Desde domingo, 1° de julho, muitos consumidores estão pagando mais caro pelo óleo diesel nos postos de todo o Brasil. A alta, em média de R$ 0,02, se deve aos maiores valores cobrados pelo biodiesel no 26° leilão do produto, realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).De acordo com a Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis Lubrificantes), os postos de combustíveis já vinham sendo comunicados por suas distribuidoras da elevação no preço de custo do litro de diesel.
“Esse repasse médio de dois centavos decorre exclusivamente do aumento do óleo vegetal. No caso, é o biodiesel que é misturado ao diesel convencional. Segundo o atual modelo de comercialização de combustíveis no Brasil, o posto revendedor não pode comprar produto diretamente da refinaria ou das usinas, adquirindo-o exclusivamente das distribuidoras”, disse Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis.Segundo o executivo, o aumento de 3,4%, concedido na semana passada, para o diesel vendido nas refinarias, não impactou o consumidor, tendo em vista que o Governo Federal zerou a alíquota relativa à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Ele ressalta, porém, que cabe a cada distribuidora e posto revendedor decidir se repassa ou não ao consumidor os maiores preços, bem como em qual percentual, de acordo com suas estruturas de custo.
“Nós estamos alertando os consumidores sobre a possibilidade do aumento porque as companhias distribuidoras já nos avisaram que estão comprando esse óleo [biodiesel] mais caro e que teriam que repassar este aumento. É preciso ressaltar, ainda, que as margens de comercialização do óleo diesel são muito pequenas, são as menores dentre todos os derivados. Eu acredito que dificilmente o revendedor consiga absorver o aumento sem repassá-lo ao consumidor final”, afirma Soares.
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