No início, muitos não acreditaram em corridas com caminhões. Mas a Fórmula Truck tornou-se um grande sucesso em todos os autódromos, com recordes de público a cada etapa. E Débora Rodrigues, a primeira mulher na categoria, muito contribuiu para sua divulgação e promoção.Neste ano ela completa 13 temporadas pilotando um “bruto”. Totalmente profissionalizada, Débora faz parte da RM Competições (escuderia oficial da Volkswagen), tem bons patrocinadores e desfruta do mesmo apoio técnico e de pista recebido pelos seus colegas de equipe Renato Martins, Felipe Giaffone e André Marques.Entre as parcerias conquistadas por mérito, a do fornecedor de pastilhas de freio foi essencial para seus bons desempenhos. Assim, Débora recebe pastilhas Cobreq especiais, produzidas pela TMD Friction para suportar temperaturas entre 500 e 800 graus centígrados. Desta empresa recebe, também, completa estrutura de pista.
Mas para chegar a este patamar profissional, a piloto batalhou e muito. Tudo começou em casa, pois o pai possuía dois caminhões. Ainda mocinha já dirigia moto, caminhão e até trator. Mas foi num ônibus, de transporte de trabalhadores rurais, que sua chance apareceu.É que o fotógrafo de um grande jornal paulista, ao ver uma mulher dirigindo um ônibus, fez a foto que sua editoria acabou por colocar na primeira página. Jovem e bonita, com a repercussão Débora tornou-se modelo e foi trabalhar em programas de televisão.
A Fórmula Truck ela conheceu numa brincadeira promovida por um canal de tv, envolvendo ela e o Otávio Mesquita. Eles tiraram um racha em Interlagos, num caminhão da categoria. Naquele momento ela soube que aquilo era o que mais queria da vida.
Débora foi atrás de uma equipe para correr, ocasião em que conheceu seu marido, Renato Martins. Teve de convencê-lo e, ainda, a Confederação Brasileira de Automobilismo e o organizador da provas que, a princípio não aceitou sua inscrição. Mas deu tudo certo e atualmente ela divide seu tempo entre as pistas e a família.
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