SILVANA MAUTONE - Agência Estado
O Estado de São Paulo deve começar até novembro o projeto piloto que testará um novo sistema eletrônico de cobrança de pedágio. "Estamos definindo os locais e outros detalhes do projeto", afirmou hoje Karla Bertocco Trindade, diretora da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Segundo ela, o projeto piloto deve durar pelo menos seis meses e seu custo, ainda não definido, ser bancado pelo governo e pelas concessionárias de rodovias.
O projeto piloto usará uma nova tecnologia de "tags" (um tipo de adesivo com chip), mais barata do que a disponível hoje em São Paulo, que é utilizada pelo sistema Via Fácil/Sem Parar. De acordo com a diretora da Artesp, enquanto o aparelho do Sem Parar, por exemplo, custa em torno de US$ 23, o preço da tag varia entre US$ 2 e US$ 6. Hoje, o motorista é quem arca com o custo do aparelho do Sem Parar. O governo paulista quer que as concessionárias banquem no futuro o custo das tags.
O secretário estadual de logística e transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, afirma que o principal objetivo é que o motorista deixe de pagar pelo sistema eletrônico de cobrança de pedágio. "Não é possível que as receitas (das concessionárias rodoviárias) sejam aumentadas por essas vias anexas. A população não vai ser mais onerada por isso", afirmou. As concessionárias CCR, EcoRodovias e OHL são acionistas da empresa STP - Serviços e Tecnologia de Pagamentos SA, que oferece o sistema Sem Parar.
O secretário afirmou ainda que, se por um lado as concessionárias terão um custo extra ao arcar com as tags, por outro terão um custo menor na manutenção das praças de pedágio. "Com a ampliação do uso do sistema eletrônico, precisarão de menos funcionários nas cabines de pedágio e também de menos investimentos em segurança, já que o manuseio de dinheiro também será reduzido", afirmou.
O secretário e a diretora da Artesp participaram hoje, em São Paulo, do seminário "Sistema Eletrônico de Arrecadação de Pedágio - Alternativas para as rodovias paulistas".
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