edita@rnasser.com.br - 61.3225.5511 Coluna 4712 21.11.2012
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Renault Fluence GT |
O
Renault Fluence, turbo, valente, 180 cv e chamado GT.
Nova opção e topo de
linha na Renault, o Fluence GT quer utilizar duas parcelas em conta que lhe
seja favorável: rendimento com conteúdo, e preço. Chega a R$ 79.000, mais
curiosos 370,00. Mesmo preço de Toyota versão Altis, pouco acima de Honda
Civic, abaixo de GM Cruze e VW Jetta. Supera-os nesta conta.
GT não significa um
esportivo de dois ou dois + dois lugares. Para a Renault é apenas um letreiro
para caracterizar a chegada ao Brasil da Renault Sport, seu braço esportivo. O
automóvel tem um motor que não é o Nissan que equipa o Fluence, mas o Renault
da antiga geração Megane, de origem preparado para resistir às maiores pressões
internas geradas pelo turbo, soprando a mistura de gasálcool até 1 bar de
pressão – uma atmosfera.
1.998 cm3 de cilindrada,
bloco de ferro, cabeçote em alumínio, com maiores câmaras d’água, para aumentar
a refrigeração. Turbo, coletor de admissão variável, faz resultados sensíveis:
produz torque máximo de 30,6 kgmf de torque a 2.800 rpm. Torque é o que move
automóveis e logo acima da marcha lenta entrega
20 kgfm a 1500 rpm. Transmissão com seis velocidades à frente, relações
de marcha alteradas para melhor aproveitar a disposição do motor e sua missão
com o automóvel. Freios, elementos da suspensão, molas e amortecedores
adequados para as novas prestações. Acelera de O a 100 km/h em 8 segundos, e
corta a velocidade final aos 220 km/h.
Equipamentos de segurança
como almofadas de ar, ABS com gestor eletrônico, controle de estabilidade e de
aderência das rodas, de liga leve e aro 17”.
A idéia não foi criar
carro urbano para corridas, porém melhorar a performance do bom Fluence, opção
ao cliente do bem formulado sedã, com automóvel com suave decoração externa, à
base de spoiller frontal e pequeno
adereço como asa traseira. Por isto não rebaixou a suspensão, deixando-o com
cara de sedã normal. A conformação de sedã performático e sem porcariada que
alguns gênios da indústria decorativa entendem ser de bom gosto esportivo,
sugerem que 5% da produção argentina dos Fluence será na versão GT – projetada
em 70 unidades mês – estimativa aparentemente contida, pois com rede de 240
revendedores, significa vendas de 0.3 unidade/concessionário/mês. Com certeza o
número deve ser melhor – aliás, se cada
um não conseguir vender uma unidade mensal, parece na hora de procurar outra
atividade.
Automóvel completo, tem
opcionais apenas as cores, branco, preto ou vermelho discreto e metálico.
Trailblazer |
GM Trailblazer, a volta do camburão.
Veículo tão ligado à história da
General Motors no Brasil quanto identificado como carro de polícia, o
Trailblazer apresentado semana passada mantém o espírito, aplicação – e a
imagem.
O formato, a morfologia, mostram-na
como um Blazer grande, mas escapa ao rótulo usual e atual SUV, de Sport Utility Vehicle.
Será no máximo um UV, pois suas dimensões, peso e a grande distância entre
eixos nada permitem iniciativas de esportividade. Na prática e no seu
aplicativo é o que a camionete 3100, montada na década de´50, a Amazonas, nos
albores dos anos´60, e logo após Veraneio e Grand Blazer até a geração
anterior: veículo espaçoso para famílias, serviços e, como muito utilizado pelo
segmento público, ambulância e camburão.
Mecanicamente não destoa do picape S
10, porém com adição de freios a disco nas quatro rodas, tendo em vista o
enorme peso, acima de duas toneladas em uso. Suspensão traseira ancorada em
cinco pontos tenta superar as dificuldades do centenário eixo rígido.
Motorização diesel 2.800 cm3, 184 cv e gasolina V6, 3.700 cm3 e 239 cv,
transmissões mecânica e automática com seis velocidades, tração nas 4 rodas e
reduzida, acionados por trêfego botãozinho. A R$ 145 mil.
