Segundo lugar para a Stuttgart Motorsport na 4 Horas de
Curitiba, prova de abertura do Endurance Brasil. Mesmo não tendo o carro mais
potente, a equipe campeã de 2017 liderou a corrida com o Porsche 911 GT3 R
pilotado por Marcel Visconde/Ricardo Mauricio e teve muitas disputas com os
protótipos especiais de corrida e com os modelos gran turismo mais fortes –
entre eles, o Lamborghini Huracán dos vencedores Daniel Serra/Chico Longo.
Coube a Mauricio a tarefa de largar com o Porsche 911 GT3
R. Depois de perder posições na largada, ele empreendeu uma recuperação
fulminante e, em poucas voltas, já ocupava a liderança. Abriu distância e
entregou o carro em primeiro lugar para Visconde, que manteve a posição durante
boa parte de seu stint.
Mauricio reassumiu o volante quando uma chuva fina
começou a cair no autódromo, inicialmente apenas na primeira parte da pista.
Após algumas voltas, a pista ficou bastante molhada e o Porsche entrou
novamente no box para receber pneus ranhurados. Desse ponto em diante,
aconteceram várias entradas de safety car motivadas por acidentes e saídas de
pista. Com o Lamborghini consolidado na liderança, Mauricio teve uma boa
disputa com o Mercedes-Benz AMG da dupla Xandy Negrão/Xandinho Negrão, terceira
colocada na corrida.
Marcel Visconde ficou satisfeito com o resultado final.
“Hoje havia carros um pouco mais rápidos que o Porsche, como os protótipos AJR
e, na nossa categoria (GT3), o Lamborghini. O Mercedes também tem potencial
para andar próximo do Lamborghini. Para nós, as corridas mais longas são
melhores. A equipe vencedora está de parabéns, fez um bom trabalho. Parabéns
também para nós. Peguei pista livre no meu stint todo e só tive problemas com
alguns retardatários que usam pouco os espelhos retrovisores”, comentava.
Ricardo Mauricio também saiu contente de Curitiba. “Foi
excelente para a primeira corrida. Nossa equipe fez um ótimo trabalho,
especialmente na troca para os pneus de chuva. Nós treinamos muito essa parte e
isso foi útil já nesta prova. Estamos na briga”, confia. Sobre a corrida em si,
ele contou: “A largada foi confusa porque parecia que o farol não estava aceso.
O Vicente Orige (piloto do protótipo AJR-Chevrolet que fez a pole position) deu
uma acelerada e depois freou. Eu também freei e o [Eduardo] Scheer (quarto
colocado no grid) passou acelerando por mim. Acho que todo mundo ficou em
dúvida. De qualquer maneira, tomei cuidado na primeira volta, porque não
precisava arriscar”. O período com chuva também exigiu frieza: “No começo, a
chuva estava nas primeiras curvas, e depois passou para o final do traçado. Só
depois molhou a pista toda. Avisei a equipe para deixar tudo pronto para a
troca e isso foi importante porque ninguém me ouviu quando falei que iria
entrar. Mas, como estava tudo preparado e eles me viram entrando no box, isso
nem causou perda de tempo”.
Em 2018, o Endurance Brasil tem apoio da Stuttgart
Porsche, com quatro etapas do campeonato acontecendo em programação conjunta
com eventos do Porsche Club Brasil. “Sem falsa modéstia, a vinda da Stuttgart
Motorsport em 2017 levantou o campeonato como um todo. Ele já vinha crescendo,
mas a entrada de nossa equipe atraiu público e motivou a entrada de mais
pilotos e carros mais rápidos”, avalia. “Ter o Porsche Club Brasil no contexto
é muito bom. A marca tem um histórico fantástico no esporte a motor, e o
Porsche Club também cria pilotos. Andar com um Porsche em um evento como este é
bom para a marca, para o clube e para os entusiastas”, finaliza.
Resultado final da 4 Horas de Curitiba:
1) 19-Daniel Serra/Chico Longo (Lamborghini Huracán), 140
voltas
2) 70-Marcel Visconde/Ricardo Mauricio (Porsche 911 GT3
R), 139 voltas
3) 9-Xandy Negrão/Xandinho Negrão (Mercedes-Benz AMG
GT3), 138 voltas
4) 5-Tiel Andrade/Júlio Martini (MC Tubarão), 134 voltas
5) 18-Cláudio Ricci/Fernando Poeta/Beto Giacomello
(MCR-Lamborghini), 133
6) 71-Daniel Claudino/Ian Ely (MCR-VW Turbo), 132 voltas
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