quinta-feira, 15 de novembro de 2012

F-Truck: Alex Caffi vê categoria brasileira acima de competições europeias



O Grande Prêmio Crystal, penúltima etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, teve um espectador especialmente atento às atividades do último fim de semana Autódromo Internacional de Curitiba. Alex Caffi, italiano que disputou o Mundial de Fórmula 1 entre 1986 e 1992, acompanhou toda a programação desenvolvida entre sexta-feira (9) e domingo (11), dia da corrida vencida pelo paranaense Leandro Totti, que conquistou o título.

Caffi, 48 anos, fez um teste na segunda-feira (12) com um caminhão. Após nove voltas com o Mercedes-Benz do paulista Luiz Lopes, parceiro de Totti na ABF Racing Team, intensificou a boa impressão que havia manifestado sobre a Truck. “Eu já tinha visto que o nível tecnológico dos caminhões é alto, depois de pilotar fiquei ainda mais impressionado”, afirmou o italiano, que na F-1 passou pelas equipes Osella, Dallara, Arrows, Footwork e Andrea Moda.

A mais rápida das nove voltas de Caffi no Mercedes-Benz de Lopes foi cronometrada em 1min41s9. “Fiz minhas voltas freando no radar, como fazem nas corridas”, contou, citando o ponto da reta dos boxes onde um radar limita a velocidade a 160 km/h, exigindo uma freada brusca. A volta mais rápida do GP Crystal foi marcada por Totti em 1min41s4. “Gostei da experiência. O turbo dá uma resposta que impressiona, é um veículo bastante particular”, falou.


O italiano considera a possibilidade de estar em Brasília em dezembro, para acompanhar a décima e última etapa da temporada. “Até lá vamos tratar de agilizar tanto quanto possível as tratativas visando 2013. Vim ao Brasil para conhecer a Fórmula Truck já disposto a participar do campeonato. Treinar em Brasília seria a chance de conhecer mais uma pista daqui. Só conheço as de São Paulo e Curitiba. E do Rio, que parece que não existe mais”, disse.

O fim de semana em Curitiba levou Alex Caffi a uma comparação da F-Truck às várias categorias que disputou. “Corri de muita coisa na Europa, e não há nada lá parecido com a Fórmula Truck, em organização ou em público. Com exceção dos GPs de Fórmula 1, do DTM da Alemanha e das 24 Horas de Le Mans, e essas só acontecem uma vez por ano, as corridas lá levam cinco mil, dez mil pessoas. Aqui o autódromo estava lotado”, observou.

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