edita@rnasser.com.br -61.3225.5511
Coluna 1713 24.04.2013
|
Atualizado
em linhas e eletricidade, o novo Saveiro
Chegou a vez do Saveiro no processo de
atualização estética e tecnológica aplicados pela VW a esta família. Iniciando
pelo Gol e logo seguida, as mudanças são em estética, ganhos industriais, e
nova rede elétrica, permitindo aplicar confortos e equipamentos de segurança, e
Bluetooth, computador de bordo, espelho externo direito que baixa a cada engate
da marcha a ré, permitindo ver o meio fio.
O visual se alinha aos demais produtos, está
mais elegante, menos pesado que a série anterior. Não é um Voyage ou Parati
cortados após a Coluna B, mas apresenta componentes personalizados, como o para
choques frontal, capô, para lamas e grade específicos para esta versão,
realçando a aparência de robustez. Mecânica conhecida, motor dianteiro,
transversal, 1.6 comando simples, 8V, Totalflex, na cilindrada o menos potente
à venda no país, em fim de vida industrial. Transmissão conhecida, cinco
velocidades, tração dianteira.
Versões
A VW reconhece a verdade do mercado de
picapes: pouco trabalho, muito lazer. Assim a única versão apresentada em
cabine simples é a Básica, para
trabalho. Pode ser melhorada em aparência, harmonização de cor de carroceria,
maçanetas, com opcional pacote Trend.
Versões superiores, Trooper – nome já
utilizado pela japonesa Isuzu – e Cross,
tem cabine estendida e refinamentos em conforto. Apenas estas possuem
equipamentos de segurança, como almofadas de ar e ABS nos freios. Dado
interessante, é o primeiro picape utilizando tecido com fios desenvolvidos a
partir de garrafas PET.
Construtivamente o Saveiro melhorou com
aplicação de aço em diversas espessuras e especial atenção à resistência e
rigidez estrutural.
Outros
dados
Suspensão traseira com amortecedores mudados
de posição e caixa interna dos para lamas com espaço para receber um pallet - iniciativa do picape Peugeot.
De preços, mudanças minudenciais – coisa
pouca. De R$ 33.500 a R$ 48.500.
Dos mistérios cabalísticos de usos e
costumes automobilísticos no Brasil, está a diferença de preços entre a versão
mais básica e a mais luxuosa – sempre em torno de 50%, independentemente de
marca, tipo ou lógica aritmética.
O novo Fiesta hatch,
agora paulista de São Bernardo
A Ford
interrompeu importações do Fiesta hatch mexicano e passando a produzi-lo em São
Bernardo do Campo, SP, mais antiga das usinas paulistas de automóveis.
O hatch muito se diferencia do conceito de
carro nacional no limite do equilíbrio do uso de acessórios populares. Agora é Premium. Carroceria em quatro portas e
com motorizações regendo a incorporação de acessórios, confortos, itens de
segurança. Máquinas quase atualizadas – para sê-lo faltam injeção direta e
turbo. Mas portam bloco, carter, cabeçote em alumínio; variador de abertura de
válvulas no 1.6, e declaração de respeito ao consumidor: suprime o tanquinho de
gasolina para partida em motores operando com álcool – (creio, se engenheiro brasileiro for procurar emprego no exterior, e
colocar no curriculum ter participado de flexibilização de motores utilizando o
maldito depósito, não conseguirá a vaga. Suas associações de classe deveriam
protestar contra o uso deste traste anti tecnológico.)
O pacote inclui
pintura brilhante, aparentando profundidade, boa sonorização, integração entre
sistemas, conforto e segurança – as versões de menor preço tem dois air bags e ABS. A mais completa, sete
almofadas de ar.
Motores
Como a Coluna antecipou em 2012, o inesperado
motor 1.5, duplo comando em 16V, produz 111/107 cv com etanol e gasálcool. O
1.6, de idêntica configuração, tem comandos para abertura variável das
válvulas, faz 130 /125 cv. Está na Classe A em consumo, emprega transmissão Power Shift, 6 V, duas embreagens. A
versão mais cara tem controle de estabilidade e Hill Holder - para partida em rampa, chave programável MyKey.
Diz a Ford, o
estilo é o Kinetic, sugerindo movimento através de planos, cortes, e marca-se
pela grade frontal. O projeto conta com jeitosa mão de designers locais, mas as cores nada referem a nosso colorido país:
Azul California, Vermelhos Arizona e Vermont, Branco Artico, Preto Bristol,
Prata Dublin.
Preços
Abrem em R$ 39
mil para o 1.5 S, completo em confortos e o mínimo de segurança com ABS e dois air bags. Depois, versão SE a R$ 42.500.
