Dados da ABRACICLO, Associação
Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas
e Similares, mostram que foram produzidas 76.668 motocicletas em setembro, o
que representa recuo de 4,4% sobre o mês de agosto (80.192). Na comparação com
o igual período de 2016 (80.509) a retração foi de 4,8%. Os números referentes
aos nove primeiros meses do ano também indicam uma queda: no período saíram das
linhas de produção 652.192 motocicletas, correspondendo a um recuo de 8,5% na
confrontação com o ano anterior (712.999).
Em setembro, o desempenho de vendas no
atacado – para as concessionárias – também foi inferior a agosto, com 63.428
unidades repassadas às lojas, o que representa um recuo de 12,8% sobre as
72.778 unidades comercializadas no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês
de 2016, a queda é de 16,8% (76.268). Já no acumulado do ano, o recuo é de
11,7%, com 603.351 em 2017 ante 683.453 no ano passado.
“Embora os números ainda sejam
negativos, o nível de estoques de determinados modelos nas concessionárias é
insuficiente para atender ao mercado, o que pode ter contribuído para limitar o
crescimento das vendas no varejo. Isto sinaliza a necessidade de adequação dos
níveis de produção atual à demanda”, afirma Marcos Fermanian, presidente da
Abraciclo.
Segundo Fermanian, outros fatores que poderão contribuir para um
cenário mais animador, a partir de agora, são o Salão Duas Rodas 2017, que
ocorrerá de 14 a 19 de novembro em São Paulo, o pagamento do 13º salário e a
chegada do verão. “São importantes acontecimentos que aumentam o interesse dos
clientes pela compra de motocicletas”, diz.
Os volumes de exportações do segmento
de motocicletas continuam a subir e totalizaram 11.208 unidades em setembro,
alta de 160,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado (4.298) e aumento
de 54,8% sobre agosto (7.239). No acumulado, o volume de motocicletas enviadas
para outros países foi de 59.244 unidades, 35,4% superior aos 43.752 embarques
registrados em 2016. O principal destino das motocicletas exportadas ainda é a
Argentina.
Emplacamentos
Com base nos
licenciamentos registrados pelo Renavam, as vendas para o varejo totalizaram
66.209 unidades, queda de 13,3% sobre as 76.336 mil motocicletas emplacadas em
agosto. Na comparação com setembro do ano passado* (66.822 unidades) foi
verificada praticamente uma estabilidade, já que houve recuo de somente 0,9%.
Nos nove primeiros meses de 2017 a redução foi de 6,9%: 640.063 licenciamentos
em 2017 e 687.280 no ano passado. A média diária de vendas em setembro ficou
estável, com 3.310 motocicletas, ou seja, apenas 0,3% menor na comparação com a
média de 3.319 unidades registrada em agosto. Contudo, na comparação com
setembro do ano passado (3.182) deu um salto de 4%.
(*) Foram desconsiderados os ciclomotores usados, cujo licenciamento junto aos Detrans passou a ser obrigatório a partir da Lei nº 13.154, de 30/07/2015, e da Resolução Contran nº 555/15, de 17/09/2015.
Revisão
da Projeção
Com os resultados apurados nos nove
primeiros meses, a expectativa da indústria, a partir de agora, é fechar o ano
com 885.000 unidades produzidas, o que representa estabilidade com relação a
2016, quando foram fabricadas 887.653 motocicletas. A previsão inicial era de
um leve crescimento, de 2,5%, chegando a 910.000 até dezembro.
Já o volume para as vendas no atacado
foi revisado para baixo: o que se espera é 813.000 unidades até o último mês do
ano, ou seja, queda de 5,4% na confrontação com 2016. Antes, era previsto um
recuo de 4%, com 825.000 motos vendidas às concessionárias.
No que diz respeito às vendas para o
varejo, a redução chegará a 4,4%, devendo fechar dezembro com 860.000
emplacamentos. O esperado era alcançar 890.000, sendo uma queda de
1,1%.
Para as exportações o cenário ainda é
de crescimento, contudo com um volume menor do que era previsto: crescimento de
35,5% para o ano, atingindo 80.000 unidades. No começo de 2017 a indústria
vislumbrava um acumulado de 93.000 unidades, o que representaria alta de 57,6%.
Mesmo com estas revisões, há grande
probabilidade de retomada do crescimento a partir de 2018. “Com inflação
controlada, abertura de novas vagas de emprego e redução das taxas de juros já
é possível deslumbrar um cenário melhor para o próximo ano”, comenta Fermanian.
PROJEÇÃO 2017
|
||||
|
2016
|
2017
|
Qtde
|
Var %
|
Produção
|
887.653
|
885.000
|
- 2.653
|
-0,3%
|
Atacado
|
858.120
|
813.000
|
- 45.120
|
- 5,4%
|
Varejo
|
899.793
|
860.000
|
- 39.793
|
- 4,4%
|
Exportação
|
59.022
|
80.000
|
+ 20.978
|
35,5%
|
Fonte: Abraciclo / Associados
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