Redação AB
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A montadora norte-americana Ford divulgou nesta sexta-feira, 27, um lucro líquido de US$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre deste ano, queda de 45,3% na comparação com mesmo período do ano passado. O lucro operacional ficou em US$ 2,3 bilhões (US$ 0,39 por ação), superando a previsão dos analistas ouvidos pela Thomson Reuters, que esperavam lucro de US$ 0,35 por ação. Um aumento na taxa de imposto corporativo e prejuízos na Europa e na Ásia pesaram sobre os resultados da Ford.Este foi o 11º trimestre consecutivo com lucro e o maior em lucro operacional na América do Norte desde o ano 2000. A montadora reconfirma projeção de lucro operacional estável, igual ao de 2011, garantido, sobretudo, pelo bom desempenho na América do Norte. O balanço mostra a crescente importância da região para a montadora.
Ela respondeu por US$ 2,1 bilhões do lucro operacional. Na Europa, a companhia teve prejuízo de US$ 149 milhões. Na Ásia-Pacífico e África as perdas ficaram em US$ 95 milhões. A receita da Ford no primeiro trimestre totalizou US$ 32,4 bilhões, volume US$ 700 milhões menor que o registrado nos três primeiros meses de 2011.
A América do Sul registrou um lucro operacional de US$ 54 milhões, queda de 74% na comparação com o ano anterior. A montadora explica o fato por custos mais elevados em razão da taxa de câmbio desfavorável. A menor rentabilidade dos produtos também explica a queda. As vendas no atacado foram de 118 mil unidades, 4 mil a mais que no mesmo período de 2011. A dívida da companhia recuou de US$ 16,6 bilhões para US$ 13,7 bilhões.
A montadora informa que metade da queda observada no lucro pode ser atribuída a uma taxa de imposto corporativo maior que passou a vigorar após a empresa abrir mão de um benefício fiscal de US$ 12,4 bilhões no quarto trimestre de 2011. Segundo o diretor-financeiro, Bob Shanks, a taxa de imposto antes dessa mudança era de 8,5% e depois subiu para 33%. O resultado foi um impacto negativo de US$ 612 milhões no lucro.
A Ford manteve suas projeções financeiras para o ano inalteradas, mas informou que suas margens na América do Norte podem subir muito acima dos níveis de 2011 porque a demanda na região continua forte e algumas unidades começam a fabricar novos produtos.
O trimestre foi marcado pela apresentação dos novos EcoSport e Fusion, B-Max, Fiesta ST e Kuga. A fabricante também conseguiu estender até 2015 uma linha de crédito com US$ 9 bilhões.
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