1.6 SE agrega controle eletrônico de estabilidade, de tração, Hill holder, comando de voz, rodas em
alumínio. Transmissão de 5 velocidades, R$ 45.500. Power Shift 6 V, R$ 49.000. Titanium,
topo de linha, completa, R$ 55 mil.
Ou, reafirmando a
Tabela Brasil, quase 50% mais que a
versão inicial.
Informação
industrial, a geração anterior do Fiesta continua em produção em Camaçari, Ba.,
e utiliza motores da série anterior Rocam. A versão sedan do novo Fiesta continuará trazida do México.
Roda-a-Roda
Novidade
– Salão
de Shangai, em curso, mostra incalculadas novidades pela centena de fabricantes
de automóveis na China. Da JAC, associada localmente e construindo fábrica na
Bahia, cinco lançamentos e três conceitos.
Pretensão – Medida da
pretensão da JAC é o lançamento de motor diesel. Atualizado, informação não
cita origem, desloca 1.5 litro e, valente, produz 177 cv. Irá ao mundo, não ao
Brasil. Aqui o produto será o J2. Dentre as novidades, o J4 substituto do
pequeno sedã J3 Turin.
Presença – O que pode vir à
produção local é o Mercedes GLA. G
indica produtos com habilidades extra asfalto. No caso, pequeno utilitário
esportivo sobre a base do novo Classe A, aqui ora vendido em versão hatch.
Provável – Um dos maiores
mercados do mundo, em expansão, marca forte, sedimentada, sólida rede
revendedora, o Brasil terá o sedan
Classe A, o CLA, como a Coluna
antecipou mundialmente. Tais condições acicatarão decidir entre o possível e o
provável, e fazer a família sobre a plataforma comum. O GLA tem motorização
mais forte, 2.0, 211 cv, injeção direta, turbo.
Sim – Parcela nesta
conta é o projeto do renovado mandato do presidente da Mercedes mundial, fazer
a marca vender mais, resgatando a liderança de vendas de carros Premium entre
as alemãs. O Classe A lidera o segmento neste ano. A mesmos clientes
concorrente BMW fará utilitário esportivo em Santa Catarina.
Gente fina – Para comemorar 100 anos, a Maserati fez
projeto de longo prazo com a marca de moda e também italiana Ermenegildo Zegna.
Inicia em versão especial ao centenário, com tecidos sugeridos e produzidos no
Lanificio Zegna. Em 2016 a Zegna fornecerá design,
produção de tecidos e decoração interna.
Porque – Não
é novidade a junção de etiquetas de classe com automóveis, mas a enzima para a
reação italiana foi o acordo entre a coreana Hyundai e a francesa Hermés para
idêntica colaboração no sedã Equus.
Sim – Citroën confirmou o substituto do C4 no Salão de
Buenos Aires, junho. Mas esclarece, o Loundge,
nome para o mercado brasileiro, não é o C4L, modelo chinês, como especulado. Há
peculiaridades.
Curinga – Para não fazer a quarta nomeação em três
anos de presidente da General Motors do Brasil, Jaime Ardilla, CEO para a
América do Sul, deu jeito simples: avocou a gestão da empresa.
Carreira – Ardilla é um dos agentes salvadores da
quase quebra da matriz. Vultosas exportações de numerário auxiliaram a
sobrevivência, e a região que comanda produz ótimos lucros relativamente ao
investimento.
No ponto – Como negócio, a GMB finalmente atualizou
a linha de produtos, porém sem resultados em 2012 em vendas e participação de
mercado em relação a Fiat e VW, líderes. Como carreira, se ampliar lucros e
mercado, estará na rampa de lançamento a lugar no board da Corporação.
Balcão – No que interessa ao mercado, para vender a
GM lançar-se-á em variadas formas de varejo para vender. Promoções, séries
especiais ...
Etanol – Governo baixou outro pacote de incentivo
à produção de etanol. A sociedade pagará pela redução de impostos e pelos
financiamentos incentivados, mas dificilmente verá o preço baixar. O pacote
busca reduzir o consumo de gasolina, que não produzimos bastante para o
consumo. A marcha a ré tecnológica e o aumento da frota causaram exponencial
gasto em importação. Daí também aumentar a adição de álcool à gasolina para 25%
- para fomentar o consumo de álcool e reduzir o de gasolina.
? – Porque o etanol
não é consumido ? No compatibilizar
combustíveis tão diferentes, os motores flex gastam mais em gasolina e em
álcool. Não seria melhor impor, como nos
EUA e na Europa, médias para reduzir consumo? No projeto oficial, o Inovar Auto as metas de economia apenas
recuperam a longo prazo o aumento pelos flex. Gastam mais à vista, demoram para
zerar a prazo.
