O Grande Prêmio Crystal,
penúltima etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, teve um espectador
especialmente atento às atividades do último fim de semana Autódromo
Internacional de Curitiba. Alex Caffi, italiano que disputou o Mundial de
Fórmula 1 entre 1986 e 1992, acompanhou toda a programação desenvolvida entre
sexta-feira (9) e domingo (11), dia da corrida vencida pelo paranaense Leandro
Totti, que conquistou o título.
Caffi, 48 anos, fez
um teste na segunda-feira (12) com um caminhão. Após nove voltas com o
Mercedes-Benz do paulista Luiz Lopes, parceiro de Totti na ABF Racing Team,
intensificou a boa impressão que havia manifestado sobre a Truck. “Eu já tinha
visto que o nível tecnológico dos caminhões é alto, depois de pilotar fiquei
ainda mais impressionado”, afirmou o italiano, que na F-1 passou pelas equipes
Osella, Dallara, Arrows, Footwork e Andrea Moda.
A mais rápida das
nove voltas de Caffi no Mercedes-Benz de Lopes foi cronometrada em 1min41s9.
“Fiz minhas voltas freando no radar, como fazem nas corridas”, contou, citando
o ponto da reta dos boxes onde um radar limita a velocidade a 160 km/h,
exigindo uma freada brusca. A volta mais rápida do GP Crystal foi marcada por
Totti em 1min41s4. “Gostei da experiência. O turbo dá uma resposta que
impressiona, é um veículo bastante particular”, falou.
O italiano
considera a possibilidade de estar em Brasília em dezembro, para acompanhar a
décima e última etapa da temporada. “Até lá vamos tratar de agilizar tanto
quanto possível as tratativas visando 2013. Vim ao Brasil para conhecer a
Fórmula Truck já disposto a participar do campeonato. Treinar em Brasília seria
a chance de conhecer mais uma pista daqui. Só conheço as de São Paulo e
Curitiba. E do Rio, que parece que não existe mais”, disse.
O fim de semana em
Curitiba levou Alex Caffi a uma comparação da F-Truck às várias categorias que
disputou. “Corri de muita coisa na Europa, e não há nada lá parecido com a
Fórmula Truck, em organização ou em público. Com exceção dos GPs de Fórmula 1,
do DTM da Alemanha e das 24 Horas de Le Mans, e essas só acontecem uma vez por
ano, as corridas lá levam cinco mil, dez mil pessoas. Aqui o autódromo estava
lotado”, observou.
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