Desenho local a
partir do lápis do mexicano Carlos Barba, chefe de design aqui.
Roda-a-Roda
Começo – Assumir o
importador; montar estrutura própria, fomentar a parte industrial de seu
montador/fornecedor no Uruguai, são os planos da Lifan Motors. Aplicará US$ 150
milhões para aumentar capacidade e fazer fábrica de motores no vizinho país, e
depois terá operação industrial no Brasil.
Versão – Programada
para março, a Fiat antecipou aos que forem aos eventos da Associação de
Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador, a série especial do picape Strada.
Clientela pontual para homenagear tão distinto equídeo em cabine estendida e
dupla, versões Trekking e Adventure.
Como é – Mais ou menos
o que fez a Mitsubishi com seu picape L200 há alguns anos: adesivos, rodas com
pintura exclusiva, bordado com a logo Mangalarga Marchador nos bancos.
Aniversário – Festa pela
festa, e série especial programada pela Nissan para comemorar 10 anos do início
da produção do picape Frontier. A marca é mal resolvida com produtos. O picape
citado, é segunda geração sobre o modelo descontinuado, veículo que se impunha
pelo bom desenho, mas teve vida fugaz e, saindo, assustou o mercado.
Especial – Limited, série do Peugeot 408 motor 2.0,
câmbio automático sequencial de 6 velocidades, marca-se por adotar pacote de
eletrônica para integrar à navegação e reprodução de mídias e comunicação em
tela de 7” sensível ao toque. Maior conforto, câmera de ré. R$ 65.000.
Começou bem – Criado para
melhorar vendas nos mercados extra EUA, o novo picape Ranger tem recebido
reconhecimento mundial: Picape do Ano
na Europa, no Brasil, Motor do Ano
para o diesel Duratorq 5 ciindros,
que o faz o mais potente da turma.
Bom conjunto – Todo novo,
componentes bem integrados, chassi, motor, câmbio com seis velocidades mecânico
ou automático, itens de segurança e conforto. Deve ter performance de vendas à
altura dos primeiros lugares.
Anúncio – A agência
Neogama/BBH contratou o ator norte americano Paul Walker e criou filme para
apresentar o Fluente GT ao mercado brasileiro, mesclando imagens da nova
versão, em hipotética fusão com Fórmula 1. Idéia é transmitir que a tecnologia
é a mesma.
Bom – É interessante:
automóvel coreano, feito na Argentina, motor francês, ator norte-americano, carro
de corridas francês, marca francesa, para ser vendido no Brasil. Apesar de
parecer mini ONU, a proposta passa a idéia da transmissão de saber.
Atração– Estará no Rio dia 26 ? Gosta de automóvel,
economia, tecnologia expostos por um camarada que saiu de Rondônia, salvou duas
multis e hoje lidera a união de Renault com Nissan, terceiro maior grupo de
automóveis ?
Chance – O camarada,
Carlos Ghosn, falará na PUC-Rio dia 26 às 17h no tema “A
importância da indústria automobilística, a contribuição das novas tecnologias
para eficiência em consumo e sustentabilidade e a importância dos engenheiros
brasileiros na dinâmica da indústria automotiva”. É grátis. Para inscrever gabinetectc@puc-rio.br.
Relevo – Ghosn virá para reuniões com
as marcas, cobrar conquistas de mercado, e fará agrado reunindo-se com a rede
de concessionários. Presidente mundial em reunião com revendedores pode ser
curioso. Tanto quanto o Brasil ser o segundo mercado mundial da Renault. Também
ver o final da temporada de Fórmula 1 e fazer comemoração local com a vitória
dos motores Renault
Duas rodas – A Honda
ampliou sua linha de produtos dentro do projeto de mesclar nacionais com
importados e estar presente em todos os segmentos do mercado. Abriu os portões
da alfândega, com chinês, CRF 110, mini moto para crianças; e tailandesa CRF
250 on e off Road.
Daqui – Simplificou a
Pop 100 para as Classes D e C; inicia fazer em Manaus a NXR 125R; mostra scooter PCX 150; tornou flex os modelos
CB 300R e XRE.
