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- 61.3225.5511 Coluna 3813 18.09.2013
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Audi anuncia fábrica,
A3 e uso de motor Volks 1.4
Com direito a audiência
com a Presidente Dilma Roussef em dia de decisão de não viajar aos EUA em
protesto à arapongagem estadunidense sobre nossos assuntos, Rupert Stadler,
presidente da Audi mundial, com Bernd Martens, membro do Conselho e autoridade
sobre Jörg Hofmann, presidente da Audi Brasil anunciaram a produção do sedã
Audi A3 no segundo semestre de 2015, e do utilitário esportivo Q3 no primeiro
trimestre de 2016. Investirá 150M de Euros para produção na fábrica da
Volkswagen em São José dos Pinhais, Pr. Volkswagen e Audi pertencem ao mesmo
grupo, facilitando uso de instalações e efetivar processos comuns.A produção dos Audi
será paralela à ainda não anunciada do Golf 7ª. geração, sobre a mesma
plataforma flexível. Na entrevista, informação do motor VW 1.4 TSI – duplo
comando de válvulas, injeção direta, turbo -, flex equipando o Q3, como o fará
para o Golf 7. Tal engenho será produzido pela VW em São Carlos, SP, e seu uso
auxiliará cumprir os flexíveis índices de nacionalização.
Internacionalizar-se tem
sido caminho para fabricantes europeus, ainda no rastro da quebra
estadunidense, e neste ano, pela primeira vez, do milhão e meio de Audis
produzidos, mais de metade será vendida fora da Europa. Os mercados em
desenvolvimento, em especial China, Índia, Russia, Brasil e África do Sul, tem
merecido atenções pelas respostas em vendas e lucros. O Brasil é o último a ver
a Audi surfar na onda, e a explicação era o aguardar a chegada do novo Golf e
sua plataforma moderna.
Dado curioso é a
relação entre os 150M de Euros anunciados como investimento, e as providências
simplórias de fazer galpão, equipamentos para montagem e ampliação do setor de
pintura atendendo às duas marcas. Para desenvolvimento de fornecedores, Bernd
Martens, que morou no Brasil, fala português, e quem estará adstrita a
operação, buscou auxílio com a Volkswagen, que dedicou uma equipe para
auxiliar.Última das alemãs a
subir ao barco do mercado nacional, seus produtos suprirão, de princípio,
mercado doméstico e América Latina. Briga alemã transcende às fronteiras
pátrias. BMW já movimenta terra para galpões industriais em Santa Catarina, e
Mercedes definiu – como a Coluna antecipou
mundialmente – aqui fazer o recém lançado sedã CLA e o utilitário esportivo
GLA. Não escolheu local. O condicionamento externo, a busca por mercados, e a
regras cerceadoras aos importados, como o elevado imposto de 35%, mais IPI e o
Super IPI de 30 pontos sobre o primeiro, provocam decisões sobre o futuro. As
alemãs bancam a vinda agora para garantir vendas num mercado crescente.
Um tranco para pegar
A Toyota do Brasil deu
uma travada e um empurrão no Etios, buscando superar a má impressão de
acabamento deficiente, projeto desidioso, e preço fora do mercado, resultando
em constantes descontos para induzir as poucas vendas e afastar o rótulo
de mico. Tem nova série 2014.Não poderia mudar o
carro, reconhecendo oficialmente o erro na conformação do produto, optando pelo
disfarçado relançamento e pequenas intervenções, nos revestimentos, e pintar o
painel em preto. O Etios sofre problema genético de difícil cura. Foi
desenvolvido para a Índia, mercado novato, sem amadurecimento, e com a
característica da mão inversa, a inglesa. Na transformação para o Brasil,
mercado com maior vivência com automóvel e maior exigência, mudaram o lado do
volante mas, por economia ou empáfia deixaram quietas as tomadas de ar, agora
dirigidas ao passageiro, e não melhoraram o padrão interno.
Nova série, uso do
motor 1500 cm3 na versão XS, confusa lista de versões, preços maiores marcam o
recomeço. Não se sabe se o
tentativo resgate do mico tenha mão e ordem de Mark Hogan. Ex
presidente da GM no Brasil, onde criou fábrica em Gravataí, RS, e dos carros
que mudam a casca mantendo a base mecânica – Corsa, Celta, Ágile, Montana –,era
consultor e foi nomeado membro do board Toyota. Há três meses
determinaram-lhe acertar a marca na América Latina.Começou com alguns
sustos, incluindo a conformação do Etios, a desmoralizante surra de vendas dada
pelo estreante Hyundai HB 20, de marca chegante ao país fazendo produto mais
adequado que o da Toyota, aqui há 55. Decepcionou-se com a reduzida
centimetragem a ela dedicada por veículos e cadernos especializados
relativamente às outras marcas, sinônimo de ociosidade, falta de norte e
incompetência no relacionamento externo.
Se, como afirmou, a
Toyota negligenciou a América Latina, haverão coisas e gentes a ser mudados.
Quanto
Etios
Versão
R$
|
Hatchback
29.990,00 |
Hatchback
X
32.790,00 |
Hatchback X com
ar
35.690,00 |
Hatchback
XS
38.990,00 |
Hatchback
XLS
42.490,00 |
Sedã
X
36.590,00 |
Sedã X com
ar
39.490,00 |
Sedã
XS
41.490,00 |
Sedã
XLS:
44.990,00 |
Roda-a-Roda
Negócio
– O
interesse comum de Fiat e o VEBA, plano assistencial dos funcionários da
Chrysler, básico ao renascimento da marca, fendeu com a vontade da Fiat, com
58.5% da Chrysler, comprar demais 41,5%, fundir empresas.
Hummm – Dificuldade
estava em valorar as ações entre o antes e o agora, e o VEBA não aceitou a
oferta da Fiat. A italiana deve dar o primeiro passo: abrir o capital por
IPO. Com ações na Bolsa, o VEBA pode vender as suas a preço de mercado, ou
ceder parte à Fiat, detendo as restantes.
Brasil – Três brasileiros
sinalizaram aquisição dentre os 918 Porsche 918, série especial a esgotar-se em
si mesma. US$ 845 mil, lá. Aqui, para mais de R$ 5M.
Mudança ? – Desde o tempo de Enzo
Ferrari, status na marca eram motores de 12 cilindros – outros
eram apenas outros. Agora, a barreira legal em consumo e emissões, força
ao downsizing, diminuição física e de cilindrada do motor,
compensando potência pela uso de injeção direta, válvulas variáveis e turbo.
Caminho – Natural e
prático seria usar motores V6 com turbo, de 3.0 e 3.8 litros, fazendo 325 e 523
cv, produção Maserati, também Fiat. A solução é boa em engenharia e legislação.
Mas Ferrari sem 12 cilindros causa urticárias.
Opção - Ferraristas acreditam, Amedeo
Felisa, CEO da marca, ao anunciar aplicar metade do orçamento de tecnologia no
desenvolvimento de motores, tem solução pronta. E, na ponte para chegar aos V6,
talvez um intermediário V8.
Prêmio – Fiat levou rede
concessionária à Áustria. Colocar pilha para manter a liderança, dar injeção de
ânimo, indicar novidades. Mais próxima, picape Strada cabine dupla, três
portas, lançamento outubro.
Como – Coluna informou, a terceira
porta fica à direita, abrindo em sentido suicida, e se arremata contra a
dianteira. Abertas facilitam entrada e saída. Fechadas, encontro forma coluna “B”
estrutural.
Concorrência – Consumidores dirão,
parece o insólito Veloster Hyundai, inexplicável veículo sugerindo cruza de VWs
SP2 com Kombi. Solução das portas já foi praticada no Brasil em picapes da GM e
da Ford.
Saveiro – O lançamento se
antecipa ao da Volkswagen, versão Cabine Dupla do picape Saveiro, segunda em
vendas, tentativa de ampliá-las e diminuir o espaço de vendas existente até o
Strada, líder da categoria.
Segmento – Picapes pequenos são
exclusividade brasileira e novo concorrente ano próximo. Baseado na robusta
plataforma B90, frente parecida com o próximo retoque do Renault Duster. A questão
hoje é: será Renault ou Nissan ?
Mais – Anfavea, associação dos
fabricantes de veículos, reviu projeções e aposta em recorde de produção em
2013. Espera crescer quase 12%, arranhando 3,9M de veículos neste exercício.
Crescimento também puxa máquinas agrícolas. Bom sinal. Contraponto é a queda de
20% na venda dos importados.
Novata – Recém chegada,
montada pela Dafra em Manaus, a italiana Ducati vendeu 105 unidades em agosto,
- e 259 neste exercício. Quer abrir a manete e cravar 1.100 em 2013 - quase
cinco vezes mais que a média atual.
Sabia ? - A Ducati, de
picos tecnológicos como os comandos desmodrômicos de válvulas, foi comprada
pela Audi para aprender os segredos de potência, baixo peso e construção com
metais leves.
Lorena – II Encontro. Águas de Lindóia, 20/22, presentes Leon Lorena, criador da marca, e seus continuadores. Pioneiro esportivo em fibra de vidro, produzido por meia dúzia de empreendedores. Hoje o brasiliense Luiz Fernando Lapagesse o exumou e faz o maior movimento.
Contato: helioherbert@uol.com.br
Gente – Fernando Campos, 72, jornalista, português, goiano. OOOO Assembléia Legislativa de Goiás sapecou-lhe título de cidadão. OOOO O luso melhor representa a atividade de escrever sobre automóveis no Goiás. OOOO Akio Toyoda, empresário, 100, passou. OOOO Herdeiro da Toyota comandou a internacionalização e atrevimento de participar do mercado dos EUA. OOOO Christian Buhlmann, comunicólogo, 23, Brasil. OOOO Era assistente da direção de comunicação mundial na matriz Volkswagen, agora no. 1 da área na Audi Brasil. OOOO Wladimir Melo, jornalista, mudança. OOOO Era BASF, mudou-se para a BMW. Fábrica e lançamento. OOOO Hetal Laligi, alemão, 40, promoção. OOOO Novo VP de Finanças e Controlling da Mercedes. OOOO Encerra as mudanças na diretoria da empresa. OOOO Já trabalhou no Brasil com olhos na América Latina. OOOO
Air bag, pioneiro foi o Fiat
Tipo
A partir de primeiro de
janeiro todos os automóveis e comerciais leves vendidos no mercado doméstico
portarão, obrigatoriamente, air bags, almofadas de ar formadoras de
barreira entre usuário e veículo, e o sistema anti bloqueio dos freios, o ABS.
Hoje o percentual no segmento contendo-os ultrapassa 50%, em curva ascendente,
provocada pela redução de custos, consciência do motorista, e disponibilidade
no estoque dos concessionários.Pioneiro em utilizá-lo
no Brasil foi o Fiat Tipo, de passagem breve e marcante – de 1993 a 1997.
Importado, inaugurou, a sério, a descoberta da possibilidade de ter automóvel
europeu moderno, equipado em nível de sedução aos consumidores: trio elétrico,
estofamento em tecido alegre, dando sensação de maior área interna, chave para
manobrista – sem acesso a porta luvas e porta malas – direção hidráulica, ar
condicionado... E, parte importante, preço final extremamente atrativo,
cerca US$ 17 mil, bateu recordes de vendas. Maior deles, janeiro de 1995 mais
vendido do país: quase 14 mil unidades e superou o VW Gol !
Fiat e GM, com Tipo e
Vectra disputavam a primazia, espécie de marco no mercado brasileiro para
exibir nivelamento entre consumidor brasileiro e o do exterior. A Fiat ganhou a
corrida antecipando o oferecimento por único e solitário dia. Pouco como
expressão numérica, muito como referencia institucional.A marca foi também a
primeira a fazer pacotes com os dois sistemas agora obrigação legal, com preços
atrativos para convencer os consumidores da importância da presença destes
equipamentos para diminuir danos materiais, físicos, e salvar vidas.
ERRATA:
A nota Gente, na coluna 3813, informa o passamento de Akio Toyoda. Este está vivo e bem vivo.Quem passou foi o Eiji Toyota. peço desculpas.
Roberto Nasser
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