Resultado de um investimento de 500 milhões de reais que permitirá a expansão da fábrica para uma produção anual de 500 mil motores, a fábrica da Ford em Taubaté, no Vale do Paraíba, em São Paulo, foi totalmente transformada para a era dos carros globais. Produzindo o motor Sigma para o Brasil e exportação, além do tradicional RoCam, a fábrica adota um padrão de qualidade de alto nível para atender diversos mercados mundiais. Os avanços na fábrica de Taubaté para a qualidade global foram obtidos pelos novos processos de fabricação e utilização de equipamentos de última geração. Um "exército" de robôs, diversos processos automatizados e máquinas controladas por computador tornam o ambiente fabril mais próximo de um laboratório que de uma fábrica convencional. O controle de qualidade tem a precisão levada a décimos de micron - ou milionésimo de milímetro.
Qualidade global
O motor Sigma é um exemplo da qualidade global. Ele é fabricado em três versões para equipar veículos Ford produzidos em várias partes do mundo. No Brasil, o Sigma é o primeiro flex com bloco, cabeçote, cárter e pistões de alumínio. Leve, durável, econômico e com baixo nível de ruído e emissões, ele equipa o Focus na América do Sul e o New Fiesta vendido nas Américas. A produção desse motor de alta tecnologia exige também o estado da arte em equipamentos. Para isso, a fábrica de Taubaté adota um novo e avançado sistema de produção que prioriza a qualidade e a eficiência. As suas máquinas são interligadas e controladas por um sistema central computadorizado, chamado Posmon, que mostra os principais indicadores da fábrica em tempo real em um painel eletrônico.
Laboratórios de precisão
Na Sala de Medidas, todas as medidas do bloco, cabeçote e vibrabrequim são verificadas numa máquina tridimensional cuja precisão vai a 3 décimos de micron - ou seja 3 milionésimos de milímetro. Com operação automática, ela utiliza um software especial e é uma das mais precisas do mercado. No mesmo laboratório é medida também e rugosidade das superfícies metálicas, com o mesmo nível de precisão.No Laboratório Químico, o objetivo é medir, em escala igualmente diminuta, as partículas presentes nas peças usinadas. Nesse processo, a peça é lavada com uma solução especial que depois é filtrada. As partículas retidas nesse substrato são então analisadas em microscópio eletrônico com ampliação na escala 1.000.
Teste a frio
No final da linha de montagem, 100% dos motores Sigma passam pelo teste a frio (Cold Test), que realiza medições precisas de torque e potência em diferentes rotações, de função mecânica, sensores e atuadores, além de verificar vazamentos, ruídos e vibrações, com o uso de acelerômetros. A grande inovação deste teste é a sua realização a frio, ou seja, sem a necessidade de combustão. O motor é acionado pela parte de trás do volante, por meio de um potente servomotor elétrico
Código de registro
O bloco, cabeçote e virabrequim, partes chaves do motor, passam por uma verificação minuciosa e recebem um "número de batismo" - um código que registra todas as informações do seu histórico de produção. Os virabrequins são medidos em máquinas automáticas que conferem 110 parâmetros de cada peça e recebem uma gravação a laser.No bloco do motor, a gravação é feita após o brunimento das camisas com ferramenta diamantada, uma espécie de polimento para reduzir o atrito da superfície interna que vai receber o pistão. No cabeçote, a gravação é feita após um processo crítico: a usinagem da guia sede de suas 16 válvulas, que nos motores flex exige uma dureza maior.
Além dos testes de rotina na linha de montagem, a fábrica também faz provas exaustivas dos motores em dinamômetro ultramoderno, formado por uma cabine onde o motor recebe todas as conexões, como se estivesse montado no veículo, e é ligado a uma série de sensores e medidores. No teste de alta velocidade (High Speed Test) o motor é colocado para rodar durante 180 horas no limite da rotação de 6.675 rpm, com paradas para revisão. Em outro exame, o motor permanece ligado por 10 a 12 horas, sob várias condições de carga, de marcha lenta até 5.000 rotações por minuto. A temperatura do escapamento chega a 900ºC. Ao final dos testes, os resultados são mostrados por meio de gráficos em modernos analisadores digitais. Em muitos casos, o motor também é totalmente desmontado para a verificação de suas características internas
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