entrega bom pacote por R$ 115 mil,
equipada – mas falta GPS no painel. Aplicação turística exige.
Regulagem
A indústria do
automóvel na China nada cria. Copia, se apropria, compra soluções, como o motor.
Mas o tempo de atividade e o jeito de fazer não permitem depurar, sedimentar,
aprender. Assim, há inconvenientes não mais encontráveis em veículos de outros
países de atividade tradicional.
Bobagens
simplórias, de fácil solução por meia dúzia de engenheiros brasileiros: da
Honeywell dos turbos; da Fiat para o isolamento termo acústico e o diálogo das
suspensões; da Renault ou PSA na harmonia das marchas relativamente ao motor; e
algum aposentado da Volkswagen – ou o nunca lembrado engenheiro Ângelo
Gonçalves, fundamental na implantação de nossa indústria, criador do
trambulador para o Brasinca/Uirapuru, para acertar o engate de marchas.
Carros chineses
exigem generosidade para ser considerados. Ficarão bons, seguros, competitivos,
mas o diabo é o tempo para esta evolução.
Alfa 2300, 40 anos, na estrada
Pergunte a
um Alfista e ele dirá: nunca o Brasil
teve um carro tão bom de estrada como o modelo 2300. Exclusividade
nacional, harmônico, foi o primeiro nacional com freios a disco nas 4 rodas,
transmissão com cinco marchas e sincronizadores Porsche. Estável, bom de
freios, uma classe à parte em meio a projetos antigos como Chevrolet Opala,
Dodge Dart, Ford Galaxie. Durou pouco, de março 1974 a janeiro 1987. A Fiat
comprou a Alfa e no Brasil sem intimidades com carros grandes, optou
encerrá-lo.
Alfistas,
em especial os associados ao grupo Alfa Romeo Br e ao virtual clube Alfa Romeo
MG, farão viagem com o estradeiro 2300 para comemorar e, no 25 de março estarão
em Xerém, pé da Serra de Petrópolis, imponente instalação industrial onde
iniciou ser feito. Dois dias após, visita à fábrica Fiat, em Betim, MG, de onde
saíram as últimas unidades.
Apoiam
entidades italianas como Automobilismo Storico Alfa Romeo, a Enit Agenzia
Nazionale Del Turismo, e o Museu Nacional
do Automóvel, de Brasília.
Roda-a-Roda
Outra – Carlos Tavares, português, ex quase sucessor na
liderança da Renault e iniciando dirigir a concorrente PSA/Peugeot-Citroën,
quer criar nova marca Premium. Será a DS. Agradou-se destes produtos especiais
da Citroën.
Próprio – Para novos clientes, novo Jaguar, o XE. Menor, porte de
BMW series 3, Audi A3, Mercedes C Class. E estrutura monocoque e carroceria em
alumínio, buscando menor peso, melhor resultado dinâmico, consumo, emissões.
Motor – Deixa os Ford – a quem comprou a
marca – por propulsores de projeto e lavra própria, os Ingenium, com peças
intercambiáveis entre gasolina e diesel. Presumidos quatro cilindros, turbo,
muito torque, superiores aos 2.0, 4 cilindros, 240 cv da Ford, equipamento de
Fusion e Land Rover Evoque.
Mais – Dito o mais refinado dentre os
sedãs médios, verdadeiro Jaguar, foge da imagem do modelo X, bom em
performance, mas apenas um Mazda com decoração Mazda –, a pobreza foi-lhe letal.
Detroit, janeiro, 2015.
Menos – Produção de
veículos recuou 2,7% no primeiro bimestre de 2014, causas locais e a queda nas
exportações para a Argentina onde o pânico de caixa tenta segurar a exportação
de dólares – sem pagar as compras.
Mais – Porém o
bimestre foi o melhor da história em licenciamentos: 571,9 mil unidades,
expansão de 4,6% em relação a período igual em 2013.
E mais – Fevereiro, novo recorde na Audi
Brasil: 1.115 vendas. Para noção, em dois meses de 2014, 2.224 – ano passado
6.600. Neste quer 10 mil. A gestão de Jörg Hoffmann marca-se por intensa
propaganda, preços contidos, motivação da rede de revendedores, esforço para
criar parque circulante com a marca, preparando início de produção do A3 Sedan
para 2015.
Resultado – A pró atividade da Audi neste
segmento – de maior venda de marcas Premium – instiga a BMW. Começa campanha na
TV, focando no Série 3, concorrente do Audi A3. Falta a Mercedes promover o
Classe C.
Número – Indústria do automóvel em mercados
sedimentados sonha com 5 a 7% de lucro final. Sergio Marchionne, CEO da FCA –
Fiat Chrysler Automobiles -anunciou fazer o jipinho Renegade em Pernambuco e
disse, no primeiro ano a Fiat no Brasil voltará aos lucros de dois dígitos.
Quebrou o argumento setorial de décadas: fazer carro no Brasil mal paga as
contas. Paga bem.
Justiça – Governo Federal cobra R$ 2M da CN
Auto, importadora, e de Washington Armênio Lopes, fundador da Asia Motors no
Brasil, multa sobre os incentivos aplicados aos veículos e à nunca cumprida
promessa de construí-los no país. A Asia lançou duas pedras fundamentais e nada
fez.