Exógeno – O comunicado
de imprensa parece ter sido vertido do inglês por programa ching ling’. Um só parágrafo contém: utility on-off; line-up; upgrade, design; performance. Não entenderam, a linguagem
pátria é outra, e mais rica que a utilizada.
Fórmula – Embora o
Campeonato de Pilotos na Fórmula 1 não tenha terminado, o 2º. Lugar de
Sebastian Vettel no GP dos EUA deu à Renault o 3º. Campeonato Mundial de
Construtores. A marca conseguiu 11 títulos mundiais em 35 anos na Fórmula 1.
Adaptação – O resultado
intestinal da confusão armada por Fábio Briattore, envolvendo Piquet filho, e a
resposta forte de Piquet pai, fez a Renault deixar de competir na Fórmula 1 com
equipe própria, mudando o foco e passando a fornecer e assistir motores a
outros times.
Mercado – A novela do
vai-não-vai da redução do IPI tem atrapalhado a vida dos donos de carros
usados. Profissionais da Matel, empresa promotora de feirões de usados em S
Paulo e Belo Horizonte dizem, em feiras é possível conseguir preços até 30%
acima do oferecido pelas revendas nas trocas.
Expansão – Nipônica
Mitsubishi Electric adquiriu sua representante e entra no Brasil com
equipamentos para automação de fábricas, mercado em expansão.
Freios – Spray com base sintética e cerâmica
produzido pela Bendix, se utilizado nos discos de freio pode aumentar a
durabilidade do sistema, por mante-lo limpo, sem partículas de sal, água,
partículas.
Retífica RN – Você sabe, a Coluna não erra. No máximo comete
pequenas derrapagens. Caso da nota sobre a Easy Traction, empresa goiana
criadora de sistema mecânico para substituir os frágeis botõezinhos que acionam
tração nas 4 rodas e marcha reduzida. É www.easytraction.com.br
Ecologia – Listagem da
revista Newsweek indicou a Cummins,
produtora de motores diesel, como a mais “verde” entre as empresas industriais.
Na relação das 500 mais ecológicas do mundo ficou em 64º. Lugar.
Gente – François
Dossa, franco brasileiro, diretor administrativo da Nissan, promoção. OOOO Novo presidente. OOOO Deve ser bom de serviço, pois deixou de ser
diretor de banco, ficou meses na empresa e já chegou à janela. OOOO A Nissan passa por seu momento mais
importante, implantando fábrica. OOOO Flávio
Villaça, ex GM e Toyota, novo pouso.
OOOO Diretor para Desenvolvimento da Rede e Qualidade ao Consumidor na Nissan.
OOOO Lugar era de Tai Kawasaki, há
tempos na marca e novo diretor de Pós Venda.
De
trator Fiat, há mais de 100 anos
Automóveis, com função de ligar gentes e
lugares, criando a mobilidade, e tratores, incrementando a produção de
alimentos, são frutos da mesma árvore da tecnologia, adubada com as
necessidades dos tempos.
A Fiat, desde os seus primórdios, concluiu
que máquinas, processos e pessoas envolvidas para criar e produzir automóveis,
também poderiam fazer tratores. Eram de tremenda demanda, em especial se
lembrados os eventos de fome na Europa e no norte da África, fomentadores da
migração de pessoas, famílias, enorme contingente para o novo mundo onde a
subsistência seria menos difícil.
Em seus primeiros tratores motores com base
automobilística, reforçados para resistir às forças de oposição no arar,
gradear, sulcar a terra. Aplicava um vaporizador, arremedo mecânico otimizando
o uso de querosene, combustível mais encontrado àquela época, vendido para
iluminação em vendas e armazéns, mais disponível que a gasolina em latas ou em
raríssimas bombas.
A Fiat vende tratores no Brasil há quase um
século. Na década de ’40 preparou-se para iniciar produzir, mas só o fez na
década de ’60. Inicialmente no início da Via Anchieta, em São Paulo e após em
Contagem, colada em Belo Horizonte. Há poucos anos, quando produzir máquinas
agrícolas tornou-se mau negócio, apostou no futuro adquirindo as
norte-americanas New Holland de colheitadeiras e, após, a Case, colocando-as
sob a marca CNH.
Como registro, foi a Fiat Tratores que fez
toda a estrutura de relacionamento para a vinda da Fiat Automóveis para o
Brasil.
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