O desempenho
alcançado pela Marcopolo no segundo trimestre de 2017 pode indicar o início do
processo de recuperação do mercado brasileiro de ônibus, que foi fortemente
impactado pela crise econômica. No semestre, a produção de ônibus rodoviários
para o mercado interno cresceu 15,3% na comparação com o mesmo período do ano
anterior.
A empresa registrou
receita operacional líquida de R$ 1,295 bilhão nos seis primeiros meses de
2017, com crescimento de 23,6% ante o primeiro semestre de 2016 (R$ 1,048
bilhão). No semestre, mesmo em um ambiente econômico e competitivo extremamente
desafiador, o lucro bruto e o EBITDA cresceram 8% e 0,8%, respectivamente, e
alcançaram R$ 171,4 milhões e R$ 48 milhões. No período, o lucro líquido recuou
43,8%, com o total de R$ 29,2 milhões.
Além de maiores
volumes de modelos rodoviários e da boa performance das exportações, os
resultados da companhia também foram positivamente impactados pelos reflexos
das ações desenvolvidas ao longo dos últimos dois anos para melhorar sua
performance operacional, com foco no aumento da eficiência.
Para Francisco Gomes
Neto, CEO da Marcopolo, o desempenho também é fruto da maior competitividade,
obtida com os esforços empreendidos na revitalização do Sistema Marcopolo de
Produção Solidária e já são percebidos nos indicadores de segurança, qualidade
e eficiência da Companhia. “Fizemos a nossa ‘lição de casa’ e agora estamos
ainda melhor preparados para atender com mais efetividade a demanda brasileira,
na medida de sua recuperação”, destaca o executivo.
Em sua visão, o
segundo trimestre trouxe importantes sinais de melhora no mercado doméstico,
especialmente no segmento de rodoviários. As exportações se mantiveram
aquecidas em todo o primeiro semestre e aumentaram 38,2%, com 1.498 unidades
contra as 1.084 do primeiro semestre do ano passado, assim como a produção nas
operações no exterior.
No mercado
brasileiro, a produção da Marcopolo, incluindo exportações, foi de 3.933
unidades, ainda longe do recorde de 9.121 unidades fabricadas no primeiro
semestre de 2013. O segmento de rodoviários apresentou crescimento de quase 40%
em relação ao primeiro semestre de 2016 (1.445 unidades contra 1.049). Em
contrapartida, o segmento de urbanos teve queda de 24,7% no mesmo período (838
unidades contra 1.113, em 2016).
O segmento de
micro-ônibus também apresentou crescimento forte de volumes, com aumento de
341,1%, (772 unidades contra 175 no primeiro semestre de 2016). A unidade de
negócios Volare registrou crescimento de 54,7% no semestre (888 veículos
fabricados contra 574 unidades), o que indica também a retomada no segmento de
miniônibus.
Nas unidades
externas, os destaques positivos ficaram por conta das operações da Polomex,
que produziu 742 ônibus nos primeiros seis meses de 2017 contra 378 unidades no
mesmo período de 2016, com aumento de 96,3%. Isto é resultado das mudanças no
modelo de negócio da unidade, da conquista de novos clientes e de uma linha
mais nobre de produtos, sobretudo no segmento de rodoviários. A África do
Sul aumentou em 53,5% os volumes fabricados em relação ao mesmo período de
2016, com a ampliação no fornecimento de modelos para o mercado africano. Já a
unidade Superpolo, na Colômbia, cresceu 33,7% (337 unidades contra 252) e
manteve alta participação no mercado local.
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