Coluna 4117 - 13.10.2017
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Supresa boa. Citroën entrará no mercado de comerciais
Jornalistas presentes à apresentação do furgão médio Citroën Jumpy
se surpreenderam. Estavam preparados para ouvir usual torrente de elogios,
descrição da fórmula de imbatividade, explicações sobre a superioridade do
produto. Coisas usuais. Afinal, tais colocações fazem parte das repetitivas
apresentações de novos produtos. Leitores da Coluna já
conheciam o Jumpy, nela divulgado desde a decisão da PSA, a holding reunindo
Peugeot-Citroën-Dongfeng em montá-lo e a seu espelho Peugeot Partner no
Uruguai.
Ve-lo foi interessante, conduzi-lo instigante pois as sensações são
automobilísticas – fácil entender, é a plataforma do Peugeot 3008 esticada, reforçada
e adequada ao novo trabalho. Curiosidade estava no pacote de providências já
tomadas para a holding aumentar substancialmente sua participação no mercado de
comerciais. PSA e Citroën apostam no torcer do parafuso da ecologia,
restringindo circulação dos atuais VUC – veículos urbanos de carga,
representados por Mercedes Sprinter, Renaults Master, Kias e Hyundais – pelos
VUL, veículos urbanos leves. São menores, mais baixos, mais confortáveis, mais
camionetes e menos caminhões.
Razões
Pretensões elevadas no caso da Citroën – a Peugeot não exibiu seu produto.
Quer passar dos atuais 1,3% de participação nas vendas a 6% em 2018 e 12% -
quase 10 vezes mais – até 2021. Comerciais leves tem previsão de representar
15% das vendas no país.
Mescla das marcas Peugeot e Citroën terá produtos equivalentes: grandes
Boxer e Jumper; médios Expert e Jumpy, pequenos Partner e Berlingo. Produtos
fazem uma liga das nações: maiores importados da Itália – são Iveco, empresa
Fiat, mudada do Brasil; médios com material importado e montados no Uruguai;
leves produzidos na Argentina. Como Peugeot haverá um picape médio – como Coluna também
antecipou, projeto franco-chinês previsto para 2020. Na América Latina querem
saltar de 200 mil unidades vendidas para 300 mil até 2021. Crescer 50%.
Citroën
Marca montou operação continental para distribuir produtos pela América
Latina, e no mercado interno acertou o Jumpy para as condições nacionais,
controlando preço inicial para ser o menor do mercado; revisões com preço
prévio; seguro de assistência; garantia de atendimento rápido; carro reserva.
Importações iniciadas com furgão, diferenciado pelas largas portas traseiras
abrindo a 180 graus; porta lateral corrediça; arte para bascular para cima o
banco lateral e permitir colocar carga comprida – como tábuas, escadas ou o que
tiver até 4m. Transformadoras brasileiras já criaram ambulância, carro de presos,
transporte escolar. Haverá versão passageiros em seis meses.
Iniciativa continental tem base europeia, onde as marcas vendem mais de
1/5 do mercado, e garantem ótima saúde financeira – o lucro para fazer e vender
os comerciais supera o de automóveis com preço assemelhado.
Mecânica moderna. Monobloco, motor diesel 4 cilindros, 8 válvulas,
turbo, bloco e cabeçote em alumínio. Produz 115 cv e 30 Nm de torque,
transmitindo movimento às rodas dianteiras. Diz a Citroën ser o mais econômico
do mercado – deve ser pela menor cilindrada -, 11,4 km/l na estrada e autonomia
de 820 km. No preço inferior, no menor consumo, na prioridade nas oficinas,
quer se vender a empresários de comércio e indústria.
Não tem refinamentos construtivos para barrar os preços: iniciais
R$79.990 e após lançamento R$ 83.990. Com ar condicionado, faróis de neblina e
o ModuWork – o basculamento do banco -, R$ 87.990 logo evoluídos a R$ 91.990.
