As dezessete marcas filiadas à Abeifa – Associação
Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com
licenciamento de 21.201 unidades, anotaram nos primeiros nove meses do ano
baixa de 22,1% ante igual período de 2016, quando foram vendidas 27.227
unidades.
No comparativo mensal, setembro de 2017 ainda registra queda de 13,6% em
relação a igual período de 2016. Foram comercializadas 2.379 unidades contra
2.754 licenciamentos em setembro do ano passado. O desempenho de vendas no mês
de setembro também significou queda, de 15,7%, comparado ao mês imediatamente
anterior. Foram 2.379 unidades contra 2.821 unidades em agosto último.
“A menos de 90 dias do programa, o fim do Inovar-Auto é um alento para o setor
de veículos importados, que poderá vislumbrar a possibilidade de retomar suas
vendas. Chegamos ao auge de 199 mil veículos licenciados em 2011, caímos para
35 mil no ano passado e nossa previsão é fechar o ano com 27 mil unidades. Com
o fim dos 30 pontos percentuais extras do IPI, o setor projeta recuperação
lenta. Podemos chegar a 40 mil unidades em 2018”, explica José Luiz Gandini,
presidente da Abeifa.
Gandini voltou a reafirmar que, com o fim do programa Inovar-Auto no dia 31 de
dezembro e a instituição do programa Rota 2030 a partir de 1º de janeiro de
2018, os preços de veículos importados não vão cair. “Ao contrário, uma vez
habilitadas ao Rota 2030, empresas que não conseguirem cumprir metas a serem
estabelecidas pela nova política industrial poderão ter seus produtos com
preços majorados”.
Durante o período de vigência do Inovar-Auto – de 3 de outubro de 2012 a 31 de
dezembro de 2017 –, no caso da maioria das associadas à Abeifa, as empresas
importadoras não comercializaram seus veículos fora cota de 4.800 unidades/ano,
o que teria a incidência de 30 pontos percentuais extras no IPI. Assim, o setor
não praticou preços com o super IPI, fato que explica a queda consecutiva de
vendas, de 199 mil unidades em 2011 para 27 mil unidades este ano.
O presidente da Abeifa esclarece ainda que, com o fim dos 30 pontos percentuais
extras no IPI, o setor de veículos importados passa a ter isonomia em relação
aos produtos aqui fabricados. “Sem a limitação por cota de até 4.800
unidades/ano e sem os 30 pontos adicionais, as associadas à Abeifa preveem
alcançar vendas de 40 mil unidades em 2018, algo em torno de 1,9% se confirmado
mercado interno de 2,1 milhões de unidades. Este percentual de participação é
bastante salutar à cadeia automotiva brasileira. Além de balizar preços finais
ao consumidor, os veículos importados podem e devem contribuir com a
atualização de tecnologias, design, lembrando sempre que podemos contribuir com
o processo de retomada de utilização de mão de obra”, finaliza Gandini.
Participações –
Em setembro último, com 4.060 unidades licenciadas (importados + produção
nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 2,10% do mercado total
de autos e comerciais leves (193.580 unidades). No acumulado, o market share
foi de 2,18% (34.271 unidades, do total de 1.573.878 unidades).
Se for considerado o total de veículos importados, ou seja aqueles trazidos
também pelas montadoras, as associadas à Abeifa responderam, em setembro, por
11,94% (2.379 unidades, do total de 19.931 unidades importadas). No acumulado,
12,30% (21.201 unidades, do total de 172.336 veículos importados).
Produção local –
Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, Chery,
Land Rover, Mini e Suzuki fecharam o mês de setembro com 1.681 unidades
emplacadas, total que representou queda de 13,9% em relação ao mês anterior.
Comparado a setembro de 2016, o aumento de 55,1%, quando foram emplacadas 1.084
unidades nacionais. Enquanto, no acumulado, as cinco associadas à Abeifa
totalizaram 13.070 unidades emplacadas, alta de 50,8% ante as 8.669 unidades
(agora, já com a produção da Jaguar Land Rover).
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