Kia – Supremo Tribunal Federal e tribunal
internacional decidiram, a Hyundai, assumindo a Kia e a Asia, nada tem a ver
com o assunto. A Asia dos incentivos era empresa nacional. A CN tem/teve
ligações com Armênio, e aplica aos importados chineses Jinbei, as marcas da
antiga Asia: Towner e Topic.
Agora
vai ? – Indústria,
academia e capital visam permear ao álcool o ganho de tecnologia dos motores a
gasolina. Duplo comando variável de válvulas, injeção direta, turbo, mudaram
regras. Creem, o álcool melhor aproveitará.
História – Eng Ronaldo
Salvagni, da Escola Politécnica da USP, diz, é urgente o país renovar a
tecnologia dos motores a álcool: "O
que temos hoje é gambiarra. Um motor adaptado". Desenvolver esta
tecnologia motivará produzir e exportar etanol. O CTA, Centro Técnico
Aeroespacial, nos anos ’80 iniciou desenvolver motor V8, a álcool, para
trabalho. Mas forças ostensivas cortaram o projeto.
Ocasião – Dia 18 motor a
álcool e uso de turbo serão pontos quentes do Seminário Internacional de
Biocombustíveis, S Paulo. Pode ser luz no caminho.
Usados – Estudo da DEKRA, multi alemã de
serviços ao setor automotivo, indica, nos maiores mercados mundiais os
ponteiros do mercado se mexeram: usados subiram 3% em vendas e novos caíram
15%. No Brasil, em 2013, usados mais 4,7%, novos menos 1,6%.
E ? – Diz, condições externas -
desaceleração da economia, dificuldades de crédito, aumento de impostos - serão
oportunidade no comércio de usados. Rentabilidade aumentará, mas condicionada a
gestão profissionalizada no setor.
Coerente – Governo do Rio Grande do Sul quer
ser sócio da Foton, marca chinesa de caminhões representada no Brasil pelo ex
ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros. Além das benesses de terreno,
terraplanagem, instalações, aplicaria R$ 48M no negócio – uns 20% do capital.
? – Injustificado. Dinheiro oficial
apenas quando o estado precisa atrair atividade multiplicadora como a indústria
automobilística – marca principal, fornecedores, estoques, prestadores de
serviço. Não é o caso. Ao contrário, a indústria de transportes é fortíssima no
RS, e a nova empresa concorrerá com outros fabricantes – International, Agrale
– lá instalados sem socorro do oficial.
Companheiros - Para lembrar, a economia do RS
mingua, e o PIB do estado é a metade de sua dívida. A fábrica seria em Guaíba,
onde a Ford não foi porque outro governo petista não conseguiu entender a operação
e os desdobramentos de empresa de tal porte. Foi-se à Bahia.
Outra
– A CNHTC, outra chinesa
de caminhões e aqui Sinotruk aprontou projeto de sua fábrica em Lages, SC, e
iniciará terraplanagem em 60 dias. Quer montar série inicial, com peças
importadas, até setembro de 2015 e operação plena em 2016. Investimento de R$
300M – sem participação do estado.
Retro – Apresentado no
Salão de Genebra, o retrovisor inteligente soma tela de LCD e espelho
tradicional. Vantagem, imagem clara mesmo em condições adversas. Estreia nas 24 Horas de Le Mans, em Nissan híbrido
elétrico.
Nos dedos - Ford leva o Novo Mustang – em festa
e promoção mundial – às vitrines e à moda, por série de esmaltes para unhas da
marca OPI, da Coty no tom Race
Red, famosa cor dos Mustang. Curioso imaginar vermelho associado à Ford. No
mundo lembra marcas italianas, Alfa e Ferrari...
Tecnologia – Para aumentar o tempo de vida das
bombas de combustível de sua produção, a Gilbarco Veeder-Root substituirá chapas
de aço carbono por outras em alumínio fornecidas pela Alcoa. Bombas em postos
litorâneos durarão mais e o alumínio no Brasil bate recorde em reciclagem.
Fórmula 1 – Temporada
começa domingo e, pelas novas regras, categoria funcionando como laboratório de
desenvolvimento de tecnologias, tudo pode acontecer. Exemplo, a Renault,
dominando por temporadas, não acertou seus motores e com eles, a RBR de do
tetra campeão Seb Vettel não conseguiu fazer os carros andar, apesar de seus
chiliques. Texto didático, primoroso, em
http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2014/03/conversa-de-pista_11.html
Gente – Antônio
Calgagnotto, executivo, gaúcho, progressão. OOOO Deixou a diretoria de
Relações Institucionais da Renault, pousou na Unilever. OOOO Mais
serviço:estratégia de comunicação, marca corporativa, relações governamentais. OOOO Ascende
geograficamente: área de distribuição e Agrale no RS; Renault no Paraná;
Unilever em SP. OOOO William
Clay Ford, 88, executivo aposentado, último neto vivo de Henry Ford, passou. OOOO Trabalhou na empresa
familiar por mais de 50 anos, era o maior acionista individual, pai do atual
presidente do Conselho, Bill Ford. OOOO Figura sóbria, respeitada, básica quando a
Ford previu a crise estadunidense, antecipou-se, foi aos bancos. Palavra e
garantias reais de Ford Senior foram fundamentais. Com caixa e plano a Ford
sobreviveu. OOOO Valter Oliveira, o Valtão, de volta. OOOO Aposentou-se na Mercedes, e convidado voltou,
como consultor, treinador de nova equipe de comunicação em caminhões.
OOOO
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