Mercedes constata. Fundo do poço tem mola.
O ditado do interior parece ter inspirado o alemão Phillip Schiemer,
presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO da América Latina. Com vendas e
produção caídas pela metade, funcionários sobrando, convenceu seus chefes na
mesa diretora da matriz a realizar investimentos na operação brasileira.
Aplicará R$ 2,4 bilhões para nova etapa de modernização de suas fábricas no
país. Exceto a de Iracemápolis, SP, onde monta automóveis, a grande operação de
São Bernardo do Campo, SP, base produtora de caminhões, e de Juiz de Fora,
fabricante de cabines, merecerão investimentos para aumento de produtividade e
incremento de operações automatizadas, incluindo o novo patamar operacional
para indústrias, o revolucionário Indústria 4.0. Dedicar-se-á, também, a
desenvolver novos veículos, tecnologia de serviços e conectividade.
Houvesse apenas visão do presente, Schiemer teria comprado caixas de
lenços para enxugar as lágrimas advindas dos maus números. Atualmente os da
Mercedes são desanimadores: queda de vendas e ociosidade de 50%; excesso de mão
de obra. Na prática tem o operacional entre gente e máquinas, mas com produção
contida para evitar fazer estoques.
Cruzamento de números de fim da queda econômica,
expansão das exportações, crença no crescimento do mercado interno deram a
chave para preparar-se a atender as novas demandas dos clientes. O investimento
se incorpora aos atuais R$ 730M para modernizar as usinas de São Bernardo e,
como lá se pronuncia, J’iz difora. Outros R$ 70M estão
direcionados a construir um campo de provas para caminhões e ônibus no antigo
canavial integrando a área de Iracemápolis, para ser o maior e mais completo do
Hemistério Sul.
Roda-a-Roda
Espaço – Volkswagen iniciou homeopática
divulgação de seu próximo sedã, o Virtus. Sobre plataforma multi dimensionável,
bons traços, terá vendas iniciadas em janeiro, com apresentação à imprensa nos
próximos dias.
Mercado – Mercado dá sinais de recuperação – 24% de aumento
relativamente a setembro de 2016. Motivos, melhora conjuntural da economia,
queda de juros. JAC deu salto pontual. Dobrou vendas em setembro com vendas do
SUV T40.
Fusão – Patrocinadora da carioca escola de
samba Unidos de Vila Isabel, a Renault-Nissan-Mitsubishi levou o carnavalesco
Paulo Barros a conhecer a área de design avançado da Renault,
e direito a papo com o holandês Laurens Van Den Acker, seu designer maior.
Futuro – Foi no Technocentre, o centro de
pesquisa e desenvolvimento da marca, perto de Paris. Ideia foi ajudar o carioca
a moldar o desfile de Carnaval neste ano sob o tema Corra que o futuro
vem aí.
Herança – Poucas motocicletas são tão
referencias quanto as quase cinquentenárias Honda quadricilíndricas. Com base
na CB 750 surgida em 1969 e derivações, retocou geração atual, CB e CBR 650F.
Numeral indica cilindrada.
Ganhos – Potência ganhou 1,5 cv, passando a 88,5 cv, câmbio de seis
velocidades encurtou 2a, 3a 4a privilegiando
aceleração nas arrancadas e enfatizando característica auditiva: marcante som
dos quatro cilindros DOHC.
Quanto - Duas versões: CB 650 F (R$ 33.900) e CBR 650 F (R$
35.500); postos São Paulo, + frete e seguro. Diferença decorativa, com a versão
R com carenagem sugerindo motos de corrida. Cores vermelho e azul metálicos.
Enfim
– Ipiranga de Petróleo tem nova gasolina, a
Octapro. Mantém a oxigenação pela adição de álcool, e série de aditivos para
elevar a octanagem a 96 e outros para ajudar a limpar os resíduos e a
porcariada provocada pela queima da mistura ar/gasálcool. Agora as maiores
distribuidoras já tem a gasolina adequada aos veículos com elevadas taxas de
compressão.