Sociologia – É apenas outra edição do exercício
nacional de remendar os remendos em lugar de arranjar um cobertor novo e
competente.
União – Uma corrente tem a força de seu elo mais
fraco. Sabedoria antiga, no Mercosul mede o poder do grupo, concluindo pela
necessidade de fortalecer os estados membros com menor atividade industrial,
Uruguai e Paraguai.
Ação – Projeto de Adensamento e Complementação Automotiva,
executado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, ABDI,
cofinanciado pelo Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento
Institucional do Mercosul, (Focem Auto), visa aprimorar operações e
competitividade entre pequenos e médios fornecedores de autopeças.
Oriental – Patrícia Vicentini, diretora, lembra, o
trabalho se iniciou em 2010 e há compromisso das empresas. Ideia é, em 24 meses, ter a ponta do continente integrada e competitiva,
reduzindo pobreza, melhorando empregos, formando e capacitando profissionais.
De empresas, 44 daqui, 26 argentinas, 10 paraguaias, 9 do Uruguai.
Desdobramento – Em seu
patrocínio ao Flamengo, a Peugeot decorou um sedã para servir ao presidente do time,
Eduardo Bandeira de Mello.
Curiosidades – No tema,
automóvel não é mercosulino 408, mas francês 508; o acordo é com o Flamengo,
mas a empresa é fluminense, de Porto Real, RJ.
Produção – Cores do time:
exterior preto; fosco nas rodas e, num orifício, borda vermelho brilhante.
Interior preto e vermelho, emblemas no teto e laterais.
Decisão – Pensou-se
fazê-lo vermelho. Mas aí, com os emblemas externos pareceria carro de over comandante do Corpo de Bombeiros.
De volta – Japonesa
Dunlop volta ao Brasil. Não a Campinas, onde operou e é homenageada por sua
mais extensa avenida. Vai-se à Fazenda Rio Grande, Pr, e produzirá a partir de
outubro pneus para automóveis, SUVs e Vans. Rede com 50 lojas, será instalada
ainda neste ano. Está na hora de rever o batismo.
Personalidade – Maior
empresa brasileira de acessórios, a Keko reviu estribos e santantônio para
picapes. Novo perfil, encaixes perfeitos, ponteiras na cor do veículo. Para o
arco de proteção, sobre capas em plástico em 36 cores. A picapes médios – Ford
Ranger, Nissan Frontier, Chevrolet S 10, VW Amarok, Mitsubishi.
Passeio – Espírito
esportivo, diversão e camaradagem no III
Encontro Internacional de Fords A, reunindo colecionadores argentinos,
uruguaios, chilenos, paraguaios, colombianos. No Brasil é liderado pelo Clube
do Fordinho.
Ir - Os Fords
Modelo A, produzidos entre 1928 e 1932, sairão de S Paulo a Curitiba, Pr. Lá,
com adesão paranaense, mirarão os cromados radiadores para Foz do Iguaçu. A
fim? Não precisa ser sócio, apenas ter Ford A e espírito. Com Nelson Fidelis – cinefoto@importecnica.com.br
Ecologia – O Smart será o
primeiro elétrico vendido na China. Feito na França, parte elétrica alemã, é
bem vindo pelo governo por conta do trânsito exigindo veículos menores, apesar
do deslumbramento de consumo com os grandões, e pela falta de emissões,
presente a um país desgovernado em poluição.
Fiat
Spazio é antigo premiado na Argentina
Ao inovar no mercado brasileiro com o Fiat
147, motor transversal, estepe ao seu lado, ótima relação entre tamanho e
espaço interno, a Fiat apresentou-se ao Brasil.
Em versões e modelos, em 1982 chegou ao
Spazio, criação nacional e primeira mudança de estilo. Um 147 de luxo, frente
mudada, e espessas lanternas traseiras para sugerir maior volume, atrativa
diferença com o 147, fazendo ponte até a chegada do vitorioso Uno em 1984. Aí
saiu de produção após 13.678 unidades, passando a solução estilística ao 147,
mantido até 1987.
O desenho foi levado para a Argentina e lá,
onde o Uno não foi produzido, manteve-se em linha até 1994.
Seria
apenas referência distante, mas recebeu reconhecimento formal de importância
histórica ao ser escolhido por júris popular e especializado como o vencedor do
IV Auto Argentino, a exposição de
antigos no vizinho país que, como o pioneiro nacional Carro do Brasil, faz encontro exclusivo de veículos que contam a
história do país. No caso, unidade 1994, perfeita, não restaurada, com 59 mil
km rodados e, à data, com 19 anos, 3 meses e 7 dias de produção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário