Estar entre os primeiros
colocados do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck é uma grande vantagem. No
entanto, essas posições cobiçadas por todos no grid da mais popular categoria
do automobilismo da América do Sul, são, ao mesmo tempo, as menos desejadas.
Claro que não pelos resultados que levaram esses pilotos aos lugares, mas pelo
uso dos restritores de potência dos motores, cuja nova regra entra em vigor a
partir da quinta etapa da temporada, dia 3 de julho no Autódromo Ayrton Senna,
em Londrina, Norte do Paraná. A declaração do tricampeão Felipe Giaffone dá uma
ideia do sofrimento que os cinco primeiros enfrentarão.
"É duro dizer isso, mas felizmente não sou o
líder do campeonato e não terei o restritor que tira a maior quantidade de
potência do motor. No entanto, também vou perder bastante, pois o de segundo lugar
me leva a perder algo em torno de 120 cavalos. O que é bastante, mas tem gente
pior do que eu. Tenho de correr mais com a cabeça do que com o pé direito",
brinca Giaffone numa referência ao líder Diogo Pachenki, que deixará de usar
cerca de 140 HP do seu caminhão Mercedes-Benz
Apesar da dificuldade que enfrentará, Felipe
garante que a pista de 3.145 metros da cidade do Norte do Paraná é uma das que
a perda de força nos propulsores fará menos efeito.
"Sem dúvida que vai atrapalhar, mas Londrina é uma
das que menos dificulta. Se fosse em Goiânia seria bem pior, assim como será em
Interlagos, onde quem usar o restritor vai sofrer muito mais mesmo. Apesar de
Londrina ter pontos de subida, a gente não sente tanto assim", diz Felipe.
Tudo isso leva o tricampeão da Fórmula Truck, e
ganhador de duas etapas nesta temporada, a ter previsão pessimista da etapa do
dia 3 de julho.
"Fazer a pole position é bem difícil. Não
largando na frente, passar sem a força do motor, não dá! Largando mais para
trás, preciso correr tentando chegar na frente dos adversários que estão perto
na tabela de classificação. Corro sem ilusão alguma, pois pensar em vitória
seria irreal. A vitória virá somente se tiver muita sorte e todos quebrarem".
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