Direcionada – Não é para o motorista
cuidadoso, mas a donos de automóveis com elevada taxa de compressão, de 10:1,
por exemplo e, especial uso de turbo alimentador. Motores com reduzida taxa de
compressão não aproveitarão sua capacidade anti detonante. Octapro suprimiu
produção da Premium.
Lei – Subcomissão de Regulamentação do Recall,
da Câmara dos Deputados redige Projeto de Lei para unificar chamadas de recall, as
responsabilidades dos fabricantes de veículos, e as omissões legais.
Quem - Deputada Christiane Yared (PR-Pr) autora do requerimento,
tem 29 propostas de legislação de trânsito, lidera o esforço. Desde 2015 4,5M
de veículos foram chamados a correções, e em 2016, dentre os 130 havidos para
produtos industrializados, 105 – 3/4 - eram de veículos.
Sugestões? dep.christianedesouzayared@camara.leg.br
Carona – Deputado Alexandre Valle (PR-RJ)
propôs suspender a comercialização de veículos com re call anunciado.
Entende ser a maneira de evitar a consequência das falhas motivadoras do re
call.
Cheiro – Mercedes-Benz Parfums trouxe ao Brasil versão de sua água
de colônia, marcada por cítricos – toronja, tangerina e laranja brasileira,
mais pimenta rosa, gengibre, madeiras louras, vetiver e almíscar. Eau de
Toilette vaporizador de 120 ml. Preço ? R$ 363,00. Coerente.
Pretensão – Empresários goianos
liderados pelo deputado Alexandre Baldy (PODE), foram ao presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, sensibilizá-lo à proposta de implantar em Anápolis um polo
industrial para materiais de Defesa Nacional.
Razão - Ancoram o pedido pela cidade ser a
base aérea de apoio à Capital; de receber os futuros caças Gripen; de ter
estrutura e mão de obra a atividades de metal mecânica; oferecer incentivos
fiscais. Lá opera uma das fábricas Hyundai.
Remédio – Quem imagina o passar do tempo
induzindo serenidade, Gazet Van Antwerpe relata multa aplicada a
octogenária senhora belga. Para acabar com a insônia, em vez de chá e sessão da
madrugada, foi dar uma volta em seu Porsche. Apreendida a 236 km/h, Juíza não
relevou: US$ 4 mil de multa e suspensão do direito de dirigir por três meses.
Polo Jeep festeja 30 meses de produção, liderança e exportação
Trinta meses após ter transformado um canavial em fábrica de veículos, o
Polo Automotivo Jeep festeja produção de 300 mil veículos – destes, 40 mil
exportados desde Goiana, Pe, para a América Latina.
Fábrica introduziu o topo dos sistemas de administração e produção,
o World Class Manufacturing (WCM), uma das especialidades de Stefan
Ketter, presidente da FCA no Brasil e América Latina. Operação festeja a
implantação em local de mão de obra despreparada; colocar três produtos na
linha de produção – picape Fiat Toro, Jeeps Renegade e Compass; conseguir
liderança setorial com o Toro, e alternância através dos produtos Jeep. Um
recorde industrial.
Chamá-lo Polo indica o fato de reunir, além do negócio FCA, 16
fornecedores de auto peças em torno da operação industrial para obter rapidez e
produtividade, melhor indicativo do sucesso do projeto.
O Polo não é apenas uma fábrica no meio do nada no nordeste de
Pernambuco, mais próximo a João Pessoa, na Paraíba, que da capital
pernambucana. Pela localização é uma usina para fornecimento mundial, iniciando
com a América Latina, iniciando suprir o mercado mexicano, recém lançando o
Compass na Argentina, maior mercado de exportações no Continente. Os negócios
para venda a outros países coloca os veículos construídos em Goiana como os
três produtos com maior volume de exportação pelo porto de Suape no primeiro
semestre deste ano
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